Imuniza SUS

sábado, 30 de agosto de 2025

InfoGripe aponta aumento do número de casos de SRAG por Covid-19

 


O novo Boletim do InfoGripe da Fiocruz, divulgado nesta quinta-feira (28/8), aponta aumento do número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por Covid-19 no Rio de Janeiro, Ceará, Amazonas e Paraíba, ainda sem gerar grandes impactos nas hospitalizações por SRAG. O estudo informa que, no entanto, os casos graves pela doença continuam baixos no país. E sublinha a importância de que as pessoas dos grupos de risco verifiquem se estão em dia com a vacina. O InfoGripe é uma estratégia do Sistema Único de Saúde (SUS), voltada ao monitoramento de casos de SRAG no país, oferecendo suporte às vigilâncias em saúde na identificação de locais prioritários para ações, preparações e resposta a eventos em saúde pública. A análise é referente à Semana Epidemiológica 34, período de 17 a 23 de agosto.

A atualização aponta também que 20 estados apresentam incidência de SRAG em níveis de alerta: Amazonas, Distrito Federal, Mato Grosso, Goiás, Acre, Alagoas, Bahia, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Paraíba, Pará, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima, Santa Catarina e Sergipe. No Amazonas, o crescimento do número de casos se concentra nas crianças pequenas e é causado fundamentalmente pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR). O estado é o único que ainda apresenta aumento de SRAG por VSR no país.

No Distrito Federal, Mato Grosso e Goiás, o aumento dos casos de SRAG ocorre principalmente nas crianças e adolescentes de 2 a 14 anos. Os dados laboratoriais sugerem que o aumento está sendo impulsionado pelo rinovírus. O crescimento de SRAG vem ocorrendo especificamente na faixa etária de 2 a 14 anos em diversos estados da região Centro-Sul, com destaque para São Paulo, onde esse aumento é bem acentuado, assim como em alguns estados do Nordeste e no Amapá.

“Por conta do aumento, caso crianças e adolescentes nesta faixa etária apresentem sintomas de gripe ou resfriado devem ficar em casa e evitar ir à escola a fim de evitar transmissão do vírus para outras crianças. Lembrando que idosos e imunocomprometidos devem tomar a vacina contra a Covid-19 a cada seis meses. Os demais grupos de risco, como pessoas com comorbidade, precisam tomar doses de reforço uma vez ao ano”, recomenda a pesquisadora Tatiana Portella, do Programa de Processamento de Dados Científicos da Fiocruz e do Boletim InfoGripe.

Capitais

A pesquisa identificou que 2 das 27 capitais apresentam nível de atividade de SRAG em alerta, risco ou alto risco (últimas duas semanas) com sinal de crescimento de SRAG na tendência de longo prazo (últimas seis semanas) até a semana 34: Cuiabá (MT) e Manaus (AM).

Situação nacional

Em nível nacional, o cenário atual sugere indícios de queda na tendência de longo prazo (últimas seis semanas) e de aumento na tendência de curto prazo (últimas três semanas). Referente ao ano epidemiológico de 2025, já foram notificados 163.956 casos de SRAG, sendo 87.741 (53,5%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 56.822 (34,7%) negativos e ao menos 8.757 (5,3%) aguardando resultado laboratorial.

Dentre os casos positivos deste ano, observou-se que 24,6% são de influenza A, 1,1% de influenza B, 45,1% de vírus sincicial respiratório, 25,2% de rinovírus, e 7% de Sars-CoV-2 (Covid-19). Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos foi de 7,9% de influenza A, 1,7% de influenza B, 31,1% de vírus sincicial respiratório, 44,8% de rinovírus e 11,5% de Sars-CoV-2 (Covid-19).

Fonte _ FioCruz

Santo Rosário | 40 Dias com São Miguel Arcanjo 2025 | 14° Dia | Live

 


sexta-feira, 29 de agosto de 2025

Vacina da gripe não causa AVC, mas sim protege contra doenças do coração e infarto

 


É mito dizer que a vacina contra a influenza causa Acidente Vascular Cerebral (AVC) ou qualquer doença do coração. Ao contrário, há evidências científicas robustas que comprovam que o imunizante é capaz de prevenir enfermidades cardiovasculares e suas complicações, como o AVC, e pode evitar uma piora do quadro após infarto do miocárdio.

Além de proteger contra a doença respiratória causada pelo vírus influenza, a vacina da gripe é indicada para quem tem problemas cardiovasculares ou risco de desenvolvê-los, como as pessoas que têm diabetes, síndrome metabólica, hipertensão, aterosclerose (acúmulo de colesterol ruim nas artérias), obesidade e aumento da circunferência abdominal. 

“Temos estudos que comprovam com evidências científicas potentes que vacinar contra a gripe tem um impacto positivo muito grande nestas pessoas porque a influenza pode ser um desencadeador inflamatório em cascata, aumentando o risco de provocar as complicações e descompensar doenças pré-existentes. Quem fala que a vacina Influenza causa estas doenças está indo na contramão da ciência”, afirma a gestora médica de Desenvolvimento Clínico do Butantan Carolina Barbieri.

No Brasil, a vacina contra gripe disponível no Programa Nacional de Imunizações (PNI) é a Influenza trivalente do Instituto Butantan, que é indicada para prevenção de quadros clínicos severos, complicações, hospitalizações e óbitos pelos vírus influenza.

Em 2025, a vacina da gripe passou a fazer parte do Calendário Nacional de Vacinação de rotina para crianças de 6 meses a menores de 6 anos, gestantes e pessoas com 60 anos ou mais. Isso significa que o imunizante estará disponível ao longo de todo o ano nas unidades básicas de saúde, não somente durante as campanhas sazonais para estes públicos. 

A vacina do Butantan é pré-qualificada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que recomenda o uso de vacinas trivalentes da gripe, em vez das quadrivalentes. “A vacina contra gripe deve ser tomada todos os anos [veja o porquê aqui], principalmente pelo público com mais de 60 anos, crianças pequenas, gestantes e puérperas, quem mais sofre com internações e mortes pela doença. O fato de ter recebido o imunizante no ano anterior não causa nenhuma sobrecarga ou contraindicação para a aplicação no ano seguinte”, esclarece Carolina Barbieri. 

Estudos comprovam

O artigo "Influenza vaccination and major cardiovascular risk: a systematic review and meta-analysis of clinical trials studies" (Vacinação contra influenza e principais riscos cardiovasculares: uma revisão sistemática e meta-análise de estudos clínicos), publicado em 2023 na revista Scientific Reports, da Nature, apresenta uma revisão sistemática e meta-análise sobre a relação entre vacinação contra a gripe e a redução de eventos cardiovasculares graves. 

O estudo investigou se a imunização da influenza estava associada à redução do risco de eventos cardiovasculares importantes, como infarto do miocárdio, morte cardiovascular e AVC. A revisão sistemática de cinco estudos, com mais de 9 mil pacientes com doenças cardiovasculares, metade vacinados contra gripe e metade que recebeu placebo, demonstrou que a doença aumenta a inflamação sistêmica e pode desestabilizar as placas ateroscleróticas (acúmulo de gordura ou colesterol nas artérias), favorecendo eventos cardiovasculares. 

A meta-análise demonstrou ainda que a vacina reduz o risco de infecções respiratórias que agravam as doenças do coração e pode modular positivamente a resposta imune em pessoas que sofrem com elas.

Vacina reduz risco de morte após infarto

O artigo "Influenza Vaccination After Myocardial Infarction" (Vacinação contra a gripe após infarto do miocárdio), publicado em 2021 na revista Circulation, da American Heart Association Journals, apresenta os resultados do estudo IAMI, um ensaio clínico randomizado, duplo-cego e controlado por placebo, que avaliou se a vacinação contra a gripe administrada logo após um infarto do miocárdio pode reduzir eventos cardiovasculares subsequentes, como mortalidade, um novo infarto ou trombose de stent (formação de coágulo em prótese cardíaca). 

Foram avaliados 2.571 pacientes após infarto do miocárdio ou doença cardiovascular, de 30 centros localizados em oito países, entre 2016 e 2020. Destes, 1.272 receberam o imunizante contra influenza 72 horas após angiografia ou internação, e 1.260 receberam placebo. 

O artigo concluiu que a vacina da gripe, administrada precocemente após um infarto ou em pessoas com doença cardiovascular de alto risco, reduz significativamente o risco de morte e morte cardiovascular em 12 meses. Entre os possíveis mecanismos de proteção estariam a redução da inflamação sistêmica, a estabilização das placas ateroscleróticas e a prevenção de infecções secundárias causadas pelo vírus influenza, na comparação com a população que recebeu placebo. 

A pesquisa demonstrou ainda que a vacinação não trouxe diferença significativa no risco de novo infarto ou trombose de stent e que a vacina se mostrou segura, com eventos adversos leves, como dor no local da aplicação. 

No ponto de vista clínico, o artigo concluiu que a imunização contra a gripe deve ser considerada parte do tratamento hospitalar padrão após infarto.

“Apesar de ser recomendada por diretrizes, a vacinação contra influenza é subutilizada, e os achados deste estudo enfatizam sua importância em pacientes com doenças cardiovasculares”, aponta o artigo.

Vacina atua na prevenção de doenças do coração

O artigo “Influenza vaccine as a coronary intervention for prevention of myocardial infarction” (Vacina contra influenza como intervenção coronária para prevenção de infarto do miocárdio), publicado em 2016 na revista Heart, periódico de cardiologia do British Medical Journal, discute o papel da vacinação contra a gripe como estratégia de prevenção secundária de infarto agudo do miocárdio em pessoas com doenças cardiovasculares.

O artigo leva em conta evidências de que infartos do miocárdio aumentam durante surtos de gripe, especialmente nos três primeiros dias após a infecção. Nesse sentido, a influenza pode antecipar o infarto pela liberação de citocinas inflamatórias, pela desestabilização das placas ateroscleróticas, trombose e obstrução arterial, além de febre, taquicardia, hipóxia (ausência de oxigênio dos tecidos) e vasoconstrição.

O estudo comparou a eficácia da vacina com outras intervenções, como o uso de anti-hipertensivos, estatinas e o fim do tabagismo, tendo a vacina o maior percentual potencial de eficácia comparado aos demais – de 15 a 45%. Para efeito de comparação, o fim do tabagismo teve eficácia de 32 a 43%; estatinas, de 19 a 30%; e o uso de anti-hipertensivo, de 17 a 25%. Segundo os pesquisadores, esse resultado aponta a vacina da gripe também como um bom custo benefício, comparado com as altas cifras usadas no tratamento de doenças cardíacas em grupos de risco e no manejo dessas doenças a longo prazo. 

“É preciso ficar claro que a vacina da gripe salva vidas, diminui o custo hospitalar, melhora a qualidade de vida de pessoas, diminui o risco de AVC, infarto, internações, pneumonia, e diminui o uso de antibióticos e de resistência antimicrobiana, porque evita outros problemas, além da gripe”, conclui Carolina Barbieri.

Fonte _ Butantan

Santo Rosário | 40 Dias com São Miguel Arcanjo 2025 | 13° Dia | Live

 


quinta-feira, 28 de agosto de 2025

CPMI do INSS ouve defensora pública e delegado da PF


A comissão parlamentar mista de inquérito (CPMI) que investiga as fraudes no INSS ouvirá a defensora pública Patrícia Bettin Chaves nesta quinta-feira (28), a partir das 9h. Ela já atuava contra descontos irregulares nos benefícios previdenciários antes da Operação Sem Desconto da Polícia Federal (PF), iniciada em abril, que trouxe o esquema à tona. A população poderá participar da reunião, enviando perguntas, sugestões e críticas, por meio do Portal e-Cidadania. Outra parte da reunião será secreta para que os parlamentares ouçam também o delegado responsável pela operação, Bruno Oliveira Pereira Bergamaschi.

Na reunião, a CPMI votará mais 65 requerimentos. Entre eles estão pedidos de parlamentares da oposição para rastrear visitas de suspeitos dos delitos ao Senado, Câmara dos Deputados, INSS e Ministério da Previdência. Entre eles está Antônio Carlos Camilo Antunes, chamado de “Careca do INSS”, que é apontado nos requerimentos como lobista e um dos principais intermediadores das fraudes.

A convocação de Antunes para prestar depoimento já foi aprovada na terça-feira (26), ainda sem data oficial para acontecer.

Fonte _ Agência do Senado

Mais Médicos: 12 profissionais começam a atuar em nove municípios do Acre e dois DSEIs

 


A partir desta quarta-feira (27), o Acre começa a receber 12 novos profissionais do Programa Mais Médicos. Eles vão ampliar o acesso à atenção primária e fortalecer as equipes de Saúde da Família em sete municípios do estado. Do total, dois médicos atuarão nos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs) Rio Purus e Alto Juruá, contribuindo diretamente para a melhoria da assistência à saúde das comunidades indígenas.

A iniciativa faz parte da 2ª chamada do 41º ciclo do Mais Médicos, que levará 1.498 profissionais para 987 municípios e 23 DSEIs em todo o país. Desse total, 1.446 médicos reforçarão as equipes de Saúde da Família (eSF) e 53 atuarão nos DSEIs, com início das atividades previsto para 27 de agosto, ampliando o acesso a serviços de saúde, e reduzindo o tempo de espera por atendimento.

Ao todo, são 443 médicos para a região Nordeste, 235 para o Norte, 100 para o Centro-Oeste, 461 para o Sudeste e 259 para o Sul. Destes, 46 são pessoas com deficiência e 331 são do grupo étnico-racial, reforçando o compromisso da pasta com a equidade e a valorização da diversidade nas políticas públicas de saúde do país.

Do total de novos médicos do programa, 1.139 profissionais têm registro no Conselho Regional de Medicina (CRM) e já podem iniciar a sua jornada de trabalho entre 27 de agosto e 5 de setembro. Os 359 profissionais intercambistas (brasileiros formados no exterior ou estrangeiros com licença para atuar em outros países) deverão participar do Módulo de Acolhimento e Avaliação (MAAv), a partir de novembro. O MAAv é um treinamento específico para os médicos atuarem em situações de urgência, emergência e no enfrentamento de doenças prevalentes nas regiões de atuação no contexto do Sistema Único de Saúde (SUS).

Avanços do Mais Médicos

Com a meta de alcançar 28 mil profissionais até 2027, atualmente o Mais Médicos já assegura assistência a cerca de 67 milhões de pessoas em todo o Brasil. Hoje, cerca de 26,4 mil profissionais atuam em 4,5 mil municípios – o número de médicos em atividade representa o dobro em relação a 2022. Entre essas cidades, 1,7 mil apresentam altos níveis de vulnerabilidade social.

Fonte _ Saúde.gov

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terça-feira, 26 de agosto de 2025

BARRETOS 2025

 


Ministério da Saúde entrega 3 mil kits de telessaúde e lança edital inédito para expandir atendimento a distância com hospitais privados

 


programa Agora Tem Especialistas inicia, na próxima semana, uma nova etapa para o fortalecimento e a modernização do SUS Digital com a distribuição de 3 mil kits de telessaúde para Unidades Básicas de Saúde (UBS). O investimento, na ordem de R$ 20 milhões pelo Novo PAC Saúde, visa ampliar o atendimento especializado a distância dos pacientes do SUS, especialmente aqueles que vivem em regiões de maior vulnerabilidade social e de difícil acesso. 

telessaúde tem potencial para reduzir em até 30% as filas de espera por consulta ou diagnóstico da rede especializada do SUS. “Estamos vivendo um novo momento no SUS. Onde antes faltavam médicos especialistas, hoje já temos consultas, laudos e diagnósticos sendo feitos à distância, com segurança e agilidade. Fortalecer a Telessaúde é garantir que a população não espere meses por um atendimento que pode salvar vidas”, destaca o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. 

A oferta de telessaúde em todo o país cresceu 65% em um ano. Em 2024, foram 2,5 milhões de atendimentos enquanto no ano anterior foi de 1,5 milhão. A meta do Ministério da Saúde é realizar 10 milhões de atendimentos a distância até 2027, consolidando o Brasil como referência em saúde digital integrada ao SUS.  Atualmente, o Brasil conta com 26 Núcleos de Telessaúde em 17 estados. 

Entregas de kits contribuem para a estruturação da telessaúde no Brasil

Compostos por notebook, teclado, televisor, webcam e outros equipamentos, os três mil kits de telessaúde serão entregues às Unidades Básicas de Saúde até o final de novembro.

Para garantir a efetividade do Agora Tem Especialistas, o Ministério também investe em conectividade. Em 2023, 920 UBS em áreas remotas foram conectadas via satélite e outras 3 mil devem receber fibra ótica até o fim deste ano. Atualmente, 87% das UBS já utilizam prontuário eletrônico, o que facilita a integração dos atendimentos com a Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS). 

Editais para expandir telessaúde estão com inscrições abertas

Essa iniciativa se soma à publicação de dois editais, que visam expandir a oferta de Núcleos de Telessaúde em todo país. Um deles é inédito por ser destinado a hospitais do setor privado que, pela primeira vez, são mobilizados pelo Ministério da Saúde para ampliar o número de atendimentos da rede do SUS. O segundo busca expandir a atual oferta pública de consultas a distância. As inscrições para as duas iniciativas já estão abertas. 

Direcionado ao setor privado, o edital nº 2/2025 objetiva credenciar estabelecimentos de saúde, com ou sem fins lucrativos, em funcionamento no Brasil, para prestação de serviços de telessaúde. Eles poderão ser contratados pelos estados, Distrito Federal e municípios para prestação de serviços de telessaúde. O edital terá vigência de um ano podendo ser prorrogado por igual período.

Já o edital nº 3/2025 é direcionado a Secretarias Estaduais ou Municipais de Saúde, Instituições de Ensino Superior (IES) e de Pesquisa públicas, hospitais públicos, instituições de assistência, ensino e pesquisa. Eles têm até o dia 6 de setembro para apresentarem propostas para a oferta de serviços de telessaúde em Núcleos de Telessaúde.

Os novos Núcleos de Telessaúde selecionados deverão funcionar como estabelecimentos de saúde registrados no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) e seguir protocolos nacionais que padronizam fluxos de atendimento, critérios de elegibilidade de pacientes e condutas pré e pós-consulta.

Os serviços contemplam teleconsultoria, modalidade na qual profissionais de saúde trocam informações e conhecimentos remotamente; teleconsulta, atendimento a distância entre o médico e o paciente; a teleinterconsulta, modalidade na qual um médico e um profissional de saúde atendem um paciente (um remoto e outro presencial) e telemonitoramento, prática de acompanhamento remoto do paciente. A escolha depende da necessidade clínica e da preferência do usuário. 

Catálogo Nacional de Telessaúde vai integrar o atendimento em todo o Brasil

Além dos editais hoje lançados, o SUS Digital contará com outros ineditismos, como a criação de um Catálogo Nacional de Telessaúde, que funcionará como uma prateleira de serviços qualificados, organizados de forma padronizada e disponíveis para contratação pelos gestores locais. Assim, a oferta, até então fragmentada entre estados e municípios, passa a ser nacional e integrada. 

A medida vai permitir que a jornada do paciente seja acompanhada desde a triagem até o encaminhamento, promovendo maior resolutividade clínica, humanização e integração entre o setor público e privado. Isso vai agilizar, qualificar e melhorar o encaminhamento da Atenção Primária para a Especializada. 

Outra novidade é que, pela primeira vez, o país vai contar com protocolos para atendimentos em telessaúde, com diretrizes que definem fluxos e critérios para a realização de atendimentos nos setores públicos e privados, incluindo aspectos como elegibilidade do paciente, equipamentos necessários e condutas pré e pós-consulta.

Fonte _ Saúde.gov

Santo Rosário | 40 Dias com São Miguel Arcanjo 2025 | 10° Dia | Live

 


segunda-feira, 25 de agosto de 2025

Imagens de microscopia mostram vírus Oropouche em ação

 


Para combater um microrganismo capaz de gerar um problema de saúde pública, é preciso conhecê-lo. Através da microscopia eletrônica de transmissão, uma pesquisa recém-publicada pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) avançou no entendimento do vírus Oropouche. Em laboratório, os cientistas isolaram o patógeno a partir da amostra de um paciente, infectaram células e registraram, em imagens inéditas amplificadas em cerca de 50 mil vezes, como ocorre o processo de infecção.

Divulgada na revista científica Viruses, a pesquisa é a primeira a caracterizar a ultraestrutura de uma cepa do vírus Oropouche pertencente à linhagem associada aos casos recentes no Brasil, chamada de Orov BR-2015-2024.  

O isolamento do vírus foi realizado pelo Laboratório de Morfologia e Morfogênese Viral do IOC/Fiocruz, a partir da amostra de um paciente diagnosticado com febre Oropouche em Piraí, no Vale do Paraíba fluminense, em 2024.  

A amostra foi cedida pelo Laboratório de Arbovírus e Vírus Hemorrágicos do IOC/Fiocruz, que colaborou com o estudo, sendo responsável pelo diagnóstico do caso e sequenciamento genético do vírus.

Detalhes da ultraestrutura

A coordenadora da pesquisa e chefe do Laboratório de Morfologia e Morfogênese Viral, Débora Ferreira Barreto Vieira, explica que a ultraestrutura compreende aspectos que só podem ser visualizados com ferramentas de alta magnificação.

“Utilizando a microscopia eletrônica de transmissão, foi possível observar com maior resolução eventos associados à replicação viral, incluindo modificações na célula infectada e observação das próprias partículas do vírus Oropouche”, aponta Débora, que ressalta a importância do estudo da cepa atual.

“Essa análise permite avaliar potenciais alterações associadas à linhagem viral em circulação e às condições do surto recente, fornecendo dados atualizados e mais representativos para a compreensão da patogênese e da dinâmica viral no contexto contemporâneo”, completa.

Os registros mostram, em detalhes, a partícula viral, que mede cerca de 80 nanômetros, e os compartimentos das células onde o patógeno se replica.  

O vírus Oropouche aparece aderido à membrana celular, na etapa inicial da infeção; no interior do citoplasma das células; em vesículas nas quais há partículas virais com diferentes graus de maturação; e no interior do complexo de Golgi, organela que atua na distribuição de proteínas no interior da célula e participa da síntese de outros vírus da ordem Bunyavirales, da qual o Oropouche faz parte.

Evidenciando o avanço dos danos celulares ao longo do tempo de infecção, observam-se alterações em diversas estruturas e aparecimento de corpos apoptóticos, que são um tipo de fragmento que se desprende das células quando o vírus ou as lesões causadas por ele desencadeiam o mecanismo de morte celular programada.

“É importante compreender o ciclo replicativo do Oropouche nas células porque isso pode se relacionar com a evolução da doença. Por exemplo, observamos muitas vesículas intra e extra-celulares, que podem ser um mecanismo do vírus para escapar das defesas do sistema imune”, comenta Ana Luisa Teixeira de Almeida, doutoranda do Programa de Pós-graduação em Medicina Tropical do IOC/Fiocruz e autora da pesquisa.

Modelo de estudo

Além de ampliar os dados disponíveis, o trabalho estabeleceu metodologias que podem contribuir para o avanço do conhecimento. O estudo confirmou que células Vero, derivadas de rim de macaco e muito usadas na virologia, são um bom modelo para ensaios com Oropouche. Também padronizou a técnica para titulação do patógeno nessas células, um procedimento aplicado para quantificar o volume de partículas virais infectivas.

Em pesquisas anteriores, outros grupos de cientistas tinham realizado experimentos sobre o Oropouche com uma linhagem celular chamada HeLa, que é derivada de células tumorais humanas.

“Verificamos que as células Vero são suscetíveis ao Oropouche e que o vírus consegue se replicar de forma eficiente nessas células, alcançando altas titulações. Como essa linhagem celular é classicamente utilizada em análises sobre arbovírus, como dengue, isso facilita novas pesquisas e comparações”, explica Igor Pinto Silva da Costa, mestrando do Programa de Pós-graduação em Medicina Tropical do IOC/Fiocruz e autor do estudo.

A partir do modelo estabelecido, os pesquisadores devem investigar o passo-a-passo da infecção com diferentes técnicas de microscopia, incluindo a microscopia eletrônica de varredura por feixe de íons focalizados (FIB), que permite construir modelos tridimensionais das estruturas envolvidas no processo.

“Nosso objetivo é caracterizar o ciclo replicativo do vírus da forma mais completa e didática possível. Isso contribui para a busca de terapias antivirais, que não estão disponíveis para o Oropouche e são ainda mais relevantes considerando o avanço desse vírus no Brasil e novas evidências que apontam para possibilidade de transmissão vertical e de impacto no sistema nervoso central”, ressalta Débora.

Oropouche

Com histórico de surtos na região amazônica, o vírus Oropouche passou a ser detectado na maior parte do Brasil em 2024. Este ano, até 18 de agosto, foram registrados cerca de 11.900 casos em 19 estados, incluindo cinco óbitos confirmados e dois em investigação, segundo o Ministério da Saúde.

O vírus é transmitido pela picada do inseto Culicoides paraensis, popularmente conhecido como maruim ou mosquito-pólvora.

A febre Oropouche tem sintomas como febre alta, dor de cabeça intensa, dor muscular, náusea e diarreia, que são comuns em outras arboviroses, como a dengue. O diagnóstico é feito com base na avaliação clínica, epidemiológica e laboratorial.

Não existe tratamento específico contra o vírus, mas os pacientes devem procurar atendimento médico para acompanhamento e tratamento sintomático, além de fazer repouso.

Entre as medidas para prevenir a doença são indicadas: evitar ou minimizar o contato com maruins, usar roupas que cubram o corpo ao entrar em áreas infestadas, manter terrenos e locais de criação de animais limpos e colocar telas de malha fina em portas e janelas. 


Fonte _ FioCruz

AfirmaSUS, universidades públicas vão reorientar formação de estudantes e desenvolver projetos para atendimento humanizado no SUS

 


Promover a integração ensino-serviço-comunidade e apoiar a permanência de estudantes que ingressaram em universidades públicas por ações afirmativas para formar profissionais alinhados às diferentes realidades das populações vulneráveis atendidas no SUS. Esses são os objetivos principais do primeiro edital do Programa Nacional de Apoio à Permanência, Diversidade e Visibilidade para Discentes na Área da Saúde (AfirmaSUS), lançado nesta segunda-feira (25).

Ao todo, o Ministério da Saúde vai selecionar 160 projetos de Instituições de Ensino Superior públicas com o objetivo de desenvolver ações de ensino, pesquisa, extensão e cultura com recorte interseccional, intercultural e interprofissional no âmbito do Sistema Único de Saúde. Das propostas selecionadas, 25% deverão ser de Instituição de Ensino Superior públicas da Amazônia Legal, região estratégica por sua diversidade sociocultural e desafios específicos.

Com investimento de 12 milhões, o AfirmaSUS vai destinar 1.600 bolsas de até R$ 1 mil para apoiar a permanência de estudantes que ingressaram em universidades públicas por ações afirmativas. Além dos bolsistas, outros 800 universitários oriundos de ações afirmativas poderão participar dos projetos de forma voluntário, totalizando até 2.400 estudantes.

A maioria dos bolsistas, 70%, devem ser oriundos de cursos de graduação da saúde. A inclusão de alunos de cursos de outras áreas busca potencializar os projetos a serem desenvolvidos conforme os eixos do edital. A iniciativa também prevê 160 bolsas a docentes (tutores) e 160 bolsas para orientadores da sociedade civil que contribuirão com saberes e práticas locais.

“O primeiro edital do AfirmaSUS une a energia e diversidade da juventude universitária à sabedoria das comunidades para formar os melhores profissionais do futuro. É a universidade que aprende com a diversidade do nosso povo e atua junto ao SUS para encurtar caminhos, organizar o cuidado e garantir que cada pessoa seja atendida com respeito, dignidade e justiça”, destaca o secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Felipe Proenço.

Para o secretário, a ação inédita abre caminho para que universidades, estudantes e comunidades construam juntas soluções locais voltadas às populações historicamente vulneráveis na perspectiva do sistema público de saúde, como a redução do tempo de espera por atendimentos. “Um SUS forte precisa formar profissionais tecnicamente excelentes e socialmente conscientes, capazes de encurtar o caminho do usuário até o cuidado necessário, organizar fluxos e comunicar com escuta, especialmente com povos e comunidades historicamente invisibilizados. Queremos que cada pessoa seja atendida com respeito, dignidade e justiça conforme sua realidade”, complementa.  

Eixos

Cada projeto deverá selecionar dois eixos para o desenvolvimento das ações, sendo prioritária a escolha de pelo menos um entre os eixos 2 ou 5, em articulação com as pautas centrais do Ministério da Saúde. O eixo 2 abrange ações voltadas à redução do tempo de espera, ao fortalecimento do cuidado em redes de atenção à saúde — com ênfase no cuidado materno-infantil, oncológica e mental —, além de contribuições para as campanhas de vacinação. Já o eixo 5 contempla iniciativas voltadas à inovação no acesso a informações em saúde e ao enfrentamento a desinformações. Ao todo são cinco eixos:

1.  Estratégias de educação para promoção da diversidade e enfrentamento às iniquidades e assimetrias com abordagem interseccional no SUS;

2.  Fortalecimento das estratégias para ampliação do acesso aos serviços de saúde e para promoção do cuidado;

3.  Ações de cuidado à saúde mental com ênfase em grupos socialmente vulnerabilizados;

4.  Valorização dos territórios tradicionais e originários no fortalecimento da participação social no SUS; e

5.  Estratégias de inovação e comunicação em saúde para o cuidado de populações vulnerabilizadas historicamente no SUS.

Resultados

A partir da seleção dos projetos, são esperados resultados práticos no prazo de até um ano como:

  • Trajetórias de cuidado mais curtas e previsíveis, com metas de redução progressiva nos tempos de espera pactuadas com a rede local;
  • Produção de informações acessíveis em canais próximos aos territórios (mídias comunitárias, avisos ativos, materiais acessíveis), reduzindo faltas e reagendamentos nos serviços de saúde;
  • Estudantes atuando com consciência social, respeito e dignidade, integrando saberes acadêmicos e populares;
  • Comunidades participando ativamente da formação dos futuros profissionais de saúde; e
  • Universidades formando profissionais que unem técnica, consciência social e compromisso com o coletivo.

O AfirmaSUS tem articulações interministeriais envolvendo o Ministério da Igualdade Racial (MIR), Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania (MDHC) e Secretária Nacional da Juventude (SNJ)

Inscrições

Instituição de Ensino Superior (IES) pública interessada em participar do edital AfirmaSUS deverá encaminhar a proposta de projeto via portal, de 11 a 30 de setembro, por meio da Pró-Reitoria de Ações Afirmativas ou órgão equivalente. As IES públicas multicampi da região da Amazônia Legal poderão submeter até três propostas, uma por campus.

Fonte _ Saúde.gov

Brasil avança na vacinação contra HPV e supera média global

 


Brasil atingiu mais de 82% de cobertura vacinal contra o HPV entre meninas de 9 a 14 anos em 2024, superando a média global de 12%, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Entre os meninos da mesma faixa etária, a cobertura chega a 67%. A vacina protege contra diversos tipos de câncer associados ao HPV, incluindo colo do útero, ânus, pênis, garganta e pescoço, além de verrugas genitais.

Desde 2023, o país tem registrado avanços na vacinação, revertendo a tendência de queda nas coberturas vacinais em 15 das 16 vacinas ofertadas ao público infantil. Os avanços são resultado da retomada do Programa Nacional de Imunizações (PNI), da garantia da oferta de vacinas, da realização de mobilizações nacionais, da vacinação em escolas e da implementação de estratégias adaptadas à realidade de cada região.

Entre meninas, a cobertura vacinal do HPV passou de 78,42% em 2022 para 82,83% em 2024, enquanto entre os meninos o salto foi de 45,46% para 67,26%, evidenciando crescimento contínuo – um aumento de 22% em apenas dois anos. 

Para ampliar a proteção entre adolescentes, o Ministério da Saúde implementou a estratégia de resgate vacinal para jovens de 15 a 19 anos que não se vacinaram anteriormente. Até 21 de agosto, mais de 106 mil adolescentes dessa faixa etária já foram vacinados. Estados com maior número de não vacinados, como São Paulo e Rio de Janeiro, iniciaram a estratégia recentemente, e a expectativa é de que a adesão aumente nas próximas semanas.

A pasta também fortalece parcerias com sociedades científicas, organizações não governamentais e o Ministério da Educação, promovendo ações como vacinação em escolas, campanhas educativas e combate à desinformação.

Esquema vacinal

Desde 2024, o Brasil adotou o esquema vacinal contra o HPV em dose única para crianças e adolescentes de 9 a 14 anos, substituindo o modelo anterior de duas doses. A iniciativa faz parte do compromisso do Brasil com a OMS para eliminar o câncer de colo do útero, que prevê atingir 90% de cobertura vacinal entre meninas até 2030.

O país foi além da meta ao incluir também os meninos e, em 2024, passou a adotar a dose única da vacina contra o HPV, em linha com recomendações internacionais.

Desde 2014, o Sistema Único de Saúde (SUS) já distribuiu mais de 75 milhões de doses, consolidando uma das políticas de vacinação mais abrangentes do mundo. O programa inclui meninos, imunossuprimidos, vítimas de violência sexual, usuários de PrEP e crianças com papilomatose respiratória recorrente.

Para pessoas imunocomprometidas, como aquelas vivendo com HIV/AIDS, pacientes oncológicos e transplantados, o esquema permanece em três doses, independentemente da idade. Além disso, pessoas vítimas de violência sexual e usuários de PrEP entre 15 e 45 anos devem receber três doses da vacina, enquanto crianças e adolescentes de 9 a 14 anos vítimas de violência sexual continuam com duas doses.

Fonte _ Saúde.gov

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sexta-feira, 22 de agosto de 2025

Farmacovigilância - Notifique Eventos Adversos

 


Sentiu algo após a vacinação..

Formulário de contato sobre o Paciente

Fonte _ Butantan

Agendamento e emissão da 1ª via da CIN são gratuitos em todo o Brasil

 


O agendamento e a emissão da 1ª via da nova Carteira de Identidade Nacional (CIN) são gratuitos em todo o Brasil. Para facilitar o processo para a população, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos divulgou, nesta segunda-feira (17/3), uma lista com todos os links de agendamento. Até o momento, já foram emitidas mais de 22 milhões de CINs em todo o Brasil, um número maior que a população total de Minas Gerais (MG), com mais de 21,3 milhões de habitantes.

Confira os links de agendamento:

Acre

Alagoas

Amapá

Amazonas

Bahia

Ceará

Distrito Federal

Espírito Santo

Goiás

Maranhão

Mato Grosso

Mato Grosso do Sul

Minas Gerais

Pará

Paraíba

Paraná

Pernambuco

Piauí

Rio de Janeiro

Rio Grande do Norte

Rio Grande do Sul

Rondônia

Roraima

Santa Catarina

São Paulo

Sergipe

Tocantins

Entre os benefícios da CIN está o padrão nacional e o número único, que é o CPF. “Isto simplifica a vida do cidadão que perder o seu documento, pois ele pode emitir uma nova via da carteira em qualquer lugar do Brasil”, afirma o secretário de Governo Digital, Rogério Mascarenhas. “Isso também facilita para o governo, pois reduz as fraudes e melhora os cadastros administrativos”, complementou. 

Integração da CIN com o GOV.BR 

Outra vantagem da CIN é a integração com o GOV.BR. A partir da emissão da versão digital, a conta na plataforma do governo federal passa a ser mais segura, no padrão Ouro. Assim, todos os mais de 4.500 serviços estão disponíveis para as pessoas que são desse nível.

Assista ao vídeo e saiba como ter a CIN em seu celular.

Fonte _ Gov.br

Santo Rosário | 40 Dias com São Miguel Arcanjo 2025 | 7° Dia | Live

 


quinta-feira, 21 de agosto de 2025

Governo Federal entrega 400 unidades odontológicas móveis para levar atendimento a 1,4 milhão de pessoas

 


Nesta quinta-feira (21), o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, entregam 400 Unidades Odontológicas Móveis (UOM), durante cerimônia em Sorocaba (SP). Com investimento de R$ 152 milhões do Novo PAC Saúde, os novos veículos vão beneficiar 1,4 milhão de pessoas que vivem em 400 municípios de todos os estados do país. A entrega marca a retomada, após 10 anos, de uma ação estratégica do Brasil Sorridente, que garante acesso à saúde bucal em regiões rurais, remotas e de difícil acesso.

As UOMs levam atendimento odontológico onde vivem populações que têm dificuldade de acesso a esse serviço, como indígenas, quilombolas, pessoas em situação de rua, assentadas e quem está nas periferias urbanas. Com isso, o Ministério da Saúde busca garantir assistência em saúde bucal a todos os brasileiros e brasileiras.

“Eu quero que cada brasileiro e cada brasileira tenham orgulho de sorrir. O Brasil Sorridente é hoje o maior programa de saúde bucal pública do mundo, e nós estamos mostrando que quando o governo tem coração e olha para o povo, o povo volta a sorrir com esperança", afirmou o presidente Lula.

Nesta primeira etapa do Novo PAC, o Nordeste é a região que mais vai receber Unidades Odontológicas Móveis, com um total de 207 veículos entregues, seguida do Norte, com 95 unidades, Sudeste (45), Centro-Oeste (32) e Sul (21). Até 2026, outras 400 unidades vão reforçar o atendimento em todo o país, totalizando 800 novos veículos.

Os municípios contemplados foram selecionados com base em critérios de vulnerabilidade socioeconômica, extensão territorial e proporcionalidade regional, buscando evitar a concentração de recursos e ampliar a cobertura em saúde bucal no SUS onde mais precisa.

“Saúde bucal é dignidade, é cidadania. Quando uma pessoa tem acesso a um dentista, a uma prótese dentária, quando pode recuperar o sorriso, ela também recupera a autoestima, a coragem de procurar um emprego, de falar na sala de aula, de conviver na igreja ou na comunidade sem vergonha. Cuidar da saúde bucal é cuidar da vida inteira das pessoas, é devolver oportunidade e esperança", afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

Mais investimento e mais acesso

Para incentivar a habilitação de mais Unidades Odontológicas Móveis no país, o Ministério da Saúde vai reajustar em mais de 30% o valor de implantação das unidades - que passará de R$ 7 mil para R$ 9,3 mil. Outra medida é que os municípios vão poder credenciar também suas unidades próprias ou financiadas por emendas parlamentares, o que potencializa o alcance da assistência. A portaria que viabiliza o aumento nos repasses foi assinada durante a cerimônia.

O Ministério da Saúde ampliou os recursos e a rede de serviços em saúde bucal em funcionamento no SUS. O investimento triplicou entre 2022 e 2024, passou de 1,5 bilhão para 4,3 bilhões de reais. Os recursos são destinados à ampliação do acesso, qualificação dos serviços e fortalecimento do Brasil Sorridente. O número de equipes, cresceu 25% no período, passou de 29 mil, em 2022, para 36,2 mil.

A retomada das entregas das unidades móveis pelo Ministério da Saúde está alinhada aos objetivos do programa Agora Tem Especialistas, que também busca levar assistência em áreas remotas e de difícil acesso. Enquanto as carretas do novo programa levam atendimentos especializados como consultas, exames e cirurgias, as UOM fortalecem os cuidados primários e especializados em saúde bucal nos mesmos territórios.

Como funcionam as Unidades Odontológicas Móveis

A Unidade Odontológica Móvel é o componente móvel do Brasil Sorridente e uma extensão da Unidade Básica de Saúde, podendo ofertar tanto os procedimentos da atenção primária quanto, conforme a organização local, ações especializadas como tratamento endodôntico e a oferta de próteses dentárias.

Quando necessário, as pessoas atendidas nas UOM também podem ser encaminhadas para continuidade do cuidado em serviços especializados, como os Centros de Especialidades Odontológicas (CEO) e os Serviços de Especialidades em Saúde Bucal (Sesb), localizados no interior do país, com foco em municípios de até 20 mil habitantes.

“Muita gente nunca considerou a odontologia como parte da saúde. Mas nós teimamos, insistimos e mostramos que cuidar da boca é cuidar da vida e da dignidade do povo brasileiro", afirmou Lula.

Cada UOM é equipada com cadeira odontológica completa, aparelho de raio-x, ar-condicionado, frigobar, exaustor, gerador de energia, canetas de alta e baixa rotação, fotopolimerizador, entre outros equipamentos essenciais para garantir a qualidade do atendimento odontológico. Para garantir mais segurança, eficiência e continuidade nos serviços, a previsão é que a frota seja renovada a cada 5 anos.

Os veículos são utilizados pelas equipes de Saúde Bucal (eSB), compostas por cirurgião-dentista e auxiliar e/ou técnico em saúde bucal, habilitadas pelo Ministério da Saúde. Os gestores locais podem compartilhar uma mesma UOM com mais de uma equipe, o que ajuda a levar cuidado às localidades que mais precisam. 

Confira a lista completa dos estados contemplados:

Fonte _ Saúde.gov