MJSP
lança Programa Captura para intensificar a busca por criminosos de alta
periculosidade em todo o País
Em
uma iniciativa inédita, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo
Lewandowski, lançou, nesta segunda-feira (8), o Programa Captura. A ação de
articulação nacional é voltada à identificação, à localização e à prisão de
criminosos considerados de alta periculosidade. A medida visa cumprir mandados
de prisão cuja execução é estratégica para enfrentar organizações criminosas e
reduzir a criminalidade violenta no Brasil.
O
Programa é coordenado pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp).
Uma de suas principais ferramentas é o site gov.br/captura, que disponibiliza, de forma integrada e transparente,
a lista dos 216 foragidos mais procurados do País. O critério de escolha desse
material foi estabelecido pela Portaria MJSP nº 570/2023, publicada em 21 de
dezembro de 2024, e regulamentado pelo Despacho nº 80/2025, assinado pelo
ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski.
Cada
Unidade da Federação indicou oito alvos prioritários com base em uma matriz de
risco. Essa matriz avaliou aspectos como gravidade e natureza do crime
cometido, vinculação com organizações criminosas, existência de múltiplos
mandados de prisão e atuação interestadual. A iniciativa também fomenta o
intercâmbio de informações entre os entes federados e estimula a colaboração
direta da população. Denúncias anônimas podem ser feitas pelos canais 190 e
197.
Integração
nacional e atuação local
O
Programa Captura foi concebido como uma ação estruturante do Sistema único de
Segurança Pública (Susp), com foco em operações integradas entre as Polícias
Civis, Militares e as unidades de inteligência estaduais e federais. A lista
dos procurados, disponível no portal institucional, permite que os órgãos de
segurança de todo o País identifiquem os alvos prioritários de outras Unidades
da Federação. Isso facilita operações conjuntas, acelera diligências e
potencializa a captura interestadual de foragidos.
A
portaria estabelece que o cadastro poderá ser atualizado semestralmente ou, em
casos excepcionais devidamente justificados, a qualquer tempo. Essa
flexibilidade assegura que o banco de alvos estratégicos permaneça coerente com
a dinâmica criminal em constante evolução.
Atuação
reforçada no Rio de Janeiro
Como
parte da estratégia de enfrentamento ao crime organizado, o MJSP instalará uma
célula operacional do Programa Captura no estado do Rio de Janeiro. A medida
responde à constatação de que criminosos de diferentes regiões do Brasil
frequentemente se ocultam em áreas do estado fluminense. A nova estrutura
permitirá apoio direto às polícias estaduais e maior agilidade na troca de
informações para a localização de foragidos.
Capacitação
e boas práticas
O
programa prevê o intercâmbio de boas práticas entre as forças policiais e a
realização de ações de capacitação e aperfeiçoamento profissional. O foco é a
atuação qualificada das equipes responsáveis pela execução dos mandados. A
proposta é consolidar uma cultura de excelência no cumprimento das ordens
judiciais e fortalecer a resposta do Estado à impunidade.
Com
o Programa Captura, o MJSP reafirma seu compromisso com a articulação
federativa, a transparência e o uso de inteligência estratégica no
enfrentamento da criminalidade de maior impacto social.
Sistema
de inteligência contra o crime organizado
Ainda
nesta segunda-feira (8), o ministro Ricardo Lewandowski instituiu, por meio da
Portaria MJSP nº 847/2025, o Sistema Nacional de Inteligência para
Enfrentamento ao Crime Organizado (Orcrim). A medida cria um repositório seguro
e estratégico de informações de inteligência voltado ao combate às organizações
criminosas.
O
novo sistema tem como objetivos promover a integração entre os órgãos de
segurança, permitir a interoperabilidade entre bancos de dados e unificar
metodologias de identificação de indivíduos ligados a estruturas criminosas. O
acesso será restrito às agências de inteligência da Polícia Federal, Polícia
Rodoviária Federal, das Polícias Civis e Militares dos estados e do Distrito
Federal, além das secretarias estaduais de segurança pública e dos sistemas
penitenciários.
A
governança do Orcrim ficará sob responsabilidade da Senasp, que também definirá
normas técnicas para adesão, operação e tratamento de dados.

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