Profissionais da saúde de vários lugares do país reclamam da falta de equipamentos de proteção individual, essenciais para o combate à pandemia do novo coronavírus.
As luzes das ambulâncias e o silêncio são uma homenagem dos colegas do hospital do Campo Limpo, em São Paulo. “Esse vídeo vai em homenagem à nossa querida colega Luzanira, que nos deixou hoje”.
Enquanto algumas cidades ainda não têm registro de casos, em outras já há baixas na batalha contra a Covid-19. Uma batalha intensa em hospitais como o municipal do Tatuapé, na Zona Leste de São Paulo. Os leitos da UTI estão ocupados e a sala de observação do pronto-socorro virou uma unidade semi-intensiva improvisada com 14 pacientes.Um dos profissionais de saúde gravou as imagens e um outro, que não quer ser identificado, fala da falta de equipamentos de proteção no hospital: “Até está sendo disponibilizado o avental impermeável, porém além dele você tem que usar o descartável por cima porque você não pode sair de um paciente e atender o outro com o mesmo. Porém, não está tendo esse descartável. A máscara cirúrgica também não está tendo.”



Ou por mensagem de áudio: ‘Avental é aquele avental que a gente usa para dar banho, um avental de TNT bem fraquinho, não temos avental impermeável.”

A Associação Médica Brasileira já acumula quase três mil denúncias em 611 municípios.

O Jornal Nacional conversou com uma enfermeira do Hospital São Paulo, que é federal. Ela está afastada do trabalho por suspeita de Covid-19. A enfermeira conta que por causa da escassez de aventais, ela e os colegas evitam tomar água e urinar.

Ela diz que o risco é grande também por falta de treinamento para lidar com pacientes e também para usar e retirar os equipamentos: “O que eu vejo é muita gente não fazendo de forma adequada, talvez por falta de treinamento.”
O secretário municipal da Saúde de São Paulo, Edson Aparecido, diz que o consumo explodiu: “Os nossos profissionais de saúde consumiam, até 30 dias atrás, 250 mil máscaras cirúrgicas por mês. Nós estamos consumindo 500 mil máscaras cirúrgicas por semana.”
Fonte_COFEN
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