Imuniza SUS

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2024

O que aconteceria se os insetos fossem extintos do mundo? Entenda a importância desses pequenos animais

 Os insetos fazem parte do grupo de animais mais populoso do mundo e representam aproximadamente 70% dos indivíduos que habitam o planeta Terra. Embora muitos deles pareçam desnecessários para os seres humanos, esses pequenos bichinhos desempenham vários papéis ecológicos e são importantes para o desenvolvimento e equilíbrio do ecossistema. Mais do que isso, o planeta poderia entrar em colapso em uma hipotética e, praticamente impossível, extinção dos insetos. 

Os insetos são essenciais para a polinização e produção de alimentos, na reciclagem de substratos, na decomposição de matéria vegetal, na contribuição para o controle de pragas que atingem vegetações, além de servir de alimento para outras espécies. 

“Se não tivéssemos os insetos, não teríamos alimentos suficientes por conta da falta de polinização que alguns deles fazem. Muitos animais também sofreriam ou seriam extintos porque os insetos servem de alimento para eles. Outro exemplo é o mosquito, que na fase imatura se desenvolve na água atuando como filtrador”, conta a curadora da Coleção Entomológica do Instituto Butantan, Flávia Virginio.  “Esses são só alguns exemplos para mostrar que o meio ambiente ficaria totalmente desiquilibrado sem a presença deles”, acrescenta.



A importância dos insetos para a vida em geral, a relação estabelecida entre seres humanos e insetos, bem como a grande diversidade de insetos, faz com que a possibilidade de sua extinção seja impensável – mesmo que alguns, como o mosquito Aedes aegypti, sejam vetores de doenças mortais, entre elas a dengue. O que se pode fazer é controlar as espécies que causam algum tipo de prejuízo à população, como os transmissores de enfermidades e pragas agrícolas, por meio de seus “inimigos naturais” que podem ser outros bichos predadores e microrganismos, ou até mesmo pelo controle integrado, que envolve os controles manual, químico e biológico.

“É complexo pensar em extinguir ou tirar uma espécie de circulação de uma cidade ou país porque os insetos não veem barreiras geográficas. O Aedes aegypti, por exemplo, foi eliminado do Brasil durante um tempo por conta da ação organizada com o uso de DDT, um inseticida que contribuiu para o controle do Aedes à época. No entanto, em pouco tempo, já podíamos ver os mosquitos voando pelo Brasil porque os insetos continuam entrando no país, seja pelo mar por meio de navios estrangeiros ou por terra”, comenta Flávia. 

Os mosquitos são vistos com mais frequência no dia a dia porque eles estão por toda parte, em ambientes externos e internos, já que se adaptam muito bem às cidades e até mesmo aos diferentes climas. Soma-se a isso a quantidade de ovos que uma única fêmea pode colocar durante sua vida, que pode variar entre 200 e 500, em média. 

“A evolução dos insetos é muito rápida e eles estão sempre se adaptando. Os inseticidas acabam ‘forçando’ essa evolução, já que sempre estão selecionando os indivíduos mais resistentes a eles. Por isso, de tempos em tempos, o produto químico utilizado precisa ser trocado”, destaca Flávia. 

A dieta pode explicar

Dentro dos diversos grupos de insetos há características específicas de alimentação, e isso explica algumas de suas “funções” no planeta – tanto para o bem quanto para o mal. Eles possuem diferentes sistemas bucais, que incluem mastigação, sucção, picada e lambida.

Os coprófagos, como o besouro rola-bosta, se alimentam de fezes e matérias orgânicas e são responsáveis por fazerem a reciclagem de ambientes e a decomposição de compostos. Já os necrófagos comem matéria animal em decomposição, atuando também como recicladores. As moscas de ordem Diptera e das famílias Sarcophagidae, Muscidae e Calliphoridae são alguns dos insetos que fazem esse trabalho. 

Os frugívoros, como as moscas das frutas e os percevejos, são aqueles que se alimentam especificamente de frutas e frutos, enquanto que os fitófagos, como gafanhotos e grilos, se alimentam de folhas e caules de plantas. Ambos, frequentemente prejudicam economicamente a produção agrícola.



Há também os insetívoros, que são predadores ou também parasitoides de outros insetos e ajudam a manter a quantidade de várias espécies na natureza equilibrada – inclusive os bichos considerados “pragas”. As joaninhas, vespas e formigas são alguns dos insetívoros que predam essas pragas agrícolas.

Por fim, há ainda os hematófagos, que são os insetos que se alimentam de sangue e têm importância médica-veterinária porque podem atuar como vetores de patógenos (vírus, bactérias e protozoários), como alguns mosquitos, moscas e pulgas. 

Uso de agrotóxicos e mudanças climáticas 

Para proteger as plantações de insetos-praga, muitos agricultores utilizam inseticidas. Mas como estes defensivos agrícolas em geral não são específicos para determinados insetos, o uso indiscriminado desses produtos acaba prejudicando toda uma cadeia, inclusive aqueles insetos que são considerados como bioindicadores, bem como os que auxiliam o ser humano no controle natural e sustentável dos predadores e parasitoides. 

“O grande problema é que quando um agrotóxico é jogado nas plantações, ele não cai para matar um determinado inseto. Neste caso, o produto acaba atingindo todos os grupos que estão ao redor de uma vegetação e mata, inclusive, aqueles insetos que podem servir como bioindicadores que, por serem mais sensíveis, indicam que o ar está puro e que a água está limpa”, explica Flávia.



As mudanças climáticas impulsionadas pelas ações humanas ameaçam a vida de alguns insetos no planeta. Um estudo desenvolvido em 2022 pela Universidade de Londres e publicado na revista Nature mostra uma queda de 49% no número de insetos em regiões afetadas pelo aumento da temperatura em relação a habitats naturais com pouca alteração climática. 

O Brasil, por ser um país predominantemente tropical e com temperaturas mais elevadas, abriga uma boa parte da biodiversidade de insetos. “Aqui na região neotropical há condições ideais para o desenvolvimento de insetos porque é quente e úmido de forma geral. O Brasil é considerado uma região com uma grande área de biodiversidade, e por isso boa parte de insetos está aqui, sem contar as espécies que ainda não conhecemos e que, provavelmente, serão extintas antes de as descrevermos cientificamente”, completa Flávia.

O livro Viver no futuro, ainda tem clima para isso? Aquecimento global, seus impactos e a revolução dos artrópodes, que tem Flávia como uma das organizadoras, traz informações sobre como as mudanças climáticas afetam a vida dos artrópodes, que são animais com membros articulados como os insetos, e como o problema pode influenciar na vida dos seres humanos.

Fonte_BUTANTAN

Cinema em Casa

Lançamentos

Duna, Parte 2

Paul Atreides se une a Chani e aos Fremen enquanto busca vingança contra os conspiradores que destruíram sua família.

 



Ferrari

Cinebiografia de Enzo Ferrari, empresário italiano que revolucionou a indústria de carros esportivos.

 


Em Godzilla x Kong: The New Empire

O poderoso Kong e o temível Godzilla se unem contra uma colossal ameaça mortal escondida no mundo dos humanos.


 O menino e a Garça

A história segue um menino que tem a ajuda de seu tio através de cartas após a morte de seu pai. A experiência causa uma mudança espiritual no herói.


 

Dias Perfeitos

Um zelador no Japão tem sua vida revelada ao espectador através da música que ouve.



Kung Fu Panda 4

É a nova aventura de Po, um mestre panda de kung fu.

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024

"Rezende Obstetrícia Fundamental": livro é referência para estudantes e profissionais


 O livro "Rezende | Obstetrícia Fundamental", agora em sua 15ª edição, escrito pelo renomado professor titular, Jorge Rezende Filho, conta com a colaboração do obstetra e pesquisador do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), Marcos Nakamura, como um dos editores associados. A obra é uma fonte indispensável de conhecimento para estudantes, residentes e profissionais de obstetrícia.

Desde sua primeira edição, em 1976, o livro tem sido um pilar no ensino da obstetrícia, guiando gerações de médicos em sua jornada educacional e profissional. Com informações atualizadas e fundamentais, o livro abrange desde os aspectos básicos da fisiologia da reprodução até questões complexas de medicina fetal e ética médica.

A nova edição conta com capítulos adicionais sobre temas contemporâneos, incluindo planejamento familiar, cuidados à comunidade LGBTQIAPN+, e aborda questões críticas como violência na gestação, parto e puerpério. Dividido em seis partes, o livro oferece um panorama completo da obstetrícia moderna, sendo ricamente ilustrado com imagens e desenhos para facilitar a compreensão dos leitores. "A inclusão de temas emergentes, como cuidados à comunidade LGBTQIAPN+ e a abordagem da violência na gestação, reforça o compromisso deste livro em oferecer uma visão holística e inclusiva da obstetrícia", comenta Marcos Nakamura.

Com essa abordagem, espera-se que a nova edição de "Obstetrícia Fundamental" continue a ser um guia essencial para os estudantes de graduação e residentes e contribua para o avanço do ensino da obstetrícia no país. "É uma honra contribuir para esta obra fundamental que molda o ensino e prática da obstetrícia há muitas décadas. A parceria com o professor, Jorge Rezende, e outros colaboradores de renome resultou em uma edição atualizada e abrangente, que reflete os avanços mais recentes da especialidade", acrescenta Nakamura.

Para adquirir o livro, acesse: Obstetrícia Fundamental - Grupo GEN

Fonte_FioCruz

Repasse Piso Salarial da Enfermagem, Fevereiro/2024

 


O Ministério da Saúde publicou a Portaria GM/MS nº 3.206, de 23 de fevereiro de 2024, que estabelece os valores da parcela do mês de fevereiro relacionados ao repasse da assistência financeira complementar para o Piso da Enfermagem. Essa medida está em conformidade com as diretrizes do Título IX-A da Portaria de Consolidação GM/MS nº 6, de 28 de setembro de 2017.

Conforme determinado, o repasse financeiro para a parcela de janeiro será feito com base nos critérios especificados no artigo 1120-C da Portaria de Consolidação mencionada. Os detalhes dos valores a serem repassados constam no anexo da nova portaria.

Para promover a transparência e melhorar a gestão financeira na área da saúde, o Ministério da Saúde disponibilizará planilha com os valores detalhados por CNES (Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde). Essa planilha estará acessível online para consulta dos gestores e demais interessados aqui .

O Fundo Nacional de Saúde enfatiza a importância de manter atualizadas e confirmadas as informações de cadastro dos profissionais através do sistema InvestSUS Gestão.

O número 136 está disponível para esclarecimento de dúvidas e fornecimento de informações adicionais sobre esta portaria e outros assuntos relacionados à saúde pública.

Fonte_FNS

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024

Dengue e Gestação

  


A abordagem precoce e adequada dos casos com suspeita de dengue é determinante no risco de agravamento e morte, especialmente na gestação.

 Download DENGUE e GESTAÇÃO

Fluxograma do Manejo Clinico da Dengue

 Download Fluxograma do Manejo Clinico da Dengue

Manual de prevenção, diagnóstico e tratamento da dengue na gestação e no puerpério (Febrasgo, 2024)

Download Manual de prevenção, diagnostico e tratamento da dengue na gestação e no puerpério 

Fonte_FIOCRUZ

terça-feira, 20 de fevereiro de 2024

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2024

Ministério da Saúde inicia distribuição de vacinas contra dengue

 


O Ministério da Saúde iniciou, nesta quinta-feira (8), a distribuição das vacinas contra dengue para os municípios que atendem aos critérios definidos pela Pasta em conjunto com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems). A operação logística do Ministério da Saúde irá trabalhar ininterruptamente nos próximos dias para garantir a entrega o mais breve possível.

O Ministério da Saúde iniciará a imunização pelas crianças de 10 a 11 anos e irá avançar a faixa etária progressivamente, assim que novos lotes forem entregues pelo laboratório fabricante. O público-alvo da vacinação, o grupo de 10 a 14 anos, foi acordado entre os conselhos representantes dos secretários de saúde estaduais e municipais, seguindo a recomendação da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI) e da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Acesse a nota técnica do Ministério da Saúde com os detalhes da distribuição

O início da vacinação por essa faixa etária é uma estratégia que permite que mais municípios recebam as doses neste primeiro momento, diante do quantitativo limitado de vacinas disponibilizadas pelo laboratório fabricante. A escolha pelo início da imunização nas crianças de 10 a 11 anos também é baseada no maior índice de hospitalização por dengue dentro da faixa etária de 10 a 14 anos.

O lote inicial de vacinas, com 712 mil doses, será enviado aos seguintes estados, contemplando 315 municípios: DF, GO, BA, AC, PB, RN, MS, AM, SP e MA. O Distrito Federal e o estado de Goiás já receberam as primeiras remessas nesta quinta (8). Os demais irão receber ao longo dos próximos dias.

Neste primeiro envio, com o quantitativo de vacinas disponível, o Ministério da Saúde atende 60% dos 521 municípios selecionados. Conforme a entrega de novas remessas, a previsão é que todos os 521 municípios recebam doses para a vacinação da faixa etária de 10 a 11 anos até a primeira quinzena de março. Com o recebimento das 6,5 milhões de doses disponíveis pelo laboratório em 2024, o Ministério da Saúde garantirá a vacinação de todo o público-alvo, de 10 a 14 anos, nos municípios selecionados, ao longo dos próximos meses, de forma progressiva.

Ao mesmo tempo, o Ministério da Saúde coordena um esforço nacional para ampliar o acesso a vacinas para dengue. A Pasta solicitou prioridade para essa ação e atuará em conjunto com o Instituto Butantan e a Fiocruz para expandir a produção de vacinas para o Brasil.

O Ministério da Saúde reforça, novamente, que este é o momento de intensificar a prevenção, o cuidado e agir conjuntamente com governadores, prefeitos e toda sociedade para a eliminação dos focos do mosquito transmissor da dengue.

As ações coletivas e os cuidados individuais como a limpeza das vasilhas de água dos animais e vasos de plantas evitando o acúmulo de água, o armazenamento de pneus e garrafas em locais cobertos, limpeza das caixas d’água são as melhores de forma de prevenção. Cerca de 75% dos focos do mosquito estão dentro de casa.

A recomendação do Ministério da Saúde é para que as pessoas procurem um serviço de saúde logo nos primeiros sintomas, como febre alta, dor de cabeça, atrás dos olhos e nas articulações.

Fonte_Ministério da Saúde

SUS atualizações 2024


 LEI Nº 14.737, DE 27 DE NOVEMBRO DE 2023

 

Altera a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990 (Lei Orgânica da Saúde), para ampliar o direito da mulher de ter acompanhante nos atendimentos realizados em serviços de saúde públicos e privados.


Do Subsistema de Acompanhamento à Mulher nos Serviços de Saúde

Art. 19-J


§ 1º


§ 2º



Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2024

SUS atualizações 2024

LEINº 14.737, de 27 de Novembro de 2023

Altera a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990 (Lei Orgânica da Saúde), para ampliar o direito da mulher de ter acompanhante nos atendimentos realizados em serviços de saúde públicos e privados.

Do Subsistema de Acompanhamento à Mulher nos Serviços de Saúde

Art. 19J

&

&2º





segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024

SUS atualizações 2024

 

LEI Nº 14.820, de 16 de Janeiro de 2024

Altera a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990 (Lei Orgânica da Saúde), para estabelecer a revisão periódica dos valores de remuneração dos serviços prestados ao Sistema Único de Saúde (SUS), com garantia da qualidade e do equilíbrio econômico-financeiro.

 

Art. 26. Os critérios e valores para a remuneração de serviços e os parâmetros de cobertura assistencial serão estabelecidos pela direção nacional do Sistema Único de Saúde (SUS), aprovados no Conselho Nacional de Saúde.

 




Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 16 de janeiro de 2024; 203º da Independência e 136º da República.

domingo, 4 de fevereiro de 2024

O Ministério da Saúde divulgou o Informe Técnico de operacionalização da vacinação contra dengue.

 


O Ministério da Saúde divulgou o Informe Técnico de operacionalização da vacinação contra dengue. Clique aqui para fazer download do material.

A incorporação de uma nova vacina no SUS leva em consideração não somente o impacto na morbimortalidade da doença, mas também se ela é custo-efetiva, ou seja, se traz benefícios à saúde e reduz os custos relacionados a esta doença (tratamento, hospitalização, dia de trabalho/estudo perdido do paciente e/ou de seus familiares, sua sobrevida), além de seu impacto orçamentário.

A vacinação contra a dengue envolve as três esferas gestoras do SUS, contando com recursos da União, das Secretarias Estaduais (SES) e Municipais de saúde (SMS). Deste modo, este informe apresenta as diretrizes e orientações técnicas e operacionais para organização da vacinação contra a dengue no país e fundamenta o processo de trabalho das equipes estaduais e municipais, bem como orienta as ações de comunicação e mobilização social.

Fonte_Conasems

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2024

Vacinação contra Dengue

 


O Ministério da Saúde acordou, em conjunto com Conass e Conasems - órgãos representantes de secretarias de Saúde de estados e municípios - os critérios para a definição dos municípios que irão receber as doses, seguindo as recomendações da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI) e da OMS. As vacinas serão destinadas a regiões de saúde com municípios de grande porte com alta transmissão nos últimos dez anos e população residente igual ou maior a 100 mil habitantes, levando também em conta altas taxas nos últimos meses.

O público, em 2024, será composto por crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, faixa etária que concentra o maior número de hospitalização por dengue, depois de pessoas idosas, grupo para o qual a vacina não foi liberada pela Anvisa.

O esquema vacinal é composto por duas doses com intervalo de três meses entre elas.

Confira a lista por Estado

Fonte_Ministério da Saúde