O estado
do Acre completa 24 anos sem casos autóctones (com transmissão em território
nacional) de sarampo, marcando um importante passo na luta
contra essa doença altamente infecciosa. Os últimos 15 casos foram registrados
em 2000. Desde então, o estado não apresentou mais incidências da doença,
contribuindo significativamente para o sucesso na redução e controle do sarampo
em todo o território nacional.
O
Brasil celebrou, na quarta-feira (5), dois anos sem casos autóctones sarampo.
Dessa forma, está próximo de retomar a certificação de ‘país livre de sarampo’,
após sair da condição de região endêmica no ano passado. Em 2016, o Brasil já
havia recebido o título de país livre da doença. Em 2018, no entanto, o intenso
fluxo migratório de países vizinhos, associado às baixas coberturas vacinais em
vários municípios, permitiu a reintrodução do vírus em território nacional.
Desde 2019, o número de casos de sarampo está em queda: despencando de 20.901
registros, no referido ano, a 41 casos, em 2022. O último caso foi confirmado
em 5 junho de 2022, no Amapá.
No
início de maio, o país recebeu a visita da Comissão Regional de Monitoramento e
Reverificação da Eliminação do Sarampo, Rubéola e Síndrome da Rubéola Congênita
na Região das Américas e do Secretariado da Organização Pan-Americana da Saúde
(Opas) com o objetivo de dar continuidade ao processo de recertificação do
Brasil como livre da circulação de sarampo e com sustentabilidade da eliminação
da rubéola e da síndrome da rubéola congênita (SRC).
Ainda
neste ano, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou o aumento de casos
da doença na Europa como “alarmante”. Foram mais de 58 mil infecções pelo vírus
em 41 países ao longo de 2023, um aumento em relação aos últimos três
anos.
“Para
que o Brasil possa continuar sem casos, é fundamental alcançar coberturas
vacinais de, no mínimo, 95% de forma homogênea, visando a proteção da nossa
população diante da possibilidade de ocorrência de casos importados do vírus e
reduzindo assim o risco de introdução da doença. Além do que, garante a
segurança até mesmo das pessoas que não podem se vacinar”, explica o diretor
do Programa Nacional de Imunizações (PNI), Eder
Gatti.
Ele
destaca, ainda, a importância da continuidade da estratégia de
microplanejamento que, em 2023, repassou R$151 milhões para estados e
municípios. O método, que é recomendado pela OMS, consiste em diversas
atividades com foco na realidade local e em fortalecer e ampliar o acesso da
população à vacinação, durante todo o ano.
Tríplice
viral
A
tríplice viral é uma das vacinas ofertadas no Calendário
Nacional de Vacinação, cujo esquema vacinal corresponde a duas doses
para pessoas de 12 meses até 29 anos de idade, e uma dose para adultos de 30 a
59 anos. Esse imunizante protege contra o sarampo, a caxumba e a rubéola – três
doenças altamente infecciosas que podem causar sequelas graves e foram
responsáveis por epidemias no passado. A cobertura da primeira dose dessa
vacina aumentou de 80,7% em 2022 para 87% em 2023. Os dados de 2023 ainda são
preliminares e podem subir, já que alguns estados têm bases próprias e as atualizações
podem demorar a chegar à rede nacional.
Fonte_Ministério da Saúde
Nenhum comentário:
Postar um comentário