Imuniza SUS

segunda-feira, 28 de agosto de 2023

Live Piso Salarial da Enfermagem - FNS, esclarecendo duvidas sobre a Portaria 1.135/2023

 


O Fundo Nacional da Saúde apresenta mais um SAIBA À FUNDO Live, Plantão de Dúvidas.

Este momento tem como objetivo esclarecer as principais questões surgidas a partir da publicação da Portaria N° 1135, que trouxe novos critérios e procedimentos para o repasse da assistência financeira complementar da União destinada ao cumprimento do piso salarial nacional dos profissionais da enfermagem.

sexta-feira, 25 de agosto de 2023

Ministério da Saúde faz primeiro repasse de recurso complementar para estados e municípios para pagamento do Piso Salarial da Enfermagem

 


Nesta segunda-feira, 21/08/2023, os recursos complementares para o pagamento do piso de enfermagem foram programados aos Fundos Estaduais e Municipais de Saúde pelo Fundo Nacional de Saúde – FNS através de transferências pela modalidade Fundo a Fundo, em conta especifica, assim como anunciado pela Portaria nº. 1135/2023 de 16 de agosto de 2023.

O repasse diz respeito aos meses de maio, junho, julho e agosto e prioriza aqueles Estados e Municípios que ainda não pagam o piso salarial as categorias contempladas. Os recursos estarão disponíveis a partir de amanhã, quarta-feira 23/08. De acordo com o Manual de Ordem Bancária da Secretaria do Tesouro Nacional (STN), os valores serão creditados em no máximo dois dias úteis após a data de emissão da Ordem Bancária.

Para o entendimento de como foi composto o valor por estabelecimento de saúde, acesse aqui a planilha disponibilizada pelo FNS.

Publicada pelo Ministério da Saúde na quarta-feira (16/8), a portaria 1135/2023 apresenta os critérios e procedimentos do repasse da assistência financeira complementar, para o pagamento do piso salarial nacional de enfermagem e dispõe sobre o repasse referente ao exercício de 2023.

Como informação complementar, o Governo Federal produziu cartilha destinada aos gestores e entidades onde detalha o histórico de aprovação do piso, contando as decisões do STF, e responde principais dúvidas sobre o pagamento do valor complementar.

Acesse aqui o documento, disponível no site do Ministério da Saúde.

Lembra-se que é importante o acompanhamento, a atualização e confirmação das informações de cadastro dos profissionais, assim como das entidades públicas, através do InvestSUS.

O número 136 ficará à disposição para quaisquer dúvidas e demais esclarecimentos.

Fonte_FNS

quarta-feira, 23 de agosto de 2023

COFEN esclarece critérios para repasse de recursos destinados ao Piso Salarial da Enfermagem

 


O Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) esclarece aos profissionais da categoria que é de competência do Ministério da Saúde (MS) estabelecer os critérios para o repasse dos recursos financeiros destinados ao pagamento do Piso Salarial.

Não é responsabilidade do Sistema Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem o fornecimento das informações ou a definição dos profissionais que têm direito ao recebimento do piso. Ainda, ressaltamos que a inadimplência com o sistema não é impedimento para o repasse dos valores.

O Cofen e os Conselhos Regionais se colocam à disposição do Ministério da Saúde para contribuírem com todas as medidas técnicas necessárias, para que não haja qualquer prejuízo no pagamento do piso aos enfermeiros, técnicos, auxiliares e obstetrizes do Brasil, que com muita luta conquistaram este direito.

 Conselho Federal de Enfermagem - COFEN

Conselhos Regionais de Enfermagem – COREN’s

Fonte_COFEN

PAGAMENTO Piso Salarial da Enfermagem, repasse Governo Federal

 


O repasse de recursos da União para o pagamento do Piso Nacional de Enfermagem em todo o país é resultado da construção coletiva conduzida pelo Governo Federal. Ministério da Saúde, Casa Civil e as Secretarias Geral e de Relações Institucionais da Presidência da República mantiveram diálogo constante com a categoria e suas entidades representativas, em especial o Fórum Brasileiro da Enfermagem. Gestores estaduais e municipais foram vozes ativas nas decisões quanto ao levantamento de dados, critérios para o repasse dos recursos e metodologia adotada.

Os recursos previstos na portaria nº 1.135/2023 foram creditados pelo Ministério da Saúde nas contas dos estados e municípios nesta quarta-feira (23). Mais de 97% das prefeituras foram contempladas a partir do cadastro realizado na plataforma InvestSUS. Dos 5.570 municípios do país, apenas 117 não informaram profissionais que necessitam de auxílio federal para complementação do piso.

A tabela com valores a serem repassados a cada um dos estabelecimentos público e os privados que dedicam ao menos 60% dos seus serviços ao SUS pode ser consultada no portal do Fundo Nacional de Saúde (FNS) pelo número do CNES. Também está disponível aos gestores, pela plataforma InvestSUS, os registros dos profissionais que fazem jus ao complemento do piso e os respectivos valores.

A efetivação do pagamento do piso da enfermagem é resultado da transparência e diálogo adotado pelo Ministério da Saúde. Os ajustes durante todo o processo ocorreram para atender, sobretudo, às determinações do Supremo Tribunal Federal (STF).

O Governo Federal garantiu crédito especial de R$ 7,3 bilhões para viabilizar os repasses realizados pelo Ministério da Saúde aos estados e municípios em 2023. Foram pagas quatro parcelas do auxílio federal para implementação do piso retroativamente a maio. As outras cinco parcelas deste ano, incluindo o 13º, serão pagas até dezembro.

Cartilha produzida pelo Governo Federal detalha o histórico de aprovação do piso, contando as decisões do STF, e responde principais dúvidas sobre o pagamento do valor complementar. O documento está disponível do site do Ministério da Saúde.

O Governo Federal, por meio do Ministério da Saúde, reafirma a sua disposição para o amplo diálogo e aperfeiçoamento dos procedimentos e instrumentos voltados à implementação do Piso da Enfermagem em todo o país e reitera seu reconhecimento e importância da categoria para o SUS e para a saúde do povo brasileiro.

Fonte_SaudeGOV 

 

segunda-feira, 21 de agosto de 2023

PISO eh REAL?

 


A presidente do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), Betânia Maria dos Santos, desembarca em Alagoas no início da próxima semana para participar de um evento com a categoria em Maceió́. Antes, conversou a Gazeta de Alagoas sobre o momento atual da profissão, novo piso, pandemia e a falta de valorização da categoria.

A vinda da presidente do Cofen deve-se a 556ª Reunião Ordinária de Plenário (ROP) do Conselho Federal de Enfermagem, em Maceió, entre os dias 21 a 25 de agosto. Realizada com o apoio do Conselho Regional de Enfermagem de Alagoas (Coren-AL), a ROP reúne conselheiros federais para a deliberação de assuntos relacionados ao exercício profissional da categoria.

Experiente na área, Betânia é bacharel em Enfermagem pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), especialista em Cuidados Intensivos pela UFPB, mestrado em Enfermagem pela Universidade Federal da Paraíba e doutorado em Medicina e Saúde pela Universidade Federal da Bahia- UFBA (2013), além da licenciatura pela UFPB e de atuar como enfermeira.

A reportagem pergunta a presidente do Cofen como avalia a situação da Enfermagem no Brasil. “Atualmente, a Enfermagem no Brasil enfrenta uma série de desafios, potencializados com a chegada do vírus da covid-19, que escancarou para a sociedade a necessidade urgente de direcionar investimentos para a valorização da categoria”, disse.

Segundo Betânia Santos, mesmo com a aprovação e posterior sanção do piso salarial, em um raro movimento que pactuou consensos de parlamentares de diversas vertentes políticas, os novos salários ainda não são reais para uma grande parcela dos 2,8 milhões de profissionais da Enfermagem.

“Aliado aos baixos salários praticados em todas as regiões do Brasil e que estão longe de refletir a relevância do papel que exercemos, ainda enfrentamos problemas relacionados às excessivas cargas horárias de trabalho, à falta de incentivo para a formação continuada e ao inadequado dimensionamento de profissionais”, destaca a presidente da entidade.

PISO NÃO É REALIDADE – “Sancionado há um ano, o piso da enfermagem ainda não é uma realidade na vida da maioria dos enfermeiros, técnicos, auxiliares e obstetrizes que formam a nossa profissão. No momento, seguimos aguardando os repasses dos montantes que serão enviados pelo Ministério da Saúde para o pagamento do piso nos estados e municípios, além do início do pagamento pela rede privada”, lamenta Betânia.

De acordo com Betânia Santos, em muitos locais do Brasil, ainda são pagos salários miseráveis à categoria. “Para se ter uma ideia, a pesquisa ‘Perfil da Enfermagem’, realizada em 2015 pelo Cofen em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz, revelou uma realidade estarrecedora.

Segundo o estudo, 1,8% da categoria recebia até menos de um salário mínimo por mês”, lamenta Betânia. A presidente do Cofen acrescenta que, neste mesmo período, no setor público, 14,4% ganhavam até R$ 1.000,00 por mês e 45% ganhavam, no máximo, R$ 2.000. No setor privado, 23,1% recebiam apenas R$ 1.000 e 31,9% não passavam de R$ 2.000 mensais. E que de 2015 para cá, os salários não tiveram aumento real e os profissionais de Enfermagem perderam ainda mais diante da crise econômica e da pressão inflacionária.

Fonte_COFEN

ACTA Paulista lança edição especial sobre APS e Práticas Avançadas

 


Uma das revistas científicas mais prestigiadas do Brasil vai publicar uma edição especial sobre Práticas Avançadas de Enfermagem em suas diversas especialidades e sobre Atenção Básica em Saúde, em respostas às demandas do Sistema de Saúde Universal.

Estudantes, profissionais e pesquisadores já podem submeter suas pesquisas à revista ACTA Paulista de Enfermagem, periódico científico da Escola Paulista de Enfermagem da Universidade Federal de São Paulo (EFE/Unifesp). O prazo para submissão de artigos para a edição especial vai até 1º de dezembro de 2023. Para mais informações, você pode acessar o site acta-ape.org.

Conversamos com a editora-chefe da revista, Janine Schirmer, para saber mais sobre essa edição especial. Janine é enfermeira, Mestre em Enfermagem Obstétrica, doutora em Enfermagem Materno-Infantil, livre docente e professora titular da Escola Paulista de Enfermagem da Universidade Federal de São Paulo, com mais de 30 anos de carreira. Atualmente é diretora e coordenadora do Programa de Residência Multiprofissional em Transplante, Captação de Órgãos e Tecidos da EPE/Unifesp, onde também já foi pró-reitora de administração.

Qual a relevância do periódico científico ACTA Paulista?

É uma revista conceituada, que já tem 36 anos de história e, certamente, hoje está entre as publicações mais importantes da área no país. Um periódico open access (acesso livre) que utiliza a plataforma Scholar One e se conecta com as principais bases de dados do mundo. É uma publicação voltada para a área da saúde, especialmente para a enfermagem. Recebemos submissões de Portugal, da Espanha, da China, enfim, de dezenas de países de todos os continentes. Temos prestígio e respeito internacional.

Como surgiu a ideia de fazer esses números temáticos sobre práticas avançadas e atenção básica em saúde?

A ideia de lançar uma edição especial sobre práticas avançadas e atenção básica em saúde surgiu devido à importância da atenção primária como porta de entrada no Sistema Único de Saúde (SUS) e da necessidade de discutir e promover as práticas avançadas de enfermagem diante das mudanças nas necessidades de saúde da população. O SUS é reconhecido como um sistema equitativo, justo e universal, que tem como missão dar acesso aos serviços de saúde para todos os cidadãos brasileiros e pessoas que vivem em nosso território. A prática avançada, por sua vez, está presente em países desenvolvidos, sob regulamentação de organizações internacionais e nacionais. Trata-se de um modelo de assistência onde enfermeiros especialistas dedicam-se a áreas de especialidade e utilizam conhecimentos sofisticados para tomar decisões clínicas de alta complexidade. Uma área complementa a outra e ambas são essenciais fundamentais.

Qual seu conselho para estudantes e profissionais que consideram impossível publicar na ACTA Paulista?

Que é possível! Nossa revista, é claro, possui critérios de indexação rigorosos. Não é uma revista para relatar casos, mas sim para apresentar pesquisas estruturadas com introdução, método, resultados, discussão e conclusão. Dificilmente você encontrará um serviço de saúde que não tenha uma escola de enfermagem ou medicina associada, com profissionais de saúde envolvidos em alguma forma de estágio. Assim, acho que aqueles que desejam divulgar seu trabalho precisam se aproximar daqueles que estão realizando o estágio na unidade, já que geralmente há um professor acompanhando os alunos. No caso da enfermagem, não é possível fazer um estágio de graduação sem a supervisão de um professor, que geralmente possui mestrado ou doutorado e, portanto, sabe como escrever um artigo científico. Acredito que essa seja uma boa estratégia. Frequentemente, observamos algumas fragilidades nos trabalhos. Não rejeitamos logo de cara, fornecemos sugestões e alternativas. Às vezes, até entramos em contato com o autor por e-mail, para dizer que o tema é muito importante, mas é necessário reescrever. Entendemos as dificuldades, inclusive daqueles que estão em pós-graduação. Não se trata apenas de enfermeiros da prática. Muitas vezes, os pós-graduandos também encontram dificuldades ao enviar um artigo ou manuscrito, e nosso escritório editorial está aqui para ajudar e acolher.

Qual a importância desse trabalho para o SUS?

Mesmo com todas as dificuldades que enfrentamos, temos que reconhecer o SUS como um sistema universal, integral e gratuito. Quando você viaja para outro país, consegue perceber o que significa a desassistência e a sensação de estar desprotegido. Se você tiver uma necessidade de saúde nos EUA, na Europa ou no restante da América Latina, não tem a quem recorrer. Então, esse trabalho que estamos desenvolvendo é para preservar e fortalecer o nosso sistema de saúde.

Qual a necessidade das práticas avançadas no SUS?

As práticas avançadas de enfermagem são essenciais para atender as necessidades complexas de saúde da sociedade, como o envelhecimento da população e o aumento de doenças crônicas e não transmissíveis. Além disso, grupos vulneráveis, como mulheres, crianças e idosos, precisam de assistência adequada em cada especialidade. A pandemia também destacou a importância de atender às necessidades de saúde diante das mudanças climáticas, econômicas e políticas, para garantir a sustentabilidade do sistema de saúde. Portanto, é fundamental contar com práticas assistenciais complexas para atender às demandas atuais.

Qual é o estágio atual das práticas avançadas de enfermagem no mundo?

A prática avançada é defendida desde a década de 1960 e é amplamente adotada nas nações desenvolvidas. Atualmente, existem 35 países da Europa que têm a inserção desse modelo assistencial. É importante ressaltar que já existe regulamentação desse campo pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), pelo ICN (Conselho Internacional de Enfermagem) e pelo Cofen desde 2010. A ABEn (Associação Brasileira de Enfermagem) também tem defendido a importância desse modelo de prática avançada para atender às demandas de saúde. Em termos gerais, a enfermagem de prática avançada envolve enfermeiros especialistas dedicados a áreas específicas, utilizando conhecimentos altamente sofisticados para tomar decisões clínicas complexas. Isso é fundamental.

E no Brasil, qual o panorama das práticas avançadas?

O nosso país possui o maior número de programas de residência, tanto na área da enfermagem como em outras áreas multiprofissionais. Essa experiência é única no Brasil e até mesmo outros países, como os Estados Unidos, buscam assessoria nossa para implementar esse tipo de residência, que é pública e conta com o apoio do Ministério da Educação, que oferece uma bolsa de cerca de 4.200 reais por dois anos de dedicação, assim como ocorre com a residência médica. É importante mencionar que o Brasil investe nessa formação desde a década de 1970 e, atualmente, praticamente todas as escolas públicas brasileiras oferecem programas de pós-graduação, como mestrado e doutorado, em enfermagem. Embora houvesse uma carência de pós-graduações nas regiões Norte e Nordeste, esse panorama está melhorando. Nas regiões Sul e Sudeste, há uma oferta abundante de pós-graduações. Os profissionais desses programas desenvolvem tecnologias em saúde e cuidam de uma ampla e complexa rede de atenção. Embora ainda existam algumas resistências à adoção de práticas avançadas, acreditamos que estamos avançando. O objetivo da revista é justamente despertar o interesse e compartilhar experiências entre enfermeiros que se interessam pelo cuidado especializado. Acreditamos que o periódico possa mostrar à comunidade a realidade e a possibilidade de implementação das práticas avançadas no Brasil.

De que forma a evolução desse processo se relaciona com a informatização da saúde?

Temos a perspectiva de que possamos ter um prontuário eletrônico do SUS. Nesse contexto, é o enfermeiro quem geralmente registra as informações no prontuário, sendo responsável pela documentação e pelo acompanhamento epidemiológico nas unidades básicas de saúde. Na atenção básica, a qualificação dos enfermeiros em práticas avançadas poderia trazer benefícios significativos, proporcionando uma integração mais eficiente com outros serviços públicos, como creches, escolas e até mesmo órgãos de segurança pública. Essa integração é fundamental, pois permite uma abordagem mais abrangente e coordenada, especialmente em casos como violência contra a mulher, onde diferentes instituições precisam atuar em conjunto.

Qual a sua opinião sobre o ensino de enfermagem atualmente e como a senhora imagina o ensino de práticas avançadas em enfermagem dentro dos próximos 10 anos?

Atualmente, a EaD é a maior ameaça à qualidade do ensino. Até considero possível ensinar algumas disciplinas de enfermagem a distância, desde que incorporando novas tecnologias de ensino, algo que aprendemos com a pandemia. Outro problema é o número elevado de escolas e cursos sem credibilidade. Não vou sugerir que essas escolas sejam fechadas. No entanto, gostaria de salientar que não temos atualmente um controle efetivo sobre o ensino de enfermagem nas escolas, o que fragiliza bastante a profissão. É preocupante ver profissionais se formando sem uma supervisão adequada, uma vez que eles serão responsáveis por cuidar de pessoas. Por isso, acredito que o ensino de enfermagem precisa atingir um nível mais elevado. A ABEn, juntamente com o MEC e o Ministério da Saúde, poderiam criar um sistema de acreditação para as escolas de enfermagem. Existem instituições que cobram apenas R$150 por mês para frequentar um curso de Enfermagem e não acredito que seja possível ter um corpo docente e campos de estágios adequados com este recurso financeiro arrecadado. Acredito que nossas instituições precisam avaliar as escolas, os currículos e, quem sabe no futuro, também avaliar a prática dos enfermeiros. Não sei quando isso ocorrerá, talvez daqui a 5, 10 ou 15 anos, mas penso que temos a responsabilidade de avaliar se os enfermeiros merecem ter o título e a qualificação para exercer a profissão. Não se trata apenas da enfermagem, mas também de outras profissões, como medicina e fisioterapia. É crucial que assumamos essa responsabilidade. Quanto ao futuro das práticas avançadas, acredito que precisamos estabelecer uma aliança entre as necessidades do SUS, a formação acadêmica e o investimento em pós-graduação. Utilizamos o dinheiro público para isso e, portanto, é preciso investir na formação de profissionais qualificados. Temos a responsabilidade de unir essas três entidades – CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) e o Ministério da Ciência, Tecnologia, Educação – para discutir como implementar práticas avançadas de enfermagem. O Brasil é um país de enorme extensão territorial e precisamos encontrar maneiras de garantir o acesso à saúde para todos os locais que atualmente não possuem. A formação em práticas avançadas de enfermagem pode ser uma alternativa, uma vez que o SUS possui políticas públicas estabelecidas com protocolos definidos. Se formarmos enfermeiros qualificados, juntamente com residência e mestrado em práticas avançadas, esses profissionais podem se tornar lideranças e possibilitar o acesso à saúde em todo o país. Isso também ajudaria na redução de custos. Daqui a 10 anos, espero estar aposentada e observar esse processo acontecer.

Fonte_COFEN

sábado, 19 de agosto de 2023

Ministério da Saúde publica versão final de cartilha com informações sobre o Piso Salarial da Enfermagem

 


O Ministério da Saúde publicou nesta sexta-feira (18) a versão final da cartilha com informações sobre o pagamento do Piso Nacional da Enfermagem. O documento também traz um histórico sobre a aprovação da lei e as decisões do Supremo Tribunal Federal (STF).

Uma primeira versão do documento informava que os adicionais por tempo de serviço contariam para o cálculo do Piso, mas a luta da categoria motivou o governo a rever o texto e elaborar a nova versão.

Na última quarta-feira (16) – Ministério da Saúde inicia pagamento do Piso da Enfermagem no SUS Conselho Federal de Enfermagem  , a Portaria 1.135/2023 definiu critérios do repasse da assistência financeira complementar da União a estados, municípios e Distrito Federal para o pagamento do Piso Nacional da Enfermagem.

A primeira transferência para pagamento do recurso complementar retroativo a maio será feita a estados, municípios e Distrito Federal na segunda-feira (21). Entidades sem fins lucrativos que atendem pelo menos 60% de pacientes pelo SUS também farão jus ao auxílio, mas receberão o complemento diretamente da gestão estadual ou municipal à qual estão vinculadas.

Entenda – Em maio, o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), liberou o pagamento do Piso Nacional da Enfermagem após o presidente Lula ter sancionado a abertura de crédito de R$ 7,3 bilhões para o pagamento do piso.

Até então, o novo Piso Nacional, definido pela Lei 14.434, estava suspenso, desde setembro de 2022, por decisão do próprio Barroso, até que os entes públicos e privados da área da saúde esclarecessem seus impactos financeiros. Segundo os estados, o impacto nas contas locais é de R$ 10,5 bilhões e não há recursos para suplementar o pagamento.

Na nova decisão, Barroso determinou que estados, Distrito Federal e municípios, bem como às entidades privadas que atendam, no mínimo, 60% de seus pacientes pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a obrigatoriedade de implementação do Piso Nacional só existe no limite dos recursos recebidos por meio da assistência financeira prestada pela união para essa finalidade.

Valores – O novo piso para enfermeiros contratados sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) é de R$ 4.750, conforme definido pela lei. Técnicos de Enfermagem recebem, no mínimo, 70% desse valor (R$ 3.325) e auxiliares de Enfermagem e parteiras, 50% (R$ 2.375). O piso vale para trabalhadores dos setores público e privado.

Fonte_COFEN

 

sexta-feira, 18 de agosto de 2023

PL regulamenta prescrição em consultório de Enfermagem

 


A deputada Enfermeira Ana Paula (PDT-CE) apresentou Projeto de Lei regulamentando a prescrição de medicamentos e pedidos de exames em consultórios de Enfermagem. O PL 2949/2023, protocolado nesta quarta-feira (16), também torna obrigatória a aceitação das receitas nas farmácias, inclusive do Programa Farmácia Popular.

“O projeto de lei aborda duas questões fundamentais que afetam a resolutividade da consulta de Enfermagem, prejudicando a população assistida”, parabeniza a presidente do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), Betânia Santos. A prescrição de medicamentos por enfermeiros em programas de saúde pública, mediante protocolos institucionais, já é uma realidade consolidada, amparada pela legislação vigente. A não-aceitação das receitas no Farmácia Popular, que distribui remédios gratuitamente ou com redução de até 90% no preço de mercado, cria um impasse.

“Essa questão do Farmácia Popular vem se arrastando há bastante tempo“, critica Ana Paula. “O enfermeiro vinculado à Estratégia de Saúde da Família faz a consulta de Enfermagem e a prescrição, amparado pela portarias do seu município, que passam pelos Conselhos Regionais de Enfermagem. Quando o medicamento está em falta no Posto de Saúde, ele procura o Farmácia Popular e acaba sendo obrigado a voltar ao Posto de Saúde, para que a receita seja trocada por uma receita médica”, afirma a deputada, apontando a contradição.

Pelo PL, o enfermeiro proprietário de clínica ou consultório de Enfermagem registrado no respectivo Coren poderá aderir à portaria municipal e estadual de medicamentos dos programas de saúde pública, bem como diretrizes clinicas das Secretarias municipais e estaduais, e das instituições de saúdes. A prescrição de medicamentos e solicitação de exames complementares deverá conter carimbo e numero da inscrição, nome do profissional, assinatura e data, além de número de registro do consultório no Coren.

“Os consultórios e clínicas de Enfermagem são hoje uma realidade no Brasil. A propositura visa garantir mais autonomia para o enfermeiro empreendedor. Tendo em vista a dificuldade de acesso da população a procedimentos básicos, os consultórios surgem como uma possibilidade de ajudar na prevenção e promoção de Saúde, com preços populares para consultas e procedimentos”, afirma a deputada.

Legislação atual – A realização de consulta de Enfermagem por enfermeiros está respalda pela Lei 7.498/86 (art. 11, inciso I, alínea “i”), pelo Decreto 94.406/87 (art. 8º, inciso I, alínea “e”) e pelo Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem, sendo regulamentada pela Resolução Cofen 358/2009. Os consultórios de Enfermagem são regulamentados pela resolução 568/2018.

A legitimidade da prescrição de medicamentos e solicitação de exames laboratoriais e imagens diagnósticas por enfermeiros também é reforçada pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), através do documento Ampliação do Papel dos Enfermeiros na Atenção Primária à Saúde (APS), que caracteriza as práticas entre as setes atividades clínicas avançadas, definidas pelo Conselho Internacional de Enfermeiros (ICN).

Fonte_COFEN

quinta-feira, 17 de agosto de 2023

Ministério da Saúde inicia pagamento do Piso da Enfermagem no SUS

 


O Ministério da Saúde publicou nesta quarta-feira (16/8) a Portaria 1135/2023 que autoriza os repasses para o pagamento do Piso da Enfermagem às entidades integrantes do SUS. A portaria contempla os meses de maio, junho, julho e agosto.

De acordo com a pasta, o primeiro repasse do auxílio complementar da União para o pagamento do Piso Nacional da Enfermagem para estados e municípios deve ocorrer até o dia 21 de agosto, conforme cronograma. No início do mês, servidores federais das categorias de Enfermagem vinculados ao Ministério da Saúde receberam três parcelas do valor complementar relativo a maio, junho e a parcela de julho, também de acordo com o Ministério.

Uma lei aprovada no Congresso Nacional garantiu R$ 7,3 bilhões para viabilizar o pagamento do Piso da Enfermagem para todos os profissionais da categoria no setor público. O pagamento será feito em nove parcelas e tanto os profissionais ligados ao Ministério da Saúde quanto estados, municípios e Distrito Federal devem receber todas ainda em 2023. Ainda não há previsão de data para a implementação do Piso no setor privado.

Os valores repassados ao SUS são retroativos ao mês de maio e incluem 13º salário. No caso da folha de pagamento do Ministério da Saúde, o depósito feito em agosto é referente aos meses de maio e junho, além da parcela de julho. A partir de agora, o Ministério da Saúde informou que seguirá a programação para o pagamento das parcelas até dezembro, além do 13º salário, totalizando nove etapas em 2023.

Entenda – Em maio, o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), liberou o pagamento do Piso Nacional da Enfermagem após o presidente Lula ter sancionado a abertura de crédito de R$ 7,3 bilhões para o pagamento do piso.

Até então, o novo Piso Nacional, definido pela Lei 14.434, estava suspenso, desde setembro de 2022, por decisão do próprio Barroso, até que os entes públicos e privados da área da saúde esclarecessem seus impactos financeiros. Segundo os estados, o impacto nas contas locais é de R$ 10,5 bilhões e não há recursos para suplementar o pagamento.

Na nova decisão, Barroso determinou que estados, Distrito Federal e municípios, bem como às entidades privadas que atendam, no mínimo, 60% de seus pacientes pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a obrigatoriedade de implementação do Piso Nacional só existe no limite dos recursos recebidos por meio da assistência financeira prestada pela união para essa finalidade.

Valores – O novo piso para enfermeiros contratados sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) é de R$ 4.750, conforme definido pela lei. Técnicos de Enfermagem recebem, no mínimo, 70% desse valor (R$ 3.325) e auxiliares de Enfermagem e parteiras, 50% (R$ 2.375). O piso vale para trabalhadores dos setores público e privado.

Fonte_COFEN

quinta-feira, 10 de agosto de 2023

Piso Salarial da Enfermagem: repasse do Governo Federal

 



O primeiro repasse do auxílio complementar da União para o pagamento do Piso Nacional da Enfermagem para estados e municípios deve ocorrer até o próximo dia 21. É o que ficou acordado em cronograma estabelecido pelo Ministério da Saúde, apresentado aos estados, municípios e Distrito Federal. No início de agosto, os servidores federais das categorias de enfermagem ligados ao Ministério da Saúde receberam três parcelas do valor complementar relativo aos meses de maio, junho e a parcela de julho.  O Governo Federal garantiu R$ 7,3 bilhões para viabilizar o pagamento do piso da enfermagem para todos os profissionais da categoria.

Nesta quarta (9), a ministra da Saúde, Nísia Trindade, representantes de outras áreas do Governo Federal, dos entes federativos e das entidades ligadas ao tema pactuaram o calendário de repasses. “Esse é um momento histórico e muito importante em que estamos encerrando um ciclo de tantas discussões e desafios, sempre abertos à correção de rumo. A confiança recíproca [entre União, estados e municípios] é a base para um bom trabalho em relação ao piso”, ressaltou Trindade durante o encontro.

O início do repasse só foi possível após a conclusão de um levantamento de dados dos profissionais da enfermagem junto aos estados, municípios e Distrito Federal. Isso permitiu a melhor apuração dos valores a serem repassados a cada ente da federação. Os gestores locais preencheram a base de dados na funcionalidade criada e lançada pelo Ministério da Saúde, através do Fundo Nacional de Saúde (FNS), para subsidiar o cálculo da assistência financeira complementar prestada pela União aos entes subnacionais.

Além de diálogo aberto com os gestores, a pasta também manteve encontros periódicos com o Fórum Nacional da Enfermagem. Em continuidade a esse amplo debate e transparência das informações, será divulgada uma cartilha detalhando o processo de pagamento do recurso complementar garantido pelo Governo Federal para apoiar a implementação do piso da enfermagem.

Pagamento será feito em nove parcelas

Tanto os profissionais ligados ao Ministério da Saúde quanto estados, municípios e Distrito Federal devem receber nove parcelas em 2023. Os valores são retroativos ao mês de maio e incluem o 13 º salário. No caso da folha de pagamento do Ministério da Saúde, o depósito feito em agosto é referente aos meses de maio e junho, além da parcela de julho. A partir de agora, o Ministério da Saúde segue a programação para o pagamento das parcelas até dezembro, além do 13º salário, totalizando nove etapas em 2023.  

O Governo Federal reafirma a importância dos trabalhadores da enfermagem e reitera seu compromisso em garantir a implementação do piso para profissionais da enfermagem federais, estaduais e municipais, ou que atuam em estabelecimentos que atendem pelo menos 60% dos seus pacientes pelo SUS. De acordo com as orientações da Advocacia Geral da União (AGU), o cálculo do piso será aplicado considerando o vencimento básico e as gratificações de caráter geral, fixas e permanentes, não incluídas as de cunho pessoal. 

A metodologia de repasse aos entes e o monitoramento da implementação do piso em nível nacional tomará como base um grupo de trabalho com a participação de diferentes pastas (Ministério da Saúde, Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Ministério do Planejamento e Orçamento, Advocacia-Geral da União e Controladoria-Geral da União), sob supervisão dos ministérios que integram a estrutura da Presidência da República e coordenados pela Casa Civil.

PORTARIA GM/MS Nº 597, DE 12 DE MAIO DE 2023Portal FNS

Fonte_Gov.br/Saúde

quarta-feira, 2 de agosto de 2023

Prazo para portaria do Piso Salarial da Enfermagem ser publicada é divulgado pelo ministério da saúde

 


O pagamento do piso salarial da enfermagem só poderá ser efetuado após a publicação, pelo Ministério da Saúde, da portaria contendo as instruções completas do procedimento necessário, de acordo com o deputado federal Mauro Filho (PDT).

O deputado também ressaltou que o Ministério já tem um prazo definido para essa publicação.

PORTARIA DO PISO SALARIAL DA ENFERMAGEM: PRAZO PARA SER PUBLICADA É DEFINIDO PELO MINISTÉRIO DA SAÚDE

Segundo o deputado federal Mauro Filho (PDT), a portaria revisada que estabelece o pagamento do piso salarial da enfermagem tem sua previsão de publicação agendada para o dia 15 de agosto.

Uma vez que a portaria for publicada, será possível dar continuidade ao processo de repasses para garantir o pagamento do piso salarial.

O documento irá incorporar os novos valores, levando em consideração as informações fornecidas pelos estados e municípios, bem como o entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) a respeito do piso.

SALARIAL DA ENFERMAGEM: ENTENDA OS TRÂMITES 

Foi divulgada uma nota pelo Ministério da Saúde em 14 de julho, fornecendo informações detalhadas sobre o andamento do pagamento do piso salarial da enfermagem.

De acordo com a nota, os repasses serão efetuados já no próximo contracheque dos profissionais da enfermagem.

"O Ministério da Saúde está em processo de implementação do piso em sua folha de pagamento, buscando incluir o pagamento já no próximo contracheque", informou.

Em síntese, o comunicado ainda ressaltou o comprometimento em assegurar o pagamento do piso para a categoria.

"O Governo Federal reafirma a importância dos trabalhadores do SUS e reitera seu compromisso em garantir a implementação do piso para profissionais da enfermagem federais, estaduais e municipais, ou que atuam em estabelecimentos que atendem pelo menos 60% dos seus pacientes pelo SUS", declarou.

Fonte_JCne10

Senado Federal entrará com embargos de declaração contra a decisão do STF sobre o Piso da Enfermagem


"As decisões tomadas pelo Congresso Nacional precisam ser respeitadas, elas decorrem de uma opção política daqueles que foram eleitos pelo voto popular", afirmou o presidente Rodrigo Pacheco (PSD-MG), nesta quarta (2), ao informar que o Senado Federal entrará com embargos de declaração contra a decisão do STF sobre o Piso Salarial da Enfermagem.

De acordo com Pacheco, o piso foi uma decisão dos parlamentares e a peça recursal contra o Supremo Tribunal Federal servirá também como uma afirmação de cunho político do Poder Legislativo.

 

PGR contesta pagamento de anuidade para conselhos de enfermagem

 


A Procuradoria-Geral da República (PGR) entrou nesta terça-feira (1°) com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para suspender regras do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) que obrigam o pagamento de taxa de anuidade para exercício da profissão.

Na ação, o procurador-geral, Augusto Aras, argumenta que é inconstitucional condicionar o pagamento da anuidade à regularidade do profissional junto aos conselhos da categoria. Para Aras, a obrigação fere o princípio constitucional do livre exercício profissional.

"Ao exigirem quitação de anuidades devidas ao Conselho Regional de Enfermagem como requisito indispensável para que profissionais da enfermagem obtenham inscrição, suspensão de inscrição, reativação de inscrição e inscrição secundária, assim como segunda via e renovação de carteira profissional de identidade, as normas infralegais impugnadas terminam por instituir sanção política e meio coercitivo indireto para pagamento de tributo", argumenta o procurador.

A anuidade deve ser paga por auxiliares e técnicos de enfermagem, enfermeiros e obstetrizes. O valor varia entre R$ 200 e R$ 400, conforme a especialidade.

O Cofen declarou que tomou conhecimento da ação da PGR e vai adotar as medidas necessárias para demonstrar que as normas do conselho são legais e não impedem o exercício da profissão. Segundo a entidade, a cobrança da anuidade está amparada na lei que regulamenta o sistema de conselhos da categoria.

Fonte_AgenciaBrasil

Congresso vai embargar a decisão do STF sobre o Piso Da Enfermagem, Deputado Mauro explica

 


O Presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco, já confirmou que o Congresso Nacional vai embargar as decisões do STF que, de alguma forma, modificam o Piso da Enfermagem.

Mais uma vitória para Enfermagem Brasileira.

Continuamos na luta pela efetivação deste direito já garantido por lei e pela Emenda Constitucional 127/2022.