Os brigadistas florestais desempenham um papel
vital na prevenção e no combate aos incêndios, especialmente durante a estação
seca, como agora, que ocorre de maio a outubro. Para garantir a segurança e a
eficácia do trabalho, o Ministério da Saúde lançou a publicação Diretrizes de Vigilância em Saúde do Trabalhador: brigadista
florestal, que visa fornecer subsídios técnicos para estados, Distrito
Federal e municípios na proteção da saúde desses profissionais.
Elaborado pela Secretaria
de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), em colaboração com a Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador e da
Trabalhadora (Renastt) e instituições de combate aos incêndios
florestais, as diretrizes orientam sobre a promoção da saúde dos brigadistas,
prevenção de doenças e adoção de medidas de segurança.
A SVSA, anteriormente conhecida como SVS, passou a
incluir "Ambiente" em sua denominação na atual gestão, refletindo uma
visão integrada de que saúde e meio ambiente estão interligados, impactando
diretamente o bem-estar das pessoas.
Orientações para brigadistas florestais
Leia abaixo algumas orientações que devem ser
seguidas com relação ao trabalho desses profissionais:
Hidratação e Alimentação
O trabalho em áreas de alta temperatura exige uma
hidratação constante, por isso as instituições devem garantir aos brigadistas o
fornecimento de água potável em quantidade suficiente, da mesma forma, deve ser
garantido a eles alimentação adequada e organização da força de trabalho de
modo a respeitar os limites fisiológicos dos trabalhadores frente à atividade
de combate ao fogo.
Pausas regulares
O trabalho de combate ao fogo é extenuante de forma
física e psíquica, por isso, visando resguardar a integridade e a saúde desses
profissionais, as escalas de trabalho devem ser respeitadas e as instituições
devem garantir aos brigadistas formas seguras de transporte e a retirada deles
das áreas em que ocorrem o combate ao fogo.
Treinamento e planejamento
As instituições devem promover treinamentos
regulares para qualificação e formação dos trabalhadores para garantir que
estes possam ter acesso às melhores e mais seguras técnicas de combate.
É de suma importância também que o trabalho seja organizado e pactuado entre
gerente do fogo, chefe de brigada, chefe de esquadrão e brigadista de combate,
de forma que o planejamento das atividades seja respeitado para a proteção da
saúde de todos os trabalhadores envolvidos.
Riscos e cuidados
Brigadistas enfrentam exposição a altas
temperaturas, fumaça e produtos químicos, além de longas jornadas e privação de
sono, o que pode resultar em doenças respiratórias, cardiovasculares e
transtornos mentais, como o estresse pós-traumático. O monitoramento das
condições de saúde, o respeito às medidas de segurança prescritas e a avaliação
de saúde periódica são fundamentais para a proteção dos brigadistas.
O Ministério da Saúde recomenda também o
monitoramento constante das condições de trabalho, especialmente em áreas
remotas, onde o acesso a serviços de saúde é limitado.
Funções dos brigadistas florestais
Além disso, o guia traz informações sobre as
funções exercidas por cada tipo de brigadista no combate aos incêndios. São
eles o gerente do fogo, chefe de brigada, chefe de esquadrão e brigadista de
combate
No Brasil, assim como em muitos países, o combate
aos incêndios florestais segue o modelo de gerenciamento de operações conhecido
como Sistema de Comando de Incidentes (SCI).
Fonte _ Saúde
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