Imuniza SUS

sexta-feira, 13 de setembro de 2024

Acre: Governo Federal lança nova estratégia para reduzir mortalidade materna

 


Garantia de um cuidado integral à gestante para reduzir a mortalidade materna e de bebês. Esse é o objetivo da Rede Alyne, novo programa do Governo Federal, que reestrutura a antiga Rede Cegonha na rede pública de saúde. Com a meta de reduzir a mortalidade materna em 25% até 2027, o novo modelo homenageia Alyne Pimentel, que morreu grávida de seis meses por desassistência no município de Belford Roxo (RJ) em 2002. O Brasil é o primeiro caso no mundo de uma condenação em corte internacional por morte materna evitável, reconhecida como violação de direitos humanos das mulheres a uma maternidade segura. 

Antes mesmo da condenação, em 2011, foi lançada a Rede Cegonha, que ampliou o cuidado às mulheres durante a gestação e o parto, com importantes resultados, que foram descontinuados nos últimos anos. A mortalidade materna é um indicador crítico que reflete a qualidade da assistência e o acesso aos serviços de saúde. O desmonte da rede dificultou o acesso e elevou estes índices. Em termos absolutos, o número de mortes maternas subiu para 3.030 em 2021, durante a pandemia de Covid-19, o que representa um crescimento de 74% em relação a 2014, quando foram registradas 1.739 mortes, conforme dados da Plataforma Integrada de Vigilância em Saúde (IVIS). No Acre, o aumento foi de 87%, com a quantidade de óbitos passando de 8 em 2014 para 15 em 2021. 

Nesse cenário, o Ministério da Saúde agora firma um compromisso de fortalecer a rede para enfrentar desafios históricos na assistência à gestante e ao bebê, principalmente entre a população em situação de maior vulnerabilidade social. Entre as inovações da Rede Alyne, está a necessidade de um plano integrado entre a maternidade e a Saúde da Família – com qualificação das equipes de Saúde da Família, na principal porta de entrada do SUS – e, de forma inédita, a ampliação do Complexo Regulatório do SUS com equipe especializada em obstetrícia. Dessa forma, o Ministério da Saúde integra a rede de saúde para acabar com a peregrinação da gestante, como aconteceu com Alyne, garantindo vagas para atendimento, com prioridade para a mulher que precisa de suporte no deslocamento para a maternidade. 

Na cerimônia de lançamento do programa, nesta quinta (12), em Belford Roxo, a ministra Nísia Trindade destacou que a rede de saúde estará mais fortalecida para brecar as mortes maternas e garantir o nascimento de bebês saudáveis. “Vamos trabalhar com toda a rede de saúde, com estados e municípios. Será firmado um pacto no Conselho da Federação, junto ao Governo Federal, para que essa agenda seja de todo o Brasil”, disse. “O mais importante agora para nós é que lutemos, juntos, para que não haja mais mortes maternas por causas evitáveis”, acrescentou Nísia. 

Já o presidente Lula, que prestigiou o evento ao lado da primeira-dama Janja, celebrou a criação de mais uma iniciativa em defesa da mulher brasileira. “Esse programa foi criado para que a mulher seja atendida com decência e faça todos os exames necessários. Quero parabenizar a Nísia pelo aperfeiçoamento do tratamento das mulheres desse país”, pontuou. 

Redução da inequidade racial

A taxa de mortalidade entre mães pretas também aumentou consideravelmente. Em 2022, a razão de mortalidade materna, que representa o número de óbitos a cada 100 mil nascidos vivos, foi o dobro em relação ao número geral. Em mulheres pretas, foi de 110,6. No Brasil todo, 57,7. 

É por este motivo que o Governo Federal também busca reduzir as mortes das mulheres pretas em 50% até 2027. O Brasil quer atingir o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU) até 2030, com a marca de 30 óbitos por 100 mil nascidos vivos. 

Mais recursos e integração da rede para o fim da peregrinação da gestante

Para além das metas, a Rede Alyne configura uma estratégia com ações concretas de mudança do cenário do atendimento em saúde para as gestantes brasileiras. Para essa execução, em 2024, o Ministério da Saúde vai investir R$ 400 milhões na rede. Em 2025, esse número chegará a R$ 1 bilhão. 

Haverá um novo modelo de financiamento com a distribuição mais equitativa dos recursos para reduzir desigualdade regionais e raciais. O financiamento será por nascido vivo, por local de residência e município do atendimento.  

O Ministério da Saúde vai triplicar o repasse para estados e municípios realizarem exames pré-natal: de R$55 para R$144 por gestante. Novos exames serão incorporados na rede, além dos já contemplados na Rede Cegonha. O pré-natal passará a ter testes rápidos para HTLVhepatite B e hepatite C

A expansão do orçamento também chega à atenção de média e alta complexidade para a estruturação de equipes especializadas em atendimento materno e infantil, com cobertura 24 horas, 7 dias da semana no Complexo Regulador do SUS. A Rede Alyne traz um novo financiamento, para o fim da peregrinação, com custeio mensal de R$ 50,5 mil para ambulâncias destinadas à transferência de gestantes e recém-nascidos graves. Isso vai contribuir para a diminuição dos atrasos de deslocamento em momentos críticos. 

Novo PAC Saúde para expansão da rede de assistência

Por meio do Novo PAC Saúde também serão construídas 36 novas maternidades e 30 novos Centros de Parto Normal, totalizando R$ 4,85 bilhões de investimento na etapa de seleções, com prioridade para as regiões com piores índices de mortalidade materna. Mais de 30 milhões de mulheres serão diretamente beneficiadas. 

O Ministério da Saúde busca mais do que evitar desfechos trágicos. A ideia é promover experiências de cuidado integral para gestantes, puérperas e bebês, com serviços que promovam segurança, acolhimento, humanização e o fim da espera por atendimentos obstetrícios de urgência. 

Autossuficiência da rede de bancos de leite

A rede de bancos de leite do Brasil, que já é referência internacional, terá um sistema de incentivo ao aleitamento materno ainda mais completo. O Ministério da Saúde vai investir R$ 41,9 milhões ao ano em um novo repasse para aumentar a disponibilização de leite materno nas unidades neonatais, além de um valor adicional para os bancos de leite que alcançarem autossuficiência, atendendo a demanda das unidades neonatais de referência. 

A Rede Alyne vai incentivar, ainda, o uso do método Canguru – cujas evidências científicas comprovam impacto positivo em desfechos, como infecção, amamentação e mortalidade – com aumento de valor para Unidades de Cuidado Neonatal Canguru (UCINca) em 240%. 

Para integrar os dados das gestantes, está previsto, ainda em 2024, o lançamento de uma versão eletrônica da Caderneta da Gestante por meio do aplicativo “Meu SUS Digital”. Além de orientar com mais agilidade os profissionais de saúde, a ferramenta também terá conteúdos informativos e demais funções que evitem a ida das gestantes às maternidades ou Unidades Básicas de Saúde (UBS) sem necessidade.

Fonte _ Saúde

quinta-feira, 12 de setembro de 2024

Ministério da Saúde expande rede de apoio à saúde mental no Acre

 


Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, lembrado anualmente no dia 10 de setembro, é uma iniciativa promovida pela Associação Internacional para a Prevenção do Suicídio (IASP) e endossada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Tem como objetivo conscientizar a sociedade e estimular o diálogo responsável sobre o assunto, reforçando a importância da atenção à saúde mental em todas as fases da vida. O Sistema Único de Saúde (SUS) conta com diversos serviços gratuitos de apoio psicossocial disponíveis à população, com diretrizes de atendimento pautadas no respeito aos direitos humanos, combate aos estigmas, atenção humanizada e foco no cuidado em liberdade. 

Rede de Atenção Psicossocial é constituída por um conjunto integrado de diferentes pontos de atenção para atender pessoas com sofrimento psíquico e com necessidades decorrentes do uso de álcool e outras drogas. Atualmente, ela é formada por 2.947 Centros de Atenção Psicossocial (Caps), distribuídos em 1.973 municípios. Além disso, existem 890 Serviços Residenciais Terapêuticos, 80 Unidades de Acolhimento e mais de 2 mil leitos de saúde mental em hospitais de todo o Brasil. O Acre conta com nove Caps, uma Unidade Acolhimento e 18 leitos espalhados pelo estado.   

Conheça outras ações do Ministério da Saúde para expansão da rede de apoio à saúde mental

Expansão da rede de apoio psicossocial

Segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), uma das principais medidas de prevenção ao suicídio com base em evidências é a implementação de políticas de saúde mental e de redução do álcool. Em atenção a essa questão, desde o ano passado, o governo federal tem desenvolvido ações para expandir os serviços de cuidado voltados para a saúde mental.  

Como acessar os serviços

Para qualquer pessoa que esteja necessitando de cuidados relacionados à saúde mental, é essencial procurar acompanhamento profissional e o SUS disponibiliza esse serviço. O atendimento nos Caps está disponível para qualquer pessoa que precise de suporte, podendo ser acessado de forma espontânea ou por encaminhamento de outros serviços da rede de saúde. No caso das Unidades de Acolhimento, do Serviço Residencial Terapêutico e dos hospitais gerais, o encaminhamento é obrigatório.  

Orçamento aumentou 53% em 2024

Em 2024, o Ministério da Saúde ampliou o investimento em saúde mental em 53%: está previsto o investimento de R$ 4,7 bilhões, seguindo uma tendência de expansão que vem desde o ano passado. De janeiro de 2023 a junho deste ano, foram habilitados 98 novos pontos de atenção da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS): sendo 63 Centros de Atenção Psicossocial (Caps); 5 Serviços Residenciais Terapêuticos (SRTs), 5 Unidades de Acolhimento (UAs) e 25 leitos de saúde mental em hospital geral.  

Até 2026, novo PAC vai construir 150 novos Caps

A ampliação da RAPS é uma das prioridades do Ministério da Saúde incluídas no Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC). Para o quadriênio 2023-2026, são previstos 150 novos CAPS, com investimento de mais de R$ 339 milhões. Essa ampliação tem potencial para incluir 13,4 milhões de pessoas na Rede de Saúde Mental do SUS. 

Saiba mais sobre a Rede de Atenção Psicossocial 

Fonte _ Saúde

sexta-feira, 6 de setembro de 2024

Ministério da Saúde elabora diretrizes para brigadistas florestais

 


Os brigadistas florestais desempenham um papel vital na prevenção e no combate aos incêndios, especialmente durante a estação seca, como agora, que ocorre de maio a outubro. Para garantir a segurança e a eficácia do trabalho, o Ministério da Saúde lançou a publicação Diretrizes de Vigilância em Saúde do Trabalhador: brigadista florestal, que visa fornecer subsídios técnicos para estados, Distrito Federal e municípios na proteção da saúde desses profissionais. 

Elaborado pela Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), em colaboração com a Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora (Renastt) e instituições de combate aos incêndios florestais, as diretrizes orientam sobre a promoção da saúde dos brigadistas, prevenção de doenças e adoção de medidas de segurança. 

A SVSA, anteriormente conhecida como SVS, passou a incluir "Ambiente" em sua denominação na atual gestão, refletindo uma visão integrada de que saúde e meio ambiente estão interligados, impactando diretamente o bem-estar das pessoas. 

Orientações para brigadistas florestais

Leia abaixo algumas orientações que devem ser seguidas com relação ao trabalho desses profissionais:

Hidratação e Alimentação

O trabalho em áreas de alta temperatura exige uma hidratação constante, por isso as instituições devem garantir aos brigadistas o fornecimento de água potável em quantidade suficiente, da mesma forma, deve ser garantido a eles alimentação adequada e organização da força de trabalho de modo a respeitar os limites fisiológicos dos trabalhadores frente à atividade de combate ao fogo. 

Pausas regulares

O trabalho de combate ao fogo é extenuante de forma física e psíquica, por isso, visando resguardar a integridade e a saúde desses profissionais, as escalas de trabalho devem ser respeitadas e as instituições devem garantir aos brigadistas formas seguras de transporte e a retirada deles das áreas em que ocorrem o combate ao fogo. 

Treinamento e planejamento

As instituições devem promover treinamentos regulares para qualificação e formação dos trabalhadores para garantir que estes possam ter acesso às melhores e mais seguras técnicas de combate.

É de suma importância também que o trabalho seja organizado e pactuado entre gerente do fogo, chefe de brigada, chefe de esquadrão e brigadista de combate, de forma que o planejamento das atividades seja respeitado para a proteção da saúde de todos os trabalhadores envolvidos.

Riscos e cuidados 

Brigadistas enfrentam exposição a altas temperaturas, fumaça e produtos químicos, além de longas jornadas e privação de sono, o que pode resultar em doenças respiratórias, cardiovasculares e transtornos mentais, como o estresse pós-traumático. O monitoramento das condições de saúde, o respeito às medidas de segurança prescritas e a avaliação de saúde periódica são fundamentais para a proteção dos brigadistas. 

O Ministério da Saúde recomenda também o monitoramento constante das condições de trabalho, especialmente em áreas remotas, onde o acesso a serviços de saúde é limitado. 

Funções dos brigadistas florestais

Além disso, o guia traz informações sobre as funções exercidas por cada tipo de brigadista no combate aos incêndios. São eles o gerente do fogo, chefe de brigada, chefe de esquadrão e brigadista de combate

No Brasil, assim como em muitos países, o combate aos incêndios florestais segue o modelo de gerenciamento de operações conhecido como Sistema de Comando de Incidentes (SCI). 

Para mais informações, leia o guia Diretrizes de Vigilância em Saúde do Trabalhador: brigadista florestal

Fonte _ Saúde

quinta-feira, 5 de setembro de 2024

Acre: entenda os efeitos sociais e ambientais do consumo de alimentos ultraprocessados

 


Em 2024, a segunda edição do Guia Alimentar para a População Brasileira comemora 10 anos. Para marcar a data, o Ministério da Saúde lançou uma série especial de notícias que aborda diversos aspectos do documento. As recomendações atualizadas nesta edição têm como objetivo promover uma alimentação saudável que beneficie a saúde individual, respeite e valorize as tradições locais, e cuide do meio ambiente. Nesse contexto, o guia recomenda evitar alimentos ultraprocessados, como biscoitos recheados, salgadinhos de pacote e refrigerantes, devido à sua composição nutricional desequilibrada e ao alto teor de calorias, que contribuem para a obesidade e o desenvolvimento de doenças. 

Embora sejam por natureza não saudáveis, esses alimentos têm ganhado popularidade devido ao seu baixo preço, alta disponibilidade, conveniência e sabor. De acordo com o Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), no ano passado, 23% dos homens e 19% das mulheres em Rio Branco consumiram cinco ou mais tipos de alimentos ultraprocessados no dia anterior à entrevista. A pesquisa é conduzida com uma amostra de adultos com mais de 18 anos em todas as 26 capitais brasileiras e no Distrito Federal. No total, foram realizadas 21.690 entrevistas: 10.858 por meio de telefones fixos e 10.832 por telefones móveis. 

Esses alimentos também possuem impactos negativos na cultura, na vida social e no meio ambiente, afetando, assim, a saúde e o bem-estar das pessoas. 

Cultura 

Esses alimentos afetam a cultura ao promover marcas padronizadas mundialmente e campanhas publicitárias agressivas. Essas estratégias criam uma falsa sensação de diversidade e fazem com que as tradições alimentares locais pareçam desinteressantes, especialmente para os jovens. Como resultado, há um crescente desejo de consumir esses produtos para se alinhar a uma cultura supostamente moderna e superior, diminuindo a importância das práticas alimentares tradicionais. 

Vida social 

Projetados para consumo imediato, podendo ser ingeridos a qualquer hora e em qualquer lugar, os alimentos ultraprocessados eliminam a necessidade de preparar e compartilhar refeições. Seu consumo frequente ocorre em momentos de isolamento, como ao assistir televisão ou trabalhar no computador, o que reduz as oportunidades de interação social. Segundo o guia, a "interação social" mostrada nas campanhas publicitárias desses produtos não reflete a realidade. 

Meio ambiente 

A produção e comercialização de alimentos ultraprocessados causam danos ao meio ambiente. As embalagens não biodegradáveis poluem o ambiente e exigem novas tecnologias para gestão de resíduos. A demanda por ingredientes como açúcar e óleos vegetais estimula monoculturas que utilizam agrotóxicos e fertilizantes, prejudicando a biodiversidade. Além disso, o transporte desse alimento consome muita energia e emite poluentes, enquanto o uso excessivo de água compromete recursos naturais essenciais. 

Kelly Alves explica que uma das vertentes abordadas pelo Ministério da Saúde é o incentivo à alimentação adequada e saudável. Isso é feito por meio da divulgação clara de informações sobre essas práticas, os grupos de alimentos e suas características positivas e negativas. “A nossa orientação não se baseia em uma abordagem de permitido e proibido, mas sim em incentivar escolhas alimentares saudáveis e evitar aquilo que pode representar riscos à saúde”, observa. 

Histórico do Guia 

A primeira edição do Guia Alimentar para a População Brasileira, publicada em 2006 pelo ministério, apresentou as primeiras diretrizes alimentares oficiais para a população. Com as transformações sociais que impactaram as condições de saúde e nutrição da sociedade, foi necessário atualizar as recomendações. 

A segunda edição, desenvolvida em parceria com Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo (USP) com apoio da Organização Panamericana de Saúde (Opas), disponível desde 2014, foi elaborada após um amplo processo de consulta pública que envolveu um extenso debate com diversos setores da sociedade. Essa versão permanece atual mesmo após uma década. "As evidências científicas mostram que os problemas de saúde que estavam presentes na época da revisão, como as doenças crônicas não transmissíveis, continuam avançando e estão diretamente relacionados à alimentação inadequada", conclui a coordenadora.

Acesse o Guia Alimentar na íntegra 

Fonte _ Saúde

terça-feira, 3 de setembro de 2024

Saúde anuncia novo projeto arquitetônico para a construção de três UBSs no Acre

 


Após uma década sem atualizações projetuais nos estabelecimentos de saúde que integram o Sistema Único de Saúde (SUS), o Ministério da Saúde disponibilizou mais um dos projetos arquitetônicos de referência para o Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC): o Projeto Referencial de Arquitetura e Engenharia da Unidade Básica de Saúde – UBS Porte 1. Os projetos serão destinados à construção de 1.800 unidades e terão um investimento de R$ 4,2 bilhões. No Acre, serão construídas três UBSs, com investimento de R$ 13,7 milhões. 

Desenvolvidos por uma equipe multidisciplinar que incluiu arquitetos, engenheiros e especialistas da pasta, os projetos incorporam serviços assistenciais avançados, como: a criação da sala de amamentação em cada UBS, espaços coletivos internos e externos que valorizam as práticas coletivas integrativas, complementares e comunitárias; atendimento a mulheres em situação de violência com a criação das Salas Lilás; salas de medicação em conformidade com as normas sanitárias; consultórios de atendimento individualizado com acessibilidade; ampla sala de vacinação, dentre outras estruturas. 

Soluções de saúde digital, como a telessaúde, também foram integradas, melhorando a qualidade e o tempo de resposta dos atendimentos ao conectar a atenção primária com a atenção especializada à saúde. 

De acordo com o projeto, as UBSs serão organizadas por núcleos temáticos assistenciais e integrados que fortalece a integralidade do cuidado, a gestão clínica compartilhada, humanizada e multiprofissional, promove o acolhimento, a acessibilidade e o bem-estar dos usuários, que são recebidos em um espaço com ambiência inclusiva e de fácil compreensão. 

Em alinhamento com os compromissos firmados pelo governo federal junto à ONU e aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030, esses projetos incorporam estratégias para a construção de edificações sustentáveis e resilientes: ventilação e Iluminação naturais em todos os ambientes, exceto nas áreas restritas; estratégias de uso racional de água e reuso; instalações e equipamentos de baixo consumo energético; energia renovável com captação de energia solar (placas fotovoltaicas) ; sistema construtivo enxuto (Lean Construction - baixa emissão de carbono ou Zero Carbono, minimizando o efeito estufa). 

O objetivo é garantir resiliência e adaptabilidade diante das mudanças climáticas, proporcionando conforto higrotérmico para os usuários. Além da sustentabilidade, foram integradas premissas de temas importantes como acessibilidade, educação permanente em saúde e saúde digital na concepção dos projetos. 

Assim, os projetos de referência das novas UBSs estão alinhados com a atualização da Política Nacional de Atenção Básica (PNAB), da mesma forma os novos projetos para policlínica estão em consonância com a nova política da atenção especializada, bem como as novas maternidades que seguem as premissas da atenção hospitalar do ministério. 

Projetos de arquitetura e engenharia 

Os projetos arquitetônicos do Novo PAC desenvolvidos pelo Ministério da Saúde são instrumentos importantes para garantir qualidade, economicidade e eficiência. Eles facilitam a celeridade nas aprovações junto aos órgãos competentes e no processo de licitações públicas, otimizando o tempo de resposta das gestões municipais, estaduais e distrital. 

O conjunto de arquivos e documentos disponibilizados será composto pelos projetos de arquitetura e complementares de engenharia com seus respectivos memoriais, caderno de encargos e especificações e planilha orçamentária. Todos os projetos foram elaborados em metodologia BIM, que se baseia em modelos 3D para dar aos profissionais de arquitetura, engenharia e construção a perspectiva e as ferramentas necessárias para a construção. 

A pasta já disponibilizou os projetos para construção de policlínicas, maternidades, centrais de regulação de urgências (CRUs) e centros de parto normal. Os demais portes de UBS (II a V) serão disponibilizados em breve. 

Acesse os projetos arquitetônicos 

Fonte _ Saúde