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quinta-feira, 17 de novembro de 2016

5º Congresso Nacional de Auxiliares e Técnicos de Enfermagem acontece em Brasilia, Distrito Federal


Com tema “O resgate social da Enfermagem como fato de transformação”, o 5º Congresso Nacional dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem – Conaten teve início nesta quarta-feira (16/11), no Centro Cultural Brasil 21, em Brasília. “Participei das cinco edições do CONATEN, e fico emocionada em ver o que estamos conseguindo. Quando antes teríamos uma mesa composta por auxiliares e técnicos e o presidente do COFEN?”, questionou a auxiliar de Enfermagem Glorinha Costa, 2ª tesoureira do COREN/RJ, que representou os Conselhos Regionais na mesa de abertura do congresso, realizado pela ANATEN com patrocínio do COFEN e do SINDATE/DF.
O Coordenador do Fórum Nacional da Enfermagem, Valdirlei Castangna, parabenizou os organizadores pela “coragem realizar um evento em um momento difícil como o que vivemos”. Os auxiliares e técnicos de Enfermagem do Distrito Federal estão em greve há 25 dias. “Não temos uma jornada estabelecida em lei, não temos um piso salarial fixado em lei. Eventos como esse são uma demonstração clara de que a Enfermagem quer caminhar na mesma direção”, afirmou.
“O CONATEN é fruto deste diálogo e articulação. O congresso só foi possível, desde o primeiro momento, através da união da Enfermagem, com apoio do COFEN, sindicatos e entidades profissionais”, destacou o presidente da ANATEN Nacional, Tonny Costa.
Autor do projeto distrital de Lei do Descanso para Enfermagem, o deputado Chico Vigilante ressaltou a necessidade de articulação de todos os trabalhadores. “Já vivemos período de expansão de direitos e hoje enfrentamos uma fase de luta pelo manutenção do mínimo que já conquistamos”, afirmou o deputado,  ressaltando o impacto de projetos como a PEC dos gastos públicos, que congela os investimentos em Saúde e Educação por 20 anos, e da terceirização dos atividades finalísticas. “O que está em jogo é nossa própria sobrevivência”.
Regate Social e Político da Enfermagem – “O regaste social precisa ser acompanhado do resgate político. É necessário sair da bolha e começar a progredir nas lutas sociais, nas lutas políticas”, afirmou o presidente do COREN/DF, Gilney Guerra.  A falsa oposição entre exercício profissional e política também criticada pelo presidente do COFEN, Manoel Neri.
“Uma política de vacinação reduz a incidência de doenças infecto-contagiosas. Uma política de valorização do salário mínimo reduz a incidência de desnutrição. Então não se pode mais separar Enfermagem e política. Temos hoje, em tramitação, mais de cem projetos de lei que afetam, positiva ou negativamente a nossa profissão”, afirmou Manoel Neri. “Para o resgate social da Enfermagem, não podemos esquecer o resgate da união entre enfermeiros, técnicos e auxiliares de Enfermagem, não apenas pela valorização da profissão, mas em defesa da Saúde Coletiva em nosso país” , afirmou o presidente, lembrando que a valorização não é um conceito abstrato, mas se traduz em condições de trabalho e salário.
Jorge Viana, vice-presidente do Sindicato dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem - SINDATE/DF, ressaltou a necessidade de articulação das entidades e agradeceu o apoio do COFEN na ampliação, para toda a Enfermagem do PL da Aposentadoria Especial, e para alteração do PL dos Cuidadores. “Na ausência de entidades sindicais de nível nacional, o COFEN conseguiu barrar o projeto de lei dos cuidadores, que, nos termos originais, representava praticamente a extinção dos auxiliares e técnicos, permitindo que suas funções fossem realizadas por cuidadores, acompanhantes sem qualificação na área de Saúde”, afirmou. “Unida, a Enfermagem é mais forte. Resistiremos”.
Homenagens – O evento encerrou-se com  homenagem a lideranças da Enfermagem e personalidades que apoiam o desenvolvimento da profissão. Foram homenageados os técnicos em Enfermagem Jorge Viana e João Cardoso, dirigentes do SINDATE/DF; Ivaldo Ferreira, vereador eleito em Juru/PB; Maria Luiza Costa e Jorge Luís Monteiro; além do administrador Magno Guedes, assessor do COFEN, pelo apoio às categorias de nível médio.
O diálogo aberto com o nível médio é uma das propostas da atual gestão do COFEN (2015/2018) que, em sua primeira reunião de plenária, em abril, aprovou a criação da Comissão Nacional de Auxiliares e Técnicos de Enfermagem – Conatenf. A plenária também aprovou mudança no código eleitoral, que reserva aos profissionais de nível médio o cargo de tesoureiro e segundo tesoureiro nos Conselhos Regionais, garantindo a presença na diretoria.
Fonte_COFEN

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