terça-feira, 30 de abril de 2019
COFEN entrega proposta de aposentadoria especial a líder de partido
quinta-feira, 25 de abril de 2019
Mandetta é contra ensino a distância na Enfermagem
“Reafirmo meu posicionamento contrário ao Ensino a Distância em Enfermagem”, afirmou o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, durante lançamento da campanha Nursing Now Brasil, realizada nesta quarta-feira (24), em Brasília.
segunda-feira, 22 de abril de 2019
Lançamento Nursing Now - Enfermagem Agora

sexta-feira, 19 de abril de 2019
Indígenas lançam campanha contra estereótipos para o Dia do Índio: "'Não precisamos de outras pessoas para nos definirem'"
Denílson Baniwa e Katu Mirim militam nas redes sociais sobre a causa e falam como são os indígenas em 2019; artista visual criou camiseta com referência a Star Wars em tupi.
Em
2018, o artista visual Denílson Baniwa, 35 anos, escreveu um poema sobre os estereótipos
sobre indígenas usados nas escolas no Dia do Índio, comemorado no dia 19 de
abril. Juntamente com a página Visibilidade Indígena, ele começou uma campanha
espontânea contra atitudes como pintura facial em crianças “com canetinhas
hidrocor” e cocares de papel.
“Muitas
vezes algumas pessoas não reconhecem os índios como eles são atualmente, porque
acham que somos como foi reproduzido nas escolas e na televisão: um índio nu,
vivendo na natureza. E isso não é mais realidade. Meu poema foi para falar sobre
isso, de olhar para o índio de 2019 e não mais para o de 1500”, diz Denilson,
que deu entrevista ao G1 usando uma camiseta criada por ele com uma
referência à saga Star Wars.
“É uma cena clássica quando o Luke Skywalker
reconhece Darth Vader como pai. Escrevi em tupi ‘Luke, eu sou teu pai’. Meu
trabalho tem uma coisa voltada para a antropofagia, então eu pego signos
modernos da arte e transformo de maneira antropofágica”, explica.
Indígena da etnia Baniwa e nascido no Amazonas, Denilson
diz que o “índio hoje é uma pessoa que vive nos mundo atual, se apropriou da
tecnologia e busca equipamentos para defender sua cultura”:
Até a década de 70, 80, os índios eram vistos como
pessoas que precisavam de tutela e não tinham capacidade de se defender. E hoje
buscamos falar isso: que estamos vivos, que temos poder de voz, temos
conhecimento e somos capazes de decidir sobre nossa própria existência no mundo
sem precisar de outras pessoas para nos definirem ou falarem por nós, diz
Denilson Baniwa.
Indígenas em 2019
A ativista Katu Mirim liderou a campanha
#ÍndioNãoÉFantasia contra o uso de penas, pinturas corporais e cocares
que remetem a povos indígenas no carnaval deste ano. De acordo com a indígena,
trata-se de racismo e não homenagem.
Ela é uma das administradoras da página
Visibilidade Indígena, que divulga nas redes sociais a militância sobre as causas
indígenas.
“Criei a página em 2017 para trazer visibilidade e
informações sobre a nossa pluralidade étnica, trazer visibilidade para nossos
artistas e apresentar para a sociedade o indígena contemporâneo, o indígena no
presente”, disse ela ao G1.
Katu é indígena urbana, ou seja, nasceu na cidade.
Ela estudou em escola pública e conta que foi a partir de sua experiência que
criou a campanha sobre o Dia do Índio nas escolas.
“A escola sempre reforçou o estereótipo do
indiozinho pelado e selvagem. A professora dava um desenho do índio que só
usava uma folhinha pra cobrir as genitais, pintávamos o desenho, fazíamos cocar
de papel e quando colocavam na minha cabeça diziam: ‘Você é índia selvagem’ e
batiam na boca. Nunca vi a escola falar a verdade sobre nós”, diz ela.
Katu diz que isso ainda não mudou. “Na antiga
escola da minha filha, o Dia do Índio ainda está lá, com o cocar de papel,
música da Xuxa e pipoca. Uma vez fui buscar minha filha na escola e ela falou
para a amiguinha que somos indígenas. A amiguinha respondeu que não, pois, no
Dia do Índio, a professora falou que eles moram na oca, no meio do mato e comem
mandioca”, conta.
Para Katu, a ignorância causa danos aos índios.
“Hoje existem etnomídias que abordam essas questões e informação. Não se pode
mais errar e continuar reforçando esses estereótipos que ajudam a nos
inviabilizar, estereótipos que contribuem com nosso genocídio.”
Fonte_G1
Mbaima Metlon: Narrativas de mulheres indígenas em situação urbana
Dra.Aline
Rochedo Pachamama - autora