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sábado, 28 de maio de 2016

Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna


Imagine que uma mulher grávida tenha uma possibilidade em 37 mil de morrer por complicações na gestação ou no parto. E que essa mesma mulher, caso more em um país pobre, passe a ter uma possibilidade em 160 de morrer. A diferença desmascara a ineficiência dos serviços de saúde que cuidam das gestantes nos lugares mais pobres do mundo e inspira uma das metas dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio estabelecidos pela ONU (Organizações das Nações Unidas): diminuir a mortalidade materna — todo óbito causado por problemas relacionados à gravidez ou ao parto ou até 42 dias depois — em 75% até 2015.
 
Hoje, 28/5, é Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna, e o Brasil vem alcançando bons resultados nessa área. Os últimos dados divulgados pela OMS (Organização Mundial da Saúde) mostram que país reduziu o índice de mortes em 43% entre 1990 e 2013. Isso significa que, nesse período, a taxa de mortalidade caiu de 120 mães por 100 mil nascidos vivos para 69 mães por 100 mil nascidos vivos. A taxa considerada aceitável pela OMS é de 20 por 100 mil. Mesmo assim, o Brasil tem como meta chegar a 35 óbitos maternos para cada 100 mil nascidos vivos até 2015, de acordo com o que foi estabelecido como meta dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. Ou seja, ainda há muito trabalho a ser feito por aqui. 
 
Os oito Objetivos do Milênio estabelecidos pela ONU são: acabar com a fome e a miséria; oferecer educação básica de qualidade para todos; promover a igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres; reduzir a mortalidade infantil; melhorar a saúde das gestantes; combater a aids, a malária e outras doenças; garantir qualidade de vida e respeito ao meio ambiente; e estabelecer parcerias para o desenvolvimento. Desses objetivos, cumprimos dois: redução da mortalidade infantil e redução da miséria e da fome.

Causas de morte materna
No mundo, doenças como diabetes, aids, malária e obesidade são responsáveis por 28% das mortes maternas. O que assusta é que essas doenças são facilmente detectadas em exames pré-natais. Entre as disfunções maternas que causaram mortes maternas em 115 países, os casos se distribuem da seguinte forma:
– hemorragia grave: 27%;
– hipertensão na gestação: 14%;
– infecções: 11%;
– parto obstruído e outras causas diretas: 9%;
– complicações de abortos: 8%;
– coágulos sanguíneos: 3%.
Cesáreas
Segundo o Relatório Nacional de Acompanhamento, a alta realização de cesáreas no país contribui para que tenhamos índices ainda elevados de mortalidade materna. Segundo esse estudo, ” um dos fatores que dificultam a redução da mortalidade materna é o elevado número de partos cesáreos. A porcentagem de cesáreas tem se mantido em patamares muito altos e com tendência de crescimento em todas as regiões [do Brasil]”. 
Em 2011, cerca de 54% dos partos realizados foram cesarianas. A recomendação da OMS é de que o total não ultrapasse 15%. Ainda de acordo com o estudo, “mulheres submetidas a cesáreas correm 3,5 vezes mais risco de morrer (dados de 1992-2010) e têm cinco vezes mais risco de contrair uma infecção puerperal (dados de 2000-2011); sem contar a maior probabilidade de ocorrência de partos prematuros”.

Dia Internacional de Luta Pela Saúde da Mulher


28 de Maio, além de ser o Dia Internacional de Ação pela Saúde das Mulheres, integra a agenda do movimento de mulheres brasileiras como o Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna. Uma pauta que a Rede Feminista de Saúde considera de vital importância e que requer intensa mobilização de todos os setores no país na exigência de políticas públicas de saúde efetivas para as mulheres. A data vem sendo impulsionada na América Latina pela Rede de Saúde das Mulheres Latino-americanas e do Caribe – RSMLAC, em conjunto com a Rede Feminista de Saúde, visando promover reflexões sobre as demandas regionais e exigir que os direitos das mulheres no campo da sexualidade e reprodução sejam plenamente respeitados e assegurados.


A data é fruto da mobilização de mais de duas décadas do movimento pela saúde das mulheres e feministas que decidiu ter um dia de ação mundial para tornar visível um fenômeno - a mortalidade materna - considerado banal nas sociedades cuja cultura naturaliza a entrega da vida das mulheres em nome da maternidade.


Estatísticas revelam que o número de mortes de mães é alto e a situação é preocupante principalmente entre as mulheres negras e aquelas que residem nas regiões Norte e Nordeste. Os índices, no entanto, não fornecem a real dimensão desta tragédia que destroça inúmeras vidas, pois, ainda, é baixa a declaração de morte materna no atestado de óbito. 

Compromissada com o tema a Rede Feminista de Saúde busca sensibilizar os diferentes atores do setor saúde: trabalhadoras e trabalhadores, ativistas, gestoras e gestores, militantes atuantes no Controle Social bem como profissionais de comunicação e parlamentares para demonstrar que a morte materna é um grave problema de saúde pública. Este fenômeno se relaciona não só com a qualidade técnica das políticas ofertadas em pré-natal, parto e puerpério, mas evidencia as desigualdades sociais, de gênero e raça.

A Rede Feminista de Saúde aponta que o cerceamento da cidadania proposto pela legislação restritiva ao livre exercício da sexualidade e reprodução induz à gestação forçada e indesejada, constituindo-se numa violação aos direitos humanos. Segundo o Ministério da Saúde, as complicações em decorrência do aborto são responsáveis por 11% a 13% dos óbitos maternos registrados anualmente no País. O aborto induzido é a quarta causa da mortalidade materna, superada pela hipertensão arterial, hemorragias e infecções pós-parto, mas em algumas capitais, como Salvador/BA, o problema é a principal causa da mortalidade materna. 


O histórico

O Dia Internacional de Ação Pela Saúde da Mulher foi definido no IV Encontro Internacional Mulher e Saúde que ocorreu em 1984, na Holanda, durante o Tribunal Internacional de Denúncia e Violação dos Direitos Reprodutivos, ocasião em que a morte materna apareceu com toda a sua magnitude. A partir dessa data, o tema ganhou maior interesse e no V Encontro Internacional Mulher e Saúde, realizado em São José da Costa Rica, a RSMLAC propôs que a cada ano, no dia 28 de maio, uma temática nortearia ações políticas que visassem prevenir mortes maternas evitáveis.

Em 1988 teve início a Campanha de Prevenção da Mortalidade Materna coordenada pela Rede Mundial de Mulheres pelos Direitos Reprodutivos - RMMDR e pela Rede de Saúde das Mulheres Latino-americanas e do Caribe – RSMLAC. Ao longo dos anos diferentes ações têm sido realizadas para motivar diferentes setores da sociedade, dos governos e da mídia para formação de uma forte opinião pública para esta séria questão.

Fonte_Rede Saúde

quarta-feira, 25 de maio de 2016

Dia do Massagista


Dia do Massagista é comemorado em 25 de Maio, no Brasil. 
Quem não gosta de uma boa massagem relaxante após um dia estressante de trabalho? A data celebra justamente os profissionais dedicados à aliviar as dores musculares, seja de maneira relaxante como terapêutica. 
O massagista pode atuar em diversas áreas, como no esporte, em clínicas de estética, spas ou hospitais terapêuticos. 
Normalmente, os spas e clínicas de estética fazem promoções e pacotes especiais de massagens para comemorar o Dia Internacional da Mulher ou Dia Internacional do Homem

Origem do Dia do Massagista

Não se sabe ao certo o motivo para a data ser comemorada em 25 de Maio, no entanto o importante é homenagear os responsáveis pela deliciosas massagens relaxantes que todos nós adoramos!
Decreto de Lei nº 3.968, de 5 de Outubro de 1961, legaliza e reconhece a profissão de massagista no Brasil, desde que o profissional tenha a aprovação e um certificado do Serviço Nacional de Fiscalização da Medicina. 

Mensagens para o Dia do Massagista

"Muitas felicidades no seu dia e obrigado por cuidar do nosso corpo e pelas maravilhosas massagens que proporciona. Parabéns!"
"Essa mãozinha faz toda a diferença! Massagem é a prática de aplicar força ou vibração sobre tecidos macios do corpo, incluindo músculos, tecidos conectivos, tendões, ligamentos e articulações para estimular a circulação, a mobilidade, a elasticidade ou o alívio de determinadas dores corporais provendo o relaxamento. Obrigado por tudo isso!"
"A massagem atua tanto no corpo físico como no emocional, por isso além de revigorar o corpo devido aos desgastes das atividades diárias, a massagem também faz o massageado se sentir acolhido. Obrigado, massagista. Parabéns!"

Tipos de Massagens

Existem inúmeras espécies de massagens, direcionadas para um local específico do corpo e com objetivos diversos, desde relaxantes à excitantes. Selecionamos algumas: 
1 - Acupressura - Uma massagem feita com pressões seguindo o mapa de acupuntura, mas sem as agulhas.
2 - Ayurvédica - Massagem Indiana engloba tratamentos mentais, psicológicos e físicos. Normalmente é feita no chão com tatami.
3 - Do-In - Massagem japonesa que utiliza os pontos do meridiano para equilíbrio energético do corpo.
4 - Relaxante - Reduz o estresse causado pelo dia a dia. Proporciona relaxamento total do corpo, dando uma sensação de leveza e bemstar.
5 - Tailandesa - Massagem com muitos alongamentos derivados da yoga.
6 - Trigger Points - Pontos de gatilho. Alivia pontos doloridos do corpo que podem emitir dores e incômodos para o corpo todo.
7 - Reiki - Energético, equilibra as energias sem toques.
8 - Neuromuscular - Massagem que usa a pressão nos pontos encontrados nos músculos esqueléticos.
9 - Quick Massage - Massagem rápida de 15-20 minutos na cadeira sem óleo e diretamente nas roupas das pessoas. Muito comum em shoppings ou em escritórios.
10 - Respiração - Usando técnicas para melhorar a respiração. O método Lotorp é o mais famoso.

sexta-feira, 20 de maio de 2016

Parabéns meus nobres colegas de profissão..

Dia do Técnico em Enfermagem é celebrado anualmente em 20 de maio.
Esta data homenageia todos os profissionais que se dedicam a cuidar da saúde das pessoas, auxiliando os demais profissionais do ramo, como os médicos e enfermeiros.
O Dia Nacional do Técnico e Auxiliar de Enfermagem foi instituído a partir da resolução nº 294, de 15 de outubro de 2004, e definido pelo Conselho Federal de Enfermagem (COFEN).
No Brasil, o Dia do Técnico em Enfermagem fecha a “Semana da Enfermagem”, que começa em 12 de maio, com a celebração do Dia Internacional da Enfermagem.
Durante esta data, os profissionais de enfermagem participam de palestras, cursos e workshops que ajudam a discutir os principais assuntos relacionados aos seus trabalhos.
A diferença entre um técnico de enfermagem e um enfermeiro é que este último precisa fazer um curso de ensino superior em Enfermagem, enquanto que o técnico está apto a exercer o seu trabalho a partir de um curso técnico de enfermagem.

Homenagem ao Dia do Técnico em Enfermagem

Dedicação, empenho e amor… Essas três características são essenciais para moldar um excelente profissional! Obrigado por ser um exemplo de profissional para todos nós.
Não são enfermeiros, mas sim anjos da guarda! Obrigado por todo o carinho e esforço em salvar vidas diariamente! Feliz Dia do Técnico em Enfermagem!

quinta-feira, 19 de maio de 2016

Dia Internacional de Doação do Leite Humano

Para os Bancos de Leite Humano do Brasil, o "Dia Nacional de Doação de Leite Humano" é um momento especial de sensibilização da sociedade para a importância da doação de leite humano. Assim como, uma iniciativa a mais para a proteção e promoção do aleitamento materno.

Estimular a doação de leite materno; promover debates sobre a importância do aleitamento materno e da doação de leite humano; divulgar os bancos de leite humano nos Estados e nos Municípios, são objetivos das comemorações realizadas em todo o país.

Lei Nº 13.227, de 28 de dezembro de 2015 , institui o Dia Nacional de Doação de Leite Humano a ser comemorado, anualmente, no dia 19 de maio, e a Semana Nacional de Doação de Leite Humano, a ser comemorada, anualmente, na semana que incluir o dia 19 de maio. Publicada no DOU de 29 de dezembro de 2015.

Inicialmente, 1º de outubro era o dia da comemoração. Data instituída pelo Ministério da Saúde através da PORTARIA Nº 1.893, de 2 de outubro de 2003, Art. 1º. Com a lei nº 13.227, o Dia Nacional de Doação de Leite Humano passa a ser 19 de maio.

A primeira comemoração do Dia Nacional de Doação de Leite Humano foi realizada no ano de 2004. Em todos os anos o Ministério da Saúde produz e distribui material de divulgação.
























































































































No Brasil, alguns Bancos de Leite Humano desenvolvem projeto ou programa com o Corpo de Bombeiros Militar do seu estado, onde o Bombeiro Militar passa rotineiramente nas casas das doadoras para recolher o leite humano congelado.
Os profissionais de Banco de Leite Humano reconhecem a importância do ato realizado por cada mulher ao doar o seu leite e agradecem a todas as doadoras de leite humano.

Em setembro de 2010, países da Iberoamérica que possuem Banco de Leite Humano iniciaram um movimento para terem um “Dia Nacional de Doação de Leite Humano” e a data proposta para a comemoração foi 19 de maio. O Brasil, que desde 2004 tem o dia 1º de outubro para celebrar o "Dia Nacional de Doação de Leite Humano",  também aderiu ao movimento para mudança da data, com objetivo de que todos os países comemorem a mesma data e fortaleça a criação do “Dia Mundial de Doação de Leite Humano”, também em 19 de maio.

A proposta do dia 19 de maio surgiu no V Congresso Brasileiro de Bancos de Leite Humano/ I Congresso Iberoamericano de Bancos de Leite Humano/ I Fórum de Cooperação Internacional em Bancos de Leite Humano, realizado no período de 27 a 30 de setembro de 2010, em Brasília.

No Brasil, os Bancos de Leite Humano se mobilizaram pela mudança da data do 
“Dia Nacional de Doação de Leite Humano” e criação do “Dia Mundial de Doação de Leite Humano” e programaram eventos em seus municípios e estados para divulgar na sociedade a importância da doação de leite humano.

Em 21/05/2012 o Estado do Rio de Janeiro oficializou a criação da Semana Estadual de Doação de Leite Materno –  através da lei número 6237/12, de autoria da deputada estadual Claise Maria Zito, que prevê que a semana do dia 19 a 25 de maio seja reservada para a promoção da doação de leite por meio de debates e palestras abertas à sociedade.

O Conselho do Mercado Comum do Mercosul aprovou, no dia 28 de junho de 2012, a Recomendação nº 08/12 sobre a celebração do dia 19 de maio como "Dia da Doação Voluntaria, Gratuita e Altruísta do Leite Humano".  Acesse aqui o documento 08/12 .

A União das Nações Sul-Americanas (Unasul) instituiu, em setembro de 2012, o "Dia Sulamericano de Doação Voluntária, Gratuita e Altruísta de Leite Humano", que será comemorado todos os anos no dia 19 de maio.

A proposta foi aprovada durante reunião ordinária no Peru, realizada nos dias 4 e 5 de setembro de 2012, e tem por objetivo aumentar a coleta de leite humano nos países da América do Sul, assim como unir esforços para a criação do Dia Mundial de Doação de Leite Humano, a ser comemorado todo ano em 19 de maio.

A lei nº 15.222, de 14 de setembro de 2012, autoria da Deputada Bethrose, institui no âmbito do Estado do Ceará a “Semana Estadual de Doação de Leite Materno”, na semana do dia 19 de maio.

Em Pernambuco, a  lei nº 14.808 , de 31 de outubro de 2012, incluiu no calendário oficial de eventos a “Semana Estadual de Doação de Leite Humano”, de autoria do Deputado Ricardo Costa, que ocorrerá entre os dias 19 e 25 de maio.

A Câmara de Vereadores de Joinville/SC aprovou o Projeto de Lei Ordinária nº 100/2012 de autoria do vereador Patrício Carlos Destro, que institui a “Semana Municipal de Doação de Leite Materno”.

lei nº 2.959, de 28 de dezembro de 2012 , de autoria do deputado Ribamar Araújo, instituiu a "Semana Estadual de Doação de Leite Humano" no estado de Rondônia, a ser realizada, anualmente, de 19 a 25 do mês de maio.

O estado de Goiás instituiu a “Semana Estadual de Doação de Leite Materno” com a  lei nº 17.422/11 , de 21 de setembro de 2011, em data que engloba o dia 1º de outubro.

A lei nº 9.956, de 11 de janeiro de 2013, de autoria da deputada Léa Toscano, inclui no calendário oficial do Estado da Paraíba a semana de 19 de maio como a 'Semana de Doação de Leite Materno'.

Em Alagoas, a Lei Nº 7.455, de 14 de março de 2013, institui o Dia e a Semana Estadual de Doação de Leite Materno, que ocorrerá entre os dias 19 e 25 de maio de cada ano, considerando o dia 19 como o Dia Estadual.

No Estado de Santa Catarina, a Lei Nº 15.952, de 07 de janeiro de 2013, de autoria do deputado Nilson Gonçalves, institui a 'Semana Estadual de Doação de Leite Humano', a ser comemorada, anualmente, na semana do dia 19 de maio.

Em Minas Gerais, a Lei Nº 20.708, de 07 de junho de 2013,  de autoria do deputado Gilberto Abramo, cria a “Semana Estadual de Conscientização para a Doação de Leite Humano”.

No Distrito Federal, o Governador Agnelo Queiroz sancionou a LEI Nº 5.154, de 19 de agosto de 2013 , de autoria do deputado Wasny de Roure, instituindo a Semana Distrital de Doação de Leite Materno, incluindo-a no calendário oficial de eventos do Distrito Federal.

Lei Nº 7.718, de 24 de junho de 2013 , institui a Semana Estadual de Doação de Leite Materno, no Estado do Pará, a ser realizada, anualmente, na semana do dia 19 de maio. Foi publicada no DOE Nº 32.424, de 25/06/2013.
No Espírito Santo, a Lei Nº 10.301, de 05 de dezembro de 2014 , institui no Calendário Oficial de Eventos do Governo do Estado, a Semana Estadual de Doação de Leite Humano e dá outras providências.

quarta-feira, 18 de maio de 2016

Liguem..

No dia 18 de maio de 1973, uma menina de 8 anos foi sequestrada, violentada e cruelmente assassinada no Espirito Santo. Seu corpo apareceu seis dias depois carbonizado e os seus agressores, jovens de classe média alta, nunca foram punidos. A data ficou instituída como o “Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes” a partir da aprovação da Lei Federal nº. 9.970/2000. O  “Caso Araceli”, como ficou conhecido, ocorreu há quase 40 anos, mas, infelizmente, situações absurdas como essa ainda se repetem.
  

Diferença entre Abuso e Exploração Sexual

abuso sexual envolve contato sexual entre uma criança ou adolescente e um adulto ou pessoa significativamente mais velha e poderosa. As crianças, pelo seu estágio de desenvolvimento, não são capazes de entender o contato sexual ou resistir a ele, e podem ser psicológica ou socialmente dependentes do ofensor. O abuso acontece quando o adulto utiliza o corpo de uma criança ou adolescente para sua satisfação sexual. Já a exploração sexual é quando se paga para ter sexo com a pessoa de idade inferior a 18 anos. As duas situações são crimes de violência sexual.

Denúncias

No Brasil  o “Disque 100”, criado pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, é um serviço de recebimento, encaminhamento e monitoramento de denúncias de violência contra crianças e adolescentes. Os dados mostram que, de março de 2003 a março de 2011, o Disque recebeu 52 mil denúncias de violência sexual contra este público, sendo que 80% das vítimas são do sexo feminino.


O Disque 100 funciona diariamente de 8h às 22h, inclusive aos finais de semana e feriados. As denúncias são anônimas e podem ser feitas de todo o Brasil por meio de discagem direta e gratuita para o número 100; e do exterior pelo número telefônico pago 55 61 3212-8400 ou pelo endereço eletrônico: disquedenuncia@sedh.gov.br.
 A intenção do 18 de maio é destacar a data para mobilizar e convocar toda a sociedade a participar dessa luta e proteger nossas crianças e adolescentes. A data reafirma a importância de se denunciar e responsabilizar os autores de violência sexual contra a população infanto-juvenil.

Dia Nacional da Luta Antimanicomial


Movimento da Luta Antimanicomial

O Movimento da Luta Antimanicomial se caracteriza pela luta pelos direitos das pessoas com sofrimento mental. Dentro desta luta está o combate à idéia de que se deve isolar a pessoa com sofrimento mental em nome de pretensos tratamentos, idéia baseada apenas nos preconceitos que cercam a doença mental. O Movimento da Luta antimanicomial faz lembrar que como todo cidadão estas pessoas têm o direito fundamental à liberdade, o direito a viver em sociedade, além do direto a receber cuidado e tratamento sem que para isto tenham que abrir mão de seu lugar de cidadãos.

Por esta razão o Movimento tem como meta a substituição progressiva dos hospitais psiquiátricos tradicionais por serviços abertos de tratamento e formas de atenção dignas e diversificadas de modo a atender às diferentes formas e momentos em que o sofrimento mental surge e se manifesta. Esta substituição implica na implantação de uma ampla rede de atenção em saúde mental que deve ser aberta e competente para oferecer atendimento aos problemas de saúde mental da população de todas as faixas etárias e apoio às famílias, promovendo autonomia, descronificação e desinstitucionalização. Além dos serviços de saúde, esta rede de atenção deve se articular a serviços das áreas de ação social, cidadania, cultura, educação, trabalho e renda, etc., além de incluir as ações e recursos diversos da sociedade.

O Movimento da Luta Antimanicomial teve seu início marcado em 1987, em continuidade a ações de luta política na área da saúde pública no Brasil por parte de profissionais de saúde que contribuíram na própria constituição do SUS. Naquele ano a discussão sobre a possibilidade de uma intervenção social para o problema da saúde mental, especificamente, dos absurdos que aconteciam nos manicômios ganhou relevância, permitindo o surgimento específico deste movimento. Desde então a participação paritária de usuários de serviços e seus familiares se tornou característica deste movimento. Em 1987 estabeleceu-se o lema do movimento: "Por uma sociedade sem manicômios", e o 18 de maio foi definido como o Dia Nacional da Luta Antimanicomial, data comemorada desde então em todo o país.

O Movimento da Luta Antimanicomial, embora não tenha se instituído formalmente como pessoa jurídica conquistou na área da saúde um caráter de forte representatividade e legitimidade, o que se confirma pelo fato de ter obtido três cadeiras na Comissão Intersetorial de Saúde Mental do Conselho Nacional de Saúde, sendo uma para um representante dos usuários, uma para os familiares e uma para um representante do movimento independente da categoria.

Outra conquista importante foi a aprovação, em 2001, da Lei 10.216, de autoria do então deputado Paulo Delgado, após 12 anos de discussões e resistência dos setores mais retrógrados. Esta lei preconiza a reestruturação da atenção em saúde mental, defende os direitos das pessoas que necessitam de tratamento e propõe a criação de serviços que ofereçam este tratamento sem que isto signifique exclusão da vida social ou perda dos diretos e do lugar de cidadão. Como resultados temos hoje várias portarias regulamentam a criação de serviços diversos que, em seu conjunto e desde que implantadas de modo efetivo e suficiente, garantem a atenção necessária e a inclusão social das pessoas com transtornos mentais.

Dessa forma, a Reforma Psiquiátrica tem avançado no Brasil: segundo o Relatório "Reforma psiquiátrica e política de saúde mental no Brasil" (MS, 2005), o número de leitos reduziu de 75.514 em 1996 para 42.076 em 2005. Ao passo que o número de CAPS (Centros de Atenção Psicossocial) aumentou de 92 em 1996 para 689 em 2005.

No entanto, mesmo sendo uma política reconhecida pelo governo brasileiro, pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) e pela Organização Mundial de Saúde (OMS), há setores conservadores que defendem o retorno dos hospitais psiquiátricos.

Diante deste contexto, o Movimento da Luta Antimanicomial tem a necessidade de se reunir para definir seus objetivos e suas estratégias de ação no sentido de afirmar e lutar pelo avanço da Reforma Psiquiátrica no Brasil.

O Movimento da Luta Antimanicomial caracteriza-se pelo seu caráter democrático, contando com a participação ativa e efetiva dos usuários de serviços de saúde mental, seus familiares, profissionais, estudantes e quaisquer interessados em defender uma postura de respeito aos diferentes modos de ser e a transformação da relação cultural da sociedade com as pessoas que sofrem por transtornos mentais.

O Movimento tem núcleos em todos os estados do país, sendo todos autônomos, propositadamente sem uma hierarquia. Atualmente, o Movimento tem uma Secretaria Nacional Colegiada que se encarrega da articulação nacional e de projetos diversos. E de dois em dois anos realiza encontros nacionais que procuram reunir todos os militantes para deliberar, de forma democrática, seus princípios e ações.

Nestes vinte anos já se realizaram oito encontros nacionais do movimento e nove encontros de usuários e familiares. O último aconteceu no município de São Bernardo do Campo - SP.

Fonte: Projeto do IX Encontro Nacional de Usuários e Familiares da Luta Antimanicomial e VIII Encontro Nacional da Luta Antimanicomial. SBC, 2009.
Fórum Popular de Saúde Mental do Grande ABCDMRR
O Movimento da Luta Antimanicomial se organiza na região do ABC por meio de um fórum que se reúne uma vez por mês, rodiziando entre as sete cidades.

A região do Grande ABCDMRR é formada por sete municípios: Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra. Localiza-se entre a capital de São Paulo e a Baixada Santista.
O Grande ABC é conhecido pelas greves do final dos anos 70 e 80, que lutavam, no contexto da ditadura, por melhores condições de trabalho e pelo retorno da democracia.

Tivemos representantes do ABC no I Encontro de Trabalhadores da Saúde Mental, de Bauru, em 1987, que marcou o início do Movimento da Luta Antimanicomial.

Desde então, o Fórum Popular de Saúde Mental do Grande ABC tem lutado por uma região livre de manicômios.

O Fórum Popular de Saúde Mental do Grande ABC é formado por usuários, familiares e trabalhadores dos serviços de saúde mental; além de associações, estudantes, sindicatos, artistas, entidades de classe, etc.

Nos últimos 20 anos, a região do Grande ABC - que tem aproximadamente 2,5 milhões de habitantes - fechou 5 manicômios e abriu 16 CAPS, sendo que cinco deles funcionam 24 horas, incluindo um Álcool e Drogas; abriu também 12 Residências Terapêuticas e trabalhos na área da geração de renda e da cultura.

A luta deste Fórum hoje é pelo fechamento dos hospitais psiquiátricos e pela ampliação dos CAPS 24 horas, bem como pela melhoria da qualidade destes serviços e pela ampliação de serviços complementares, como as Residências Terapêuticas, as oficinas de geração de renda, os trabalhos com arte e cultura, etc.

terça-feira, 17 de maio de 2016

Dia Nacional de Lula pela Valorização da Enfermagem


O COFEN lançará, na Semana de Enfermagem (12 a 20/5) e no Dia  Nacional de Lula pela Valorização da Enfermagem (17/5), campanhas publicitárias destacando as principais lutas da profissão.
A campanha da Semana da Enfermagem combaterá formação não-presencial. A campanha inovará, incluindo, além de peças tradicionais, vídeos com depoimentos sobre EaD, para divulgação na internet. O Sistema Cofen/Conselhos Regionais vem realizando audiências públicas em todo o Brasil para sensibilizar a sociedade sobre os riscos da formação EaD em Enfermagem, que já oferece mais de 58 mil vagas de graduação. O Projeto de Lei 2.891/2015, que proíbe a formação de enfermeiros e técnicos de Enfermagem na modalidade não-presencial,  já recebeu parecer favorável da Comissão de Educação.
No Dia Nacional pela Valorização da Enfermagem, as revindicações fundamentais da Enfermagem terão destaque, incluindo a luta pelas 30h , pela regulamentação da jornada de trabalho e por local digno de descanso. A data foi criada pelo Fórum Nacional de Luta pela Valorização da Enfermagem, que articula as entidades sindicais, associativas e conselhos profissionais.