A hanseníase é uma das
enfermidades mais antigas do mundo. No século 6 a.C já havia relatos da doença.
Supõe-se que tenha surgido no Oriente e, de lá, tenha atingido outras partes do
mundo por tribos nômades ou navegadores. Os indivíduos que tinham hanseníase
eram enviados aos leprosários ou excluídos da sociedade, pois a enfermidade era
vinculada a símbolos negativos como pecado, castigo divino ou impureza, já que
era confundida com doenças venéreas. Por medo do contágio da moléstia – para a
qual não havia cura na época – os enfermos eram proibidos de entrar em igrejas
e tinham que usar vestimentas especiais e carregar sinetas que alertassem sobre
sua presença.
Até a década de 1940, o
tratamento de pacientes com hanseníase ocorria em estabelecimentos conhecidos
como leprosários, onde eram compulsoriamente isolados; recebiam um medicamento
fitoterápico natural da Índia, o óleo de Chaulmoogra, administrado através de
injeções ou por via oral. No final dos anos 1940, um novo fármaco foi
desenvolvido, a sulfona, cujo poder terapêutico marcou uma nova fase na terapia
da hanseníase, ao acabar com a contagiosidade do doente que, ainda no início do
tratamento, deixava de contaminar as pessoas ao seu redor.
No Brasil, a segregação dos
portadores de hanseníase foi uma medida de controle da doença implementada pelo
Estado e legitimada pela sociedade ao longo de aproximadamente quatro décadas,
entre os anos de 1920 e 1960.
Fonte_Saúde/Gov
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