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terça-feira, 12 de maio de 2020

Dia Internacional da Enfermagem é destaque no Jornal Nacional


Doze de maio é o Dia Internacional do Enfermeiro em homenagem ao nascimento da mulher considerada fundadora da enfermagem moderna, há exatos 200 anos.
Ela não enfrentou uma pandemia, mas conheceu a linha de frente de uma guerra. A enfermeira inglesa Florence Nightingale socorreu os soldados britânicos na Guerra da Crimeia, no século 19.
Naquela rotina sangrenta, ao lado de sua inseparável lamparina, ela observou que os soldados morriam mais de infecções do que dos ferimentos. O ambiente era muito sujo.
Florence, então, mandou a tropa cuidar da tal da “higiene”, palavra incomum na época. A limpeza do lugar e das pessoas era vital. Ela salvou tantas vidas que aquela guerra não teve um herói, mas uma heroína, coisa rara.
E passou a ser a maior defensora do que tanto se repete agora: lavar as mãos sempre que possível, e direito.
Tempos depois, foi ela que ficou doente. Mesmo de cama, num isolamento forçado, Florence continuou produtiva. Escreveu um livro que virou referência mundial na área da saúde. Morreu, aos 90 anos, de complicações de uma infecção.
A pandemia do novo coronavírus fez as homenagens a Florence ganharem ainda mais significado nesta terça-feira (12). Lembrar a história da “mãe da enfermagem” é homenagear todas as enfermeiras e enfermeiros num momento tão importante como esse.
O sobrenome de Florence batiza todos os hospitais de campanha do Reino Unido que atendem vítimas do coronavírus. Uma homenagem a aqueles que mudam a vida de tanta gente.


No Brasil, a enfermagem tem uma baiana como pioneira: Ana Justina Ferreira Néri.
Em 1865, duas décadas depois de enviuvar, Ana Néri viu os três filhos partirem para integrar as Forças Militares Brasileiras na Guerra do Paraguai. Ela mandou uma carta ao governador da Bahia. Contou que era viúva, que os filhos eram tudo o que lhe restava, e pedia que a mandasse para a guerra, para ajudar a cuidar dos feridos.
Pedido aceito, aos 51 anos de idade ela passou a trabalhar em hospitais da zona de guerra, em pelo menos quatro cidades. Em Assunção, a capital paraguaia, Ana Néri usou o próprio dinheiro, herdado da família, para montar uma enfermaria modelo.
Voltou para casa em 1870, com o fim do conflito em que perdeu um dos filhos. Recebeu condecoração do imperador Pedro II. Viveu ainda por mais uma década e se tornou símbolo brasileiro da dedicação dos profissionais da enfermagem.
Fonte_COFEN

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