A parceria
estratégica entre Brasil e China, intensificada pelo presidente Lula, em 2023,
foi reforçada nesta quarta-feira (16) pelo ministro da Saúde, Alexandre
Padilha. Com o objetivo de avançar nas iniciativas de cooperação nas áreas de
saúde e tecnologia, Padilha recebeu o Embaixador Extraordinário e
Plenipotenciário da China, Zhu Qingqiao, e outros representantes
chineses.
O
encontro teve como foco o fortalecimento da colaboração entre os dois países na
implementação de soluções digitais no Sistema Único de
Saúde (SUS), com foco na transformação digital e na inovação do
setor.
Um
dos principais pontos discutidos foi a construção do primeiro hospital digital
de referência no Brasil, que será erguido em São Paulo e contará com mais de
800 leitos.
O
projeto tem como objetivo integrar as mais avançadas tecnologias, a exemplo da
inteligência artificial, para otimizar a gestão hospitalar e melhorar a
qualidade do atendimento. O financiamento do hospital está sendo negociado com
o Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), o banco dos BRICS.
"O
fortalecimento da parceria Brasil-China é fundamental para o SUS, promovendo
não apenas a inovação no setor de saúde, mas também a construção de um futuro
mais justo e sustentável para as próximas gerações", afirmou o ministro
Alexandre Padilha.
Durante
a reunião, Padilha também reafirmou a importância da Declaração Conjunta entre
o Brasil e a China, que reafirma o compromisso de ambas as nações com um futuro
mais sustentável e inclusivo, por meio de parcerias estratégicas em áreas como
saúde, infraestrutura e desenvolvimento tecnológico.
A colaboração abrange a indústria biomédica, a produção de insumos para saúde e o desenvolvimento conjunto de vacinas. O ministro destacou, ainda, a urgência da transição para uma saúde digital no Brasil, ressaltando que as novas tecnologias devem ir além da modernização dos hospitais, impactando também questões macroeconômicas e sociais, como o combate à pobreza e à fome.
Parcerias
Estratégicas
A
China tem sido uma parceira estratégica do Brasil em diversas áreas. Em 2023, o
Brasil iniciou um ciclo de investimentos no setor de saúde com a visita do
presidente Lula à China. Em 2024, durante a visita do presidente Xi Jinping ao
Brasil, novas parcerias foram firmadas, incluindo o desenvolvimento conjunto de
vacinas e a ampliação do parque hospitalar brasileiro.
“As
relações China/Brasil estão avançando. Os presidentes anunciaram que as
relações formariam um mundo mais justo e um planeta mais sustentável,
consolidando uma base forte para as relações nos próximos 50 anos. Eles
assinaram documentos que geram sinergia e mostram estratégias para o Brasil. E
agora as duas partes estão em consenso, estratégias de desenvolvimento
financeiro e sustentável”, afirmou Zhu Qingqiao.
Um
dos acordos inclui a produção nacional de insulina. Em 2025, 20 milhões de frascos de insulina Glargina serão produzidos em
parceria entre empresas chinesas e brasileiras, como Biomanguinhos (Fiocruz),
Biomm e Gan&Lee. As doses serão destinadas a pacientes com diabetes tipo 2,
uma inovação no SUS, já que esse tipo de diabetes apresenta um número maior de
pacientes em comparação ao tipo 1.
Outro
avanço significativo na parceria é o desenvolvimento de uma vacina contra a
dengue pelo Instituto Butantã. Para ampliar a escala de produção, o Butantã
buscou a colaboração da empresa chinesa Uchi Biologics.
Fonte _ Saúde.gov
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