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segunda-feira, 18 de agosto de 2025

Repórter SUS: O que as empresas de produtos que fazem mal à saúde têm a ver com o seu colesterol?

 


Condição que atinge quatro entre dez pessoas adultas no Brasil, o colesterol alto costuma ser um sinal de hábitos de vida pouco saudáveis. No entanto, uma análise mais aprofundada do cenário mostra que o problema está longe de ser apenas uma questão individual e é também um reflexo das desigualdades e das dinâmicas políticas e econômicas que moldam o consumo de produtos nocivos no Brasil.

A tríade composta por alimentos ultraprocessados, cigarro e bebida alcoólica — reconhecida como fator de risco para diversas condições crônicas — também pesa consideravelmente no aumento do colesterol. Frente ao cenário, é natural a conclusão de que as decisões do poder público em relação à regulamentação desses produtos têm o potencial de impactar diretamente os índices de saúde da população.

Considerado um dos fatores que mais contribuem para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares como o infarto, o colesterol alto tem índices preocupantes em território nacional. Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, a incidência ultrapassa os números dos Estados Unidos.

Em entrevista ao podcast Repórter SUS, do Brasil de Fato, Laura Cury, coordenadora do projeto de controle de álcool da ACT Promoção da Saúde, aponta que a situação é ainda mais cruel para as populações vulneráveis.

“Muitas vezes é essa população que acaba consumindo mais ultraprocessado, porque ele é mais acessível, é mais barato e está disponível em toda parte. Temos, por exemplo, o que chamamos de desertos alimentares, onde não há outro tipo de comida à disposição. Há um problema de consumo que afeta a população que mais depende do Sistema Único de Saúde. Então, também sobrecarrega o SUS”, explica.

O desequilíbrio nos níveis de colesterol impulsionado por esses alimentos pode levar à formação de placas de gordura nas artérias (aterosclerose), aumentando drasticamente o risco de infartos e AVCs, condições que podem ser fatais ou deixar sequelas permanentes. Além disso, o consumo de alimentos ultraprocessados está associado a um risco 20% maior de mortes por todas as causas, incluindo as doenças cardiovasculares.

Além dos ultraprocessados, o tabagismo e o álcool também são fatores de risco significativo. O fumo contribui para a diminuição do colesterol bom (HDL) e oxida o colesterol ruim (LDL), favorecendo o acúmulo de placas nos vasos sanguíneos, além de causar inflamação sistêmica. O álcool, por sua vez, eleva os triglicerídeos e pode alterar o metabolismo do HDL e LDL, além de sobrecarregar o fígado.

“É muito difícil avançar em todo o mundo, e no Brasil não é diferente. Temos um excelente exemplo com o controle do tabaco. O que foi feito com tabaco precisa ser estendido aos demais fatores de risco como ultraprocessados, como álcool. Estamos trabalhando com costumes muito arraigados, uma indústria com muito dinheiro e poder. Isso sempre dificulta. Mas acho que temos também bons exemplos e boas oportunidades”, diz.

Entenda o colesterol alto
O colesterol é uma substância essencial para o corpo, produzida principalmente pelo fígado (70%) e obtida por meio de alimentos (30%). Ele atua na formação das membranas celulares, na produção de hormônios e de vitamina D.

No entanto, o excesso de gordura e o desequilíbrio entre os tipos de colesterol, o LDL e o HDL, podem causar problemas. Enquanto o LDL transporta colesterol para as células, podendo se acumular nas artérias, o HDL remove o excesso, protegendo o sistema cardiovascular.

Também conhecido como hipercolesterolemia, o colesterol alto pode ser causado por diversos fatores, incluindo genética, dieta rica em gorduras saturadas e trans, falta de atividade física, obesidade e certas condições médicas.

O consumo excessivo de carnes gordurosas, laticínios integrais, embutidos e ultraprocessados eleva o LDL no sangue, assim como o uso contínuo de bebidas alcoólicas. Fatores como tabagismo, poluição e estresse oxidam a gordura, que gruda nas paredes das artérias, iniciando a formação de placas.

As células de defesa do corpo tentam remover o LDL oxidado, mas acabam se transformando em células espumosas que contribuem para os danos. Além disso, o hábito de beber e fumar e a falta de atividade física diminuem o HDL. É como se o corpo perdesse a capacidade de se autolimpar.

A condição não tem sintomas iniciais perceptíveis. Quando os sinais aparecem — como dor no peito (angina), fadiga extrema ou formigamento nos braços e pernas — já indicam artérias gravemente obstruídas. Isso explica porque muitas pessoas só descobrem o problema após um infarto ou um AVC.

O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece diagnóstico, acompanhamento, tratamento e ações de prevenção gratuitamente para a população. Medicamentos como estatinas estão disponíveis na Farmácia Popular, e casos graves são encaminhados para a alta e a média complexidade.

Fonte _ FioCruz

Tecnologia inovadora no SUS vai detectar precocemente o câncer do colo do útero

 


O Ministério da Saúde (MS) inicia, nesta sexta-feira (15/8), a implementação do teste de biologia molecular DNA-HPV no Sistema Único de Saúde (SUS). Desenvolvido no Brasil pelo Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP), uma parceria entre a Fiocruz e o Governo do Paraná, o teste constitui um método moderno e inovador que faz parte do novo rastreamento organizado do câncer de colo do útero na rede pública de saúde, um avanço para a saúde da mulher. Ofertada inicialmente em 12 estados brasileiros, a tecnologia 100% nacional detecta 14 genótipos do papilomavírus humano (HPV), identificando a presença do vírus no organismo antes da ocorrência de lesões ou câncer em estágios iniciais. Isso ocorre inclusive em mulheres assintomáticas. Por isso, a iniciativa do Agora Tem Especialistas aumenta as chances de cura pelo tratamento precoce. A oncologia é uma das áreas prioritárias do programa, que visa reduzir o tempo de espera no SUS por atendimento especializado.

“A partir de hoje, estamos implementando essa nova forma de diagnóstico e prevenção do câncer do colo do útero em 12 estados brasileiros. Estamos aproveitando a infraestrutura criada durante a pandemia para os testes de biologia molecular. Essa estrutura agora será utilizada para o diagnóstico do HPV, permitindo reduzir o tempo de espera e iniciar o tratamento o mais rápido possível”, explicou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, no Hospital da Mulher de Recife, em Recife (Pernambuco), onde a iniciativa foi lançada. Estados como Bahia, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Minas, Paraná, Goiás e Pará também integraram o lançamento simultâneo.

O HPV é a principal causa do câncer do colo do útero, terceiro tipo mais incidente em mulheres, com 17.010 casos novos estimados por ano, no triênio 2023-2025. Estimativa do Instituto Nacional de Câncer (INCA) aponta 15 casos da doença a cada grupo de 100 mil mulheres. Por isso, a oferta do novo modelo de rastreamento é considerada um marco para a saúde da mulher em vista de uma série de benefícios. Além de conferir maior sensibilidade diagnóstica, o novo teste reduz a necessidade de exames e intervenções desnecessárias, com intervalos maiores entre as coletas quando o resultado der negativo. Outra vantagem é o rastreamento equitativo e de alta performance, que alcança mulheres em áreas remotas ou com menor oferta de serviços.

Parte do Plano Nacional para o Enfrentamento do Câncer do Colo do Útero, a implementação do novo teste DNA-HPV possibilitará o rastreamento em cerca de 5,6 milhões de mulheres em cinco anos, nos estados nos quais a iniciativa já começa a ser oferecida gradualmente: Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Ceará, Bahia, Pará, Rondônia, Goiás, Rio Grande do Sul, Paraná, além do Distrito Federal.

"Em mais uma ação de fortalecimento do SUS, a Unidade de Apoio ao Diagnóstico da Fiocruz [Unadig], localizada no campus sede da Fundação no Rio de Janeiro, apoiará o processamento laboratorial das análises", destaca o presidente da Fiocruz, Mario Moreira, que esteve presente no lançamento simultâneo da iniciativa na Unidade Básica de Saúde de Campo Belo, em Curitiba (Paraná). "A Unadig é parte do legado histórico da resposta da Fiocruz à pandemia de Covid-19, quando foi estruturada para a pronta ação de diagnóstico laboratorial".

Novo método será implementado em todo o Brasil até o final de 2026

“O câncer do colo do útero ainda é o que mais mata mulheres no Nordeste. No Brasil, são 20 mortes por dia — até seis vezes mais que os casos de feminicídio em alguns estados. Com diagnóstico mais rápido e tratamento precoce, podemos salvar muitas vidas”, disse o ministro da Saúde, que também marcou presença na Unidade de Saúde da Família Doutora Fernanda Wanderley, em Recife (PE). No local, pacientes do SUS realizaram as primeiras coletas com o novo teste DNA-HPV.

Representantes do Ministério da Saúde também lançaram a iniciativa no DF e em outros 10 estados, que foram contemplados por contarem com serviços de referência para colposcopia e biópsia. Assim, garantem fluxo assistencial completo para as mulheres que apresentarem resultados alterados.

A implementação começa por um município em cada estado, sendo ampliada conforme a finalização da troca do método. A meta é que, até dezembro de 2026, o rastreio esteja presente na rede pública de todo o território nacional, beneficiando 7 milhões de mulheres de 25 a 64 anos por ano. “Graças ao SUS e à parceria com estados e municípios, o Brasil será capaz de implementar nacionalmente essa tecnologia em tempo recorde. Países como Reino Unido, Espanha e Portugal levaram de dois a três anos para conseguir o mesmo”, evidencia o ministro.

Teste molecular substituirá o exame Papanicolau de forma gradativa

Produzido pelo IBMP, uma parceria entre a Fiocruz e o Governo do Paraná, o teste molecular de DNA-HPV substituirá o exame citopatológico Papanicolau, que passará a ser realizado apenas para confirmação de casos em que o teste DNA-HPV der positivo. Por ser mais eficaz, a nova tecnologia permite ampliar os intervalos de rastreamento para até cinco anos, aumentando a eficiência e reduzindo custos.

“Com o Papanicolau, o exame precisa ser repetido a cada três anos. Com essa nova tecnologia, o intervalo passa a ser de cinco anos. Além disso, elimina a necessidade de nova coleta quando o resultado é inconclusivo — a mesma amostra já serve para todos os exames necessários, acelerando o encaminhamento ao tratamento”, explica Padilha.

Rastreamento organizado do Câncer do Colo do Útero

A implementação do teste foi viabilizada pelas Diretrizes Brasileiras de Rastreamento do Câncer do Colo do Útero, lançadas hoje pelo ministro Alexandre Padilha. As medidas estabelecem o rastreamento organizado, forma de trabalho na qual o SUS convida ativamente mulheres de 25 a 64 anos, público-alvo da iniciativa, para realizar o exame.

Para isso, as equipes de Saúde da Família e os Agentes Comunitários de Saúde farão o levantamento das mulheres da região que estão na faixa etária do rastreamento, com o teste ginecológico atrasado ou que nunca o fizeram, assim como as que ainda não foram vacinadas.

A elaboração das diretrizes foi coordenada pelo Incacom a participação de 81 especialistas que representaram a cinco Secretarias do Ministério da Saúde, além da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e outras 37 instituições de todas as regiões do país, incluindo universidades, hospitais, sociedades médicas e organizações da sociedade civil.

Pacientes do SUS terão acesso ao novo exame nas unidades básicas de saúde

O público-alvo do rastreamento organizado são as mulheres cisgênero, incluindo homens transgênero, indivíduos não binários, de gênero fluido e intersexuais nascidos com sistema reprodutivo feminino. Para ter acesso ao novo teste molecular DNA-HPV, basta marcar uma consulta ginecológica regular nas Unidades Básicas de Saúde. O estado usará o cruzamento de informações de pessoas não vacinadas.

Para a expansão da iniciativa, o Ministério da Saúde vai disponibilizar kits e insumos do teste, treinamentos especializados para os profissionais do SUS e suporte diagnóstico por meio do Super Centro para Diagnóstico do Câncer, iniciativa do programa Agora Tem Especialistas que usa tecnologia de ponta para reduzir de 25 para cinco dias o resultado do parecer médico. A unidade usa telepatologia e emissão de laudos a distância e apoio em colposcopia e citologia líquida.

Em parceria com o Inca e o Hospital Israelita Albert Einstein, o Ministério também ofertará curso de citopatologia, além de suporte à organização local dos estados e municípios.

Autocoleta para ampliar acesso ao rastreamento do câncer do colo do útero

Com o avanço da implementação do novo teste, o Ministério da Saúde também possibilitará às pacientes do SUS autocoleta do material ginecológico para populações com dificuldade de acesso aos serviços de saúde ou resistência à realização do exame.

É o caso de mulheres em situação de vulnerabilidade e/ou desigualdade social, como aquelas que estão em situação de rua, privadas de liberdade, além das migrantes, refugiadas e apátridas, com albinismo, negras, quilombolas, circenses, ciganas, entregadoras por aplicativos e pessoas LGBTQIAPN+ ou com resistência ao exame ginecológico.

O procedimento será ensinado às pacientes por um profissional de saúde e a amostra, que será colhida em casa, entregue em uma Unidade Básica de Saúde (UBS).

Leia mais no site do Ministério da Saúde.

Fonte _ FioCruz

sexta-feira, 15 de agosto de 2025

Festival do Açaí

 


Festival do Açaí 2025 – Feijó/AC

A festa mais aguardada do ano começa quinta-feira, dia 14, e promete agitar a cidade até domingo!

📅 Programação:

• Quinta (14/08) – @dilsinho

• Sexta (15/08) – @lucaslucco

• Sábado (16/08) – @bandamagnificos

• Domingo (17/08) – @natanzinholimaoficial

Música, cultura e muito açaí esperando por você. Não fique de fora!

ENCERRAMENTO FESTA DA PADROEIRA 2025

 


Ministério da Saúde oferta tecnologia inovadora 100% nacional para detectar câncer do colo do útero no SUS

 


Ministério da Saúde inicia, nesta sexta-feira (15/8), a implementação do teste de biologia molecular DNA-HPV no Sistema Único de Saúde (SUS). Trata-se de um método moderno e inovador que faz parte do novo rastreamento organizado do câncer de colo do útero na rede pública de saúde, um avanço para a saúde da mulher.  Ofertada inicialmente em 12 estados brasileiros, a tecnologia 100% nacional detecta 14 genótipos do papilomavírus humano (HPV), identificando a presença do vírus no organismo antes da ocorrência de lesões ou câncer em estágios iniciais. Isso ocorre inclusive em mulheres assintomáticas. Por isso, a iniciativa do Agora Tem Especialistas aumenta as chances de cura pelo tratamento precoce. A oncologia é uma das áreas prioritárias do programa, que visa reduzir o tempo de espera no SUS por atendimento especializado. 

“A partir de hoje, estamos implementando essa nova forma de diagnóstico e prevenção do câncer do colo do útero em 12 estados brasileiros. Estamos aproveitando a infraestrutura criada durante a pandemia para os testes de biologia molecular. Essa estrutura agora será utilizada para o diagnóstico do HPV, permitindo reduzir o tempo de espera e iniciar o tratamento o mais rápido possível”, explicou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, no Hospital da Mulher de Recife, em Recife (PE), onde a iniciativa foi lançada.

O HPV é a principal causa do câncer do colo do útero, terceiro tipo mais incidente em mulheres, com 17.010 casos novos estimados por ano, no triênio 2023-2025. Estimativa do Instituto Nacional de Câncer (INCA) aponta 15 casos da doença a cada grupo de 100 mil mulheres. Por isso, a oferta do novo modelo de rastreamento é considerada um marco para a saúde da mulher em vista de uma série de benefícios. Além de conferir maior sensibilidade diagnóstica, o novo teste reduz a necessidade de exames e intervenções desnecessárias, com intervalos maiores entre as coletas quando o resultado der negativo.  Outra vantagem é o rastreamento equitativo e de alta performance, que alcança mulheres em áreas remotas ou com menor oferta de serviços. 

Parte do Plano Nacional para o Enfrentamento do Câncer do Colo do Útero, a implementação do novo teste DNA-HPV possibilitará o rastreamento em cerca de 5,6 milhões de mulheres em cinco anos, nos estados nos quais a iniciativa já começa a ser oferecida gradualmente: Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Ceará, Bahia, Pará, Rondônia, Goiás, Rio Grande do Sul, Paraná, além do Distrito Federal.  

Novo método será implementado em todo o Brasil até o final de 2026 

“O câncer do colo do útero ainda é o que mais mata mulheres no Nordeste. No Brasil, são 20 mortes por dia — até seis vezes mais que os casos de feminicídio em alguns estados. Com diagnóstico mais rápido e tratamento precoce, podemos salvar muitas vidas”, disse o ministro da Saúde, que também marcou presença na Unidade de Saúde da Família Doutora Fernanda Wanderley, em Recife (PE). No local, pacientes do SUS realizaram as primeiras coletas com o novo teste DNA-HPV.   

Representantes do Ministério da Saúde também lançaram a iniciativa no DF e em outros 10 estados, que foram contemplados por contarem com serviços de referência para colposcopia e biópsia. Assim, garantem fluxo assistencial completo para as mulheres que apresentarem resultados alterados. 

A implementação começa por um município em cada estado, sendo ampliada conforme a finalização da troca do método. A meta é que, até dezembro de 2026, o rastreio esteja presente na rede pública de todo o território nacional, beneficiando 7 milhões de mulheres de 25 a 64 anos por ano. “Graças ao SUS e à parceria com estados e municípios, o Brasil será capaz de implementar nacionalmente essa tecnologia em tempo recorde. Países como Reino Unido, Espanha e Portugal levaram de dois a três anos para conseguir o mesmo”, evidencia o ministro.  

Teste molecular substituirá o exame Papanicolau de forma gradativa 

Produzido pelo Instituto de Biologia Molecular do Paraná, ligado à Fiocruz, o teste molecular de DNA-HPV substituirá o exame citopatológico Papanicolau, que passará a ser realizado apenas para confirmação de casos em que o teste DNA-HPV der positivo. Por ser mais eficaz, a nova tecnologia permite ampliar os intervalos de rastreamento para até cinco anos, aumentando a eficiência e reduzindo custos. 

“Com o Papanicolau, o exame precisa ser repetido a cada três anos. Com essa nova tecnologia, o intervalo passa a ser de cinco anos. Além disso, elimina a necessidade de nova coleta quando o resultado é inconclusivo — a mesma amostra já serve para todos os exames necessários, acelerando o encaminhamento ao tratamento”, explica Padilha.

Rastreamento organizado do Câncer do Colo do Útero  

A implementação do teste foi viabilizada pelas Diretrizes Brasileiras de Rastreamento do Câncer do Colo do Útero, lançadas hoje pelo ministro Alexandre Padilha. As medidas estabelecem o rastreamento organizado, forma de trabalho na qual o SUS convida ativamente mulheres de 25 a 64 anos, público-alvo da iniciativa, para realizar o exame. 

Para isso, as equipes de Saúde da Família e os Agentes Comunitários de Saúde farão o levantamento das mulheres da região que estão na faixa etária do rastreamento, com o teste ginecológico atrasado ou que nunca o fizeram, assim como as que ainda não foram vacinadas. 

A elaboração das diretrizes foi coordenada pelo INCA com a participação de 81 especialistas que representaram a cinco Secretarias do Ministério da Saúde, além da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e outras 37 instituições de todas as regiões do país, incluindo universidades, hospitais, sociedades médicas e organizações da sociedade civil. 

Pacientes do SUS terão acesso ao novo exame nas unidades básicas de saúde  

O público-alvo do rastreamento organizado são as mulheres cisgênero, incluindo homens transgênero, indivíduos não binários, de gênero fluido e intersexuais nascidos com sistema reprodutivo feminino.  Para ter acesso ao novo teste molecular DNA-HPV, basta marcar uma consulta ginecológica regular nas Unidades Básicas de Saúde. O estado usará o cruzamento de informações de pessoas não vacinadas  

Para a expansão da iniciativa, o Ministério da Saúde vai disponibilizar kits e insumos do teste, treinamentos especializados para os profissionais do SUS e suporte diagnóstico por meio do Super Centro para Diagnóstico do Câncer, iniciativa do programa Agora Tem Especialistas que usa tecnologia de ponta para reduzir de 25 para cinco dias o resultado do parecer médico. A unidade usa telepatologia e emissão de laudos a distância e apoio em colposcopia e citologia líquida.  

Em parceria com o INCA e o Hospital Israelita Albert Einstein, o Ministério também ofertará curso de citopatologia, além de suporte à organização local dos estados e municípios. 

Autocoleta para ampliar acesso ao rastreamento do câncer do colo do útero 

Com o avanço da implementação do novo teste, o Ministério da Saúde também possibilitará às pacientes do SUS autocoleta do material ginecológico para populações com dificuldade de acesso aos serviços de saúde ou resistência à realização do exame.  

 É o caso de mulheres em situação de vulnerabilidade e/ou desigualdade social, como aquelas que estão em situação de rua, privadas de liberdade, além das migrantes, refugiadas e apátridas, com albinismo, negras, quilombolas, circenses, ciganas, entregadoras por aplicativos e pessoas LGBTQIAPN+ ou com resistência ao exame ginecológico.  

O procedimento será ensinado às pacientes por um profissional de saúde e a amostra, que será colhida em casa, entregue em uma Unidade Básica de Saúde (UBS). 

Fortalecimento do tratamento oncológico no estado 

Em Recife (PE), o ministro da Saúde anunciou, ainda, outras medidas do programa Agora Tem Especialistas, como a ampliação do acesso ao tratamento radioterápico em visita ao setor de radioterapia do Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC). Já o Pronto Socorro Cardiológico Universitário de Pernambuco (PROCAPE) receberá incremento do financiamento para o laboratório de eletrofisiologia, no valor de R$ 1,2 milhão ao ano.  

O ministro também esteve no Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira (IMIP), onde anunciou que um novo acelerador linear, no valor de R$ 10 milhões, será destinado à instituição por meio do Pronon (Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica). Com o equipamento, será possível ampliar a oferta atual de atendimentos de radioterapia no local em 133% em 12 meses.

Fonte _ Saúde.gov

MISSA PARA OS DOENTES, IDOSOS E SEUS CUIDADORES

 


às 8:00 na Catedral com bênção especial para eles e suas famílias

Brasil tem 229 mil crianças não vacinadas contra difteria, tétano e coqueluche, aponta Unicef

 


O Brasil reapareceu na lista dos 20 países com maior número de crianças não vacinadas contra difteria, tétano e coqueluche (DTP) em 2024, segundo relatório divulgado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O país está em 17º lugar na lista, com 229 mil crianças que não receberam a primeira dose da DTP ou Tríplice Bacteriana em 2024. No calendário nacional de vacinação, a DTP é indicada em três doses e dois reforços, sendo a primeira aplicada aos 2 meses de idade. 

Apesar da volta do Brasil à lista, da qual tinha saído em 2024, com dados de 2023, o relatório aponta que o país atingiu uma cobertura global da DTP1 de 91% - mais próxima da meta de 95%. Isso indica que o Brasil está entre os países com as maiores coberturas percentuais do imunizante do mundo. 

“É uma lista que foca em números absolutos, não na cobertura vacinal. Apesar deste número corresponder a 2% da população de crianças que devem tomar essa vacina, 229 mil crianças é um número gigantesco, semelhante a populações inteiras de cidades e até de países, o que deve ser levado em conta”, afirma o infectologista e gestor médico do Butantan, Érique Miranda.

A vacina DTP na sua versão acelular é um dos imunizantes produzidos pelo Butantan. No ano passado, o Instituto forneceu ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) 4 milhões de doses, que foram encaminhadas aos estados e municípios pelo Ministério da Saúde para serem distribuídas gratuitamente à população nos postos de saúde.

Para a OMS, a primeira dose de DTP é um indicador para o acesso aos serviços de imunização. Quando ela não é administrada, a criança é considerada “zero dose”, ou seja, que não recebeu nenhuma vacina. No ano passado, o Brasil deixou de figurar na lista ao computar 103 mil crianças não vacinadas, uma queda acentuada comparada aos dados de 2022, quando foram registradas 418 mil crianças zero dose no país.

Segundo o Ministério da Saúde, no primeiro quadrimestre de 2025 o Brasil registrou um aumento na cobertura de 15 das 16 vacinas do calendário nacional  na comparação ao mesmo período de 2024; entre os imunizantes que tiveram sua cobertura ampliada está o primeiro reforço da DTP, que foi de 74,49% para 81,97% - mas ainda fora da meta de 95%.

“Houve sim uma queda nas coberturas vacinais e essa variação desde a pandemia já foi suficiente para colocar o Brasil nesta lista. É um número macro e a tendência dele, de acordo com os dados recentes do governo, que demonstram uma curva de melhora, é o Brasil sair dessa lista novamente”, afirma Érique Miranda.

Durante a pandemia de Covid-19, houve uma queda significativa nas coberturas da primeira e terceira dose de DTP nas Américas. Em 2021, a região atingiu seu nível mais baixo em duas décadas, com coberturas de 87% para DTP1 e 81% para DTP3. No entanto, os dados de 2023 mostraram uma recuperação parcial, com 90% para DTP1 e 88% para DTP3, segundo a OPAS.

Causas da não vacinação

O relatório do Unicef aponta que 20 milhões de crianças permaneceram não vacinadas ou subvacinadas no mundo em 2024. Destas, 14,3 milhões não receberam nenhuma vacina (zero dose de DTP1), um aumento em relação aos 12,9 milhões de 2019. Entre as crianças que permanecem não vacinadas ou subvacinadas no mundo, aproximadamente 10,2 milhões (51%) vivem em países com fragilidade institucional e social ou afetados por conflitos. 

Vinte e sete países apresentaram cobertura de DTP1 abaixo de 80%, sugerindo a necessidade de ampliar o acesso aos serviços de imunização locais. A maioria deles está localizada na África Ocidental e Central (7), África Oriental e Meridional (6) e América Latina e Caribe (6).

O relatório aponta que, globalmente, mais de 50% das crianças com zero dose estão concentradas em nove países altamente populosos e/ou que vivem em conflitos políticos e econômicos que impactam a vacinação.
São eles: Nigéria (228 milhões de habitantes e 15% de crianças zero dose), Índia (1,43 bilhão de habitantes e 6% de crianças zero dose), Sudão (50 milhões de habitantes e 6% de crianças zero dose), República Democrática do Congo (106 milhões de habitantes e 5% de crianças zero dose), Etiópia (129 milhões de habitantes e 5% de crianças zero dose), Indonésia (281 milhões de habitantes e 5% de crianças zero dose), Iêmen (39,4 milhões de habitantes e 4% de crianças zero dose), Afeganistão (41,5 milhões e 3% de crianças zero dose) e Angola (36,8 milhões e 3% de crianças zero dose).

O relatório pondera o grande número de habitantes de alguns países contribuem para os números globais, apesar das altas taxas de cobertura vacinal. Por exemplo, em 2024, a Índia contabilizou 909 mil crianças com zero dose, o que corresponde a 6% da população elegível, apesar de atingir 96% de cobertura para uma coorte de 22,7 milhões de bebês sobreviventes.

A lista de 20 países elaborada pela Unicef leva em conta o número absoluto de crianças não vacinadas, portanto destacam-se países muito populosos e com graves limitações do sistema de saúde pública. “A Nigéria, que está no topo da lista, com 2 milhões de crianças não vacinadas, é o sexto país mais populoso do mundo e ainda é uma área endêmica para poliomielite que enfrenta questões de segurança, socioeconômicas, de infraestrutura e sistêmicas que contribuem para o desafio geral de alcançar uma alta cobertura vacinal no país”, explica Érique Miranda.

Em segundo lugar vem a Índia, o segundo país mais populoso do mundo e seis vezes mais populoso que a Nigéria, porém com metade do número de crianças sem vacinar observado no país africano: quase 1 milhão. O Brasil, que tem uma população um pouco menor que a da Nigéria, tem 229 mil, e está em 17º na lista, ao lado da China.

Coqueluche preocupa

O relatório detalhou também a cobertura global da terceira dose da vacina contra difteria, tétano e coqueluche (DTP3) - frequentemente usada como um indicador de quão bem os países estão fornecendo serviços de imunização de rotina para crianças – e da vacina de sarampo, já que a doença é considerada um marcador de transmissão.

Em 2024, a cobertura global da terceira dose da DTP3 foi de 85%, de acordo com as estimativas mais recentes da OMS e do Unicef, pouco abaixo da meta global de 90% estabelecida pela Agenda de Imunização 2030.

Ao todo, 111 países (57%) alcançaram pelo menos 90% de cobertura da DTP3 em 2024. Esse número é menor do que em 2019, quando 125 países atingiram a meta.

A Europa, Ásia Central e o sul da Ásia apresentaram a maior cobertura da vacina DTP3, com 92%, enquanto a África Ocidental e Central apresentaram a menor, com 72%. A cobertura nos países da América Latina e Caribe foi de 82%.

No seu Alerta Epidemiológico de Aumento de Casos de Coqueluche na Região das Américas, a OPAS apresentou a evolução das coberturas de DTP3 entre 2020 e 2024 em sete países da região — Brasil, Colômbia, Equador, Estados Unidos, México, Paraguai e Peru —, que registram surtos de coqueluche em 2025.

Segundo o relatório, a cobertura de DTP3 no Brasil sofreu altos e baixos nos últimos quatro anos, com totais de 86% (2020), 68% (2021), 77% (2022), 90% (2023) e 91% (2024).

No Brasil, até meados de maio de 2025, foram notificados 1.819 casos confirmados de coqueluche, incluindo seis óbitos. Dos estados com casos confirmados de coqueluche, os que apresentaram maior número foram Minas Gerais (417 casos e um óbito), São Paulo (321 casos e dois óbitos), Rio Grande do Sul (249 casos e um óbito) e Paraná (247 casos). A faixa etária mais acometida é a de crianças menores de um ano (498 casos), representando 27,4%, seguida da faixa etária de 1 a 4 anos (462), representando 25,4%. 

“A queda das coberturas durante a pandemia fez ressurgir surtos de coqueluche em adultos que estão infectando crianças porque, depois dos 7 anos, não se recebe mais reforço da coqueluche, só se recebe a vacina duplo adulto acelular (tétano e difteria). Os adultos sem imunidade contra coqueluche infectam principalmente bebês que ainda não receberam os três reforços. Por isso, é importante possibilitar reforços para adultos, para além das gestantes e profissionais de saúde”, explica Érique.

Causada pela bactéria Borderella pertussis, a coqueluche é repassada pelo contato com gotículas de pessoas doentes, sendo altamente transmissível. É justamente por esse motivo que a meta de vacinação é a mais alta - de 95%.

O Brasil reapareceu na lista dos 20 países com maior número de crianças não vacinadas contra difteria, tétano e coqueluche (DTP) em 2024, segundo relatório divulgado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O país está em 17º lugar na lista, com 229 mil crianças que não receberam a primeira dose da DTP ou Tríplice Bacteriana em 2024. No calendário nacional de vacinação, a DTP é indicada em três doses e dois reforços, sendo a primeira aplicada aos 2 meses de idade. 

Apesar da volta do Brasil à lista, da qual tinha saído em 2024, com dados de 2023, o relatório aponta que o país atingiu uma cobertura global da DTP1 de 91% - mais próxima da meta de 95%. Isso indica que o Brasil está entre os países com as maiores coberturas percentuais do imunizante do mundo. 

“É uma lista que foca em números absolutos, não na cobertura vacinal. Apesar deste número corresponder a 2% da população de crianças que devem tomar essa vacina, 229 mil crianças é um número gigantesco, semelhante a populações inteiras de cidades e até de países, o que deve ser levado em conta”, afirma o infectologista e gestor médico do Butantan, Érique Miranda.

A vacina DTP na sua versão acelular é um dos imunizantes produzidos pelo Butantan. No ano passado, o Instituto forneceu ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) 4 milhões de doses, que foram encaminhadas aos estados e municípios pelo Ministério da Saúde para serem distribuídas gratuitamente à população nos postos de saúde.

Para a OMS, a primeira dose de DTP é um indicador para o acesso aos serviços de imunização. Quando ela não é administrada, a criança é considerada “zero dose”, ou seja, que não recebeu nenhuma vacina. No ano passado, o Brasil deixou de figurar na lista ao computar 103 mil crianças não vacinadas, uma queda acentuada comparada aos dados de 2022, quando foram registradas 418 mil crianças zero dose no país.

Segundo o Ministério da Saúde, no primeiro quadrimestre de 2025 o Brasil registrou um aumento na cobertura de 15 das 16 vacinas do calendário nacional  na comparação ao mesmo período de 2024; entre os imunizantes que tiveram sua cobertura ampliada está o primeiro reforço da DTP, que foi de 74,49% para 81,97% - mas ainda fora da meta de 95%.

“Houve sim uma queda nas coberturas vacinais e essa variação desde a pandemia já foi suficiente para colocar o Brasil nesta lista. É um número macro e a tendência dele, de acordo com os dados recentes do governo, que demonstram uma curva de melhora, é o Brasil sair dessa lista novamente”, afirma Érique Miranda.

Durante a pandemia de Covid-19, houve uma queda significativa nas coberturas da primeira e terceira dose de DTP nas Américas. Em 2021, a região atingiu seu nível mais baixo em duas décadas, com coberturas de 87% para DTP1 e 81% para DTP3. No entanto, os dados de 2023 mostraram uma recuperação parcial, com 90% para DTP1 e 88% para DTP3, segundo a OPAS.

Causas da não vacinação

O relatório do Unicef aponta que 20 milhões de crianças permaneceram não vacinadas ou subvacinadas no mundo em 2024. Destas, 14,3 milhões não receberam nenhuma vacina (zero dose de DTP1), um aumento em relação aos 12,9 milhões de 2019. Entre as crianças que permanecem não vacinadas ou subvacinadas no mundo, aproximadamente 10,2 milhões (51%) vivem em países com fragilidade institucional e social ou afetados por conflitos. 

Vinte e sete países apresentaram cobertura de DTP1 abaixo de 80%, sugerindo a necessidade de ampliar o acesso aos serviços de imunização locais. A maioria deles está localizada na África Ocidental e Central (7), África Oriental e Meridional (6) e América Latina e Caribe (6).

O relatório aponta que, globalmente, mais de 50% das crianças com zero dose estão concentradas em nove países altamente populosos e/ou que vivem em conflitos políticos e econômicos que impactam a vacinação.
São eles: Nigéria (228 milhões de habitantes e 15% de crianças zero dose), Índia (1,43 bilhão de habitantes e 6% de crianças zero dose), Sudão (50 milhões de habitantes e 6% de crianças zero dose), República Democrática do Congo (106 milhões de habitantes e 5% de crianças zero dose), Etiópia (129 milhões de habitantes e 5% de crianças zero dose), Indonésia (281 milhões de habitantes e 5% de crianças zero dose), Iêmen (39,4 milhões de habitantes e 4% de crianças zero dose), Afeganistão (41,5 milhões e 3% de crianças zero dose) e Angola (36,8 milhões e 3% de crianças zero dose).

O relatório pondera o grande número de habitantes de alguns países contribuem para os números globais, apesar das altas taxas de cobertura vacinal. Por exemplo, em 2024, a Índia contabilizou 909 mil crianças com zero dose, o que corresponde a 6% da população elegível, apesar de atingir 96% de cobertura para uma coorte de 22,7 milhões de bebês sobreviventes.

A lista de 20 países elaborada pela Unicef leva em conta o número absoluto de crianças não vacinadas, portanto destacam-se países muito populosos e com graves limitações do sistema de saúde pública. “A Nigéria, que está no topo da lista, com 2 milhões de crianças não vacinadas, é o sexto país mais populoso do mundo e ainda é uma área endêmica para poliomielite que enfrenta questões de segurança, socioeconômicas, de infraestrutura e sistêmicas que contribuem para o desafio geral de alcançar uma alta cobertura vacinal no país”, explica Érique Miranda.

Em segundo lugar vem a Índia, o segundo país mais populoso do mundo e seis vezes mais populoso que a Nigéria, porém com metade do número de crianças sem vacinar observado no país africano: quase 1 milhão. O Brasil, que tem uma população um pouco menor que a da Nigéria, tem 229 mil, e está em 17º na lista, ao lado da China.

Coqueluche preocupa

O relatório detalhou também a cobertura global da terceira dose da vacina contra difteria, tétano e coqueluche (DTP3) - frequentemente usada como um indicador de quão bem os países estão fornecendo serviços de imunização de rotina para crianças – e da vacina de sarampo, já que a doença é considerada um marcador de transmissão.

Em 2024, a cobertura global da terceira dose da DTP3 foi de 85%, de acordo com as estimativas mais recentes da OMS e do Unicef, pouco abaixo da meta global de 90% estabelecida pela Agenda de Imunização 2030.

Ao todo, 111 países (57%) alcançaram pelo menos 90% de cobertura da DTP3 em 2024. Esse número é menor do que em 2019, quando 125 países atingiram a meta.

A Europa, Ásia Central e o sul da Ásia apresentaram a maior cobertura da vacina DTP3, com 92%, enquanto a África Ocidental e Central apresentaram a menor, com 72%. A cobertura nos países da América Latina e Caribe foi de 82%.

No seu Alerta Epidemiológico de Aumento de Casos de Coqueluche na Região das Américas, a OPAS apresentou a evolução das coberturas de DTP3 entre 2020 e 2024 em sete países da região — Brasil, Colômbia, Equador, Estados Unidos, México, Paraguai e Peru —, que registram surtos de coqueluche em 2025.

Segundo o relatório, a cobertura de DTP3 no Brasil sofreu altos e baixos nos últimos quatro anos, com totais de 86% (2020), 68% (2021), 77% (2022), 90% (2023) e 91% (2024).

No Brasil, até meados de maio de 2025, foram notificados 1.819 casos confirmados de coqueluche, incluindo seis óbitos. Dos estados com casos confirmados de coqueluche, os que apresentaram maior número foram Minas Gerais (417 casos e um óbito), São Paulo (321 casos e dois óbitos), Rio Grande do Sul (249 casos e um óbito) e Paraná (247 casos). A faixa etária mais acometida é a de crianças menores de um ano (498 casos), representando 27,4%, seguida da faixa etária de 1 a 4 anos (462), representando 25,4%. 

“A queda das coberturas durante a pandemia fez ressurgir surtos de coqueluche em adultos que estão infectando crianças porque, depois dos 7 anos, não se recebe mais reforço da coqueluche, só se recebe a vacina duplo adulto acelular (tétano e difteria). Os adultos sem imunidade contra coqueluche infectam principalmente bebês que ainda não receberam os três reforços. Por isso, é importante possibilitar reforços para adultos, para além das gestantes e profissionais de saúde”, explica Érique.

Causada pela bactéria Borderella pertussis, a coqueluche é repassada pelo contato com gotículas de pessoas doentes, sendo altamente transmissível. É justamente por esse motivo que a meta de vacinação é a mais alta - de 95%.

O que precisa ser feito para reverter o cenário

O documento da OMS e Unicef destaca que os desafios para aumentar a cobertura vacinal são numerosos e persistem em regiões frágeis e afetadas por conflitos. Em 2024, ao menos oito países apresentaram coberturas da DTP3 de 60% ou menos (Afeganistão, Azerbaijão, Bolívia, República Centro-Africana, Líbano, Papua-Nova Guiné, Sudão e Iêmen). Seis em cada oito desses países vivem em situação de fragilidade institucional e social, ou são afetados por conflitos.

O documento ressalta ainda que a cobertura também é afetada por investimentos inadequados em programas nacionais de imunização, escassez de vacinas e surtos de doenças.

“Para elevar os níveis globais de imunização, é essencial priorizar os esforços nos países com os maiores números absolutos de crianças não vacinadas. No entanto, é igualmente importante garantir que os países com baixas taxas de cobertura, onde as crianças têm maior probabilidade de não serem imunizadas, recebam a atenção necessária, especialmente em nações com coortes de nascimento menores”, pondera o Unicef.

Fonte _ Butantan

quinta-feira, 14 de agosto de 2025

Festival do Açaí

 


Festival do Açaí 2025 – Feijó/AC

A festa mais aguardada do ano começa quinta-feira, dia 14, e promete agitar a cidade até domingo!

📅 Programação:

• Quinta (14/08) – @dilsinho

• Sexta (15/08) – @lucaslucco

• Sábado (16/08) – @bandamagnificos

• Domingo (17/08) – @natanzinholimaoficial

Música, cultura e muito açaí esperando por você. Não fique de fora!



9ª Noite - Festa da Padroeira

 


Dedicada aos empresários, microempresários, empreendedores, lojistas, comerciantes, autônomos, artesãos e demais trabalhadores do comércio.

COM MARIA, MÃE DA ESPERANÇA, PROSPERAMOS COM FÉ E RESPONSABILIDADE Município homenageado: Cruzeiro do Sul/AC

NOITÁRIOS: Associação Comercial do Alto Juruá (Empresários) e Microempresários (Comércios do Mercado Joãozinho Melo), Sindicato do Turismo.

quarta-feira, 13 de agosto de 2025

8ª Noite - Festa da Padroeira 2025

 


Dedicada aos Trabalhadores da Educação, Estudantes e Funcionários públicos.

BEM-AVENTURADA VIRGEM MARIA, ESPERANÇA E SEDE DA SABEDORIA Municípios homenageados: Eirunepé/AM e Envira/AM

NOITÁRIOS: Núcleo Estadual de Educação, Secretaria Municipal de Educação, Escolas Estaduais, Escolas Municipais, Instituto Santa Terezinha, UFAC, IFAC, Claretiano, Faculdades Particulares, CEFLORA, SINTEAC.

Telessaude Acre - Web Palestra - Cólera: Sintomas, causas e Impactos na Saúde Pública


Apresentação: Dr. Dino Luís Hernandez Cabrera: Médico Clínico Geral e Teleconsultor do Telessaúde Acre

terça-feira, 12 de agosto de 2025

7ª Noite - Festa da Padroeira 2025

 


Dedicada aos Trabalhadores da Segurança, Justiça e Advogados.

MARIA ESPERANÇA E FAROL DE JUSTIÇA Municípios homenageados: Rodrigues Alves/AC

NOITÁRIOS: Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros, Instituto Socioeducativo, Unidade de Recuperação Social Manoel Neri da Silva (IAPEN), Delegacia de Atendimento à Mulher e ao Menor Adolescente, Delegacia Geral, Defensoria Pública, Ministério Público Estadual, Cartório de Registro Civil, Cartório de Tabelionato de Notas, Tribunal Regional Eleitoral (TRE), Vara do Trabalho, Polícia Federal, 61º BIS, Ministério Público Federal, Marinha, Aeronáutica, 1ª CIRETRAN, SENTRANS, PELTRAN.

segunda-feira, 11 de agosto de 2025

6ª Noite - Festa da Padroeira 2025

 


Dedicada aos Trabalhadores da Saúde.

MARIA ESPERANÇA E FORTALEZA DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE Município homenageado: Mâncio Lima/AC

NOITÁRIOS: Coordenação Regional de Saúde, Secretaria Municipal de Saúde, Hospital Regional do Juruá, Hospital Dermatológico, Hospital da Mulher e da Criança, Laboratório LabSul, Laboratório Pe. Reus, Laboratório Citolab, Laboratório Mais Saúde, Dentistas, Médicos, Assistentes Sociais, Psicólogos, Fisioterapeutas, CAPS, Sindicatos em Saúde

Ministério da Saúde investe R$ 7,3 milhões para equipar Unidades Básicas de Saúde no Acre

 


Dezoito municípios do Acre serão beneficiados com a entrega de 39 combos de equipamentos para qualificar a estrutura das Unidades Básicas de Saúde (UBSs). A ação integra o pacote de investimentos do PAC Saúde 2025, com recursos do Ministério da Saúde, totalizando R$ 7,3 milhões destinados exclusivamente ao estado. A medida deve beneficiar mais de 439 mil acreanos.

A iniciativa faz parte de uma estratégia nacional coordenada pela Agência Brasileira de Apoio à Gestão do SUS (AgSUS), que vai adquirir 180 mil equipamentos para mais de 5 mil municípios brasileiros. A aquisição será feita por meio de licitação pública, conforme edital publicado no Diário Oficial da União em 4 de agosto, disponível no site da AgSUS. A abertura das propostas está prevista para o dia 18 de agosto, no portal de Compras do Governo Federal.

A secretária de Atenção Primária à Saúde, Ana Luiza Caldas, destacou que o Novo PAC Saúde contempla ações para modernizar, ampliar o acesso e a resolutividade do cuidado ofertado pelas equipes da Atenção Primária, que é a porta de entrada prioritária do SUS, em todo o país. “A aquisição dos 180 mil equipamentos, sendo 10 mil combos, faz parte do maior investimento descentralizado já realizado para as Unidades Básicas de Saúde, e claro, tudo isso para garantir o acesso universal, equânime e integral à saúde em todo o território nacional”, disse.

Ao todo, serão adquiridos 10 mil combos, cada um contendo 18 equipamentos estratégicos, como ultrassom portátil, desfibrilador, laser terapêutico, retinógrafo e kits para Telessaúde. A previsão é que os equipamentos comecem a ser entregues a partir de novembro de 2025.

“Essa aquisição é fundamental para ampliar a resolutividade do cuidado, oferecer um atendimento mais seguro e humanizado, e reduzir encaminhamentos desnecessários para níveis mais complexos do sistema”, afirmou a diretora de Atenção Integral à Saúde da AgSUS, Luciana Maciel.

Para aprimorar o processo de contratação, a AgSUS realizou consulta pública com o setor produtivo entre maio e junho de 2025. Nesse período, ouviu representantes da indústria, gestores públicos e especialistas para aprimorar as especificações técnicas dos produtos.

Confira os equipamentos que serão adquiridos:

  • Eletrocardiógrafo digital para Telessaúde;
  • Doppler vascular portátil;
  • Retinógrafo portátil para telessaúde;
  • Espirômetro digital;
  • Dermatoscópio para Telessaúde;
  • Eletrocautério (bisturi elétrico);
  • Desfibrilador externo automático (DEA);
  • Laser terapêutico de baixa potência;
  • Ultrassom para fisioterapia;
  • Equipamentos de estimulação elétrica;
  • Dinamômetro digital;
  • Balança digital portátil;
  • Tábua de propriocepção;
  • Câmara fria para conservação de vacinas;
  • Fotóforo (foco de luz de cabeça);
  • Cadeira de rodas;
  • Otoscópio digital;
  • Ultrassom portátil de bolso.

Fonte _ Saúde.gov

TelesSaúde Acre - Web Palestra - Vigilância e Manejo Clínico do Sarampo no Estado do Acre

 


VIGILÂNCIA E MANEJO CLÍNICO DO SARAMPO NO ESTADO DO ACRE Apresentação

  • Cirley Lobato

Médica Infectologista. Mestre em Medicina e Saúde. Doutora e PHD em Saúde Pública USP. Docente da Universidade Federal do Acre (UFAC) e Teleconsultora do Telessaúde Acre

  • Renata Sonaira Cordeiro Meireles

Formação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Acre. Pós-graduação em Vigilância em Saúde pelo Hospital Sírio Libanês. Atuação: Vigilância epidemiológica das doenças exantemáticas.

domingo, 10 de agosto de 2025

5ª Noite - Festa da Padroeira 2025

 


Dedicada às Famílias.

COM SÃO JOSÉ, APRENDEMOS COM MARIA A VIVER A ESPERANÇA EM FAMÍLIA Município homenageado: : Ipixuna/AM

NOITÁRIOS: Pastoral Familiar Diocesana, Pastoral Familiar Paroquial, Apostolado da Oração, Pastoral da Pessoa Idosa, Pastoral do Dízimo, Pastoral da Saúde, Iniciação à Vida Cristã (Catequese), Pastoral da Terra, Pastoral da Criança, Irmãs Franciscanas, Irmãs Dominicanas, Irmãs de Nossa Senhora, E.C.C (Círculos Domiciliares), (Grupos de Oração), Legião de Maria, Alcoólicos Anônimos, Irmãos Maristas, Oficina de Oração e Vida, Lar dos Vicentinos.