Imuniza SUS

quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

CONATENF/COFEN sob nova direção

 


A presidente do COFEN, Betânia Santos, deu boas-vindas aos novos integrantes da Comissão Nacional de Auxiliares e Técnicos de Enfermagem - CONATENF, reunidos nesta semana no edifício-sede do COFEN, em Brasília. “Os profissionais de nível médio representam mais de 80% das equipes de Enfermagem e estão na linha de frente do combate à pandemia. Nosso compromisso é manter e ampliar o diálogo com a Conatenf, trazendo ao plenário as perspectivas e anseios dos técnicos e auxiliares”, afirmou Betânia, acompanhada do ex-presidente Manoel Neri, que deixou o mandato para assumir a presidência do Coren-RO. Foi na gestão de Manoel Neri que, em 2015, foi criada a Conatenf.

É a primeira reunião com a nova composição, designada pela portaria 840, de 21 de dezembro de 2020. “É uma honra coordenar a comissão que representa a voz dos auxiliares e técnicos de enfermagem de todo o Brasil junto ao plenário do Cofen, ampliando nosso espaço de articulação”, afirma Jefferson Caproni. “A pandemia colocou em evidência a Enfermagem, mas sabemos que há um longo caminho em busca de reconhecimento, valorização e melhoria da assistência”.

Na reunião, foi eleita, por unanimidade, a nova secretaria da comissão. A técnica de Enfermagem paraibana Mariluce Ribeiro é a nova secretária da Conatenf.

Sobre a Conatenf –  Criada em 2015,  a comissão é composta por cinco membros efetivos e cinco suplentes. Possui participação ativa durante as reuniões plenárias do Conselho Federal de Enfermagem, já tendo obtido importantes vitórias dentro do Sistema do Cofen/Conselhos Regionais, como a garantia da presença de nível médio na diretoria dos regionais.

Composição 

Jefferson Caproni (coordenador)

Celso Araújo

Christiane Neves

Emerson Pacheco

Mariluce Ribeiro

Tânia dos Santos

José da Costa

Paulo Murilo Paiva

Joel Queiroz Junior

Rodrigo Machado

Fonte_COFEN

terça-feira, 26 de janeiro de 2021

Dia Mundial e Nacional de Combate e Prevenção da Hanseníase

 


A hanseníase é uma das enfermidades mais antigas do mundo. No século 6 a.C já havia relatos da doença. Supõe-se que tenha surgido no Oriente e, de lá, tenha atingido outras partes do mundo por tribos nômades ou navegadores. Os indivíduos que tinham hanseníase eram enviados aos leprosários ou excluídos da sociedade, pois a enfermidade era vinculada a símbolos negativos como pecado, castigo divino ou impureza, já que era confundida com doenças venéreas. Por medo do contágio da moléstia – para a qual não havia cura na época – os enfermos eram proibidos de entrar em igrejas e tinham que usar vestimentas especiais e carregar sinetas que alertassem sobre sua presença.

Até a década de 1940, o tratamento de pacientes com hanseníase ocorria em estabelecimentos conhecidos como leprosários, onde eram compulsoriamente isolados; recebiam um medicamento fitoterápico natural da Índia, o óleo de Chaulmoogra, administrado através de injeções ou por via oral. No final dos anos 1940, um novo fármaco foi desenvolvido, a sulfona, cujo poder terapêutico marcou uma nova fase na terapia da hanseníase, ao acabar com a contagiosidade do doente que, ainda no início do tratamento, deixava de contaminar as pessoas ao seu redor.

No Brasil, a segregação dos portadores de hanseníase foi uma medida de controle da doença implementada pelo Estado e legitimada pela sociedade ao longo de aproximadamente quatro décadas, entre os anos de 1920 e 1960.

Fonte_Saúde/Gov

Sociedade Brasileira de Dermatologia - SBD 

sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

Saúde Mental

 


Como você está?

Como está sua saúde mental?

Já parou para pensar no assunto?

Alguma vez refletiu se os seus pensamentos, ideias e sentimentos estão em harmonia?

Sabe a diferença entre saúde mental e doença ou transtorno mental?

Fonte_Einstein/Saúde

segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

rota da vacina pra chegar no ACRE

 


O governador Gladson Cameli recebeu no início da manhã desta segunda-feira, 18, em São Paulo, as doses da vacina Coronavac contra a Covid-19 no centro de logística e distribuição do Aeroporto de Guarulhos.

Fonte_Ac24horas


O avião KC-390 da Força Aérea Brasileira - FAB que transporta as mais de 41 mil doses da vacina CoronaVac contra a Covid-19 deve chegar ao Acre apenas por volta das 23 horas desta segunda-feira, 18, informou a Assessoria do Ministério da Saúde.

Fonte_Ac24horas


Ministério da Defesa, por meio da Força Aérea Brasileira - FAB, começou a distribuir, nesta segunda-feira (18), as vacinas contra a Covid-19 para 11 capitais do País, entre elas Rio Branco.

Fonte_Ac24horas


O voo Latam 3388 que estava programado para chegar em Rio Branco às 13h desta segunda-feira, 18, teve que desviar a rota devido a forte chuva que assola o Acre desde o final da manhã. O mal tempo fez com que o avião que transporta o governador Gladson Cameli, o secretário de Saúde, Alysson Bestene, e seus assessores, fosse para Porto Velho, a capital de Rondônia.

Fonte_Ac24horas


O governador Gladson Cameli chegou na tarde desta segunda-feira, 18, no Aeroporto Internacional de Rio Branco, acompanhado do secretário de saúde, Alysson Bestene, e do procurador-geral, João Paulo Setti, anunciando que a distribuição e vacinação já deve ocorrer nesta terça-feira, 19. As autoridades foram recepcionados por apoiadores que levaram cartazes de apoio ao ato do governo e soltaram fogos em comemoração.

Fonte_Ac24horas


Vacinação nos estados foi antecipada para esta segunda (18); GO, PI, RJ, SC e SP já começaram a vacinar

Governo de SP iniciou a aplicação das doses no domingo (17), após a Anvisa aprovar o uso emergencial da CoronaVac e da vacina de Oxford

Até as 19h10, CE, DF, ES, GO, MS, PR, PI, RJ, SC e TO haviam recebido doses; saiba como será a distribuição por estado

Fonte_G1


As vacinas contra o novo coronavirus deverão chegar a Cruzeiro do Sul nesta terça-feira, 19, em caminhão-baú frigorífico, escoltado pelas forças de segurança e ficarão na Rede de Frios de Cruzeiro do Sul até serem distribuídas aos municípios. A informação é da coordenadora da Rede de Frios da Regional Danila Pinheiro.

Fonte_Ac24horas


domingo, 17 de janeiro de 2021

Dia Histórico da ciência e da Enfermagem Brasileira

 


A Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA aprovou de maneira unânime o uso emergencial das vacinas de Oxford e Coronavac no Brasil. Poucos minutos depois, Mônica Calazans se tornou a primeira brasileira a receber uma dose dos imunizantes em território nacional. Ela recebeu a vacina Coronavac, produzida pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac em uma coletiva realizada com a presença do governador de São Paulo, João Doria. O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou que o Ministério da saúde irá começar a distribuição de ambas as vacinas para os estados já nesta segunda-feira, 18 de janeiro de 2021.

A enfermeira intensivista Mônica Calazans, plantonista do hospital paulista Emílio Ribas, referência em infectologia e Covid-19, foi a primeira pessoa vacinada contra a Covid-19 no Brasil. Mônica recebeu hoje (17/1) a primeira dose da CoronaVac, vacina chinesa produzida pelo Instituto Butantan.

Fonte_COFEN




Consulta Pública

 


Ministério da Saúde (MS) realiza, de 18 a 27 de janeiro, consulta pública que pretende definir recomendações para a implementação da Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS) no âmbito da Atenção Primária à Saúde (APS). 

Por dez dias, a população poderá opinar sobre uma série de recomendações publicadas no Portal da Saúde. O documento base contém 104 indicações de melhorias, divididas em 4 categorias prioritárias:

Equipe Atenção Primária à Saúde (EE);

Equipe Atenção Primária à Saúde + Gestão da Atenção Primária à Saúde (EG);

Gestão da Atenção Primária à Saúde (GG);

Comitê Gestor Intersetorial (CG);

Comitê Gestor Intersetorial + Gestão da Atenção Primária à Saúde(CGGG).

Fonte_Saude.Gov

Mapa das Vacinas em Testes no Brasil - ANVISA

 


Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA, como órgão regulador federal, tem sido procurada por diversos veículos de comunicação que desejam obter mais informações sobre o tema das vacinas contra a Covid-19.

A fim de contribuir para que a sociedade seja bem informada, diante desse momento de grande expectativa, elaboramos esta matéria para esclarecer as principais dúvidas a respeito das vacinas em teste no país.

Fonte_ANVISA

RED ANVISA

 


A Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Anvisa realiza neste domingo (17/1), a partir das 10h, a Reunião Extraordinária da Diretoria Colegiada para apreciar os pedidos de uso emergencial de vacinas contra a Covid-19 do Instituto BUTANTAN e da FIOCRUZ




Entenda como funciona a reunião

- A reunião conta com os cinco diretores da Anvisa.  

- A decisão da diretoria é feita por maioria simples, ou seja, de cinco diretores, três votos a favor ou contra definem o resultado.  

- A reunião começa com a abertura da diretora relatora do tema.  

- A diretora Meiruze Freitas é a relatora dos dois pedidos de uso emergencial em análise na Anvisa.  

- Depois da abertura da pauta, os especialistas fazem uma apresentação das análises técnicas de cada uma das vacinas.

Três áreas técnicas farão apresentação:  

1) a área de medicamentos, que avalia os estudos clínicos e de eficácia e segurança;  

2) a área de certificação de Boas Práticas de Fabricação, que verifica se os locais de fabricação da vacina têm condições adequadas; e 

3) a área de monitoramento de eventos adversos, que monitora e investiga depois da vacinação se as pessoas tiveram alguma reação à vacina.  

- Após os pareceres técnicos, a relatora lê o voto.  

- É hora de conhecer o posicionamento dos diretores, que votam um a um, concordando ou discordando do voto da relatora. 

- O resultado é anunciado pelo diretor-presidente da Agência no final da reunião. 

- A decisão passa a valer a partir do momento em que houver a comunicação oficial ao laboratório.  

- A decisão será publicada no portal da Anvisa, no extrato de deliberações da Diretoria. 

- Não há necessidade de publicação no Diário Oficial da União. 

Outros detalhes

- Os dois pedidos de uso emergencial são independentes.  

- Os dados técnicos serão apresentados de forma separada para cada um dos pedidos: do Butantan e da Fiocruz.  

- A reunião é extraordinária. Foi agendada para domingo por ser o penúltimo dia do prazo que a própria Anvisa estabeleceu para apresentar uma decisão.  

- A decisão é tomada pela diretoria da Agência por ser uma autorização excepcional.

Fonte_ANVISA


sábado, 16 de janeiro de 2021

ANVISA nega pedido do uso emergencial da vacina Sputniv V

 


A Anvisa - Agência Nacional de Vigilância Sanitária rejeitou o pedido de autorização emergencial da vacina russa Sputnik V, segundo comunicado publicado neste sábado (16) pela agência.

O motivo é que os documentos não apresentaram "requisitos mínimos para submissão e análise". O pedido para uso emergencial de 10 milhões de doses da vacina russa foi protocolado pela farmacêutica União Química ontem.

Fonte_UOL

Acre, preparado para receber a vacina COVID



Ansioso pela chegada da vacina contra a Covid-19, cuja previsão é na próxima semana, o governador Gladson Cameli, que tem tomado todas as providências para possibilitar que a imunização alcance toda a população do estado, visitou no final da tarde desta sexta-feira, 15, as câmaras refrigeradas, onde parte do primeiro lote do imunizante deverá ser armazenado. O Acre conta com 25 câmaras refrigeradas para fazer o armazenamento de vacinas, segundo o Núcleo do Programa Nacional de Imunização - PNI da Secretaria Estadual de Saúde - Sesacre.

Desde o início do desenvolvimento das vacinas, o gestor tem se mostrado incansável na busca pelo imunizante e confiante no bom trabalho que vem sendo desenvolvido no estado. “Salvar vidas é a nossa prioridade. E por todo o trabalho que vem sendo feito, pelos recursos que temos e por toda logística, acredito que na próxima semana, diante do aval da Anvisa que se reunirá neste domingo, a gente já possa começar a imunizar as pessoas”, destaca Cameli.

Acompanhado do secretário estadual de Saúde, Alysson Bestene e da secretária adjunta de Assistência à Saúde, Paula Mariano, o governador inspecionou as câmaras refrigeradas. “Mais uma vez quero agradecer a equipe da Secretaria de Saúde do Estado, pois quando o governo federal provocou os estados, a equipe em sintonia respondeu prontamente e de forma rápida apresentou o nosso plano de logística para a vacinação contra Covid-19. O Acre está preparado para armazenar, distribuir e vacinar toda a população do estado”, declara o governador.

Somando-se às câmaras já existentes no Almoxarifado da Saúde, o governo também conta com uma câmara fria auxiliar e uma câmara fria central, a ser instalada nos próximos dias, capaz de conservar os medicamentos termolábeis na temperatura ideal em grande escala.

O secretário estadual de Saúde do Acre, Alysson Bestene, afirmou que o estado já vinha ampliando sua capacidade de armazenamento e que não haverá problemas em relação à logística de acomodação e distribuição do imunizante para os 22 municípios acreanos.

“Na gestão do governador Gladson Cameli triplicamos a nossa capacidade para armazenar vacinas de toda a rede e estamos ampliando ainda mais construindo uma câmara frigorífica com todas as condições de suportar e armazenar, consequentemente, toda essa vacina ao longo do ano”, diz Bestene.

Ao sair do local que comporta as câmaras, a visita se estendeu a outro almoxarifado da Saúde, onde seringas e agulhas estão armazenadas. “Além do atual estoque, que é de 900 mil unidades pertencentes ao Estado e municípios, o governo planeja adquirir mais 1,2 milhão de seringas. O Ministério da Saúde deve colocar ainda, durante a vacinação no Acre, cerca de 300 mil seringas que serão encaminhadas junto com as vacinas. Portanto, estamos bem servidos para que durante o ano a gente tenha a capacidade de vacinar a população”, reforça o secretário de Saúde.

Fonte_AgenciaAc



EDITORIAL sobre o assunto de interesse público

 


Prezadas leitoras, caros leitores — Esta é uma edição de sábado diferente. Não em sua proposta de oferecer textos autorais e analíticos para uma leitura mais detalhada. Mas pelo fato de, por entendermos que este é um assunto de interesse público, estar aberta a todos os assinantes, não apenas aos Premium. Acreditamos que a informação deve fluir, que o jornalismo independente e de qualidade é um pilar da democracia e que o interesse público é umas das razões de ser do nosso ofício. E, claro, você que está tendo o primeiro contato com nossa edição de sábado pode ver que é um bom motivo para se tornar um assinante Premium do Meio. A assinatura mensal é menos que uma passagem de ida e volta de metrô. Quase nada, mas muito para nós. Assine o Meio. Faz diferença.

Os editores

 

 

Se o gerenciamento da vacinação contra a Covid-19 no Brasil está nos ensinando algo é que nada está garantido até que tenha acontecido. Uma das poucas certezas é que amanhã, dia 17, a diretoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Anvisa vai se reunir para autorizar ou não o uso emergencial de duas vacinas, a CoronaVac, da chinesa SinoVac em parceria com o Instituto Butantan, e a da Universidade de Oxford/AstraZeneca com a Fundação Oswaldo Cruz - Fiocruz. Na segunda-feira termina o prazo de dez dias estabelecido pela própria Anvisa para dar uma resposta aos pedidos de uso emergencial.

Passada a única certeza – a data limite da Anvisa –, começa um emaranhado de dúvidas que envolve até mesmo qual vacina estará disponível para os brasileiros. No momento em que este texto é escrito, a exportação para o Brasil de dois milhões de doses da vacina de Oxford fabricadas na Índia está vetada pelo governo indiano, e o Ministério da Saúde brasileiro requisitou todo o estoque da CoronaVac em poder do Butantan, seis milhões de doses.

Como não é possível responder às questões futuras, vamos procurar esclarecer as dúvidas presentes sobre as vacinas que estão sendo utilizadas e desenvolvidas para combater a mais grave pandemia a atingir a Humanidade, desde a Gripe Espanhola, há pouco mais de cem anos.

Quantas vacinas estão em desenvolvimento ou em uso hoje?

Segundo levantamento do New York Times, 68 vacinas estão sendo testadas em humanos, incluindo as que já estão em uso, e pelo menos outras 90 estão em fase de experimentos em animais.

Como são feitos os testes?

Primeiramente, os laboratórios realizam experiências com animais, verificando se a vacina tem efeitos colaterais e se, após injetarem o vírus, funcionam. Se tudo certo, começam as fases de testes em humanos. A primeira, com um pequeno grupo de adultos saudáveis, analisa se a vacina é segura. A segunda, com centenas de pessoas, incluindo integrantes de grupos de risco, aprofunda a análise da segurança e já começa a verificar a eficácia. Finalmente a fase três pega um universo de milhares de pessoas dos mais variados grupos para testar a eficácia em “condições” normais.

Somente após o sucesso da fase três uma vacina pode receber autorização de uso emergencial e registro definitivo. Há ainda a fase quatro, a análise do resultado de um amplo programa de vacinação ao longo dos anos. Só aí se pode saber, por exemplo, se a imunidade oferecida pela vacina é permanente ou não.

O desenvolvimento dessas vacinas foi apressado?

Apressado, não; acelerado, sim. Normalmente uma vacina leva anos para ser desenvolvida, com as fases acontecendo em sequência ao longo de mais tempo, e os trabalhos de infraestrutura e fabricação começando quase no momento da aprovação. Porém, a gravidade da pandemia exigiu adaptações nesses processos, com as fases um e dois acontecendo quase simultaneamente, a infraestrutura sendo montada desde os testes com animais e a fabricação acontecendo em plena fase três – se a vacina fosse um fracasso, bilhões de dólares seriam perdidos. Segundo a Organização Mundial da Saúde - OMS, todos os protocolos de segurança foram obedecidos. Neste caso, rápido não é sinônimo de mal feito.

Como as vacinas funcionam?

Embora busquem o mesmo objetivo, fazer com que o organismo produza anticorpos contra a doença, as vacinas o fazem por métodos diferentes. As duas que estão em análise pela Anvisa, por exemplo, usam de forma diversa o mesmo princípio: injetar o vírus (ou bactéria, dependendo da doença) no corpo para que este desenvolva defesas. Mas quando se diz “injetar o vírus”, não se trata de pegar um Sars-Cov-2 em toda sua força e botá-lo no organismo do indivíduo.

A CoronaVac, por exemplo, usa o sistema mais comum, o chamado vírus inativo. O laboratório cultiva uma grande quantidade do vírus e depois, por meios físicos e químicos, o torna incapaz de transmitir a doença, o mata, por assim dizer. Mesmo assim, quando o vírus é injetado no corpo, nosso sistema imunológico o reconhece como uma ameaça e cria defesas. A mesma técnica é usada na vacina da indiana Bharat Biotech, que empresas brasileiras querem comprar.

As grandes vantagens dessa técnica são que ela já foi amplamente testada em outros imunizantes e é inofensiva para pacientes com problemas no sistema imunológico (imunocomprometidos). Por outro lado, são necessárias mais doses para garantir a imunidade.

Já a vacina de Oxford/AstraZeneca usa o vetor viral, o vírus vivo. No caso um adenovírus, que provoca, esse sim, uma gripezinha. O adenovírus recebe uma informação genética do Cov-Sars-2, geralmente da membrana que o envolve, e é injetado no organismo. Nosso corpo começa então a reagir à informação do coronavírus e desenvolve os anticorpos antes que ele possa agir. Para tornar o processo mais seguro a AstraZeneca usou adenovírus de macacos, dificultando ao vírus se adaptar ao novo hospedeiro.

Além de também já ser usada em dezenas de outras vacinas, essa técnica permite uma imunidade mais duradoura. Entretanto, pessoas imunocomprometidas correm o risco de não desenvolverem anticorpos a tempo e acabarem contaminadas por uma eventual reativação do vírus. O armazenamento desses dois tipos de vacinas requer temperaturas entre -2º e -8º C, obtidas com equipamentos convencionais.

Mas essas são as vacinas em análise no Brasil. Americanos e britânicos estão tomando imunizantes da Pfizer/BioNTech e da Moderna feitos com uma técnica recente e radicalmente diferente, a imunização gênica. Nela, os cientistas injetam em nosso organismo o código genético do vírus para que nosso RNA, a macromolécula que transmite as informações genéticas do DNA, o inclua em nossas células. Assim, o próprio organismo cria a proteína do Sars-Cov-2, sem o vírus, e aciona o sistema imunológico.

Por não requerer a cultura de grandes quantidades do vírus em laboratório e sua inativação ou atenuação, as vacinas gênicas têm um custo muito menor e podem ser produzidas mais rapidamente. Seu grande problema é que exigem temperaturas de -70ºC, o que cria um imenso problema logístico de transporte e armazenamento.

Como é uma técnica nova e está sendo usada pela primeira vez numa vacina para humanos, foi alvo dos mais disparatados boatos, inclusive que alteraria o DNA humano. Isso não é verdade.

Existem outros métodos, mas esses são os que estão predominando no combate à Covid-19.

O que é a eficácia?

Um dos termos menos compreendidos quando se fala de vacinas é “eficácia global”, interpretada pelo público em geral como “se a vacina funciona”. Não é isso. Primeiramente, é preciso entender como se calcula a eficácia de uma vacina. Durante os testes com pessoas, metade dos voluntários recebe a vacina de verdade e a outra metade um placebo, uma substância sem qualquer efeito – e espera-se para ver quem fica doente. É estabelecido um número x de infecções, e, quando ele é atingido, compara-se a quantidade de casos nos dois grupos. A eficácia global é a diferença percentual entre os casos nos que tomaram a vacina e nos que tomaram o placebo.

Para a OMS e a Anvisa, uma vacina funciona quando sua eficácia global fica acima de 50%. Mas isso não é tudo. É preciso avaliar a eficácia da vacina diante dos diversos níveis de gravidade da doença. Nesta semana, o anúncio de que a CoronaVac tinha eficácia global de 50,38% provocou surpresa e até deboche.

Para os leigos, parecia que só metade dos vacinados desenvolvia anticorpos. Não é isso. Todos desenvolvem, mas a eficácia varia. A vacina é 78% eficaz nos casos moderados da doença, quando é necessária internação, e 100% eficaz nos casos graves, nos quais o paciente precisa ser intubado.

Mas, se a vacina serve para evitar que se tenha a doença, como se chegou a esses números? Simples. De todos os voluntários que tomaram a CoronaVac, nenhum teve um caso grave (100% de eficácia), 22% tiveram casos médios (78% de eficiência) e 49,62% tiveram casos leves, tratáveis em casa (50,38% de eficiência). Ou seja, ela pode reduzir pela metade o número de novas infecções e impedir novas mortes. O que é muito bom.

O que os especialistas ressaltam é que, com a eficácia menor, torna-se mais importante a ampla cobertura, com a vacinação do maior número possível de pessoas, de forma a criar um cordão de imunidade.

Tomar apenas uma dose é eficiente?

Não. Todas as vacinas que já estão em uso requerem ao menos duas doses para garantia de imunidade. Entretanto, estamos em uma situação de calamidade global. Diversos países, incluindo Reino Unido, onde a vacinação já está em andamento, e Brasil, onde não sabemos quando começará, estudam atrasar a segunda dose de forma a aplicar a primeira no maior número possível de pessoas. A OMS admite que o intervalo entre as doses possa chegar a seis semanas em situações extremas, mas diz que o ideal é que a segunda seja aplicada entre três e quatro semanas após a primeira.

Quantos países já estão vacinando?

Até o momento, 52 países já iniciaram campanhas de vacinação, e a Oceania é o único continente onde ainda não houve imunizações. Em termos absolutos, Estados Unidos e China lideram, com 12,2 milhões e 10 milhões de vacinados. Já em termos percentuais, Israel já imunizou 25,34% da população.

Quando e como será a vacinação no Brasil?

“Quando” é a pergunta de um milhão de dólares. O Ministério da Saúde pretendia fazer uma cerimônia no dia 19 e iniciar a campanha no dia 20, mas o imbróglio com a Índia fez o evento ser adiado, mas não se sabe se a vacinação começará mesmo no dia 20 com os imunizantes requisitados ao Butantan.

Já o “como” é razoavelmente conhecido. As doses serão repassadas aos estados e municípios, responsáveis pela aplicação de acordo com o critério de prioridades. A fase 1 abrangerá profissionais de saúde, maiores de 75 anos e maiores de 60 que vivam em instituições de longa permanência. Na fase 2 serão imunizadas pessoas entre 60 e 74 anos. Na 3, portadores de comorbidades agravantes de Covid, como diabetes, hipertensão e obesidade. Finalmente, na 4, professores, profissionais das forças de segurança e salvamento, funcionários do sistema prisional e detentos. Só depois virá a população em geral. Confira a íntegra do plano nacional de vacinação.

Ainda há perguntas cujas respostas só virão durante e após a vacinação, mas o fundamental é ter em mente que a vacina é nossa melhor arma contra essa doença. Tome-a tão logo seja possível.

Por Leonardo Pimentel

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sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

RDIF solicita registro para o uso emergencial da Sputnik V a ANVISA

 


O grupo farmacêutico União Química e o RDIF - Fundo de Investimentos Diretos da Rússia informaram nesta sexta-feira (15/1) que entraram com pedido de uso temporário emergencial da vacina Sputnik V contra a covid-19.

O fundo soberano russo, financiador e detentor dos direitos comerciais da vacina, tem acordo no Brasil com a União Química para produção local do imunizante. O contrato prevê o fornecimento de 10 milhões de doses da Sputnik V ao Brasil, além da transferência de tecnologia e fornecimento de documentos e biomaterais.

Fonte_R7

terça-feira, 12 de janeiro de 2021

VACINAÇÃO!

 


Ainda sem data para começo da vacinação contra a covid-19, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, adiou uma reunião com governadores que seria feita nesta terça-feira, 12. O encontro serviria justamente para planejar a campanha de imunização contra a pandemia.

Nova reunião foi marcada para a próxima terça-feira, dia 19, segundo o governador do Piauí, Wellington Dias (PT). “Não fazia sentido fazer uma agenda para marcar outra”, disse Dias. Além da falta de uma data para a imunização, Pazuello pediu adiamento por estar em Manaus, cidade que volta a viver grave crise por causa da covid-19.

Dia ‘D’ e hora ‘H’ – Em cerimônia na segunda-feira, 11, na capital do Amazonas, Pazuello disse que a vacinação vai começar no “dia D, na hora H”. “Todos os Estados receberão simultaneamente a vacina, no mesmo dia. A vacina vai começar no dia D, na hora H. No dia D, na hora H, no Brasil”, afirmou o ministro, sem definir datas.

A equipe de Pazuello tem dito que, no melhor cenário, a vacinação contra a covid-19 começa no dia 20 de janeiro. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Anvisa avalia pedidos de uso emergencial de dois imunizantes: a Coronavac e o modelo de Oxford/AstraZeneca. Estas vacinas serão distribuídas no País, respectivamente, pelo Instituto Butantan e pela Fiocruz.

O governo Jair Bolsonaro tem sido pressionado para antecipar o calendário de vacinação contra a covid-19. A comissão da Câmara dos Deputados que trata da covid-19 convidou o ministro Pazuello, além de representantes da Anvisa e das secretarias de saúde dos Estados e municípios, para audiência pública na quarta-feira, 13, para dar detalhes sobre a campanha no Brasil.

Fonte_COFEN

WEBPALESTRA - Plano de Imunização contra a Covid-19 no Acre

 



“Todos os esforços estão sendo feitos para que esse processo se inicie ainda em janeiro”, disse o secretário de saúde do Acre, Alysson Bestene, durante a apresentação do Plano de Imunização contra a Covid-19 na primeira webpalestra de 2021 do Telessaúde Acre. Durante o detalhamento das ações planejadas, foi enfatizada a necessidade de alcançar o máximo de pessoas possíveis com a aplicação das duas doses da vacina, em especial as pessoas do grupo de risco.

A coordenadora do Plano Nacional de Imunização no Acre, Renata Quiles, informou que assim que chegarem as primeiras doses da vacina, a prioridade será na aplicação em pessoas acima de 80 anos, indígenas, população ribeirinha e trabalhadores da saúde e da educação que estão expostos ao vírus. Ao alcançarem a meta, estabelecida através da observação do perfil epidemiológico, os próximos serão os pacientes com mais de 60 anos e pessoas com comorbidades.

No entanto, ela esclareceu que o Plano, que consiste em dez fases, foi pensado em todo o público-alvo, que corresponde em 614.030 pessoas. Após a imunização das prioridades, o objetivo é vacinar todas as pessoas de 20 a 59 anos que não estão inclusas neste grupo. Como restrições, excluem-se pessoas menores de 18 anos e gestantes, uma vez que os estudos de segurança dos testes não demonstraram a eficácia necessária.

Contudo, enfatizou que é extremamente necessário que as pessoas que serão contempladas com as doses se disponham a se vacinar para a proteção das outras pessoas. “Se uma pessoa que está inclusa no público prioritário se recusa a tomar a vacina, deixará de estar protegendo as crianças e as grávidas que não poderão receber a vacina”, falou.

SOBRE AS VACINAS

A coordenadora disse que, através do Ministério da Saúde e pelos acordos realizados, o estado está previsto para receber as doses fabricadas pela Fundação Oswaldo Cruz - Fiocruz em parceria com a Farmacêutica AstraZeneca, e as do Instituto Butantan em parceria com a Farmacêutica Sinovac, esta última firmada recentemente. Também reiterou que “essa campanha de vacinação precisa ser ainda mais eficiente do que as de campanha”, mas acredita no potencial do país.

Com relação ao transporte, o estado subsidiará todos os municípios, com a disponibilização de aeronaves estaduais para os lugares de difícil acesso. O estoque conta com 700 mil unidades de seringas, mas planeja a aquisição de mais 1,1 milhões. Com as 500 mil que serão enviadas pelo Ministério da Saúde, o Acre contará com 2,3 milhões disponíveis. O treinamento dos profissionais da saúde para a campanha, por sua vez, ocorrerá por modalidade Ensino à Distância, com data a ser definida pelo Ministério da Saúde.

Por fim, pediu para que a população não caia em desinformação. “O empenho é que consigamos chegar até o final de 2021 respirando e vendo que o objetivo foi alcançado, mas não conte apenas com a vacina. Continue com os métodos de segurança e não caia em fake news”.

Fonte_TelessaudeAc



domingo, 10 de janeiro de 2021

Consorcio de Jornais Brasil e Acre

 

O consórcio de veículos de imprensa divulgou novo levantamento da situação da pandemia de coronavírus no Brasil a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde, consolidados às 13h deste domingo (10).

Desde o último balanço, às 20h de sábado (9), seis estados atualizaram seus dados: CE, GO, MS, RN, RS, TO

Mortes: 202.716

Casos: 8.079.450

Até as 20h de sábado, o país registrou 1.115 mortes pela Covid-19 nas 24 horas anteriores, chegando ao total de 202.657 óbitos desde o começo da pandemia. Com isso, a média móvel de mortes no Brasil nos últimos 7 dias até o balanço das 20h de sábado foi de 988, a maior desde 22 de agosto. A variação foi de +58% em comparação à média de 14 dias atrás, indicando tendência de crescimento nos óbitos pela doença.

Em casos confirmados, desde o começo da pandemia 8.075.670 brasileiros já tiveram ou têm o novo coronavírus, com 59.750 desses confirmados no último dia. A média móvel nos últimos 7 dias foi de 51.550 novos diagnósticos por dia, recorde desde que os dados começaram a ser medidos. Isso representa uma variação de +48% em relação aos casos registrados em duas semanas, o que indica tendência de crescimento também nos diagnósticos.

Dezesseis estados, mais o Distrito Federal, estão com alta nas mortes: PR, RS, MG, RJ, SP, DF, GO, AC, AM, AP, RO, RR, TO, CE, PB, RN e SE.

Pelo segundo dia seguido, nenhum estado apresenta queda nas mortes.

Brasil, 9 de janeiro

Total de mortes: 202.657

Registro de mortes em 24 horas: 1.115

Média de novas mortes nos últimos 7 dias: 988 (variação em 14 dias: +58%)

Total de casos confirmados: 8.075.670

Registro de casos confirmados em 24 horas: 59.750

Média de novos casos nos últimos 7 dias: 51.550 por dia (variação em 14 dias: +48%)

Estados

Subindo (16 estados + DF): PR, RS, MG, RJ, SP, DF, GO, AC, AM, AP, RO, RR, TO, CE, PB, RN e SE

Em estabilidade, ou seja, o número de mortes não caiu nem subiu significativamente (10 estados): SC, ES, MS, MT, PA, AL, BA, MA, PE e PI

Em queda: 0 estado

Essa comparação leva em conta a média de mortes nos últimos 7 dias até a publicação deste balanço em relação à média registrada duas semanas atrás (entenda os critérios usados pelo G1 para analisar as tendências da pandemia).

Vale ressaltar que há estados em que o baixo número médio de óbitos pode levar a grandes variações percentuais. Os dados de médias móveis são, em geral, em números decimais e arredondados para facilitar a apresentação dos dados.

Fonte_G1

A Secretaria de Estado de Saúde do Acre - Sesacre, por meio do Departamento de Vigilância em Saúde - DVS, registra 219 casos de infecção por coronavírus neste domingo, 10, esse número é adicionado ao total de casos confirmados da doença. Assim, o número de infectados subiu de 42.908 para 43.127 nas últimas 24 horas.

O Acre, até o momento, registra 122.091 notificações de contaminação pela doença, sendo que 78.155 casos foram descartados. Atualmente, 809 exames de RT-PCR seguem aguardando análise do Laboratório Central de Saúde Pública do Acre (Lacen) ou do Centro de Infectologia Charles Mérieux. Pelo menos 38.323 pessoasreceberam alta médica da doença, enquanto 119 pessoas seguem internadas.

Mais notificações de óbitos foram registradas neste domingo, 10, fazendo com que o número oficial de mortes por Covid-19 suba para 825 em todo o estado.

Fonte_agencia.ac