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segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

Briga ao entorno das Vacinas! vamos compreender

 


A principal aposta do governo para a vacinação contra a covid-19 envolve o imunizante criado pela Universidade de Oxford e a farmacêutica AstraZeneca, que tem o potencial de imunizar 130 milhões de pessoas no Brasil até o fim de 2021. Mas essa vacina ainda não concluiu seus testes clínicos e tampouco foi aprovada pela Anvisa.

Por isso, o governo federal tem sido pressionado a ampliar sua cartela de opções de vacina, incluindo a da Pfizer/BioNTech e a da Sinovac, que será produzida em parceria com o Instituto Butantan, de São Paulo, mas também não concluiu a fase de estudos clínicos.

Cada uma dessas opções tem um obstáculo aos olhos do governo. A Sinovac tem um forte componente político, já que tem sido apresentada como um trunfo de João Doria, governador paulista e desafeto de Bolsonaro. Doria anunciou que a vacinação começará no Estado em 25 de janeiro de 2021, mesmo sem os testes e o processo de aprovação pela Anvisa concluídos.

Por outro lado, o imunizante da Pfizer/BioNTech tem o desafio logístico envolvido. Como as doses precisam ser armazenadas abaixo de -70 °C, uma temperatura que demanda equipamentos especiais, essa exigência pode dificultar o transporte e a chegada das doses a regiões mais afastadas e com pouca infraestrutura.

Segundo Arnaldo Medeiros, secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, o Brasil pretende priorizar os imunizantes que se adequem à infraestrutura das salas de vacinação espalhadas pelo país.

Mas reiterou que o governo não descartou nenhuma vacina até agora. "É extremamente importante avisarmos a população brasileira que o Ministério da Saúde, através do Programa Nacional de Imunizações, não descarta nenhuma vacina. O que nós queremos é uma vacina que seja registrada na Anvisa e que mostre eficácia e segurança necessárias".

A princípio, o governo federal planeja iniciar o programa nacional de imunização contra a covid-19 em março, mas governadores e prefeitos têm pressionado pelo início da estratégia logo que um imunizante seja aprovado pela Anvisa.

Há outras candidatas a vacina em vias de concluírem os estudos e iniciarem o processo de aprovação no Brasil, como a Sputnik V, a da Johnson & Johnson e da Moderna. Mas nem elas, nem Pfizer/BioNTech, AstraZeneca/Oxford ou Sinovac, chegaram a esse ponto ainda.

Fonte_BBC

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