Após o governo comemorar a
marca de 90% de toda a população brasileira imunizada contra o vírus da
covid-19, eis que surge a nova cepa do vírus, batizada como ômicron ou
B.1.1.529. Pouco se sabe sobre a nova versão recém descoberta. No entanto,
cientistas de todo o mundo correm contra o tempo para encontrar as principais
características da nova cepa. Nesta quinta-feira (02/12) diversos órgãos
da saúde se reuniram na sede do Ministério da Saúde para alinhar estratégias de
prevenção no aumento de casos no Brasil.
Desde o surgimento do vírus em
novembro (24/11), órgãos como a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Secretaria de
Vigilância em Saúde (SVS), Conselho Nacional de Secretários de Saúde - CONASS e
Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde - CONASENS, entre outros,
iniciaram uma corrida pelo mapeamento da nova cepa no Brasil.
“Queremos monitorar casos para
prever um possível desdobramento da atual situação, além de isolar futuros
impactos negativos do novo vírus em território nacional”, comentou o diretor da
SVS, Pedro Vidal. Até o momento, foram identificados três casos de
recém-chegados da África do Sul que permanecem em isolamento para controle da
propagação do vírus.
A variante já foi identificada
em todos os continentes, em 26 países, com 333 amostras positivas. Existem
suspeitas não confirmadas de que o vírus B.1.1.529 possui uma alta
transmissibilidade e que tal variante ainda possa ser mais infecciosa e tenha o
poder de “driblar” a imunidade em pessoas já vacinadas. Por isso, a OMS
classificou a ômicron como uma “variante de preocupação”.
“Queremos evitar um novo ciclo
de pandemia, portanto a melhor estratégia é permanecer vigilante e tomar os
devidos cuidados para evitar transmissão. Pedimos para toda a população que
mantenham as medidas de segurança recomendadas. Quem ainda não vacinou deve se
imunizar para evitar novas variantes,” explica a representante da OPAS/OMS no
Brasil, Socorro Gross.
Atuação da Enfermagem – O
Comitê Gestor de Crise para a Covid-19 do Conselho Federal de Enfermagem
(CGC/Cofen) recomenda o reforço das medidas sanitárias de segurança. “Alguns
estados já voltaram atrás com as decisões de festas de fim de ano após a
chegada da nova variante. Precisamos evitar uma nova onda de casos”, comentou
Eduardo Fernando, membro do CGC.
O Comitê foi instituído pela
Portaria Cofen 251, em 12 de março de 2020, para gerenciar questões inerentes à
crise da pandemia de Covid-19, por meio das recomendações e estratégias de
atuação emergenciais, considerando as previsões do Ministério da Saúde e das
autoridades sanitárias.
Até o momento, soma-se 59.334
casos de covid-19 entre a categoria desde o início da pandemia no Brasil, além
de 869 mortes de profissionais confirmadas.
Fonte_COFEN
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