Em 2023, o Governo Federal retomou o Mais Médicos para responder ao desafio da presença
de profissionais nos municípios distantes dos grandes centros e nas periferias
das cidades. Menos de dois anos depois, o programa já alcança cerca de 80% dos
4,9 mil municípios com menos de 52 mil habitantes. Hoje, o Mais Médicos está
presente em 3.901 dessas cidades, garantindo atendimento, principalmente nas
regiões de vazio assistencial. O Ministério da Saúde calcula 26,9 milhões de
pessoas com acesso à saúde. No Acre, há 222 profissionais em atuação.
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, vê o
crescimento do programa como uma conquista. “É essencial, para o SUS, chegar a
todo o país. O Mais Médicos é uma realidade e faz a diferença. Quando assumimos
o governo, haviam menos 13 mil profissionais em atividade. Hoje, já
ultrapassamos 25 mil médicos atuando no Brasil e queremos alcançar os 28 mil
daqui pra frente”, defende.
O Mais Médicos avançou, sobretudo, entre os
municípios de maior vulnerabilidade social: 60% dos médicos estão nessas
localidades. Pela primeira vez na história do programa, o Ministério da Saúde
abriu vagas para a Amazônia Legal. Nessa região, municípios de muito alta
vulnerabilidade passaram a ter médicos pela primeira vez em 2023, como Amapá do
Maranhão (MA), Anori (AM), Calcoene (AP), Lizarda (TO), Nhamunda (AM), Paranã
(TO), Quaticuru (AM), Santa Isabel do Rio Negro (AM), Santa Luiza do Pará (PA),
Joselandia (MA), Pium (TO), Rapousa (MA) e Senador Alexandre Costa
(MA).
O Mais Médicos também cresceu na assistência à saúde
indígena. Ainda no primeiro semestre de 2024, um edital do Mais Médicos
abriu novas oportunidades para assistência aos povos tradicionais nos Distritos Sanitários Especiais Indígenas, os DSEIs.
Foram ofertadas 196 vagas. Desde o início da atual gestão, a quantidade de
médicos nos territórios indígenas mais do que dobrou, passando de 242 em 2022
para 570 profissionais atualmente, o que representa crescimento de 135%. Com o
novo chamamento, a expectativa é ultrapassar 700 médicos em atuação nos
territórios.
Incentivos para o programa
Um dos principais desafios no atendimento às
regiões de difícil acesso, que historicamente sofrem com a falta de médicos, é
a permanência dos profissionais. Levantamento feito pelo Ministério da Saúde
aponta que 41% dos participantes do programa desistem em busca de
qualificação.
No Dia do Médico (18), o Ministério da Saúde
reforça que a retomada do programa Mais Médicos trouxe aos profissionais
oportunidade de aperfeiçoamento em saúde da família e comunidade, com
incentivos e benefícios para atuação em áreas de maior vulnerabilidade social.
Desde 2023, eles têm a possibilidade de fazer especialização e mestrado por
meio da Estratégia Nacional de Formação de Especialistas para a Saúde, que
integra os programas de formação, provimento e educação pelo trabalho no âmbito
do Sistema
Único de Saúde (SUS).
Para apoiar a continuidade das médicas mulheres,
também foi feita uma compensação para atingir o mesmo valor da bolsa durante o
período de seis meses de licença maternidade, complementando o auxílio do INSS.
Para os participantes do programa que se tornarem pais, está garantida licença
com manutenção de 20 dias.
Ainda de forma inédita, neste ano, o programa
ofertou vagas afirmativas, no regime de cotas, para pessoas com deficiência e
grupos étnico-raciais, como negros, quilombolas e indígenas. Com o incremento
de profissionais na rede pública de saúde, 10 milhões de brasileiros serão
beneficiados. Esse edital apresentou recorde de inscrições por vaga. Foram 33
mil inscrições no total, um índice de concorrência de 10,4 profissionais por
vaga.
Saiba mais sobre o programa Mais Médicos
Fonte _ Saúde
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