Métodos caseiros para prevenir o contágio da covid-19 (65%) e curar a doença (20%) são as notícias falsas mais disseminadas nas redes sociais brasileiras, seguidas de golpes bancários (5,7%), golpes/arrecadações para instituições de pesquisa (5%) e negacionismo sobre a existência da pandemia, apresentada como “estratégia política” (4,3%).
As
notícias sobre a covid-19 mais disseminadas nas redes sociais brasileiras são
objeto de levantamento e análise de pesquisadores da Fiocruz e do Conselho
Federal de Enfermagem. O estudo inédito, realizado a partir das notificações
recebidas pelo aplicativo brasileiro Eu Fiscalizo, foi publicado nesta edição
da Revista Ciência e Saúde Coletiva.
Lançada
um mês antes de ser registrado o primeiro caso de Covid-19 no Brasil, a
plataforma que recebia diversas denúncias sobre conteúdos impróprios para
crianças e adolescentes na televisão aberta, por assinatura e serviço de
streaming, cinema, jogos eletrônicos, espetáculos e publicidades, passou a
receber 98% de notificações sobre notícias falsas e a Covid-19.
Fake
News e Pós-Verdade- O termo fake news se refere à produção e propagação massiva
de notícias falsas, com objetivo de atrair audiência, induzir a erros e
manipular a opinião pública, para obter vantagens econômicas e políticas. A
crescente influência das fake news sobre o universo offline e o embotamento da
distinção entre a materialidade factual e o caráter subjetivo das opiniões
caracterizam a chamada pós-verdade.
Para
os pesquisadores, “em tempos de Covid-19, acontece a combinação mais perigosa
dos dois termos, pois as informações e orientações que contrariam o
conhecimento científico disseminam o medo e até a prática de charlatanices,
aumentando as chances de avanço da infecção e de mortes”.
Fonte_COFEN
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