imunização contra
a Covid-19 será incluída no Calendário Nacional de Vacinação a partir de 2024.
A recomendação vai priorizar crianças de 6 meses a menores de 5 anos e os
grupos com maior risco de desenvolver as formas graves da doença: idosos,
imunocomprometidos, gestantes e puérperas, trabalhadores da saúde, pessoas com
comorbidades, indígenas, ribeirinhos e quilombolas, pessoas vivendo em
instituições de longa permanência e seus trabalhadores, pessoas com deficiência
permanente, pessoas privadas de liberdade maiores de 18 anos, adolescentes e
jovens cumprindo medidas socioeducativas, funcionários do sistema de privação
de liberdade e pessoas em situação de rua. A inclusão já passou por avaliação
da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização da Covid-19 (CTAI).
A ministra da
Saúde, Nísia Trindade, ressalta que todos os imunizantes têm eficácia e
segurança comprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e
seguem orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do Ministério da
Saúde para aplicação. “Além disso, as vacinas passam por um rigoroso processo
de estudo de qualidade antes de serem incorporadas ao SUS”, acrescenta.
Na primeira semana
de novembro, o Ministério da Saúde vai lançar nova campanha na TV aberta, nas
redes sociais e em locais de grande circulação de pessoas em todo país,
reiterando a importância da testagem, da vacinação e do tratamento. O antiviral
nirmatrelvir/ritonavir está disponível em toda a rede do Sistema Único de Saúde
(SUS) para tratamento da infecção pelo vírus logo que os sintomas aparecerem e
houver confirmação de teste positivo. Este medicamento é indicado apenas para
pessoas com mais de 65 anos e pacientes imunossuprimidos com mais de 18 anos.
O Brasil segue a
tendência observada mundialmente e registra oscilação no número de casos de
Covid-19. Segundo informações do último Boletim InfoGripe, produzido pela
Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e divulgado nesta segunda-feira (30), há
crescimento de casos na população adulta do Paraná, Rio Grande do Sul, Santa
Catarina e São Paulo. Ainda de acordo com a publicação, o aumento das
notificações na região Sul manteve ritmo lento.
Em Minas Gerais e
Mato Grosso do Sul, houve sinalização de aumento lento nas ocorrências de
Síndrome Respiratórias Aguda (SRAG) positivas para Covid-19 na população de
idade avançada, mas sem reflexo no total de casos identificados. Distrito
Federal, Goiás e Rio de Janeiro, que anteriormente apresentavam alerta de
crescimento, demonstraram indícios de interrupção no aumento de notificações. O
boletim apresenta informações referentes à semana epidemiológica 42, que
corresponde ao período de 15 a 21 de outubro.
A secretária de
Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, reforça que a Covid-19 é uma
doença imunoprevenível, ou seja, capaz de ser prevenida com a vacina. “Há um
conjunto de doenças definidas dessa forma, como o sarampo, a coqueluche, a
influenza e a Covid-19 também passou a integrar o Departamento do Programa
Nacional de Imunizações. A Covid-19 é uma doença de constante monitoramento,
requer atenção e por isso temos fortalecido as ações de prevenção por meio do
Movimento Nacional da Vacinação”, explicou.
A vacina é a
principal medida de combate ao vírus e às formas graves da doença. Hoje, o
imunizante está disponível gratuitamente no SUS para toda a população acima de
6 meses de idade. Maiores de 18 anos, que já tomaram ao menos duas doses da
vacina, devem receber uma dose de reforço da vacina bivalente. Pessoas que
ainda não completaram o ciclo vacinal ou estão com alguma dose de reforço em
atraso podem atualizar a caderneta nas unidades de saúde. A vacinação
contra a Covid-19 para crianças de 6 meses a menores de 5 anos de idade é
constituída por três doses, que deverão ser aplicadas seguindo os
intervalos recomendados: 1ª dose para a 2ª dose: intervalo de 4 semanas; e 2ª
dose para a 3ª dose: intervalo de 8 semanas. A criança que tiver tomado as três
doses este ano, não vai precisar repetir doses em 2024.
A imunização é
prioridade do governo federal. Em fevereiro, o Ministério da Saúde lançou o
Movimento Nacional pela Vacinação, com o objetivo de recuperar as altas
coberturas vacinais no Brasil. É possível consultar a situação vacinal no
aplicativo ConecteSUS Cidadão. O registro de vacina também é feito no Cartão de
Vacinação em papel, pelo profissional de saúde local. É possível, ainda,
conferir a situação na própria unidade de saúde. Para isso, o cidadão deve
apresentar documentos pessoais e/ou Cartão do SUS ao profissional de saúde para
conferência.
Fonte_GovSaude
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