O Ministério da Saúde registrou, em 2023, um aumento nas coberturas vacinais de 13 dos 16 principais imunizantes do calendário infantil do Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Acre, em comparação com os dados de 2022. Os principais destaques no estado foram o reforço da vacina contra poliomielite, que subiu de 10,46 pontos percentuais, passando de 49,60% em 2022 para 60,06% no ano passado. Em seguida, o reforço da Pneumocócica que passou de 42,63% para 52,33%, um avanço de 9,7 pontos percentuais. Além disso, o imunizante contra a varicela teve um crescimento de 9,41 pontos percentuais, passando de 44,93% para 54,34%.
Aumento
registrado em todo o país
A
nível nacional, também houve aumento nas coberturas vacinais de 13 dos 16
principais imunizantes do calendário infantil. Entre os destaques de
crescimento estão: as vacinas contra a poliomielite (VIP e VOP), pentavalente,
rotavírus, hepatite A, febre amarela, meningocócica C (1ª dose e reforço),
pneumocócica 10 (1ª dose e reforço), tríplice viral (1ª e 2ª doses) e reforço
da tríplice bacteriana (DTP). O resultado, observado em todo o país, consolida
a reversão da queda dos índices vacinais enfrentada pelo Brasil desde
2016.
Para
a ministra da Saúde, Nísia Trindade, os dados demonstram o sucesso das
estratégias coordenadas pela pasta. “Os números consolidados reafirmam que
estamos no caminho certo, de retomada das coberturas vacinais de nossas
crianças, após quedas consecutivas nos últimos anos, e de reconstrução de uma
das principais políticas de saúde pública do país”, ressalta.
Nos
13 imunizantes que apresentaram recuperação, a média de alta foi de 7,1 pontos
percentuais, sendo que nacionalmente a que mais cresceu em cobertura foi o
reforço da tríplice bacteriana, com 9,23 pontos, passando de 67,4% para 76,7%.
Ao avaliar a cobertura vacinal entre os estados, a maioria apresenta melhoria
na cobertura das 13 vacinas citadas.
Investimentos
Mais
de R$ 6,5 bilhões foram investidos ano passado na compra de imunizantes e a
previsão é que esses recursos alcancem R$ 10,9 bilhões em 2024. De forma
inédita, R$ 150 milhões foram repassados por ano aos estados e municípios, em
apoio às ações de imunização com foco no microplanejamento, ou seja, nas ações
de comunicação regionalizadas. Para 2024, o mesmo valor será destinado aos
estados e municípios.
Ações
inéditas
O
Governo federal lançou no início de 2023 o Movimento Nacional pela Vacinação e direcionou
todas as ações técnicas e de comunicação do Ministério da Saúde para promover a
vacinação da população com o lema “vacina é vida, vacina é para todos”. Ao lado
das ações do Movimento Nacional pela Vacinação, o ministério promoveu a estratégia
de microplanejamento, e percorreu o Brasil realizando oficinas com as
secretarias de saúde e buscando soluções viáveis para a realidade de cada
local. Diversas estratégias foram adotadas, como a imunização extramuros,
ampliação do horário das salas de imunização e busca ativa de não vacinados. A
ideia foi permitir que o município se organizasse e se planejasse considerando
a sua realidade local. Neste sentido, a estratégia de imunização foi adaptada
conforme a população, a estrutura de saúde, a realidade socioeconômica e
geográfica.
Novo
sistema
A
atual gestão do Ministério da Saúde também promoveu uma mudança no painel de
registro de aplicação das vacinas para dar mais transparência e agilidade aos
dados. Até 2022, as vacinas de rotina tinham os registros de doses aplicadas
inseridos em diversos sistemas de informação próprios dos estados, municípios e
do Distrito Federal. Eles eram compilados pela pasta e apresentados por um
painel na plataforma Tabnet, o chamado Sistema de Informação do Programa
Nacional de Imunizações (SIPNI web ou “Legado”).
A
partir de 2023, todos os dados vacinais foram redirecionados para a Rede
Nacional de Dados em Saúde (RNDS), com as doses aplicadas atreladas a
um número de Cadastro de Pessoa Física (CPF) ou Cartão Nacional de Saúde (CNS).
A reestruturação é uma reivindicação antiga do setor e migra os dados para um
sistema mais abrangente, flexível e oportuno.
A
novidade permitiu que a caderneta digital de vacinação se tornasse uma
realidade. A partir da completa migração entre os sistemas, cada cidadão poderá
consultar a própria situação vacinal online, por meio do Meu SUS Digital, como já acontece com as doses de
vacinas da Covid-19.
Fonte_Saúde