O Ministério Público Federal solicitou hoje à Procuradoria da República no Distrito Federal que ofereça notícia-crime — ou seja, uma notificação para que autoridades investiguem um crime — contra Renan da Silva Sena. A solicitação foi feita pelo procurador João Paulo Lordelo em memorando enviado a Claudio Drewes José Siqueira, procurador-chefe da Procuradoria da República no DF. No texto, Lordelo cita reportagem publicada hoje pelo UOL que identifica Renan, funcionário terceirizado do Ministério de Direitos Humanos, como o protagonista de vídeo gravado na última sexta-feira (1º).
Na filmagem, Sena aparece agredindo verbalmente enfermeiras que realizavam um protesto pacífico na Praça dos Três Poderes. Ele é analista de projetos do setor socioeducativo da pasta, mas não exerce atividades desde março. O ministério informa que Sena foi demitido em 23 de abril, mas não enviou documentação que comprovasse o ato demissionário. “Os eventos narrados, dotados de inegável gravidade, podem ensejar (…) eventual crime contra a Administração Pública, razão pela qual solicito a Vossa Excelência a distribuição da presente notícia crime para adoção das medidas que o(a) procurador(a) da República natural compreender necessárias”, diz o documento enviado hoje.
De acordo com o documento enviado hoje pelo procurador, Renan já havia participado de outras manifestações. O registro da manifestação em questão foi divulgada por uma página de apoio ao vice-presidente da República, General Hamilton Mourão, nas redes sociais. Uma cópia da gravação já se encontra em posse do MPF. “Posteriormente, divulgou-se que tal indivíduo teria participado de manifestação em frente ao Supremo Tribunal Federal, ao lado de pessoa supostamente identificada como Wagner Cunha, ambos fazendo apologia à intervenção militar naquela corte”, descreve o memorando. Segundo o Ministério Público Federal, Renan pôde ser identificado no vídeo da manifestação.
Posteriormente, divulgou-se que tal indivíduo teria participado de manifestação em frente ao Supremo Tribunal Federal, ao lado de pessoa supostamente identificada como Wagner Cunha, ambos fazendo apologia à intervenção militar naquela corte”, descreve o memorando. Segundo o Ministério Público Federal, Renan pôde ser identificado no vídeo da manifestação de profissionais de enfermagem após consulta realizada no Sistema Radar da Secretaria de Perícia, Pesquisa e Análise (SPPEA), subordinada à Procuradoria-Geral da República.
Fonte_COFEN
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