Trabalho conjunto entre Ministério, gestores locais, com reforço dos agentes de saúde, tem como resultado a diminuição de 23% casos de malária na região Norte
Na região Amazônica onde se concentram 99% dos casos de malária no Brasil, a redução de casos, entre janeiro a outubro de 2011, foi de aproximadamente 23% em relação ao mesmo período de 2010. O número total de notificações foi de 217.298, em 2011 e no mesmo período de 2010 foram registradas 281.586. As internações também diminuíram entre os meses de janeiro a setembro de 2010 em comparação ao mesmo período de 2011, representando redução de 17%. O número de internações passou de 3.859 em 2010 para 3.215, em 2011.

O Plasmodium falciparum é um dos três protozoários do gênero que causam a malária na região, provocando a forma grave da doença.
Para o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, a diminuição dos casos de malária é reflexo de três fatores: descentralização das ações de prevenção e controle da doença, a inclusão de derivados de artemisina no tratamento dos pacientes e atendimento até 72 horas depois do aparecimento dos primeiros sintomas. “O engajamento de gestores, agentes de saúde e entidades parceiras, também contribuiu para a diminuição desse quadro”, observa Jarbas Barbosa.
REFORÇO EXTRA: Os 47 municípios mais vulneráveis a malária irão receber do Ministério da Saúde R$ 15 milhões de repasses financeiros. Os recursos são direcionados à instalação de mais de um milhão de mosquiteiros com inseticidas. Além dos recursos, esses municípios já receberam 194 microscópicos para ampliar a rede de diagnósticos da malária, 39 novas caminhonetes e 250 mil testes rápidos para diagnóstico da doença subsidiados pelo Fundo Global de Luta Contra Aids, Tuberculose e Malária. Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o mosquiteiro é um objeto fundamental para reduzir cada vez mais os casos de malária no Brasil.
Mais ações: A Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI) realizou em novembro, treinamento específico para a detecção da malária com a qualificação de 17 técnicos do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Vale do Javari/AM. O treinamento teve o objetivo de garantir o diagnóstico entre a população indígena, mesmo em áreas remotas e de difícil acesso e oferecer o tratamento imediato para os casos positivos de malária.
SOBRE MALÁRIA - É uma doença infecciosa aguda, causada por protozoários parasitas do gênero Plasmodium. A transmissão ocorre por meio da picada da fêmea do mosquito do gênero Anopheles, que se infecta ao sugar o sangue de uma pessoa doente.
Os criadouros preferenciais do mosquito transmissor da malária são os igarapés, por suas características: água limpa, sombreada e parada. Em humanos, se não for tratada, a malária pode evoluir rapidamente para a forma grave e levar a óbito. Entre os sintomas, os mais comuns são dor de cabeça, dor no corpo, fraqueza, febre alta e calafrios. O período de incubação varia de oito a 17 dias, podendo, entretanto, chegar a vários meses, em condições especiais.
A malária tem cura e o tratamento é eficaz, simples e gratuito. Ainda não existe uma vacina disponível contra a doença. Contudo, algumas medidas de proteção individual contra picadas de insetos devem ser utilizadas, principalmente nas áreas de risco. O uso de mosquiteiro impregnado com inseticida; de telas nas portas e janelas; de repelente e, ainda, evitar locais de banho em horários de maior atividade do mosquito - manhã e final da tarde – são exemplos de medidas que devem ser adotadas para coibir a transmissão.
De janeiro a outubro de 2010/2011 | 2010 | 2011 | % variação |
1. ACRE | 28.125 | 17.176 | -38,9% |
2. AMAZONAS | 65.291 | 50.253 | -23,0% |
3. AMAPÁ | 11.814 | 12.764 | 8,0% |
4. MARANHÃO | 3.509 | 2.919 | -16,8% |
5. MATO GROSSO | 1.948 | 1.406 | -27,8% |
6. PARÁ | 117.174 | 95.681 | -18,3% |
7. RONDÔNIA | 35.711 | 25.093 | -29,7% |
8. RORAIMA | 17.927 | 11.945 | -33,4% |
9. TOCANTINS | 87 | 61 | -29,9% |
Fonte_Thaís Assunção_Agência Saúde
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