Imuniza SUS

terça-feira, 17 de junho de 2025

Meninos também precisam receber vacina do HPV, que previne câncer em homens e mulheres; cobertura está abaixo de 40%

 


Duas vezes mais comuns em homens, os casos de câncer de orofaringe relacionados ao vírus HPV têm aumentado nas últimas décadas. Só na cidade de São Paulo, a incidência da doença dobrou entre 1997 e 2013, de acordo com estudo da Universidade de São Paulo.

Anualmente, são registrados 15 mil novos casos no Brasil. Os dados são próximos dos 17 mil novos casos de câncer de colo de útero por ano e reforçam que o HPV não é um problema só das mulheres: os homens também podem desenvolver outros tipos de câncer, além de serem importantes transmissores do vírus. Por isso, o Ministério da Saúde recomenda a vacinação de meninos e meninas antes do início da atividade sexual, entre os 9 e 14 anos.

Disponível gratuitamente para essa faixa etária, a vacina do HPV é a única capaz de prevenir diferentes tipos de câncer, mas o Brasil ainda enfrenta níveis muito baixos de cobertura vacinal, principalmente no público masculino: apenas 36% dos meninos e 55% das meninas completaram o esquema de duas doses, enquanto o índice ideal seria acima de 90%.

Segundo o pesquisador Wagner Quintilio, do Laboratório de Biotecnologia Viral do Butantan, imunizar crianças de ambos os sexos é uma forma segura e eficaz de reduzir a incidência dessas doenças. “Quando você vacina seu filho, você evita que ele se contamine e futuramente tenha um câncer, e também impede que ele transmita o vírus para uma menina que não foi vacinada, ajudando a controlar o câncer de colo de útero”, explica.

 

Veja aqui 5 mitos sobre a vacina do HPV

 

Frente a uma infecção natural, homens têm somente 8% de chance de produzir anticorpos contra o vírus, como mostrou um estudo publicado na revista Papilomavirus Research. Com isso, são mais suscetíveis a sofrer reinfecções recorrentes, que podem progredir para um câncer.

Já em pessoas vacinadas, a taxa de soroconversão é maior que 90%, e a produção de anticorpos é mantida por mais de 10 anos. Uma revisão de estudos com 60 milhões de indivíduos em 14 países mostrou, após a vacinação, uma redução de 83% nos casos de HPV 16 e 18, considerados de alto risco para desenvolvimento do câncer.

 

Eliminação do câncer de colo de útero

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a vacinação contra o HPV tem o potencial de eliminar o câncer de colo de útero do mundo. Para concretizar essa meta todos os países devem ter, até 2030, 90% das meninas até 15 anos totalmente vacinadas contra o HPV; 70% das mulheres rastreadas com um teste de alta performance aos 35 anos e, novamente, aos 45 anos; e 90% das mulheres diagnosticadas em tratamento. A imunização dos meninos também é fundamental nesse contexto e contribui para reduzir os índices de transmissão do vírus.

Um estudo epidemiológico realizado em 2020 pela Associação Hospitalar Moinhos de Vento e pelo Escritório de Projetos Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (PROADI-SUS) sobre a prevalência de infecção pelo HPV no Brasil mostrou que o vírus está presente em cerca de 50% da população, sendo que 35,2% dos participantes da pesquisa apresentou pelo menos um HPV de alto risco.

Recentemente, o Ministério da Saúde brasileiro lançou a Estratégia Nacional de Eliminação do Câncer do Colo de Útero. O objetivo é aumentar a cobertura vacinal contra o HPV e aprimorar o rastreamento e tratamento de lesões pré-cancerosas no Sistema Único de Saúde (SUS). O projeto terá início na capital de Pernambuco, em Recife, e depois será expandido para todo o país. As regiões Norte e Nordeste são as mais afetadas pela doença.

Fonte _ BUTANTAN

Vacina HPV a melhor e mais eficaz forma de proteção contra o câncer de colo do útero

 


O que é HPV?

HPV é a sigla em inglês para o papilomavírus humano. Existem mais de 200 tipos conhecidos desse vírus, sendo a maioria inofensiva.

No entanto, alguns podem causar lesões na pele e na mucosa (normalmente verrugas), e especificamente dois deles:

  • Tipo 16
  • Tipo 18

estão associados ao surgimento de câncer de colo de útero, vagina, vulva, pênis, ânus e orofaringe.


Por que se vacinar contra hpv?

Estudos indicam que cerca de 80% da população sexualmente ativa deve ser infectada pelo vírus em algum momento de sua vida. Além disso, não existe um tratamento específico contra o HPV.

Ainda que sejam tratáveis, as lesões provocadas pelo vírus podem evoluir para doenças graves.

A transmissão do HPV ocorre principalmente por via sexual, mas também pode ocorrer por meio do contato direto com qualquer região da pele ou mucosa infectada.

O HPV de alto risco está presente em 58,6% das pessoas não vacinadas, segundo estudo do Ministério da Saúde.

Estima-se que haja entre 9 e 10 milhões de pessoas infectadas pelo HPV no Brasil e que surjam 700 mil novos casos de infecção por ano.

A cada ano, o HPV é responsável por 620 mil casos de câncer em mulheres e 70 mil casos em homens.

Em 2022, 78 mil mulheres foram diagnosticadas com câncer de colo de útero e 40 mil morreram pela doença nas Américas.

A vacina também protege contra os cânceres de vulva, vagina, peniano, anal, orofaringe, além de verrugas genitais.


Campanha de Vacinação

Desde 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) trabalha com a meta de eliminar o câncer de colo de útero e o classifica como um problema de saúde pública mundial. Até 2030, é esperado que:



Quem deve tomar a vacina

  • A vacina é indicada para meninas e mulheres de 9 a 26 anos de idade e meninos de 9 a 14 anos;
  • A imunização deve acontecer, preferencialmente, entre 9 e 14 anos, quando é mais eficaz, segundo o Ministério da Saúde;
  • Homens e mulheres imunossuprimidos de 9 a 45 anos;
  • Homens e mulheres com câncer de 9 a 45 anos.

Observação: No SUS, a vacina é liberada para crianças de 9 a 14 anos e para pessoas imunossuprimidas ou pacientes oncológicos. Após publicação da Nota Técnica nº 41 de 2024 do Ministério da Saúde, pessoas de 15 a 19 anos poderão receber uma dose da vacina, e portadores de papilomatose respiratória recorrente (PRR) poderão se beneficiar da vacinação com esquema preconizado em bula, de acordo com sua faixa etária.



Quantas doses são necessárias

A orientação é que a vacina seja aplicada em três doses:

  • 1ª dose
  • 2ª dose: dois meses após a primeira
  • 3ª dose: seis meses após a primeira

A vacina contra o vírus HPV recombinante deve ser administrada por suspensão injetável.

Observação: O Programa Nacional de Imunizações (PNI), por meio da NT 41/2024, recomenda dose única para meninos e meninas de 9 a 14 anos e três doses para imunodeprimidos e vítimas de violência sexual.


Bula Completa


A importância da informação de qualidade

A meta do Ministério da Saúde é vacinar 90% da população elegível, mas os números estão abaixo do esperado no Brasil, principalmente nos meninos:

Os principais motivos da baixa imunização são a desinformação e a disseminação de fake news, como:

  • questionamentos infundados sobre a eficácia da vacina, boatos e mentiras espalhadas por movimentos antivacina e associações enganosas entre a vacina do HPV e religião;
  • segundo o Fundo das Nações Unidas para Infância, a baixa adesão também acontece pela baixa taxa de alfabetização no Brasil;
  • a imunização pelo SUS é relativamente nova, oferecida à população desde 2014;
  • estudo realizado pela empresa Famivita mostra que 17% das brasileiras não sabem que o HPV pode ser transmitido sexualmente;
  • poucas campanhas de vacinação contra o vírus.

Sobre a Vacina

A vacina do Instituto Butantan é quadrivalente e protege contra o HPV de baixo risco tipos 6 e 11, que causam verrugas anogenitais, e de alto risco tipos 16 e 18, que causam câncer de colo uterino, de pênis, anal e oral.

A indicação é que a vacinação ocorra antes do início da vida sexual, para que homens e mulheres estejam protegidos do vírus desde as primeiras relações e não o transmitam para seus parceiros e parceiras.

 

Dúvidas


Como a vacina funciona?

A vacina papilomavírus humano 6, 11, 16 e 18 (recombinante) contém VLPs L1, que são proteínas semelhantes aos vírus do tipo selvagem. Como essas partículas não contêm DNA viral, não podem infectar as células ou se reproduzir. Nos estudos pré-clínicos, a indução de anticorpos antipapilomavírus com vacinas com VLPs L1 resultou na proteção contra a infecção.


O que são câncer de colo do útero, lesões pré-cancerosas e verrugas genitais?

O câncer de colo do útero é uma doença grave e pode ser uma ameaça à vida. Ele começa quando a mulher contrai alguns tipos de papilomavírus humano, que podem fazer com que as células normais do revestimento do colo do útero se tornem anormais ou lesões pré- cancerosas. Essas lesões são geralmente detectadas no exame de Papanicolau. Se essas lesões não forem tratadas, podem se tornar cancerosas.

As verrugas genitais são causadas por alguns tipos de papilomavírus humano. Costumam aparecer como verrugas irregulares da cor da pele e são encontradas dentro ou fora dos genitais de homens e mulheres. Podem doer, coçar, sangrar e causar desconforto. Às vezes, podem voltar depois do tratamento.


Como prevenir a doença?

A melhor forma de prevenção é usar camisinha nas relações sexuais e se vacinar – o imunizante é distribuído gratuitamente pelo SUS. Vale ressaltar, porém, que o preservativo não impede totalmente a infecção pelo HPV, já que as lesões estão presentes em áreas não protegidas pela camisinha.

O exame preventivo de Papanicolau, para mulheres, também é uma forma de prevenir lesões que causam o câncer de colo do útero.


Como a doença se manifesta?

A infecção pelo HPV é, na maioria dos casos, assintomática. A doença pode causar lesões na vulva, vagina, colo do útero, região perianal, ânus, pênis (geralmente na glande), bolsa escrotal e região pubiana. Menos frequentemente, podem estar presentes em áreas extragenitais, como conjuntivas, mucosa nasal, oral e laríngea.

Bebês também podem ser infectados no momento do parto e desenvolver lesões verrucosas nas cordas vocais e laringe.


Após a infecção, quanto tempo demora para as lesões surgirem?

As primeiras manifestações pelo HPV surgem entre, aproximadamente, 2 a 8 meses, mas pode demorar até 20 anos para aparecer algum sinal da infecção.


Quando a vacina não deve ser usada?

A vacina papilomavírus humano 6, 11, 16 e 18 (recombinante) não deve ser aplicada se a pessoa for alérgica a qualquer um dos componentes da vacina ou se sofrer alguma reação alérgica após receber uma dose.

Fonte _ BUTANTAN

O que são arboviroses? Doenças como dengue, chikungunya e febre amarela têm sintomas parecidos

 


O termo “arbovirose” vem do inglês arthropod-borne virus disease, e faz referência a doenças virais transmitidas por artrópodes, como mosquitos e carrapatos – por exemplo, dengue, Zika, chikungunya, febre amarela e febre do Oropouche. Cerca de 4 bilhões de pessoas no mundo vivem em risco de contrair alguma dessas infecções, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Só de dengue, em 2024, foram registrados 12,6 milhões de casos na região das Américas. No Brasil, os casos aumentaram 300% entre 2023 e 2024, ultrapassando 6 milhões de notificações, com 6 mil óbitos.

Os mosquitos são responsáveis pela maioria das arboviroses, principalmente o Aedes aegypti, transmissor da dengue, Zika e chikungunya. Apesar dos sintomas semelhantes, algumas características ajudam a distinguir as doenças: na dengue, a febre alta (40°C) de início súbito está sempre presente; na chikungunya, as dores articulares são muito mais fortes; e na infecção por Zika, a febre é baixa e há muitas manchas vermelhas no corpo acompanhadas de coceira intensa. Quando acomete gestantes, o vírus Zika pode causar microcefalia em recém-nascidos.

O Aedes aegypti também transmite a febre amarela urbana, mas esse meio de transmissão não é registrado no Brasil desde 1942. A febre amarela de origem silvestre, por outro lado, é transmitida por mosquitos dos gêneros Sabethes e Haemagogus, comuns em regiões de mata. A doença, que é prevenível por vacina disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), pode causar febre de início súbito, calafrios, dor de cabeça intensa, dor nas costas, náuseas e fraqueza.

O termo “arbovirose” vem do inglês arthropod-borne virus disease, e faz referência a doenças virais transmitidas por artrópodes, como mosquitos e carrapatos – por exemplo, dengue, Zika, chikungunya, febre amarela e febre do Oropouche. Cerca de 4 bilhões de pessoas no mundo vivem em risco de contrair alguma dessas infecções, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Só de dengue, em 2024, foram registrados 12,6 milhões de casos na região das Américas. No Brasil, os casos aumentaram 300% entre 2023 e 2024, ultrapassando 6 milhões de notificações, com 6 mil óbitos.

Os mosquitos são responsáveis pela maioria das arboviroses, principalmente o Aedes aegypti, transmissor da dengue, Zika e chikungunya. Apesar dos sintomas semelhantes, algumas características ajudam a distinguir as doenças: na dengue, a febre alta (40°C) de início súbito está sempre presente; na chikungunya, as dores articulares são muito mais fortes; e na infecção por Zika, a febre é baixa e há muitas manchas vermelhas no corpo acompanhadas de coceira intensa. Quando acomete gestantes, o vírus Zika pode causar microcefalia em recém-nascidos.

Aedes aegypti também transmite a febre amarela urbana, mas esse meio de transmissão não é registrado no Brasil desde 1942. A febre amarela de origem silvestre, por outro lado, é transmitida por mosquitos dos gêneros Sabethes Haemagogus, comuns em regiões de mata. A doença, que é prevenível por vacina disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), pode causar febre de início súbito, calafrios, dor de cabeça intensa, dor nas costas, náuseas e fraqueza.

Já a febre do Oropouche, doença endêmica da Amazônia que tem se disseminado por outros estados brasileiros desde o ano passado, é transmitida pelo Culicoides paraenses, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora. Os sintomas incluem dor de cabeça, dor muscular, dor nas articulações, náusea e diarreia.

No Brasil, existe ainda a doença de Mayaro, endêmica da região amazônica e transmitida principalmente por mosquitos do gênero Haemagogus. As manifestações da doença são parecidas com as da chikungunya, como febre alta (39°C a 40°C), dor de cabeça, dor nas articulações, calafrios, mal-estar e manchas vermelhas no corpo.

Outro tipo de arbovirose, que não ocorre no Brasil, é a encefalite transmitida por carrapatosendêmica na Europa e na Ásia. Prevenível por vacina, a infecção é causada por um vírus transmitido pela picada de carrapatos do gênero Ixodes, que habitam bordas de florestas. Embora a maioria dos quadros seja assintomática, pode ocorrer febre, dor de cabeça, mal-estar, dor no corpo, náusea e vômito. A letalidade chega a 40% em casos graves que acometem o sistema nervoso central.

Como os artrópodes transmitem os vírus?

Mosquitos e carrapatos são artrópodes hematófagos (que se alimentam de sangue) e carregam o vírus após picarem uma pessoa ou animal infectado. Uma vez dentro do organismo do mosquito ou do carrapato, o patógeno se replica e se espalha, atingindo as glândulas salivares. Depois, quando o artrópode pica outro indivíduo, o vírus é introduzido no novo organismo por meio de sua saliva, e o ciclo de transmissão se repete.

Além de vírus, artrópodes hematófagos podem abrigar outros tipos de patógeno, como bactérias, protozoários e nematoides, causando doenças que não entram na categoria de arboviroses. É o caso do carrapato-estrela, que transmite a bactéria responsável pela febre maculosa, e do mosquito Anopheles, que transmite o protozoário da malária. Mesmo infectados, os artrópodes não ficam doentes, pois seu sistema imune dá conta de protegê-los.


Séculos de evolução

As arboviroses circulam pelo mundo há muito tempo – uma enciclopédia chinesa de 610 d.C. chega a mencionar uma doença semelhante à dengue, que supostamente seria causada por “insetos da água”. Mas foi o vírus da febre amarela o primeiro arbovírus a ser descrito oficialmente, com registros de epidemias desde o século XVI. Acredita-se que ele tenha se originado na África e se espalhado por meio do tráfico de escravizados.

A hipótese de transmissão da febre amarela por mosquitos foi levantada em 1881 pelo epidemiologista cubano Carlos Finlay, e confirmada em 1901 pelo cientista norte-americano Walter Reed. Pouco depois, descobriu-se que a dengue também era transmitida por mosquitos: a comprovação do vetor Aedes aegypti ocorreu em 1906.

Ao longo do século XX, outras arboviroses foram descobertas, como a encefalite transmitida por carrapatos (1936), a febre do Nilo Ocidental (1937), a Zika (1947), a chikungunya (1952), a febre Mayaro (1954) e a febre do Oropouche (1955).

Com o aumento da urbanização, os vetores, que antes predominavam em áreas silvestres, foram se adaptando aos centros urbanos, contribuindo para a ocorrência de epidemias de arboviroses. Além disso, as mudanças climáticas também têm gerado impacto significativo na circulação dessas doenças, facilitando a multiplicação dos vetores, especialmente dos mosquitos.

De acordo com o The World Mosquito Program (WMP), organização não governamental ligada à Universidade Monash, da Austrália, esses insetos infectam mais de 700 milhões de pessoas no mundo e causam cerca de 1 milhão de óbitos todos os anos.

Para ajudar a combater o problema, em 2022, a OMS lançou a Global Arbovirus Initiative, programa internacional que propõe ações prioritárias contra as arboviroses. A iniciativa se divide em seis pilares: 1) monitorar e antecipar riscos; 2) reduzir riscos epidêmicos locais; 3) fortalecer o controle de vetores; 4) prevenir e se preparar para pandemias; 5) estimular a inovação e novas abordagens; e 6) construir uma coalizão de parceiros.

Atuação do Butantan

Nos últimos dez anos, o Instituto Butantan tem se dedicado ao desenvolvimento de uma vacina contra a dengue e, mais recentemente, de uma contra a chikungunya. O imunizante da dengue, que mostrou eficácia de 79,6% em estudos clínicos, está em fase de aprovação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Já o da chikungunya, desenvolvido em parceria com a empresa franco-austríaca Valneva, foi aprovado pela Anvisa em abril, e já foi registrado nos Estados Unidos, Canadá e Europa. Nos ensaios clínicos, a vacina gerou anticorpos em 98,9% dos voluntários adultos e em 98,8% dos adolescentes avaliados. O Butantan também pesquisa uma possível vacina contra a Zika, que está no estágio inicial de desenvolvimento, ainda sem previsão de testes em seres humanos.

Fonte _ BUTANTAN

Copa do Mundo de Clubes da FIFA - Monterrey X Internazionale

 


Copa do Mundo de Clubes da FIFA - Ulsan X Mamelodi Sundowns

 


Copa do Mundo de Clubes da FIFA - River Plate X Urawa Reds

 


Grupo E

Copa do Mundo de Clubes da FIFA - Fluminense X Borussia Dortmund

 


Grupo F

segunda-feira, 16 de junho de 2025

Copa do Mundo de Clubes da FIFA - Flamengo X Espérance

 


Copa do Mundo de Clubes da FIFA - Boca Juniors X Benfica

 


Etapa estadual da ll CONEENF já começou

 


Os Conselhos Regionais de Enfermagem (Coren’s) abriram o período de Conferências Estaduais para atualização do Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem (CEPE).

As etapas estaduais da II Conferência Nacional de Ética em Enfermagem (CONEENF) tiveram início dia 1º de junho e vão até 15 de outubro, reunindo profissionais de Enfermagem de todo o Brasil.

O evento visa discutir e votar propostas quanto a atualização do CEPE, incorporando novas práticas e condutas não contempladas no código vigente e qualificar a tramitação dos processos ético-disciplinares.

Como resultado dessa etapa, espera-se que os debates sejam consolidados nas Oficinas de Trabalho nas cinco (5) Regiões do país, segundo os prazos previstos no Regimento.

Para participar, a inscrição se dará em duas etapas:

1.           Os Enfermeiros Técnicos (RTs) deverão inscrever suas instituições.

2.           O Conselho Regional do seu estado informará o número de vagas por instituição ao RT, de acordo com seu tamanho e vagas disponíveis na região. O RT irá repassar quais profissionais da instituição ocuparão as vagas ofertadas.

Os formulários de inscrição serão enviados por cada Conselho Regional aos RTs.

Próximos passos

Dando continuidade ao processo de formulação do Código de Ética, as Oficinas de Trabalho, que acontecem nas cinco regiões do país, fazem parte da etapa seguinte. Esta fase deve ser realizada entre 16 de outubro a 16 de dezembro de 2025 e tem o intuito de reunir os 27 representantes das Comissões Estaduais dos Conselhos Regionais de Enfermagem e da Comissão Nacional para discutir sobre a atualização do CEPE. 

A etapa referente à Conferência Nacional ocorrerá até 31 de março de 2026, conforme data a ser definida pelo Plenário do Cofen.

As conferências são regidas pelo Regimento da II Conferência Nacional de Ética em Enfermagem (CONEENF).

Fonte _ COFEN

Ministério da Saúde lança campanha para incentivar doação regular de sangue

 


Para incentivar a doação regular de sangue voluntária, o Ministério da Saúde lançou a campanha “Doe Sangue. Você Pode” neste sábado, 14 de junho, Dia Mundial do Doador de Sangue. Com veiculação prevista durante todo o ano, a campanha objetiva conscientizar a população sobre a importância de manter os estoques de sangue em níveis seguros, já que dependem  desse ato solidário pessoas que se submetem a intervenções médicas urgentes de grande porte e complexidade, como transfusões, transplantes e procedimentos oncológicos.

Nos últimos dois anos, o Brasil registrou um leve aumento de 1,9% do número de bolsas de sangue coletadas: foram 3.248.737 em 2023 e 3.310.025 em 2024, segundo dados do Ministério da Saúde. Até maio de 2025, foram 831.518. Já as transfusões de sangue passaram de 3.088.332 e 3.178.138 no mesmo período, crescimento de 2,9%.

Embora o número de doações realizadas no Brasil esteja dentro do parâmetro recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o Ministério da Saúde realiza campanhas anuais para captar mais doadores e manter estoques de sangue e de hemoderivados. Em 2024, 1,6% da população fez doação de sangue no país.

A pasta também acompanha, diariamente, o estoque nos hemocentros estaduais. Vale destacar que a doação de sangue também é importante para a produção de medicamentos essenciais derivados do plasma.

Cada doação pode ajudar a salvar várias vidas

A doação de sangue é um ato de solidariedade e cidadania, que tem importância vital para a saúde pública. Por isso, a Política Nacional de Sangue, Componentes e Hemoderivados foi instituída a fim de garantir a autosuficiência do país nesse setor e harmonizar as ações do poder público em todos os níveis de governo.

Cada doação pode ajudar a salvar várias vidas, já que o sangue doado é separado em componentes distintos - Concentrado de Hemácias (CH), Concentrado de Plaquetas (CP), Plasma Fresco Congelado (PFC) e Crioprecipitado (CRIO) – que podem ser utilizados em diferentes tratamentos.

O sangue não possui substitutos artificiais. É essencial também para tratamento de doenças crônicas que frequentemente demandam transfusões sanguíneas e intervenções médicas.

Campanha de 2025 será veiculada em todo o Brasil

A campanha publicitária “Doe Sangue. Você Pode” será veiculada em diversos tipos de mídia no Brasil, como rádio, televisão, mídias sociais, mobiliários urbanos e painéis digitais. Ela traça um paralelo entre atitudes diárias e a familiaridade com a expressão “dar o sangue”. Trata-se da ideia de que, se uma pessoa está disposta a dar o sangue por uma causa, ela também pode doar sangue para ajudar a salvar outras vidas.

Confira as peças publicitárias

Quem pode doar sangue

Para ser um doador, é preciso ter entre 16 e 69 anos de idade. Menores de 18 anos precisam ter autorização. Além disso, é necessário estar bem de saúde, não estar em jejum e apresentar documento original com foto.

Para mais informações procure o Hemocentro mais próximo ou acesse a página de Doação de Sangue

Fonte _ Saúde.gov

Copa do Mundo de Clubes da FIFA - Chelsea X LAFC

 


Grupo D

domingo, 15 de junho de 2025

Copa do Mundo de Clubes da FIFA - Botafogo X Seattle Sounders

 


Santa Missa | Solenidade da Santíssima Trindade

 


Copa do Mundo de Clubes da FIFA - Palmeiras X Porto

 

Copa do Mundo de Clubes da FIFA - PSG X Atlético de Madrid

 


Grupo B

Aniversário 63 anos do Estado do Acre

 

No coração da imensidão amazônica, onde rios cantam com vozes próprias e a fauna e a flora se entrelaçam em perfeita harmonia, encontra-se o Acre, terra de esperança. Habitada por um povo aguerrido, que lutou para fazer parte do Brasil, o território cresce em conjunto com a floresta. Seja no campo ou na cidade, os acreanos, com sua identidade única, constroem um futuro cada vez mais próspero, mas sem esquecer do passado marcado por resistência e paixão pelo país. Há 63 anos, o Acre conquistou seu reconhecimento oficial como Estado e, desde então, segue em constante evolução, trilhando um caminho de desenvolvimento e progresso, lado a lado com as demais regiões do Brasil.

No dia 15 de junho de 1962, o então presidente João Goulart sancionou a Lei nº 4.070, que reconhecia o Acre como um estado da federação brasileira. Apesar disso, a história do povo acreano teve início muitos anos antes e tornou-se um símbolo de luta e amor à nação do Brasil, pois, em certos momentos, era território de outro país.

Rica em seringueiras e com grande potencial na produção de borracha, a região do Acre atraiu milhares de brasileiros no final do século XIX, especialmente durante o ciclo da borracha. Movidos pela busca por trabalho e oportunidades, esses migrantes passaram a ocupar o território que, à época, era boliviano. A Bolívia, no entanto, enfrentava dificuldades para exercer controle sobre a região, em razão da distância e do difícil acesso.

A crescente presença de brasileiros e a insatisfação com a tentativa boliviana de administrar o território culminaram na Revolução Acreana, uma série de revoltas de seringueiros liderados por Plácido de Castro, com início no dia 6 de agosto de 1902. O movimento foi decisivo para a negociação que resultou na incorporação do Acre ao Brasil, consolidada com o Tratado de Petrópolis, firmado em 17 de novembro de 1903.

Compromisso com o futuro

Desde sua emancipação política, o Acre tem se consolidado como uma região cada vez mais atuante e relevante no cenário nacional. Atualmente sob a gestão do governador Gladson Cameli, o estado vem registrando avanços significativos, que reforçam seu legado de coragem e compromisso com o bem-estar das pessoas e com o desenvolvimento sustentável. Com uma população estimada em 880.631 habitantes e uma área de 152.581 km², o Acre segue promovendo políticas públicas que valorizam seu potencial.

“O dia 15 de junho é uma data de celebração e, principalmente, de muito orgulho para todos nós. O povo acreano merece todos os aplausos possíveis, pois tem garra e lutou com todas as forças para se tornar parte do Brasil. É uma honra imensa poder colaborar com a evolução desse estado que tanto amo, porque, além de tudo, também sou acreano. Comemorar mais um aniversário do Acre enquanto governador não tem preço. Seguimos avançando e levando nosso legado para o centro do mundo”, destacou o governador.

Com esforço conjunto e o empenho de todos, os cidadãos acreanos conquistam cada vez mais oportunidades e qualidade de vida. Os investimentos são feitos no presente, para que o Estado consiga assegurar um futuro próspero e com dignidade para as próximas gerações. Dessa forma, mantendo acesa a chama de amor que os nativos nutrem pelo Acre.

Educação para todos

A educação é um direito fundamental, e cabe ao Estado garantir esse acesso por meio de políticas públicas, investimentos em infraestrutura e valorização dos profissionais. No Acre, o governo tem assumido esse compromisso com responsabilidade, buscando ampliar cada vez mais o acesso da população a um ensino público, gratuito e de qualidade.

Em abril de 2025, mais de 52 mil candidatos participaram do maior concurso público já realizado pela Secretaria de Estado de Educação e Cultura (SEE) do Acre. Ao todo, foram ofertadas 3 mil vagas, sendo 2.500 para professores e 500 para técnicos administrativos. O certame reforça o compromisso em ampliar o quadro de profissionais da educação e garantir a presença de servidores efetivos em todas as escolas da rede estadual.

A oferta de ensino no Acre ultrapassa os limites da zona urbana e alcança também as regiões mais isoladas do território. Com grande parte do território coberto pela floresta amazônica, o estado ainda enfrenta desafios como a locomoção e a distância entre comunidades, muitas delas acessíveis apenas por via fluvial ou aérea. Mesmo diante dessas dificuldades, o governo tem intensificado os esforços para garantir que a educação chegue a todos os acreanos, independentemente da localização.

“Ter acesso ao ensino é um direito que todo cidadão possui, e nosso trabalho é pautado nisso. Não nos deixamos levar pelos desafios impostos pela natureza que nos cerca e estamos, cada vez mais, empenhados em garantir educação ao nosso povo, onde quer que ele esteja”, declarou Gladson Camelí.

Saúde que avança

Na área da saúde, os avanços são significativos, e a oferta de serviços ao usuário do Sistema Único de Saúde cresce continuamente. Com tecnologia de ponta e uma equipe de profissionais altamente capacitados, a parcela da população que necessita de atendimento médico conta a cada dia com um serviço mais eficiente e acessível.

O Acre vem se destacando nacionalmente com a quantidade de transplantes colocados em prática. Os procedimentos, que são feitos na Fundação Hospitalar Governador Flaviano Melo (Fundhacre), transformam e restauram a qualidade de vida de muitas pessoas. Já neste ano, o Estado realizou o primeiro transplante de tecido ósseo da sua história e chegou à marca de 100 transplantes hepáticos, batendo recordes no SUS.

O programa Opera Acre, que integra o Saúde + Perto, vem se consolidando como uma das principais políticas públicas de saúde do estado, ganhando cada vez mais reconhecimento da população acreana. Em 2024, alcançou a expressiva marca de mais de 14 mil cirurgias eletivas realizadas, demonstrando seu impacto direto na melhoria do acesso aos procedimentos cirúrgicos. Para 2025, a expectativa é superar esse número, reforçando o compromisso do governo em levar saúde para todas as regiões do estado e interiorizar o atendimento, garantindo que moradores de áreas mais distantes também tenham acesso aos serviços.

No tratamento oncológico, o estado também avança, com a incorporação de novas tecnologias em radioterapia. A chegada de equipamentos mais modernos tem agilizado os processos terapêuticos, contribuindo para diagnósticos mais precisos e intervenções mais eficazes. Essas inovações têm sido fundamentais para melhorar a resposta dos pacientes ao tratamento e assegurar a retomada da qualidade de vida.

“Nosso compromisso é salvar vidas e oferecer um atendimento cada vez mais digno. Temos mostrado que, com o empenho de todos, gestores, técnicos e o apoio da nossa população, é possível alcançar ótimos resultados”, afirmou Camelí.

Vida com dignidade

O direito à vida é assegurado pela Constituição Federal, e no Acre, esse princípio ganha força com ações que vão além do básico, garantindo dignidade à população. Um dos fatores que contribuem para isso é o investimento constante em segurança pública. O governo do Estado tem reforçado o trabalho das forças de segurança com a aquisição de viaturas, equipamentos modernos e novas ferramentas, beneficiando instituições como as polícias Civil, Militar, Penal e o Instituto Socioeducativo. Esses investimentos resultam em maior eficiência no combate às ilegalidades e no aumento da segurança da população.

Mas a dignidade vai além da segurança. O governo tem apostado também na promoção do lazer, da cultura e do esporte como instrumentos de transformação social. Eventos de arte, festivais, atividades esportivas e revitalização de espaços públicos estão entre as iniciativas que chegam tanto à capital quanto aos municípios do interior. Essas ações ampliam as oportunidades de acesso ao entretenimento.

Essa integração entre segurança e bem-estar social fortalece a cidadania. Ao investir em políticas públicas que alcançam diferentes áreas da vida cotidiana, o Estado reafirma seu compromisso de garantir não apenas o direito à vida, mas o direito de vivê-la com dignidade, respeito e oportunidades para todos.

Futuro sustentável

Com 84% de sua cobertura vegetal preservada, o Acre adota um conjunto de medidas voltadas à valorização da biodiversidade e à inclusão dos povos tradicionais na construção de soluções sustentáveis. Entre as ações em destaque estão o monitoramento de queimadas e desmatamentos, realizado pelo Centro Integrado de Geoprocessamento e Monitoramento Ambiental (Cigma), e o fortalecimento da bioeconomia, que incentiva cadeias produtivas sustentáveis e valoriza o conhecimento tradicional dos povos indígenas, seringueiros e ribeirinhos.

O estado também tem investido na promoção do turismo sustentável, na educação ambiental e na criação de políticas públicas estruturadas, como os planos estaduais de enfrentamento às mudanças climáticas e de promoção da bioeconomia. Esses programas visam tanto a mitigação dos impactos ambientais quanto a criação de alternativas econômicas sustentáveis para as comunidades locais.

Com esse conjunto de ações, o Acre demonstra que é possível crescer de forma sustentável, promovendo justiça social e assegurando que os recursos naturais continuem sendo fonte de vida, renda e identidade. O objetivo é avançar ainda mais, mas sem abrir mão da responsabilidade com o meio ambiente e com o futuro da população.

O governador ressaltou ainda que o desenvolvimento do Acre será guiado por responsabilidade ambiental e respeito à floresta e às pessoas que dela dependem. “Nossa missão é cuidar do que é nosso, pensando no hoje e no amanhã. Proteger a floresta é garantir saúde, qualidade de vida e oportunidades para as futuras gerações”, afirmou.

As 17hs Aniversário 63 Anos de Emancipação do Estado do Acre

Fonte _ Agencia.gov

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