Ministério
da Saúde vai distribuir 6,5 milhões de testes rápidos para diagnóstico da dengue em todos os estados do país. É a primeira
vez que a pasta envia esse tipo de teste para detectar a dengue. A iniciativa
vai ampliar a identificação precoce dos casos, especialmente em municípios
distantes e com acesso limitado a serviços laboratoriais. O investimento soma
mais de R$ 17,3 milhões. A distribuição vai começar na próxima semana e os
gestores estaduais serão orientados por meio de uma nota técnica com critérios
de uso.
Do
total, serão distribuídos 4,5 milhões de testes na primeira remessa. Os dois
milhões de testes restantes serão utilizados como estoque estratégico para
atender as localidades que possam apresentar acréscimo no número de
casos e necessitem de uma resposta rápida no diagnóstico. O processo de
aquisição dos testes rápidos foi iniciado em 2024.
O Sistema Único de
Saúde (SUS) já possui outros dois tipos de testes para
identificação da dengue: o biologia molecular e o sorológico, ambos disponíveis
nos Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacen). Com o
anúncio do Ministério da Saúde, a população passa a contar com uma terceira
opção, que é o teste rápido, capaz de detectar a presença do vírus da dengue,
mas sem identificar o sorotipo. Esses testes estarão disponíveis na rede
pública, como Unidades Básicas de Saúde, conforme a distribuição da gestão
local.
Confira a nota técnica na íntegra
A
secretária de Vigilância
em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, explica que o teste é uma
ferramenta para ampliar a assistência na rede de atendimento local. "Não
podemos esquecer a importância da manutenção da coleta das amostras para a
vigilância epidemiológica, uma vez que o teste rápido não diferencia os
sorotipos da dengue e nem outras arboviroses, como zika e chikungunya”.
Avanço
no diagnóstico laboratorial
Outro
avanço significativo foi a ampliação do diagnóstico da dengue na rede de
laboratórios, com aumento de 76,4% nos diagnósticos de 2024 em comparação com
2023. Em 2023, foram realizados 778.422 diagnósticos de dengue, enquanto em
2024 esse número subiu para 1.373.536.
A
secretária Ethel Maciel reforça que o uso dos testes rápidos será complementar
às estratégias já existentes para controle do vetor, além da vacinação, e
destaca a necessidade de os municípios seguirem os protocolos de coleta e envio
de amostras para análise laboratorial, "fundamental para saber onde há
maior circulação de cada sorotipo do vírus".
Fonte _ Saude
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