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quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

Justiça nega embargo e reafirma legalidade de resolução sobre acupuntura


O Tribunal Regional Federal da 1ª Região negou, em audiência nesta segunda-feira (28/1), embargo de declaração interposto pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e reafirmou a legalidade da Resolução Cofen 585/2018, que reconhece acupuntura como especialidade e/ou qualificação do profissional de Enfermagem.
“Limitar essa prática milenar oriental ao exclusivo exercício dos profissionais da ciência médica ocidental, além de constituir uma sobrequalificação para o exercício desta técnica, conduzirá, inevitavelmente, restrição do direito de toda população à saúde em sentido amplo, isto é ´’a redução do risco de doenças e outros agravos’, conforme disposto no art. 196 da CF de 1988”, afirmou o TRF, em uma importante vitória da Enfermagem. Diante da decisão, publicada em agosto de 2018, o CFM apresentou embargo de declaração, negado nesta semana pelo tribunal.
A ação, movida pelo CFM em 2001, questionava resolução do Cofen sobre acupuntura.  O registro chegou a ser suspenso judicialmente. “Apresentamos recursos legais e demonstramos a legalidade da resolução, restabelecendo o pleno exercício profissional”, explica o presidente do Cofen, Manoel Neri. “Nesta semana, o TRF1 confirmou o que estava explícito no acórdão: a Resolução 585/2018 é válida, e os enfermeiros têm o direito de realizar acupuntura como parte do pleno exercício profissional”.
Os profissionais habilitados em acupuntura devem fazer o registro de especialidade, que é obrigatório e está isento das taxas de inscrição e carteira.
Fonte_COFEN

segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

Dia Nacional de Lutas em Defesa da Vida destaca sobrecarga da Enfermagem

Profissionais de Enfermagem de São Paulo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Sergipe realizaram, neste domingo (27/1), atos públicos em defesa da Saúde Mental, destacando a sobrecarga imposta aos profissionais que lidam diretamente com o cuidado. Com o lema “Suicídio na Enfermagem não”, Dia Nacional de Lutas em Defesa da Vida foi idealizado pelo Movimento de Ativistas de Enfermagem (MAE Brasil) e teve apoio do Conselho Federal de Enfermagem
“Alguns pontos devem ser observados para procurar auxílio, entre eles a dificuldade em lidar com o outro, cansaço exagerado, pensamentos autodestrutivos, tristeza e ansiedade que atrapalhe outras atividades. Não é preciso esperar essas características, uma vez que priorizamos a prevenção, mas elas também podem ser observadas”, afirmou Jefferson Caproni, conselheiro do Coren-SP, integrante da Comissão Nacional de Técnicos e Auxiliares de Enfermagem (Conatenf/Cofen) e um dos organizadores nacionais da ação.
A ação foi motivada pelos casos recentes de suicídio entre os profissionais de Enfermagem, explicou Caproni. “O suicídio é multifatorial, mas é inegável que o estresse em local de trabalho, as agressões e a sobrecarga gerada pela jornada excessiva estão relacionados ao adoecimento do profissional. Esta luta também é política”, afirmou. Entre as pautas do ato, estão a regulamentação da jornada em 30h semanais e o descanso digno durante os plantões.
Cuidar de quem cuida – Na linha de frente do atendimento, os profissionais de Enfermagem enfrentam situações de violência física, verbal e psicológica. Apenas 29% dos profissionais de Enfermagem se sentem seguros em seus ambientes de trabalho, segundo dados da Pesquisa Perfil da Enfermagem no Brasil (Cofen/Fiocruz – 2015). A pesquisa revela que 19,7% já sofreram violência no ambiente de trabalho, sendo: 66,5% violência psicológica, 26,3% verbal e 15,6% violência física.
O Cofen recomenda que caso de violência contra profissionais de Enfermagem, em ambiente de trabalho, sejam notificados também ao respectivo conselho regional, para que seja prestado apoio. Em 2018, o Cofen lançou campanha e manifesto sobre saúde mental, “Um gesto de cuidado“. A violência em ambiente de trabalho também foi tema de ações digitais, como a #RespeitoNaVeia, que alertava sobre a questão da violência em local de trabalho.
No Congresso, o Cofen apoia o PL do Descanso Digno e a regulamentação da jornada de trabalho, por reconhecer que jornadas exaustivas estão associadas ao aumento de ocorrências adversas e afetam diretamente a Saúde e qualidade de vida do profissional.
Fonte_COFEN

segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

Anvisa orienta como realizar descarte de termômetros de mercúrio


Entrou em vigor, neste mês de janeiro, a Resolução Anvisa 145-2017, que proíbe a fabricação, importação e comercialização dos termômetros e esfigmomanômetros com coluna de mercúrio.  A normativa também proíbe o uso destes equipamentos em serviços de saúde, que deverão realizar o descarte dos resíduos sólidos contendo mercúrio. Confira a Resolução Anvisa 222-2018, que orienta o descarte de materiais, inclusive aqueles que contêm colunas de mercúrio.
A proibição da coluna de mercúrio em termômetros e dos esfigmomanômetros, como são chamados tecnicamente os medidores de pressão, é resultado da Convenção de Minamata. A convenção, assinada pelo Brasil e mais 140 países em 2013, tem como objetivo eliminar o uso de mercúrio em diferentes produtos como pilhas, lâmpadas e equipamentos para saúde, entre outros.
A exposição ao mercúrio representa um risco para os profissionais de Saúde, especialmente da Enfermagem. A exposição continuada, por longos períodos, pode provocar danos no sistema nervoso central e tireoide. A contaminação do meio ambiente por mercúrio também está ligada a danos para a saúde humana. O documento oficial do Ministério do Meio Ambiente, Diagnóstico Preliminar sobre o Mercúrio no Brasil, informa que a exposição a 1,2 mg por algumas horas pode causar bronquite química e fibrose pulmonar em seguida (Sigeyuki et al., 2000).
Fonte_COFEN

quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

OMS define 10 prioridades de saúde para 2019

A instituição também quer garantir que 1 bilhão de indivíduos estejam protegidos de emergências de saúde. Para tirar essas resoluções do papel, a OMS estipulou dez prioridades para o ano que se inicia.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) tem metas ambiciosas para 2019. Entre os objetivos da agência da ONU, está a ampliação do acesso e da cobertura de saúde para atender a 1 bilhão a mais de pessoas na comparação com números atuais. A instituição também quer garantir que 1 bilhão de indivíduos estejam protegidos de emergências de saúde. Por fim, o organismo espera melhorar o bem-estar de 1 bilhão de moradores do planeta Terra. Mas como cumprir essa agenda em um ano?
Para tirar essas resoluções do papel, a OMS estipulou dez prioridades para o ano que se inicia. A lista inclui o combate à poluição ambiental e às mudanças climáticas, infecções transmissíveis como o ebola, a dengue, a gripe e o HIV, doenças crônicas e outros desafios de saúde pública. Confira abaixo e entenda por que esses temas serão críticos em 2019:

1. Poluição do ar e mudanças climáticas

Nove em cada dez pessoas respiram ar poluído todos os dias. Em 2019, a poluição do ar é considerada pela OMS como o maior risco ambiental para a saúde. Poluentes microscópicos podem penetrar nos sistemas respiratório e circulatório de uma pessoa, danificando seus pulmões, coração e cérebro. Isso resulta na morte prematura de 7 milhões de pessoas todos os anos, devido a enfermidades como câncer, acidente vascular cerebral e doenças cardiovasculares e pulmonares. Cerca de 90% dessas mortes ocorrem em países de baixa e média renda, com altos volumes de emissões da indústria, dos transportes e da agricultura, além do cozimento por meio de combustíveis ou tecnologias poluentes em ambientes interiores.
A principal causa da poluição do ar — a queima de combustíveis fósseis — também é um dos principais fatores que contribuem para a mudança climática, a qual afeta a saúde das pessoas de diferentes maneiras. Entre 2030 e 2050, espera-se que as mudanças climáticas causem 250 mil mortes a mais por ano devido à desnutrição, malária, diarreia e estresse por calor.
Em outubro de 2018, a OMS realizou
sua primeira Conferência Global sobre Poluição do Ar e Saúde, em Genebra. Países e organizações firmaram mais de 70 compromissos para melhorar a qualidade do ar. Neste ano, a Cúpula do Clima da Organização das Nações Unidas ocorrerá em setembro e tem como objetivo fortalecer a ação climática e seus esforços em todo o mundo. Mesmo que todos os compromissos assumidos pelos países junto ao Acordo de Paris sejam alcançados, o mundo ainda está em vias de se aquecer por mais de 3°C até o final deste século.

2. Doenças crônicas não transmissíveis

As doenças crônicas não transmissíveis – como diabetes, câncer e doenças cardiovasculares – são responsáveis por mais de 70% de todas as mortes no mundo — o equivalente a 41 milhões de falecimentos. Isso inclui 15 milhões de pessoas que morrem prematuramente, ou seja, com idade entre 30 e 69 anos. Mais de 85% dessas mortes precoces ocorrem em países de baixa e média renda.
O aumento da ocorrência dessas doenças tem sido impulsionado por cinco fatores de risco: o uso do tabaco, a inatividade física, o uso nocivo do álcool, as dietas pouco saudáveis e a poluição do ar.
Esses fatores também agravam problemas de saúde mental, que podem se originar desde cedo. Metade de todos os transtornos mentais começa aos 14 anos, mas a maioria dos casos não é detectada e tratada de forma oportuna. O suicídio, por exemplo, é a segunda causa de morte entre adolescentes de 15 a 19 anos.
Em 2019, a OMS trabalhará com os governos para atingir a meta global de redução em 15% da inatividade física até 2030. Isso será feito por meio de ações como a implementação da ACTIVE, uma série de políticas que incentivam as pessoas a estar mais ativas todos os dias.

3. Pandemia de gripe

O mundo enfrentará outra pandemia de influenza – o que ainda não se sabe é quando ela chegará e o quão grave será. A OMS está constantemente monitorando a circulação dos vírus influenza para detectar possíveis cepas pandêmicas: 153 instituições em 114 países estão envolvidas na vigilância e resposta global.
Todos os anos, a OMS recomenda quais cepas devem ser incluídas na vacina contra a influenza para proteger as pessoas da gripe sazonal. No caso de uma nova cepa desenvolver um potencial pandêmico, a agência da ONU possui uma grande parceria com os principais atores na área, a fim de garantir acesso efetivo e equitativo a diagnósticos, vacinas e tratamentos antivirais, especialmente em países em desenvolvimento.

4. Cenários de fragilidade e vulnerabilidade

Existem cenários frágeis em quase todas as regiões do mundo. Nesses contextos, a metade das principais metas de desenvolvimento sustentável, incluindo sobre saúde infantil e materna, permanece não atendida.
A OMS continuará trabalhando com esses países para fortalecer os sistemas de saúde, de modo a prepará-los para detectar e responder a surtos de doenças. O organismo também quer tornar essas nações capazes de prestar serviços de saúde de alta qualidade, incluindo os de vacinação.

5. Resistência antimicrobiana

A resistência aos medicamentos contra a tuberculose é um grande obstáculo para combater uma enfermidade que acomete cerca de 10 milhões de pessoas e mata 1,6 milhão delas todos os anos. Em 2017, cerca de 600 mil casos de tuberculose foram diagnosticados como resistentes à rifampicina – droga de primeira linha mais eficaz – e 82% dessas pessoas apresentavam tuberculose multirresistente.
A resistência aos medicamentos é impulsionada pelo uso excessivo de remédios antimicrobianos em pessoas, mas também em animais, especialmente os que são utilizados na produção de alimentos e no meio ambiente. A OMS trabalha com esses setores para implementar um plano de ação global de combate à resistência antimicrobiana, aumentando a conscientização e o conhecimento sobre o tema, reduzindo as infecções e incentivando a aplicação adequada desses medicamentos.

6. Ebola

Isso mostra que o contexto é crítico, quando se trata de um agente patogênico que ameaça a saúde global, como é o caso do ebola. O que aconteceu em surtos em áreas rurais no passado nem sempre vale para as zonas urbanas densamente povoadas ou para locais afetados por conflitos.
Em uma conferência sobre a preparação para emergências, realizada em dezembro de 2018, participantes dos setores de saúde pública, saúde animal, transporte e turismo discutiram os desafios crescentes no combate de surtos em regiões urbanas. Eles pediram à OMS e seus parceiros que considerem 2019 como um ano de ações de preparação para situações de emergência.
O plano R&D Blueprint da OMS identifica doenças e patógenos com potencial de causar uma emergência de saúde pública, mas que carecem de tratamentos e vacinas eficazes. Esta lista de pesquisa e desenvolvimento prioritários inclui o ebola, febres hemorrágicas, o vírus zika, o vírus Nipah, a síndrome respiratória por coronavírus do Oriente Médio, a síndrome respiratória aguda grave e a “doença X” – esse último item representa a necessidade de se preparar para um agente patogênico desconhecido, que poderia provocar uma grave epidemia.

7. Atenção primária de saúde

Os cuidados de saúde primários podem atender à maioria das necessidades de saúde de uma pessoa ao longo da sua vida. Sistemas de saúde com uma atenção primária forte são necessários para se alcançar a cobertura universal de saúde.
No entanto, muitos países não têm instalações de atenção primária de saúde adequadas. Em outubro de 2018, a OMS co-organizou uma importante conferência global em Astana, no Cazaquistão, onde todos os países renovaram seu compromisso com a atenção primária de saúde. Esse posicionamento já havia sido oficializado na Declaração de Alma-Ata, em 1978.
Em 2019, a OMS trabalhará com parceiros para revitalizar e fortalecer a atenção primária de saúde nos países e dar seguimento aos compromissos específicos assumidos na Declaração de Astana.

8. Relutância em vacinar

O sarampo, por exemplo, registrou um aumento de 30% nos casos em todo o mundo. As razões para esse crescimento são complexas e nem todos os casos se devem à chamada hesitação vacinal. No entanto, alguns países que estavam perto de eliminar a doença testemunharam seu ressurgimento.
As razões pelas quais as pessoas escolhem não se vacinar são complexas. Um grupo consultivo de vacinas para a OMS identificou a “complacência”, a “inconveniência” no acesso às vacinas e a falta de confiança como os principais motivos dessa relutância. Os profissionais de saúde, especialmente os que fazem parte das comunidades, continuam sendo os conselheiros e influenciadores mais confiáveis nas decisões sobre vacinação. Segundo a OMS, eles devem ser apoiados para fornecer informações de credibilidade sobre as vacinas.
Em 2019, a OMS intensificará os esforços para eliminar o câncer do colo de útero em todo o mundo, aumentando a cobertura da vacina contra o HPV, entre outras medidas. Esse também pode ser o ano em que a transmissão do poliovírus selvagem seja interrompida no Afeganistão e no Paquistão. No ano passado, menos de 30 casos foram registrados nos dois países. A OMS e seus parceiros estão empenhados em apoiá-los na vacinação de todas as crianças, a fim de erradicar definitivamente a poliomielite, uma doença incapacitante.

9. Dengue

Um grande número de casos ocorre durante as estações chuvosas de países como Bangladesh e Índia. Atualmente, no período de sazonalidade, os episódios vêm aumentando significativamente — em 2018, Bangladesh registrou o maior número de mortes pela doença em quase duas décadas. A dengue já está se espalhando para países menos tropicais e mais temperados, como o Nepal, que tradicionalmente não apresentava ocorrências da patologia em seu território.
Estima-se que 40% de todo o mundo está em risco de contrair o vírus da dengue: são cerca de 390 milhões de infecções por ano. A estratégia da OMS para controlar a doença visa reduzir as mortes em 50% até 2020.

10. HIV

Os progressos contra o HIV têm sido enormes, com o fornecimento de remédios antirretrovirais para 22 milhões de pessoas no mundo e o acesso ampliado a métodos de prevenção, como a profilaxia pré-exposição (PrEP). Essa técnica envolve o uso de antirretrovirais para prevenir a infecção, sobretudo entre pessoas com maior risco de contrair HIV. Esforços também avançaram na conscientização sobre a importância da testagem.
Apesar disso, a epidemia continua a se alastrar, com quase 1 milhão de pessoas morrendo por HIV/AIDS a cada ano. Desde o início da epidemia, mais de 70 milhões de pessoas adquiriram a infecção. Desse grupo, cerca de 35 milhões morreram. Atualmente, em torno de 37 milhões de indivíduos em todo o mundo vivem com o HIV.
Alcançar pessoas como profissionais do sexo, pessoas privadas de liberdade, homens que fazem sexo com homens e pessoas transexuais é extremamente desafiador, uma vez que esses grupos são excluídos dos serviços de saúde. Uma parcela populacional cada vez mais afetada são as adolescentes e as mulheres jovens (entre 15 e 24 anos), que estão particularmente em alto risco e representam uma em cada quatro infecções por HIV na África Subsaariana, apesar de serem apenas 10% da população.
Neste ano, a OMS trabalhará com os países para apoiar a introdução do autoteste, para que um número cada vez maior de pessoas que vivem com HIV conheça o seu status e possa receber tratamento ou medidas preventivas. Uma das atividades previstas será a difusão de novas orientações para empresas e organizações, a fim de apoiar essas instituições no oferecimento de autotestes de HIV nos locais de trabalho. Essas recomendações foram anunciadas em dezembro de 2018 pela OMS e pela Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Fonte_COFEN

quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

Câncer do colo do útero: o câncer que poderia não existir

Ao contrário de outros tipos de câncer, o do colo do útero pode ser evitado. Com foco na prevenção e combate a este tipo de câncer, o mês de janeiro se veste de verde para atentar a população de como se cuidar. A doença representa o terceiro tipo de tumor mais frequente em mulheres, porém é um dos tumores femininos com maior chance de prevenção. Uma das formas de preveni-lo é com a vacina contra o HPV (Papiloma Vírus Humano), principal fator de risco para a doença, responsável por mais de 70% dos casos diagnosticados no Brasil. Outra forma importante de prevenção, é a realização do exame Papanicolau que ajuda na identificação de alterações em fase inicial, possibilitando a tomada de decisões antes da evolução para um câncer.
Dentre as principais medidas de prevenção ao câncer de colo uterino estão a vacinação, a proteção durante as relações sexuais e a realização de exames preventivos. O Papanicolau também é o principal exame para diagnóstico. Ele detecta a doença ou não da doença antes que os sintomas de manifestem. A coleta do exame por enfermeiros é regulamentada pela Resolução Cofen 385/2011.
As diretrizes do Ministério da Saúde para controle do câncer do colo do útero, o segundo tipo de câncer mais comum entre pacientes do sexo feminino no país, estabelecem que o exame ginecológico preventivo deve ser feito até os 64 anos de idade, com repetição a cada três anos, caso os dois primeiros resultados anuais tenham sido considerados normais.
Confira os principais mitos e verdades sobre o câncer de colo do útero e o HPV.
Fonte_COFEN

sábado, 12 de janeiro de 2019

Vetado PL que regulamenta profissão de técnico em imobilizações ortopédicas


A Presidência da República vetou, nesta sexta-feira (11/01) o Projeto de Lei 1681/1999, que regulamentava o exercício da profissão de técnico em imobilizações ortopédicas. As competências elencadas no projeto entravam em choque com as já executadas por profissionais de Enfermagem, reduzindo seu campo de atuação.  “É uma importante vitória da Enfermagem, garantindo o pleno exercício profissional”, comemora o presidente do Cofen, Manoel Neri.
O Cofen atuava junto ao Congresso e aos ministérios alertando sobre o impacto do PL e a restrição a competências reconhecidas dos profissionais de Enfermagem. Campo de atuação histórica da Enfermagem, os cuidados ortopédicos e procedimentos de imobilização são regulamentados pela Resolução Cofen 422/2012.
“Faz-se necessário evitar o cerceamento do exercício das atividades mencionadas no projeto por outros profissionais que executem funções similares, preservando-se o direito constitucional ao livre exercício profissional (art. 5º, XIII da CF)”, justificam os Ministérios da Saúde e da Economia, ouvidos pela Presidência. Para o Supremo Tribunal Federal, a edição de lei regulamentadora de profissão não confere ao legislador o poder de restringir o exercício da liberdade profissional a ponto de atingir o seu próprio núcleo essencial.
Fonte_COFEN

quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

Suicídio de enfermeira no MS acende alerta quanto à sobrecarga de trabalho

Presentes em hospitais, postos de saúde e clínicas, os profissionais da área de enfermagem são os responsáveis pelo contato direto e permanente com os pacientes. Porém, a carga e as condições precárias de trabalho no Brasil chamaram atenção no último dia 2 de janeiro, em razão da morte da enfermeira Janaína Silva e Souza, de 39 anos, em Campo Grande. Natural de Jataí, Goiás, a enfermeira foi encontrada morta e a suspeita é de que ela tenha se suicidado.
De acordo com o presidente do Conselho Regional de Enfermagem do Mato Grosso do Sul (Coren-MS), Sebastião Duarte, o ocorrido com Janaína não é um caso isolado. “A profissão lida com pacientes em situação de dor e sofrimento, de morte, e isso abala também o emocional do profissional. Motivo pelo qual a gente tem pedido carga horária mais justa”.
A diminuição da carga horária para 30 horas semanais é uma reivindicação antiga. O Projeto de Lei 2295/2000 está no Congresso desde 1999. Além disso, profissionais de enfermagem também lutam para estabelecer um piso salarial para a categoria.
Sobrecarga de trabalho – De acordo com Rosa Godoy, presidente da Associação Brasileira de Enfermagem (ABEN), os profissionais de enfermagem ficam ao lado dos pacientes a maior parte do tempo, atentos às necessidades deles. No entanto, Rosa lamenta que a profissão não é valorizada, principalmente quando comparada à Medicina.
Godoy comenta também que, por conta da natureza de cuidado da profissão, os enfermeiros recebem uma grande e exaustiva carga de trabalho e uma remuneração incompatível com o esforço.
“Os profissionais em geral sabem a hora que entram, mas não sabem a hora que saem. Se o plantão tiver apertado e o colega seguinte atrasou, ou não veio por outra questão, não é incomum dobrar o plantão. Por conta também dos baixos salários, muitas vezes, para sobreviver, o profissional tem que ter dois ou três empregos”.
Embora o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) tenha a tarefa de estabelecer a quantidade mínima de profissionais por ambiente para equilibrar a carga de trabalho, o vice-presidente do Coren-SP, Claudio Silveira, afirma que as recomendações não são cumpridas pelas empresas e instituições.
“Ele [enfermeiro] se sente pressionado porque tem uma demanda a ser atendida, e pelo número insuficiente de profissionais ele não consegue, tem que correr mais, isso demanda mais esforço físico. Há um estresse psicológico muito grande pelas cobranças, e isso acaba atingindo o profissional de maneira muito contundente”.
Ele aponta também a pressão psicológica sofrida pelos profissionais para evitarem erros no atendimento, que podem ser fatais.
Mulheres que cuidam – Um dos reflexos dessas exigências é a grande quantidade de absenteísmo na área, que é quando o funcionário tira licença por motivos de saúde. O absenteísmo acima do recomendável, segundo ele, aumenta a sobrecarga de quem está no expediente, gerando um ciclo de adoecimento que, em muitos casos, leva à depressão e ao suicídio, como provavelmente o caso da enfermeira Janaína.
Outro fator a ser considerado quando se fala em sobrecarga de trabalho na enfermagem é o recorte social da profissão, composta em sua maioria pelo sexo feminino, explica Rosa.
“Em geral são mulheres, que também tem na sua carga de trabalho toda a responsabilidade pelo cuidado da família, pelos filhos, pessoas da família. Muitas vezes essas mulheres são chefes de família, então elas têm uma sobrecarga ainda maior do que se fosse considerar uma família com divisão igualitária das responsabilidades da casa”.
Teto de gastos
A falta de condições de trabalho e o congelamento dos investimentos na área de saúde por 20 anos, com a promulgação da Emenda Constitucional 95, em 2016, são outros fatores que contribuem para o problema do adoecimento, ressalta Sebastião Duarte. A rotina de estresse se agrava quando o profissional de enfermagem se depara com a falta de material e equipamentos no serviço de saúde.
Fonte_COFEN

terça-feira, 8 de janeiro de 2019

Deputados sugerem ações para novo governo garantir acesso à saúde pública

Cerca de 150 milhões de brasileiros dependem exclusivamente do Sistema Único de Saúde (SUS) para fazer uma consulta, exame ou cirurgia, de acordo com o Conselho Federal de Medicina (CFM). Diante dessa demanda, a melhoria da qualidade da rede pública de saúde pode ser um desafio para o governo recém-empossado.
Segundo a deputada Carmen Zanotto (PPS-SC), integrante da Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados, estados e municípios já colocam mais dinheiro na saúde do que a Constituição obriga, mas os gastos sempre aumentam.
“O orçamento da Saúde é limitado, a inflação nessa área é sempre maior do que a inflação geral em função do aumento dos insumos no setor, tanto medicamentos quanto materiais que normalmente superam a inflação”, afirma.
Para o deputado Ricardo Barros (PP-PR), que foi ministro da Saúde no governo Michel Temer, o problema não está no montante de recursos para o setor, mas na gestão do sistema.
“Se nós tivermos os agentes comunitários de saúde – todos eles técnicos de enfermagem – dando resolutividade à visita domiciliar e um bom modelo de compra de medicamentos, através de transferências tecnológicas que nos permitam reduzir custos, os recursos para a saúde serão suficientes para atender à demanda dos brasileiros”, acredita ele.
O atendimento básico de saúde no governo Bolsonaro deve sofrer os efeitos das mudanças feitas no programa Mais Médicos no final do governo Temer. O deputado Jorge Solla (PT-BA) tem uma sugestão para o novo ministro da Saúde, o deputado Mandetta (DEM-MS).
“Chame os médicos cubanos de volta porque eles estão fazendo muita falta. E não dá pra gente trabalhar de forma ideológica, porque a população brasileira tá sofrendo e tá sofrendo quem mais precisa, quem deixou de ter o profissional para cuidar de sua saúde.”
Outro desafio do novo governo é aumentar o acesso da população ao saneamento básico, já que a falta de redes de água e esgoto também onera os cofres da saúde pública. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, cada Real investido em saneamento gera uma economia de 4,3 reais em gastos com saúde.
Fonte_COFEN

segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

Reconhecimento

No quadro “Gratidão” do Fantástico, exibido neste domingo (6/1) pela rede Globo, o ator Thiago Lacerda mostrou a história da Renata e do Antônio.
Um reencontro emocionante entre a esposa que perdeu o marido e um enfermeiro que quebrou o protocolo no Hospital das Clínicas de São Paulo.


Gratidão eh pra Sra. Renata Silva....