Tramita
na casa legislativa o Projeto de Lei Nº 6.749-A, de 2016, de autoria do
deputado Goulart (SP), que propõe o aumento de 1/3 das penas para crimes como
lesão corporal, ameaças, desacato e ofensas à honra cometidos contra
profissionais da saúde durante o exercício de suas atividades.
O
relator da matéria, deputado Bruno Farias (MG), destacou a necessidade de se
combater o que chamou de “escalada de violência” enfrentada pela categoria. “Se
depender de mim, os agressores não terão clemência. Respeitem a enfermagem!”,
afirmou o parlamentar, que preside a Bancada da Enfermagem na Câmara dos
Deputados, em suas redes sociais.
Dados
recentes divulgados pelo Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) revelam um
cenário alarmante de violência contra enfermeiros, técnicos e auxiliares de
enfermagem no Brasil. Em 2023, mais de 60% dos profissionais entrevistados
relataram ter sido vítimas de algum tipo de violência no ambiente de trabalho,
de acordo com a entidade.
Os
relatos apontam uma diversidade de situações preocupantes, desde agressões
físicas e ameaças verbais até casos de assédio moral. Esses episódios ocorrem
em diversos cenários, incluindo hospitais, clínicas, unidades de pronto
atendimento (UPAs) e até em atendimentos domiciliares.
O
Cofen destaca a necessidade urgente de medidas para proteger esses
profissionais, que enfrentam não apenas as exigências de suas funções, mas
também um ambiente hostil e perigoso. A entidade defende a criação de políticas
públicas específicas que garantam a segurança no exercício da profissão e
promovam melhores condições de trabalho.
Esse
aumento na violência reflete desafios estruturais no sistema de saúde
brasileiro, gerando debates sobre a valorização e proteção da categoria.
O
projeto também ganha relevância diante de um estudo do Datafolha que aponta que
84% dos médicos em São Paulo já sofreram agressões verbais, enquanto 17% foram
vítimas de violência física.
A
proposta encontra-se na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania
(CCJC) para apreciação. Caso seja aprovado, seguirá para votação no plenário.
A
crescente violência enfrentada pelos profissionais de saúde no Brasil
Há
um potencial nocivo e oneroso desse fenômeno, capaz de ocasionar sofrimento
psicológico, adoecimento físico e emocional, afastamentos do trabalho e, em
casos mais graves, até mortes.
Diante
deste cenário preocupante, a reflexão sobre a importância de ambientes de
trabalho seguros e condições adequadas na área da saúde torna-se ainda mais
urgente. Especialistas e entidades de classe, como Cofen, destacam a
necessidade de políticas públicas que promovam a segurança e o bem-estar dos
profissionais em seus locais de trabalho.
A
violência não apenas prejudica os trabalhadores, mas também pode comprometer a
qualidade do atendimento oferecido à população, exacerbando os desafios já
enfrentados pelo sistema de saúde. Este tema, cada vez mais em evidência, clama
por ações efetivas e a conscientização da sociedade como um todo.
Fonte _ COFEN

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