Para reduzir as filas no Sistema Único de Saúde - SUS e continuar crescendo o
número de cirurgias eletivas realizadas no Brasil, o Ministério da Saúde
destinará R$ 650 milhões aos estados e municípios. O investimento representa um
crescimento de 100% se comparado com o valor destinado em 2011, que foi de R$
350 milhões. Em 2011, foram 345.834 cirurgias eletivas realizadas pelo SUS. Em
uma década, o país aumentou 1.135% o número de procedimentos do tipo em relação
a 2001, quando foram realizados 28 mil cirurgias. A Portaria n° 1.340 que
estabelece as diretrizes e recursos por estado foi publicada, hoje (2), no
Diário Oficial da União.
“O aumento no repasse de recursos visa estimular a realização de cirurgias.
No ano passado, instituímos a política para garantir a antecipação dos recursos
aos estados e municípios para que eles pudessem contratar um número maior de
serviços para a realização de mutirões”, destaca o ministro da Saúde, Alexandre
Padilha. “Estamos dando um importante passo para reduzir o tempo de espera do
paciente. Além disso, estamos inovando ao priorizar os municípios com populações
de extrema pobreza, que necessitam de maior atenção por parte do governo”,
avalia.
Os recursos fazem parte de uma nova estratégia do Ministério da Saúde para
garantir o acesso da população aos procedimentos disponibilizados no SUS. Os
estados brasileiros e Distrito Federal receberão os recursos, em parcela única,
para o período de um ano, e serão aplicados nas especialidades de maior demanda
e naquelas escolhidas pelos gestores locais, conforme a realidade de sua região.
Além disso, do total, R$ 50 milhões serão destinados aos municípios com 10% ou
mais de sua população em situação de extrema pobreza.
CIRURGIAS PRIORITÁRIAS – Os recursos serão repassados aos estados e municípios
dentro do orçamento deste ano. Do total de investimento previsto, R$ 600 milhões
estão destinados às cirurgias eletivas selecionadas como prioritárias, de acordo
com as demandas apresentadas pelos estados. São R$ 180 milhões para realização
de cirurgia de catarata e R$ 210 milhões para tratamento de varizes, cirurgias
ortopédicas e nas áreas de urologia, oftalmologia e otorrinolaringologia,
incluindo retirada de amígdalas. Outros R$ 210 milhões atenderão as demandas
apresentadas pelos gestores estaduais, conforme a realidade de suas regiões.
Os R$ 50 milhões restantes são para ampliar o acesso a cirurgias de cataratas
nos municípios com população em situação de extrema pobreza. A ação beneficia
2.555 cidades. O objetivo do Ministério da Saúde é zerar as filas de espera para
esse tipo de procedimento. A cirurgia de catarata é a mais procurada pelos
usuários do SUS, em 2011, 168.945 cirurgias foram realizadas, um aumento de
96,4% em relação a 2010, quando foram realizadas 86.005.
NOVIDADES – A nova portaria permitirá aos gestores locais do SUS remunerar de
forma diferenciada os seus prestadores para estimular a realização de cirurgias
eletivas. A medida permitirá a ampliação da oferta de procedimentos reduzindo as
filas de espera e beneficiado um número muito maior de pessoas de maneira
permanente.
Mais três procedimentos ortopédicos passarão a ser contemplados na nova
estratégia: artroplastia do quadril, artroplastia do joelho e artroplastia de
revisão/reconstrução do joelho. Estes procedimentos consistem na realização de
cirurgias para colocação e/ou substituição de próteses no quadril e no joelho.
Com a inclusão dos novos procedimentos, o SUS passa a realizar, a partir de
agora, 713 cirurgias de média complexidade – 625 procedimentos a mais se
comparado a 2010, quando eram 88.
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