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sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Dia Nacional de Combate ao Fumo

O dia foi escolhido como o dia nacional de combate ao fumo, quando são desenvolvidas campanhas alertando as pessoas dos males que o cigarro causa.
Desde 1840 o cigarro passou a ser industrializado, proporcionando um grande aumento de pessoas que fumam por todo o mundo. Antes, os cigarros eram feitos manualmente, como os cigarros de palha.
Fumar faz mal porque o fumo quando queimado produz mais de quatro mil substâncias químicas, sendo que sessenta delas são cancerígenas.
A dependência é causada pela nicotina, um dos elementos presentes no tabaco ou fumo. Após a ingestão da fumaça, o cérebro é estimulado ao prazer, porque a nicotina cai na corrente sanguínea. Com isso, o fumante tem sensação de bem-estar, atenua a ansiedade, diminui a fome, perde peso, sente-se relaxado, etc.
O fumo é uma planta variável em mais de sessenta espécies, que podem ser preparadas para mascar, cheirar ou fumar. Porém, apenas algumas delas são cultivadas para o processo de industrialização.
O fumante, com o passar do tempo, adquire uma doença denominada tabagismo, que se caracteriza pelo excesso de nicotina no organismo.
O tabagismo não é facilmente curado, pois os efeitos do cigarro são processados pelo cérebro e causam prazer. Com isso, o tratamento volta-se para psicoterapias, acupuntura, uso de adesivos e chicletes de nicotina (que juntam pequenas quantidades da mesma no organismo até que a pessoa chegue à baixa taxa), inaladores ou sprays nasais.
Os maiores produtores de fumo do Brasil são os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Minas Gerais e Bahia.

As espécies mais cultivadas são de fumo para cigarro, charuto, cachimbo e o fumo de corda (aquele de rolo).
O maior dos malefícios do consumo de fumo é o câncer de pulmão, que responde por 90% dos casos da doença. Além desse, o cigarro também pode causar câncer de boca, mau hálito, dentes amarelados, impotência sexual, gangrena em partes do corpo (diminuição da circulação do sangue), dentre outras.
O tratamento do câncer de pulmão é de muito sofrimento e dor, tanto para o paciente quanto para sua família, pois é um tipo de câncer que pode levar facilmente ao óbito, em razão da sua capacidade de se disseminar para outras áreas do corpo.
Além das medicações que são fortes e causam efeitos colaterais no organismo, o paciente deve passar por sessões de quimioterapia, radioterapia, além de passar por procedimentos cirúrgicos.
Durante o tratamento, o paciente sente fortes dores no corpo, fica fragilizado e sem resistência, perde os cabelos, sofre com aftas e feridas na boca, náuseas e vômitos constantes, emagrece muito, fica anêmico e pode ou não apresentar febre (em razão da infecção).
Pessoas que não fumam devem ficar alertas, pois a inalação da fumaça do cigarro, mesmo que de outra pessoa, causa os mesmos males, sendo consideradas fumantes passivas. Outras nada podem fazer, como no caso de crianças que convivem com pais que fumam ou mesmo recebem a nicotina ainda na barriga da mãe.
Dessa forma, para se evitar a aquisição de um câncer ou outras doenças causadas pela fumaça do cigarro, o melhor a fazer é não fumar e ajudar a combater o consumo do fumo, do tabaco, devido aos sérios problemas que causam ao organismo.
Ajude, oriente, participe, essa campanha precisa de você!
Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

3º Congresso Nacional de Auxiliares e Técnicos de Enfermagem acontece no Rio de Janeiro

O espírito de confraternização e a apresentação musical do Coral Cegonha Carioca, formado por profissionais de Enfermagem, fizeram a diferença na abertura do  3º Congresso Nacional de Auxiliares e Técnicos de Enfermagem - CONATEN, na noite de quarta-feira (27/8), no salão nobre do Clube Municipal da Tijuca, no Rio de Janeiro, que recebe a terceira edição do evento.
Compuseram a mesa de abertura a enfermeira Rita de Cássia Chamma, representando o COFEN; o presidente do COREN/RJ, Pedro José da Silva; o presidente da ANATEN, José Antônio da Costa (Tonny); o diretor da ANATEN/RJ, Paulo Murilo; a Deputada Estadual Rejane de Almeida; e Davi Salvador, representando a Secretaria Municipal de Saúde. Estiveram presentes, ainda, representantes dos Conselhos Regionais de Enfermagem da Bahia, Mato Grosso, Rondônia, Pernambuco, Paraíba, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Amazonas, São Paulo e Rio Grande do Norte.
Após as palavras de boas-vindas da mesa, aconteceram a apresentação do Coral Cegonha Carioca e a entrega de premiação a profissionais que prestaram serviços de grande relevância à sociedade na área de Enfermagem.
Até sexta (29/8), muitos temas como o cuidado com excelência, o assédio moral; a amamentação; e projetos parlamentares de interesse da categoria serão debatidos no CONATEN. Cerca de 200 pessoas se inscreveram pela previamente, pela internet, e novas inscrições estão sendo recebidas no evento.
O congresso, que tem patrocínio do COFEN, trata de importantes questões relacionadas ao trabalhos dos técnicos e auxiliares de Enfermagem. No Brasil, a categoria é composta por mais de 1,7 milhão de profissionais, que levam conforto e cuidado aos hospitais, clínicas, laboratórios, casas de repouso, escolas e domicílios.
Fonte_COFEN

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

COFEN online...

O Conselho Federal de Enfermagem - COFEN lança, pela primeira vez, o sistema de votação online dos Conselhos Regionais de Enfermagem, que ocorre no próximo dia 13 de setembro de 2014.
Os enfermeiros, técnicos e auxiliares de Enfermagem que estiverem em dia com suas anuidades poderão participar do processo eleitoral pela internet que ocorrerá simultaneamente em dezenove estados (Acre, Alagoas, Amapá, Bahia, Ceará, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Roraima, Rondônia, São Paulo e Sergipe) e no Distrito Federal.
O sistema, que conta com auditoria externa, aumenta a transparência, a segurança, a confiabilidade e a agilidade das eleições. As senhas serão enviadas para os profissionais pelos Correios e também podem ser obtidas diretamente no site das eleições, mediante a resposta correta às perguntas de identificação. Há, ainda, a possibilidade de comparecer pessoalmente ao Conselho Regional. O site www.votaenfermagem.org.br estará ativo a partir de 26 de agosto.
Com o objetivo de orientar os eleitores antes e durante a votação, baixe a cartilha de orientação com informações úteis ao efetivo exercício do voto ficará disponível no endereço online durante todo o período das eleições.

Fonte_COFEN

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Hã?....

Se você usa um celular Android, o Google monitora a sua localização.
Talvez você já soubesse disso.
Mas ao ver a lista compilada pelo Google, você provavelmente vai levar um susto.
Ela mapeia todos os seus passos, 24 horas por dia, dia após dia, mês após mês, ano após ano e organiza numa espécie de calendário.
O Google vigia a sua localização para fornecer “serviços relevantes”, como resultados de busca relacionados ao lugar onde você está.
Click aqui veja seus passos.
É legítimo, e não é exclusividade do Android (desde 2011, sabe-se que o iPhone já faz algo similar).
Mas também é meio perturbador – pois o celular transmite a sua localização mesmo se você estiver com o Google Maps fechado e o GPS desligado.
Um prato cheio para os robôs do Google (que já têm acesso aos seus emails, chats, buscas e até navegação na internet), e um banquete tentador para os espiões da NSA.
Há quem diga que quem não deve não teme.
Mas se você acha que isso tem um pouco de “1984″, em tese é possível desligar o monitoramento.
Entre nas configurações do Android, abra o item Serviços de local e desmarque as opções “Serviços de localização do Google” e “Localização e pesquisa do Google”.
Isso irá deixar o Google Maps mais lento, pois ele passará a depender exclusivamente do GPS (no iOS 7, as configurações relevantes ficam em “Serviços de localização”).
Fonte_SUPER INTERESSANTE - Bruno Garattoni

domingo, 10 de agosto de 2014

Todos os dias eh dia dos Pais, mais hoje...Parabéns

Quem disse que por de trás daquela barba que nos arranha o rosto não tem um coração moleque querendo brincar?
Quem disse que por detrás daquela voz grossa não tem um menino criativo querendo falar?
Quem foi que falou que aquelas mãos grandes não sabem fazer carinho se o filho chorar?
Quem foi que pensou, que aqueles pés enormes, não deslizam suaves na calada da noite, para o sono do filho velar?
Quem é que achou que no fundo do peito largo e viril não tem um coração de pudim, quando o filho amado, com um sorriso largo se põe a chamar?
Quem foi que determinou que aquele coroa, de cabelos brancos não sabe da vida para querer me ensinar?
Pai, você me escolheu filho, eu te fiz exemplo!
Feliz Dia dos Pais...






sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Prevenir ainda eh o melhor Remédio...

Se contraído, o Ebola é uma das doenças mais mortais que existem.
É um vírus altamente infeccioso que pode matar mais de 90% das pessoas que o contraem, causando pânico nas populações infectadas.
A organização humanitária internacional Médicos Sem Fronteiras - MSF tratou centenas de pessoas com a doença e ajudou a conter inúmeras epidemias ameaçadoras.
 
“Eu estava coletando amostras de sangue de pacientes. Nós não tínhamos equipamentos de proteção suficientes e eu desenvolvi os mesmo sintomas”, diz Kiiza Isaac, um enfermeiro ugandense. “No dia 19 de novembro de 2007, recebi a confirmação do laboratório. Eu havia contraído Ebola”.
 
Fatos
A primeira vez que o vírus Ebola surgiu foi em 1976, em surtos simultâneos em Nzara, no Sudão, e em Yambuku, na República Democrática do Congo, em uma região situada próximo do Rio Ebola, que dá nome à doença.

Morcegos frutívoros são considerados os hospedeiros naturais do vírus Ebola. A taxa de fatalidade do vírus varia entre 25 e 90%, dependendo da cepa.
 
“MSF foi para Bundibugyo e administrou um centro de tratamento. Muitos pacientes receberam cuidados. Graças a Deus, eu sobrevivi. Depois da minha recuperação, me juntei a MSF”, conta Kiiza.

Estima-se que, até janeiro de 2013, mais de 1.800 casos de Ebola tenham sido diagnosticados e quase 1.300 mortes registradas.
 
Primeiramente, o vírus Ebola foi associado a um surto de 318 casos de uma doença hemorrágica no Zaire (hoje República Democrática do Congo), em 1976. Dos 318 casos, 280 pessoas morreram rapidamente. No mesmo ano, 284 pessoas no Sudão também foram infectadas com o vírus e 156 morreram.
 
Há cinco espécies do vírus Ebola: Bundibugyo, Costa do Marfim, Reston, Sudão e Zaire, nomes dados a partir dos locais de seus locais de origem. Quatro dessas cinco cepas causaram a doença em humanos. Mesmo que o vírus Reston possa infectar humanos, nenhuma enfermidade ou morte foi relatada.
 
MSF tratou centenas de pessoas afetadas pelo Ebola em Uganda, no Congo, na República Democrática do Congo, no Sudão, no Gabão e na Guiné. Em 2007, MSF conteve completamente uma epidemia de Ebola em Uganda.
 
O que causa?
O Ebola pode ser contraído tanto de humanos como de animais. O vírus é transmitido por meio do contato com sangue, secreções ou outros fluídos corporais.
 
Agentes de saúde frequentemente são infectados enquanto tratam pacientes com Ebola. Isso pode ocorrer devido ao contato sem o uso de luvas, máscaras ou óculos de proteção apropriados.
 
Em algumas áreas da África, a infecção foi documentada por meio do contato com chimpanzés, gorilas, morcegos frutívoros, macacos, antílopes selvagens e porcos-espinhos contaminados encontrados mortos ou doentes na floresta tropical.
 
Enterros onde as pessoas têm contato direto com o falecido também podem transmitir o vírus, enquanto a transmissão por meio de sêmen infectado pode ocorrer até sete semanas após a recuperação clínica.
Ainda não há tratamento ou vacina para o Ebola.
 
Sintomas
No início, os sintomas não são específicos, o que dificulta o diagnóstico.

A doença é frequentemente caracterizada pelo início repentino de febre, fraqueza, dor muscular, dores de cabeça e inflamação na garganta. Isso é seguido por vômitos, diarreia, coceiras, deficiência nas funções hepáticas e renais e, em alguns casos, sangramento interno e externo.
 
Os sintomas podem aparecer de dois a 21 dias após a exposição ao vírus. Alguns pacientes podem ainda apresentar erupções cutâneas, olhos avermelhados, soluços, dores no peito e dificuldade para respirar e engolir.
 
Diagnóstico
Diagnosticar o Ebola é difícil porque os primeiros sintomas, como olhos avermelhados e erupções cutâneas, são comuns.
 
Infecções por Ebola só podem ser diagnosticadas definitivamente em laboratório, após a realização de cinco diferentes testes.
 
Esses testes são de grande risco biológico e devem ser conduzidos sob condições de máxima contenção. O número de transmissões de humano para humano ocorreu devido à falta de vestimentas de proteção.
 
“Agentes de saúde estão, particularmente, suscetíveis a contraírem o vírus, então, durante o tratamento dos pacientes, uma das nossas principais prioridades é treinar a equipe de saúde para reduzir o risco de contaminação pela doença enquanto estão cuidando de pessoas infectadas”, afirma Henry Gray, coordenador de emergência de MSF durante um surto de Ebola em Uganda em 2012.
 
“Nós temos que adotar procedimentos de segurança extremamente rigorosos para garantir que nenhum agente de saúde seja exposto ao vírus, seja por meio de material contaminado por pacientes ou lixo médico infectado com Ebola”.
 
Tratamento
Ainda não há tratamento ou vacina específicos para o Ebola.
 
O tratamento padrão para a doença limita-se à terapia de apoio, que consiste em hidratar o paciente, manter seus níveis de oxigênio e pressão sanguínea e tratar quaisquer infecções. Apesar das dificuldades para diagnosticar o Ebola nos estágios iniciais da doença, aqueles que apresentam os sintomas devem ser isolados e os profissionais de saúde pública notificados. A terapia de apoio pode continuar, desde que sejam utilizadas as vestimentas de proteção apropriadas até que amostras do paciente sejam testadas para confirmar a infecção.

MSF conteve um surto de Ebola em Uganda em 2012, instalando uma área de controle entorno do centro de tratamento.
 
O fim de um surto de Ebola apenas é declarado oficialmente após o término de 42 dias sem nenhum novo caso confirmado.

Dia Nacional de Combate ao Colesterol

O colesterol elevado é considerado a principal causa de infarto agudo do miocárdio e de acidente vascular cerebral (derrame) isquêmico. Ambos se enquadram no grupo de doenças cerebrovasculares e são os que mais matam no Brasil e no mundo. Por isso, no “Dia Nacional de Combate ao Colesterol”, a alerta para a prevenção do problema.

O colesterol é um tipo de gordura presente em grande parte dos alimentos, sobretudo na carne vermelha. Ele se divide em dois tipos. O LDL, mau colesterol, é absorvido pelos vasos sanguíneos e gera a placa de gordura que causa obstrução. O HDL, ou bom colesterol, retira o colesterol ruim da parede do vaso e o leva para o fígado, onde é metabolizado.
A falta de controle sobre os fatores de risco é uma atitude propícia para o acúmulo do mau colesterol nas artérias e veias de qualquer parte do corpo. A melhor maneira de prevenir o problema é evitar os fatores de risco. Os principais são: alimentação inadequada e o sedentarismo, mas há outros, como tabagismo, álcool, obesidade e o fator emocional (estresse).

As dicas incluem ainda a realização de atividade física regularmente, pelo menos três vezes por semana, por no mínimo 30 minutos – já que o sedentarismo reduz o LDL, o colesterol ruim. Os exercícios devem ser aeróbicos, tais como andar, correr, pedalar, nadar, porque proporcionam o aumento da captação de oxigênio pelo organismo.
Em relação à alimentação, é importante reduzir a ingestão de gorduras, sal e açúcar. As doenças cardiovasculares estão acometendo mais jovens atualmente. O ideal é fazer exames uma vez por ano a partir dos 10 anos de idade, com atenção maior depois dos 30. Se a pessoa tiver antecedente na família de doenças cardiovasculares, o indicado é começar o tratamento na infância e continuar ao longo da vida.

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Nossa História...

Convencionou-se chamar de Revolução Acriana a revolta dos seringueiros que, no início do século 20, ocupavam o atual Estado do Acre, àquela época pertencente à Bolívia. Insurgindo-se contra o governo boliviano, que cedera todo aquele território ao truste anglo-americano Bolivian Syndicate, os seringueiros proclamaram a independência da região, dando início à disputa diplomática que passou à história com o nome de Questão do Acre.

Antecedentes históricos

Para entender as causas da rebelião e da consequente compra do Acre pelo Brasil, faz-se necessário retornar ao século 18, quando o bandeirismo já havia dilatado o horizonte geográfico brasileiro nas direções norte e oeste, muito além do estabelecido pelo Tratado de Tordesilhas, ocupando terras de posse espanhola, fato que se tornaria matéria dos tratados de Madrid (1750) e de Santo Ildefonso (1777).


Mesmo com a criação, em 1751, da nova capitania real de Mato Grosso, não houve qualquer estímulo governamental no sentido de se povoar o Extremo Oeste, inclusive porque a política econômica do império estava voltada exclusivamente à exportação do café. Uma colonização espontânea - entre o Noroeste e o Norte - teve início apenas quando o interesse mundial despertou para os seringais que se estendiam por toda a região.

Sertanistas e aventureiros passaram, então, a explorar a Amazônia, desconhecendo se os territórios a oeste pertenciam ao Brasil, ao Peru ou à Bolívia, e abrindo caminho a sucessivas ondas migratórias.

Disputas pela borracha e soberania boliviana
A penetração dos colonos brasileiros e a crescente importância da borracha no comércio internacional despertaram o interesse da Bolívia, que solicitou uma demarcação precisa das fronteiras entre o seu território e o Brasil. Após várias negociações, em 1867 assinou-se o Tratado de Ayacucho, que ampliava o território brasileiro, mas reconhecia o uti possidetis boliviano sobre a região do atual Estado do Acre. Ou seja, admitia a legalidade e a legitimidade do poder exercido pela Bolívia naquela extensão de terra fronteiriça.


No entanto, à medida que o preço da borracha subia, os seringais multiplicavam-se, seguindo o contorno dos rios Acre, Purus e, mais a oeste, do Tarauacá. E as migrações cresceram ainda mais quando uma prolongada seca expulsou levas de cearenses do interior nordestino. Na verdade, a corrida da borracha assumiu proporções semelhantes às da busca por minas de ouro, no século 18.

Apesar dos limites fixados em 1867, os brasileiros seguiam penetrando no rumo oeste, rompendo a fronteira com a Bolívia numa larga extensão. Diante do agravamento do problema, Brasil e Bolívia concordaram, no ano de 1895, em nomear uma comissão que estudaria a ratificação do Tratado de Ayacucho. Pouco tempo depois, o Brasil reconheceria, novamente, a soberania boliviana na região.
Assim, em 1899, os bolivianos estabeleceram um posto administrativo em Puerto Alonso, cobrando impostos e lançando taxas aduaneiras sobre as atividades dos brasileiros.


Começa a revolta

A reação, no entanto, não se fez esperar: os seringueiros, alheios às tramitações diplomáticas, julgaram lesados seus interesses e iniciaram movimentos de contestação e rebeldia.


Em abril, um advogado cearense, José Carvalho, liderou uma ação armada, que culminou na expulsão das autoridades bolivianas. Logo depois, a Bolívia estabeleceu negociações com o Bolivian Syndicate. A ideia era conceder poderes excepcionais ao truste anglo-americano, que poderia não só monopolizar a produção e exportação da borracha, mas também cobrar impostos e atuar com poderes de polícia. Era a forma encontrada pela Bolívia para controlar, definitivamente, a região.

O governador do Amazonas, Ramalho Júnior, informado do ajuste por um funcionário do consulado boliviano em Belém, Luis Gálvez de Arias, enviou-o à frente de contingentes militares para ocupar Puerto Alonso. Gálvez proclamou, então, com o apoio dos seringalistas, a independência do Acre, tornando-se seu presidente. Sob protestos da Bolívia, Campos Sales, presidente do Brasil na época, extinguiu a efêmera república em março de 1900.

Por fim, em julho de 1901, o governo boliviano firmou contrato com o Bolivian Syndicate. O congresso brasileiro, agindo de maneira demagógica, considerou o ato arbitrário e adotou represálias: cancelou convênios de comércio e navegação entre os dois países e suspendeu o direito de trânsito para a Bolívia.

Ao mesmo tempo, os seringueiros organizaram uma investida armada. As operações foram chefiadas por José Plácido de Castro, um gaúcho que participara da Revolução Federalista. Os revoltosos ocuparam na madrugada do dia 6 de agosto de 1902 a Vila de Xapuri e prenderam as autoridades bolivianas. Depois, atacaram Puerto Alonso, proclamando o Estado Independente do Acre. Poucos meses depois, no início de 1903, o exército boliviano capitulou e Plácido de Castro foi aclamado governador do Estado Independente do Acre.


Solução diplomática
Informado, entretanto, de que a Bolívia preparava um ataque maciço contra a região, o barão do Rio Branco, ministro das Relações Exteriores, decidiu intervir e passar a disputa para o âmbito diplomático.


O problema com o Bolivian Syndicate se resolveu mediante a indenização de 110 mil libras esterlinas, para que ingleses e norte-americanos desistissem do contrato. A seguir, foram restabelecidas as relações comerciais com a Bolívia.

Das conversações subsequentes resultou que a Bolívia cederia ao Brasil uma área de 142.800 km2, em troca de 2 milhões de libras esterlinas. O Brasil, por sua vez, comprometia-se a construir uma estrada de ferro, a Madeira-Mamoré, a fim de garantir o escoamento da produção boliviana pelo rio Amazonas.

Assinou-se, então, o Tratado de Petrópolis, em novembro de 1903, colocando-se um ponto final na Questão do Acre. A data 6 de agosto foi oficializada como dia da Revolução Acriana.

Rodrigo Gurgel, Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação é escritor, crítico literário e editor de "Palavra", suplemento de literatura do Caderno Brasil do Le Monde Diplomatique (edição virtual).

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Dia Nacional da Saúde (Oswaldo Cruz) e Dia da Farmácia


Esse dia for escolhido em homenagem ao médico Oswaldo Cruz que nasceu em 05 de agosto de 1872.

Quase 90 anos depois de sua morte, pesquisas apontam Oswaldo Cruz como o símbolo do médico e do cientista brasileiro. Ele ganhou a fama ao vencer a febre amarela: flagelo que, no final do século XIX, transformou o Rio de Janeiro num “porto maldito”. 



Combateu também a varíola e a peste bubônica. 

Em sua trajetória foi ferozmente atacado por causa de suas campanhas sanitárias. Teve que enfrentar não só as doenças, como a incompreensão de seus contemporâneos. A vacinação obrigatória contra a varíola, por ele proposta, provocou violenta revolta no Rio, em 1904. Graças à obstinação desse médico, a vacinação se tornou prática corriqueira no Brasil e a preocupação com a saúde pública se implantou em definitivo. 

O grande sanitarista promoveu expedições científicas que mapearam as principais questões da saúde em todo o Brasil. A Fundação Oswaldo Cruz – Fiocruz, pioneiro e reputado centro de medicina experimental, se tornou seu principal legado. A vida de Oswaldo Cruz:

1872- 5 de agosto — Nasce, em São Luís do Paraitinga (SP), Oswaldo Gonçalves Cruz, filho do médico Bento Gonçalves Cruz e de Amália Taborda Bulhões Cruz.

1877 - A família se muda para o Rio de Janeiro, terra dos pais de Oswaldo.

1887 - Ingressa na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro.

1892 - Forma-se médico. Morre o dr. Bento.

1893 - Casa-se com Emília da Fonseca, com quem terá seis filhos: Elisa, Bento, Hercília, Oswaldo, Zahra (que viverá apenas um ano) e Walter.

1897 Muda-se com a família para Paris, em busca de especialização em microbiologia e soroterapia no Instituto Pasteur.

1899 - Retorna ao Brasil. Trabalha no consultório e na Fábrica de Tecidos Corcovado, onde ocupa o cargo que era de seu pai. Abre o primeiro laboratório de análises clínicas do Rio de Janeiro. 
Integra a equipe que vai combater a peste bubônica em Santos (SP). Inicia relações científicas e pessoais com Adolfo Lutz e Vital Brazil. 

1900 - É chamado para a direção técnica do recém-criado Instituto Soroterápico Federal, dirigido pelo barão de Pedro Affonso, na Fazenda de Manguinhos (RJ).

1902 - Assume a direção geral do Instituto Soroterápico Federal.

1903 -  Nomeado diretor geral de Saúde Pública pelo presidente Rodrigues Alves, tem a difícil missão de sanear a capital dos três males que assolam a população: febre amarela, peste bubônica e varíola.

1904 - Por sua iniciativa, é aprovada a lei que torna obrigatória a vacinação contra a varíola. A medida provoca, no Rio, a Revolta da Vacina. A obrigatoriedade é revogada.

1905 - Tem início a construção, na Fazenda de Manguinhos, do Pavilhão Mourisco, ou Castelo de Manguinhos, que estará concluído em

1918 - Centro de imponente conjunto arquitetônico, será a sede de um trabalho de pesquisa em saúde pública internacionalmente conhecido e respeitado. 
Setembro — Parte em expedições sanitárias pelos portos brasileiros de Norte a Sul, inspecionando, em duas viagens, 30 portos em 110 dias. 

1907 - A febre amarela é erradicada no Rio de Janeiro. Oswaldo Cruz recebe a medalha de ouro no 14o Congresso de Higiene e Demografia de Berlim. Em missão diplomática, assegura ao presidente americano Theodore Roosevelt as boas condições sanitárias da capital federal. Sente os primeiros sintomas de sua doença renal. 

1908 -  Volta ao Brasil. É recebido como herói nacional.

1909 - Exonera-se do cargo de diretor geral de Saúde Pública. Dedica-se apenas à direção do Instituto de Manguinhos, o antigo Instituto Soroterápico Federal, que em 1907 passou a chamar-se Instituto de Patologia Experimental e, em 1908, teve seu nome definitivamente mudado para Instituto Oswaldo Cruz.

1910 - Lidera expedições a Belém e à região onde se constrói a ferrovia Madeira-Mamoré.

1911 - O Instituto Oswaldo Cruz recebe diploma de honra na Exposição Internacional de Higiene de Dresden, na Alemanha.

1913 - Toma posse na Academia Brasileira de Letras. 

1914 -  Viaja a Paris com a família. Vive o clima do início da Primeira Guerra Mundial.

1915 -  Retorna ao Brasil. Sua doença se agrava. A pedido do presidente Nilo Peçanha, trabalha num estudo de combate à formiga saúva, causadora de grandes prejuízos agrícolas.

1916 - Por motivo de saúde, encerra suas atividades no Instituto Oswaldo Cruz e vai viver em Petrópolis (RJ). É nomeado prefeito da cidade.

1917 -  11 de fevereiro — Morre em sua residência, em Petrópolis, cercado pela família e pelos amigos. Enterrado no cemitério carioca de São João Batista, tem funerais consagradores. Sua memória se perpetuará em livros, cédulas, moedas, selos postais e medalhas, além de ruas, praças e avenidas em todo o Brasil — e até em sua amada Paris.


          Dia Nacional da Farmácia


Por volta do século X surgiram as atividades com boticas, que tinham como função conhecer e curar doenças, além de preparar e armazenar os medicamentos. No Brasil a profissão surgiu no período colonial trazido de Portugal e o primeiro boticário foi Diogo de Castro.
Em meados de 1961 foi criado o CFF, Conselho Federal de Farmácia, que tem como função inscrever os profissionais, registrar as empresas, fiscalizar o exercício das atividades farmacêuticas e zelar pela integridade profissional.
Entre Farmácia e Drogaria existem diferenças. A primeira é responsável por manipular e formular medicamentos e para isso, em seu estabelecimento, é necessário ter um laboratório para tal função, mas ela também pode vender os medicamentos. A Drogaria é o local onde somente se comercializam medicamentos, em embalagens originais, já preparados, manipulados, então nela não há a necessidade de se ter um laboratório.
A ciência da Farmácia tem como objetivo o desenvolvimento e produção de medicamentos, utilizando como matéria prima plantas, animais e minerais. Segundo dados do CFF, atualizados em 2010, atualmente no Brasil já existem mais de 82.000 mil farmácias.

Parabéns a todos os profissionais dessa área que desempenham seus serviços com ética, respeitando a comercialização dos produtos de forma consciente e responsável.

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Dia Mundial da Amamentação

A data foi criada a fim de promover o exercício da amamentação natural, com o objetivo de combater a desnutrição infantil, além de possibilitar a criação de bancos de leite para crianças que não têm condições de serem amamentadas por suas mães.
O leite é um dos principais alimentos para nutrir o organismo humano e por isso, toda criança, ao nascer, deve ser amamentada.
Além dos laços afetivos com a mãe, a amamentação é necessária, pois é a forma da criança receber cálcio, fósforo e ferro, além de outros nutrientes importantes para que tenha um crescimento saudável, como as vitaminas. Garante a boa formação óssea, que vai do nascimento até os trinta e cinco anos de idade.
Os bebês devem ser amamentados até por volta dos dois anos de idade, para garantir sua saúde e imunizar contra doenças respiratórias e diarreicas, além das doenças crônicas, problemas cardiovasculares, diabetes, hipertensão e osteoporose.
Já se comprovou, cientificamente, que crianças que são amamentadas por suas mães, têm um desenvolvimento melhor, além do nível de inteligência ficar mais elevado. Isso em razão das trocas afetivas que acontecem durante o ato de amamentar.
A importância do colo, do aconchego materno, que traduz a proteção e o amor, faz com que o trauma de sair de dentro da barriga de sua mãe seja menor, pois lá a criança estava quentinha e bem alimentada.
A UNICEF e a OMS se uniram em campanha, recomendando às mães que o sucesso para que as mesmas consigam amamentar exclusivamente, até os seis meses de vida da criança, é iniciar o processo de amamentação logo em seguida ao parto; não oferecer outro tipo de alimento para o bebê como água e chás; que o peito seja oferecido todas as vezes que a criança quiser, chorar ou manifestar fome; e não fazer o uso de chupetas e mamadeiras, para não acostumar a criança a uma forma mais fácil de sucção.
Mundialmente falando, a amamentação ganhou um evento especial, a semana da amamentação, organizado pela World Alliance for Breastfeeding Action (WABA), com o objetivo de divulgar as benfeitorias do aleitamento materno. A cada ano são abordados diferentes temas, como a inserção da alimentação complementar que a criança necessita receber, após os seis meses de vida, mas mantendo a amamentação até que complete dois anos ou mais.
No Brasil, o aleitamento materno é levado muito a sério, possuindo a maior e melhor organização de bancos de leite do mundo, existem 163 unidades espalhadas por todo o território nacional.
Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia