Por mais que nós sejamos treinados para fazer isso, dá um medo muito grande de pegar a doença, já que não sabemos o que vem pela frente. A gente fica muito exposto, quase que o tempo todo, e como eu estava trabalhando diretamente com a covid-19 era ainda mais arriscado. No dia 17 de abril, comecei a sentir alguns sintomas. Eram dor de garganta leve, espirro e comecei a medicação por conta própria. Fiquei uma semana fazendo isso, mas a tosse foi aumentando e, cinco dias depois, comecei a ter disfunção intestinal. No dia 25 de abril, a dor no corpo estava intensa, chegava a vir para o pulmão e o tórax sempre que eu respirava. A fadiga também apareceu e ficou quase impossível seguir uma rotina normal, no entanto, continuava trabalhando.
Eu pensei que podia ser uma gripe forte e até dengue, mas resolvi ir ao médico, já que os sintomas só pioravam. No hospital, fiz um raio-X que identificou a infiltração bilateral no pulmão. O médico pediu uma tomografia de urgência e como dependo do SUS, fiquei cerca de oito horas para fazer o procedimento. Fiz todos os exames e constataram que eu estava sim com covid-19. Para me recuperar, o médico me deu seis dias de atestado. Conversei com a minha chefia sobre o ocorrido e falaram para eu ficar tranquila. O ideal seria que eu ficasse cerca de 14 dias até que eu me recuperasse totalmente, mas como estava no período de experiência e com muito trabalho para fazer, pensei em voltar antes. Os sintomas não passavam e a falta de ar só aumentava. Como moro só com a minha filha, pedi que alguns amigos cuidassem dela e me isolei em casa. Às vezes, no meio da noite, a falta de ar era tão grande que eu pensei várias vezes que ia morrer. Leia a íntegra do relato, publicado pelo Uol.
Fonte_COFEN
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