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terça-feira, 11 de novembro de 2014

O Perigo Agora Aumentou....

RELATO...
No domingo, a família se diverte reunida.
Na segunda-feira e nos dias seguintes, o ânimo desaparece pouco a pouco.
A casa toda adoece.
Crianças, jovens, adultos, idosos – um após o outro.
Alguns se queixam de febre acima de 39 graus, outros de dores de cabeça e manchas vermelhas na pele.
Todos padecem de terríveis dores nas articulações dos dedos, tornozelos e pulsos.
Elas inflamam e incham.
Abrir as mãos para alcançar um copo ou vestir a roupa se torna tão difícil e dolorido quanto vencer uma corrida de longa distância.
Os que conseguem dar alguns passos, curtos e lentos, se apoiam em cadeiras, cabos de vassoura, muletas emprestadas pelos vizinhos.
Tentam buscar socorro para arrastar até o hospital aqueles que mal conseguem se levantar.
Ao chegar lá, descobrem que não são os únicos afetados pelos estranhos sintomas. 
Centenas de pessoas caíram de cama e disputam os mesmos cuidados.


Essa é a experiência compartilhada por moradores de Feira de Santana, na Bahia, a cerca de 100 quilômetros de Salvador. Mais de 400 pessoas foram diagnosticadas com uma doença nova no Brasil – a febre chikungunya, causada pelo vírus de mesmo nome. Outros 689 casos suspeitos estão em investigação.


A origem da palavra é africana. Na língua maconde, da Tanzânia, onde o vírus foi identificado pela primeira vez, nos anos 1950, chikungunya significa “aqueles que se dobram”. É uma referência à postura curvada dos doentes. De uma hora para outra, até os rapazes mais atléticos podem sentir na pele o que é ter 80 anos e sofrer de artrite crônica. Dói bem mais que dengue durante vários dias ou semanas. Em alguns casos, meses.

O vírus consegue infectar muita gente em pouco tempo porque é transmitido por um mosquito bem conhecido dos brasileiros: o Aedes aegypti, o mesmo da dengue. Ao prever um verão com epidemias simultâneas de dengue e de febre chikungunya, o Ministério da Saúde lançou uma campanha de combate aos focos do mosquito. Desta vez, com um claro alerta: “O perigo aumentou. E a responsabilidade de todos também”.
O vírus avança rapidamente pelo Brasil – e pode chegar a todas as regiões nos próximos meses. Em junho, cinco militares que retornaram de uma missão no Haiti receberam o diagnóstico da doença em São Paulo. No bimestre seguinte, surgiram no Brasil 37 notificações de infecção importada. Na maioria dos casos, a doença foi contraída no Caribe. Com a circulação desses viajantes, não demorou muito para que o vírus fosse introduzido definitivamente por aqui. Em setembro, surgiram no município de Oiapoque, no Amapá, as duas primeiras notificações de transmissão em território brasileiro.
Fonte_Revistas, Jornais e o Ministerio da Saúde

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