Imuniza SUS

terça-feira, 29 de julho de 2025

Plataforma do SUS vai integrar dados dos planos de saúde para garantir mais eficiência e continuidade do tratamento

 


programa Agora Tem Especialistas dá um passo histórico na transformação digital do Sistema Único de Saúde (SUS). Pela primeira vez, os dados dos atendimentos realizados pela rede pública e pela rede de saúde suplementar estarão integrados em uma única plataforma, a Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS). Isso significa que, em outubro, os cidadãos brasileiros terão mais autonomia e facilidade para acessar o seu histórico clínico. No mesmo lugar, estarão disponíveis, por exemplo, exames, prescrições médicas, diagnósticos e tratamentos realizados no SUS e nos hospitais, clínicas e laboratórios conveniados aos planos de saúde.  

Além da população, os gestores do SUS e os profissionais que atendem os pacientes na rede pública terão acesso seguro e unificado aos dados de saúde. A medida é viabilizada por meio de parceria entre o Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Saúde (ANS). Somadas aos atendimentos da rede pública já disponibilizados nessa plataforma do SUS Digital, as informações da rede suplementar evitarão, por exemplo, a repetição de exames, reduzindo custos e melhorando diagnósticos e tratamentos.  

Anunciada nesta segunda-feira (28/7) pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e pela diretora-presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Carla de Figueiredo Soares, a iniciativa do Agora Tem Especialistas fortalecerá a continuidade do cuidado, independentemente da rede, do município ou do momento em que tenha começado. A ação confere, ainda, um novo patamar à governança digital na saúde pública, já que o Brasil se consolidará como referência em saúde digital. 

Segundo Alexandre Padilha, a integração dos dados dos planos de saúde com a RNDS vai possibilitar mais qualidade no cuidado, transparência no uso dos recursos e acesso direto do cidadão às informações de sua saúde, seja no SUS ou no plano. “Essa medida representa um avanço importante e estruturante. Dado é vida e, cada vez mais, será essencial para organizar o SUS, além de consolidar o Brasil como um território fértil para pesquisa clínica, inovação e desenvolvimento científico”, observou o ministro da Saúde.

Já Carla de Figueiredo Soares afirmou ser histórico para a Agência Nacional de Saúde Suplementar participar do programa Agora Tem Especialistas. “Percebemos a possibilidade de, por meio da integração e da interoperabilidade dos dados, construirmos uma visão unívoca da saúde da população brasileira. Também é importante reforçar a missão institucional da agência, que é promover essa integração público-privado, porque estamos falando de um único sistema de saúde brasileiro”, enfatizou diretora-presidente da ANS. 

Envio de dados da saúde suplementar será gradativo 

Com uma visão integral do histórico clínico das pessoas atendidas, os médicos e profissionais do SUS poderão ofertar um tratamento mais assertivo. Já a gestão do SUS ganhará mais transparência, resolutividade e eficiência na formulação de políticas públicas, de acordo com as necessidades dos estados e municípios. Isso possibilitará tomadas de decisão mais embasadas e com maior clareza a partir do uso combinado de informações dos sistemas público e suplementar. 

A interoperabilidade entre os sistemas da rede de saúde suplementar e a RNDS - ou seja, a integração com a plataforma do SUS - ocorrerá em etapas. Entre 1º de agosto e 30 de setembro, a RNDS receberá dados da população referentes ao período de 2020 a 2025. Já a partir de outubro, a transferência passará a ser automática, ocorrendo na medida em que os atendimentos forem realizados. 

De forma gradativa, os dados dos planos de saúde serão visualizados pela população brasileira no aplicativo Meu SUS Digital. Para isso, deverão se cadastrar usando seu CPF. Já os profissionais e gestores do SUS poderão acessá-los nas plataformas SUS Digital Profissional e SUS Digital Gestor, respectivamente. 

Volume de dados da RNDS deve dobrar com a saúde suplementar 

A expectativa é que o volume na RNDS dobre, saltando dos atuais 2,8 bilhões de registros para mais de 5,3 bilhões. Atualmente, a plataforma do SUS já conta com informações referentes a atendimentos públicos: mais de 80% dos estados e 68% dos municípios brasileiros utilizam a rede para organizar atendimentos e planejar ações. 

O envio de dados pela rede pública será automatizado na medida que os modelos, como os prontuários eletrônicos, forem padronizados e se tornem interoperáveis com a RNDS. Hospitais da Rede Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares), por exemplo, já enviam dados de forma automática. 

É importante destacar que a interoperabilidade ocorre em sentido único, ou seja, a rede suplementar envia os dados dos pacientes para a RNDS, do SUS. Contudo, o Sistema Único de Saúde não enviará os dados públicos de atendimento para as operadoras de saúde, garantindo a segurança, a privacidade e o sigilo das informações dos cidadãos brasileiros. 

Assista à Coletiva de Imprensa

Confira a Apresentação sobre o tema

Fonte _ Saúde.gov

EXPOACRE 2025 - Quarta Noite

 




segunda-feira, 28 de julho de 2025

Ministério da Saúde confirma nove casos de sarampo em Campos Lindos, interior de Tocantins

 


Ministério da Saúde confirmou nove casos de sarampo no município de Campos Lindos, Tocantins. As amostras foram confirmadas por exame IgM reagente, considerando também o vínculo epidemiológico e o histórico de viagem à Bolívia, país atualmente em surto da doença. Outros dois casos estão em investigação.

Os casos pertencem a uma comunidade composta por cerca de 400 pessoas, que por questões culturais não têm o hábito de se vacinarem. Todos estão sendo acompanhados por técnicos do Ministério da Saúde e da Secretaria de Estado da Saúde do Tocantins e do município de Campos Lindos, que conduzem ação de bloqueio e varredura no município para impedir o avanço da doença. Os exames são enviados também ao Laboratório de Referência da Fiocruz, no Rio de Janeiro, para confirmação final.

O Ministério da Saúde mantém uma equipe permanente no local desde segunda-feira, 21 de julho. Até o momento, 660 pessoas estão sendo acompanhadas no município, 282 casas foram visitadas e 644 doses da vacina foram aplicadas. Com os esforços contínuos do Ministério da Saúde e da secretaria estadual e municipal, é possível que, mesmo com o surgimento de novos casos, a disseminação seja controlada e a circulação do vírus interrompida.

Reforçar a vacinação é a forma mais eficaz de evitar a reintrodução do sarampo no Brasil e, com a presença das equipes técnicas, a cobertura vacinal está avançando entre os moradores de Campos Lindos, que possui 8,7 mil habitantes e fica cerca de 500 km de Palmas, capital do estado.

Ações de bloqueio do sarampo no país foram eficazes neste ano

Em março deste ano, o Ministério da Saúde, em conjunto com a gestão local, conseguiu interromper a circulação do vírus, no Rio de Janeiro, no caso da infecção de duas crianças da mesma família em São João de Meriti. O rastreamento dos contatos e o reforço da vacinação foram essenciais para impedir o surgimento de novos casos na região. O mesmo ocorreu no Rio Grande do Sul, em São Paulo e no Distrito Federal — unidades federativas que registraram um caso cada neste ano. No total, o Brasil contabiliza 14 casos importados confirmados.

Atualmente, o Brasil não registra transmissão sustentada da doença, e os casos, por serem importados, não comprometem a certificação concedida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que reconhece o país como livre do sarampo. Para evitar a reintrodução do vírus, o Ministério da Saúde, em parceria com as equipes de saúde estaduais e municipais, está intensificando as ações de bloqueio no estado e em outras regiões que fazem fronteira com a Bolívia.

Com o registro de casos na região das Américas, casos importados – em que a infecção ocorre fora do local de residência, podem ser registrados no Brasil e devem ser imediatamente investigados.

Ministério da Saúde reforça vacinação e vigilância nas regiões de fronteira

No Acre, país que faz fronteira com a Bolívia, foi realizado o Dia D de vacinação com quase 5 mil doses aplicadas em um único dia.  Na ocasião, uma equipe de técnicos do Ministério da Saúde foi enviada ao estado para reforçar a vacinação, com apoio das gestões locais, e promover seminários sobre a doença para gestores locais, focados na prevenção e na resposta rápida a casos. Outro Dia D de vacinação contra o sarampo está programado para o próximo sábado (26/7), nos estados fronteiriços de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rondônia.

Nesta semana, em Corumbá e Campo Grande (MS), o Ministério da Saúde inicia uma ação de intensificação da vigilância em saúde e reforço da vacinação contra o sarampo. As atividades seguem até sábado (26). O diretor do Departamento do Programa Nacional de Imunizações (DPNI), Eder Gatti, junto com uma equipe técnica da pasta, estará no estado para acompanhar a vacinação e capacitar gestores de saúde.

Diante do cenário internacional de sarampo na Região das Américas, que já registra mais de 7 mil casos e 13 óbitos - quase a totalidade na América do Norte. Os números por país são: 34 casos na Argentina, 34 em Belize, 60 na Bolívia, 14 no Brasil, 3.170 no Canadá (com 1 óbito), 1 na Costa Rica, 1.227 nos Estados Unidos (com 3 óbitos), 2.597 no México (com 9 óbitos) e 4 no Peru.

A principal preocupação, no momento, envolve brasileiros que viajam, especialmente para países da América do Norte, onde a maioria dos casos está concentrada. A orientação para se proteger contra o sarampo é manter a vacinação em dia. A medida mais eficaz para a prevenção da doença e o controle de surtos e epidemias é a vacinação.

No esquema de rotina, a vacina é recomendada para pessoas de 12 meses a 59 anos, conforme o Calendário Nacional de Vacinação. O esquema vacinal completo inclui duas doses para quem tem até 29 anos, e uma dose para adultos entre 30 e 59 anos. As crianças devem ser vacinadas aos 12 e 15 meses de idade. Os estoques estão garantidos em todo o país.

Fonte _ Saúde.gov

EXPOACRE 2025 - Terceira Noite

 




Usuários do Gov.br serão avisados para ampliar segurança das contas

 


O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) está orientando usuários de conta ouro do Gov.br a utilizarem a ferramenta de verificação em duas etapas, medida que dará mais segurança a cerca de 72 milhões de usuários.

De acordo com a pasta, a mudança não é obrigatória e, caso seja adotada, poderá ser desabilitada a qualquer momento.

O ministério, no entanto, ressalta que trata-se de uma “solução de segurança muito eficaz para bloquear acessos indevidos quando alinhada ao uso da biometria”.

Atualmente, 27% das contas ouro já utilizam essa funcionalidade.

A plataforma Gov.br tem mais de 169 milhões de usuários e oferece mais de 4.700 serviços digitais federais e outros 8.700 serviços estaduais e municipais.

Entre os serviços mais utilizados pelos brasileiros estão a Assinatura gov.br, Meu INSS, Meu SUS Digital, Enem, Fies, Carteira de Trabalho Digital e Carteira Digital de Trânsito.

Por meio da plataforma, é possível assinar documentos com validade jurídica, abrir empresas e fazer transferência de veículos. Há ainda pesquisa por serviços de acordo com o perfil do usuário, seja ele estudante, agricultor, turista, empreendedor ou trabalhador.

Ativação

O ministério informa que, a partir de agora, quando uma pessoa com conta Ouro fizer login no Gov.br, ela será convidada a ativar a verificação em duas etapas pelo aplicativo.

“Nesta primeira vez, será possível pular a ativação, e será encaminhado um e-mail ou SMS avisando que, no próximo acesso, será solicitado habilitar a solução”, explica.

Após esse processo, ao fazer uma nova autenticação, a sugestão da ativação da verificação novamente recomendada.

“Caso o usuário tenha algum problema com a funcionalidade de segurança, é possível desativar a qualquer momento, basta seguir as regras disponíveis no aplicativo Gov.br em ‘Segurança da conta’. As orientações também estão disponíveis no portal”, destacou o ministério ao lembrar ser possível, ainda, conversar com um atendente para esclarecer eventuais dúvidas.

Fonte _ AC24hs

domingo, 27 de julho de 2025

EXPOACRE 2025 - Segunda Noite




Dia D de vacinação contra o sarampo ocorre em mais quatro estados

 


Para reforçar a proteção da população e evitar a reintrodução do sarampo no Brasil, o Ministério da Saúde promoveu neste sábado (26) o Dia D de vacinação nos estados do Acre, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rondônia. As ações ocorreram em municípios que fazem fronteira com a Bolívia, país que enfrenta um surto da doença. A iniciativa foi realizada em parceria com estados e municípios e faz parte da estratégia nacional de prevenção contra o vírus.

A adesão à vacinação é a forma mais eficaz de evitar o retorno do sarampo ao país. Nos municípios de fronteira, a recomendação é vacinar pessoas de 6 meses a 59 anos de idade, que não tenham comprovação de vacina. A vacina é gratuita e os estoques estão garantidos em todo o território nacional.

Atualmente, a Região das Américas registra mais de 7 mil casos de sarampo e 13 mortes. Os números por país são: Argentina (34 casos), Belize (34), Bolívia (60), Brasil (14), Canadá (3.170, com 1 óbito), Costa Rica (1), Estados Unidos (1.227, com 3 óbitos), México (2.597, com 9 óbitos) e Peru (4).

No Brasil, os casos são importados — quando a infecção ocorre fora do país — e envolvem pessoas não vacinadas com histórico de viagem à Bolívia. Esses registros não comprometem a certificação de eliminação do sarampo concedida ao Brasil pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

A principal preocupação neste momento é com brasileiros que viajam para o exterior, especialmente para países da América do Norte, onde a maior parte dos casos está concentrada.

Ações de bloqueio no Tocantins

Além das regiões de fronteira, o Ministério da Saúde intensificou as ações de bloqueio no Tocantins, após confirmar, na última semana, nove casos importados de sarampo no município de Campos Lindos. Os pacientes não estavam vacinados e tinham histórico de viagem à Bolívia, que vive um surto da doença. Outras duas notificações seguem em investigação.

Desde 21 de julho, equipes técnicas do Ministério atuam no município em parceria com as secretarias estadual e municipal de saúde para conter a circulação do vírus. Já foram visitados 282 domicílios, aplicadas 644 doses de vacina e monitoradas mais de 660 pessoas. A comunidade afetada tem cerca de 400 moradores, muitos com baixa cobertura vacinal devido a questões culturais.

O Ministério da Saúde reforça o compromisso com a eliminação do sarampo e destaca a vacinação como a principal forma de proteger a população e impedir o retorno de doenças já controladas no país.

Fonte _ Saúde.gov

quinta-feira, 24 de julho de 2025

Informe Piso Salarial da Enfermagem | Portaria de Julho/2025

 


Portaria GM/MS 7.679, de 23 de Julho de 2025

Dispõe sobre os valores referentes à parcela do mês de julho, de que trata o Título IX-A da Portaria de Consolidação GM/MS nº 6, de 28 de Setembro de 2017, relativos ao repasse da assistência financeira complementar referente ao exercício de 2025.

quarta-feira, 23 de julho de 2025

Ministério da Saúde investe R$ 25,4 milhões para fortalecer a assistência farmacêutica em 428 municípios

 


Ministério da Saúde liberou R$ 25,4 milhões para fortalecer a estrutura da assistência farmacêutica no SUS em 428 municípios, de todas as regiões do país. Os investimentos estão formalizados pela Portaria GM/MS nº 7.556, publicada em 11 de julho, com a lista dos entes habilitados a receber os recursos ainda em 2025. A medida faz parte do Programa Nacional de Qualificação da Assistência Farmacêutica (Qualifar-SUS).

O repasse prevê mais de mais de R$ 15 milhões para estruturação e mais de R$ 10 milhões para manutenção dos serviços. Os valores serão transferidos em parcela única aos Fundos Municipais de Saúde, que deverão ser aplicados na melhoria de espaços físicos, aquisição de equipamentos e apoio à manutenção de serviços, com foco na qualificação do atendimento farmacêutico no SUS.  

“Após a suspensão das habilitações no governo anterior, que desde 2019 não realizava novos repasses para o programa, o governo federal retomou o processo em 2023. Desde então, o Qualifar-SUS já contemplou 1.289 municípios, com um total de R$ 79,6 milhões em investimentos. O objetivo é garantir que os serviços farmacêuticos estejam estruturados e preparados para atender com eficiência os usuários do SUS”, destaca a secretária de Ciência, Tecnologia e Inovação e do Complexo Econômico-Industrial da Saúde, Fernanda De Negri.

Para a estruturação das farmácias públicas, poderão ser adquiridos equipamentos, mobiliário, computadores e itens para modernizar a Rede de Frio, como geladeiras e freezers para o armazenamento de medicamentos termolábeis. Já os recursos voltados à manutenção poderão ser aplicados na organização de estoques, apoio técnico e melhoria da infraestrutura administrativa — incluindo investimento em conectividade, climatização e informatização, por exemplo.

Critérios Qualifar-SUS

As habilitações seguem critérios estabelecidos no Chamamento Público nº 04/2024, que priorizou municípios com até 500 mil habitantes e com Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) classificado como baixo, médio ou alto, conforme Atlas do Desenvolvimento Humano (PNUD/Ipea/FJP). A expansão do programa alcança 4.369 habilitados no eixo Estrutura do Qualifar-SUS e a meta da pasta é habilitar os 5.570 municípios até 2027.

Desde sua criação, em 2012, o Qualifar-SUS já destinou mais de R$ 655 milhões para fortalecer dos serviços farmacêuticos em todo o território nacional. O Programa tem entre as diretrizes: promover condições favoráveis à estruturação de serviços farmacêuticos no SUS para a qualificação do acesso aos medicamentos e da gestão do cuidado. Além da garantia e ampliação do acesso da população a medicamentos eficazes, seguros, de qualidade e o seu uso racional, o Qualifar-SUS tem perspectiva de contribuir para a integralidade do cuidado, resolutividade e o monitoramento dos resultados terapêuticos desejados.

Fonte _ Saúde.gov

segunda-feira, 21 de julho de 2025

Saúde descarta 14 casos de Sarampo no Acre e investiga 4 suspeitas

 


O Acre continua sem casos confirmados de sarampo em 2025. De acordo com boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre), até o momento foram notificados 18 casos suspeitos, sendo 14 já descartados e 4 ainda em investigação. O estado não registra casos da doença desde o ano 2000.

No Acre, os casos notificados de sarampo em 2025 seguem sob controle. Até o momento, 18 suspeitas foram registradas, sendo 14 descartadas e quatro ainda em investigação. Por município, a distribuição é a seguinte: Porto Acre (2 descartados), Feijó (1 descartado), Sena Madureira (2 descartados), Cruzeiro do Sul (2 descartados), Epitaciolândia (1 descartado e 1 em investigação), Assis Brasil (2 descartados), Rio Branco (2 descartados e 1 em investigação) e Brasiléia (1 descartado e 2 em investigação). Também há um caso descartado de Cobija, na Bolívia, que foi notificado em Rio Branco, mas é de origem boliviana.

Enquanto o Acre segue sem registros confirmados da doença desde o ano 2000, a Bolívia enfrenta um cenário preocupante. De acordo com o Ministério da Saúde boliviano, até 19 de julho de 2025 foram confirmados 148 casos de sarampo no país. Além disso, há 1.302 casos suspeitos, 1.154 descartados, 136 pacientes já recuperados e 12 ainda em recuperação. Não houve registro de óbitos até o momento.

Fonte _ AC24hs

sexta-feira, 18 de julho de 2025

Mais de 4 mil pessoas são vacinadas no Dia D contra o sarampo em todo o Acre

 


Com o objetivo de ampliar a cobertura vacinal e proteger a população acreana contra o sarampo, o governo do Estado do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), com o apoio do Ministério da Saúde (MS), promoveu no último dia 15 de julho o Dia D de vacinação contra o sarampo. A mobilização ocorreu simultaneamente nos 22 municípios do estado e resultou na aplicação de 4.336 doses da vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola.

A iniciativa foi uma resposta preventiva ao atual cenário epidemiológico da região, que permanece em estado de alerta desde que a Bolívia, país vizinho e com fronteiras abertas com o Acre, declarou situação de emergência sanitária em decorrência de um surto confirmado de sarampo. A proximidade geográfica e o intenso fluxo populacional entre os territórios elevam o grau de vulnerabilidade, exigindo ações imediatas de contenção e reforço vacinal nos estados fronteiriços.

Diante desse cenário, o governo do Acre também decretou, no dia 17 de julho, situação de emergência em saúde pública por 90 dias, medida que permite intensificar as ações de vigilância epidemiológica, ampliar estratégias de imunização e garantir uma resposta mais rápida e integrada à possível reintrodução do vírus no estado. O decreto foi publicado em edição extra do Diário Oficial e reforça o compromisso da gestão estadual com a proteção da saúde coletiva. Confira a publicação na íntegra aqui: https://agencia.ac.gov.br/acre-decreta-emergencia-em-saude-publica-para-intensificar-acoes-contra-o-sarampo

“A vacinação não é apenas uma medida de proteção individual, mas um pacto coletivo pela saúde pública. O Dia D traz uma resposta estratégica e ágil, que só foi possível graças à união entre Estado, municípios e governo federal. Seguiremos atuando com firmeza, transparência e celeridade para impedir que o sarampo volte a circular em nosso território”, destacou o secretário de Estado de Saúde, Pedro Pascoal.

O público-alvo da campanha incluiu crianças a partir dos 6 meses de idade até adultos de 59 anos, com foco especial em quem está com a caderneta de vacinação incompleta ou desatualizada. Entre os municípios que mais se destacaram na ação estão Rio Branco, com 1.093 doses aplicadas, seguido de Cruzeiro do Sul (309), Feijó (292) e Marechal Thaumaturgo (291). A mobilização envolveu, inclusive, áreas de difícil acesso, evidenciando o esforço das equipes de saúde para alcançar o maior número possível de pessoas.

Confira, na imagem abaixo, a tabela completa com os dados consolidados por município:

 


Sobre o sarampo

O sarampo é uma doença infecciosa grave e altamente contagiosa, transmitida pelo ar, que pode evoluir para complicações respiratórias severas, especialmente em crianças. Os sintomas incluem febre alta, manchas avermelhadas pelo corpo, tosse, coriza e conjuntivite.

A vacina tríplice viral, oferecida gratuitamente pelo SUS, é a principal forma de prevenção. Crianças devem receber a primeira dose aos 12 meses de idade e a segunda aos 15 meses. Adultos não vacinados também devem se proteger.

“Com o apoio do Ministério da Saúde, o Estado do Acre tem trabalhado com empenho para manter o Brasil livre do sarampo, e o resultado foi o registro de quase 5 mil doses de vacinas aplicadas no Dia D, ocorrido nos 22 municípios do estado. A população pode continuar procurando os postos de vacinação para se imunizar. Além disso, a capacitação de mais de 200 gestores de saúde, nos dois seminários que ministramos em Rio Branco e Brasileia, me faz acreditar que o Acre estará cada vez mais atento e preparado para responder com agilidade a qualquer ocorrência da doença”, destacou Eder Gatti, diretor do Programa Nacional de Imunização.

Ações continuam

Como parte da estratégia de continuidade da campanha, a Secretaria de Estado de Saúde realiza também nesta quinta-feira,18, e sexta-feira,19, uma nova etapa da vacinação contra o sarampo, desta vez no estande da Sesacre, montado no Parque de Exposições, durante a Expoacre 2025. O atendimento será realizado das 8h às 12h, na quinta-feira, e das 12h às 16h, na sexta-feira, com previsão de vacinar mais de mil pessoas ao longo dos dois dias de evento.

A iniciativa reforça o compromisso do governo em ampliar o acesso à imunização em ambientes de grande circulação de pessoas, fortalecendo a prevenção em escala coletiva.

A população que não puder comparecer às ações poderá procurar a unidade básica de saúde mais próxima para atualizar a caderneta vacinal e contribuir com a proteção de todos.

Fonte _ Agencia Acre

Homem que se injetou com veneno de cobras por 18 anos ajuda a criar soro

 


Pesquisadores desenvolveram antiveneno eficaz contra 19 espécies de cobras venenosas a partir de anticorpos encontrados no sangue de especialista autodidata em serpentes.



O imunologista Jacob Glanville deparou-se com reportagens em 2017 sobre um homem que havia se injetado centenas de vezes com o veneno de algumas das cobras mais mortais do mundo, incluindo naja, mamba e cascavel — e permitiu ser mordido.

"As notícias eram meio sensacionalistas. "Cara maluco é mordido por cobras"", disse Glanville. "Mas quando olhei, percebi que havia um diamente bruto ali."

A joia de Glanville era Tim Friede, um especialista autodidata em serpentes baseado na Califórnia que se expôs ao veneno de cobras ao longo de quase 18 anos, efetivamente ganhando imunidade a várias neurotoxinas.

"Tivemos essa conversa. E eu disse, sei que é estranho, mas estou muito interessado em examinar um pouco do seu sangue", relembrou Glanville. "E ele respondeu: "Finalmente, estava esperando por essa ligação.""

A dupla concordou em trabalhar junto, e Friede doou uma amostra de 40 mililitros de sangue para Glanville e seus colegas. Oito anos depois, Glanville e Peter Kwong, professor Richard J. Stock de ciências médicas da Faculdade de Médicos e Cirurgiões Vagelos da Universidade Columbia, publicaram detalhes de um soro antiofídico que pode proteger contra mordidas de 19 espécies de cobras venenosas — pelo menos em camundongos — baseado em anticorpos do sangue de Friede e um medicamento bloqueador de veneno.

"Tim, pelo que sei, tem um histórico sem paralelos. Foram diferentes espécies muito diversas de todos os continentes que têm cobras, e... ele ficou alternando entre os venenos ao longo de 17 anos e nove meses, mantendo registros meticulosos durante todo o tempo", disse Glanville.

"No entanto, desencorajamos fortemente qualquer pessoa a tentar fazer o que Tim fez", acrescentou Glanville. "Veneno de cobra é perigoso."

Friede parou de se imunizar com veneno de cobra em 2018 após algumas situações críticas, e agora está empregado na empresa de biotecnologia Centivax de Glanville, onde Glanville é CEO e presidente. A pesquisa foi publicada sexta-feira na revista científica Cell. A CNN contatou Friede, mas ele não respondeu ao pedido de entrevista.

O que fazer em caso de picada de cobra

Se você tiver o azar de ser mordido por uma cobra venenosa, sua melhor esperança é um soro antiofídico, que em sua maior parte tem sido produzido da mesma forma desde a era vitoriana. Tradicionalmente, o processo envolve extrair veneno de cobra manualmente e injetá-lo em cavalos ou outros animais em pequenas doses para provocar uma resposta imune. O sangue do animal é coletado e purificado para obter anticorpos que agem contra o veneno.

Produzir antiveneno dessa forma pode ser complicado, sem mencionar perigoso. O processo é propenso a erros e trabalhoso, e o soro acabado pode resultar em sérios efeitos colaterais. Especialistas há muito tempo pedem melhores formas de tratar picadas de cobra, que matam cerca de 200 pessoas por dia, principalmente no mundo em desenvolvimento, e deixam 400.000 pessoas por ano com deficiências. A Organização Mundial da Saúde adicionou a picada de cobra à sua lista de doenças tropicais negligenciadas em 2017.

Glanville, que cresceu na Guatemala rural, disse que sempre esteve ciente dos problemas de saúde causados por picadas de cobra e imediatamente reconheceu que a experiência de Friede apresentava uma oportunidade única. Expondo-se ao veneno de cobras por quase duas décadas, através de injeções e permitindo ser mordido, Friede havia gerado anticorpos que eram eficazes contra várias neurotoxinas de cobra ao mesmo tempo.

Potencial "revolucionário"

Os pesquisadores isolaram anticorpos do sangue de Friede que reagiam com neurotoxinas encontradas nas 19 espécies de cobra testadas no estudo, que incluíam cobras-coral, mambas, najas, taipans, kraits e outras.

Esses anticorpos foram então testados um por um em camundongos envenenados por cada uma das 19 espécies, permitindo aos cientistas entender sistematicamente o número mínimo de componentes que neutralizariam todos os venenos.

O coquetel de medicamentos criado pela equipe incluiu três componentes: dois anticorpos isolados de Friede e o medicamento de molécula pequena varespladib, que inibe uma enzima presente em 95% de todas as picadas de cobra. O medicamento está atualmente em testes clínicos em humanos como tratamento independente.

O primeiro anticorpo, conhecido como LNX-D09, protegeu camundongos de uma dose letal de veneno completo de seis espécies de cobra. A adição do varespladib garantiu proteção contra três espécies adicionais. Por fim, os pesquisadores adicionaram um segundo anticorpo isolado do sangue de Friede, chamado SNX-B03, que estendeu a proteção para 19 espécies. O antiveneno ofereceu 100% de proteção aos camundongos contra o veneno de 13 espécies e proteção parcial (20% a 40%) para as seis restantes, observaram os pesquisadores no estudo.

Steven Hall, farmacologista especializado em picadas de cobra da Universidade de Lancaster, no Reino Unido, chamou isso de "uma maneira muito inteligente e criativa" de desenvolver um antiveneno. Hall não participou da pesquisa. E embora o coquetel não tenha sido testado em humanos, caso seja aprovado para uso clínico, Hall disse que a origem humana dos anticorpos provavelmente significaria menos efeitos colaterais do que antivenenos feitos da maneira tradicional usando cavalos ou outros animais, que frequentemente podem resultar em reações alérgicas.

"É impressionante pelo fato de ser feito com um ou dois anticorpos, mais um medicamento de molécula pequena, e isso aumenta o número de espécies, versus um antídoto regular. E acho que faz um bom trabalho em destacar a utilidade potencial de combinar um medicamento de molécula pequena com um anticorpo", acrescentou Hall.

"Se chegar à clínica, chegar às pessoas a longo prazo, seria revolucionário. Isso realmente mudaria completamente o campo em termos de tratamento de picadas de cobra", disse ele.

Kwong, da Columbia, disse que a pesquisa publicada focou em uma classe de cobras conhecidas como elapídeos. Não incluiu viperídeos, o outro grande grupo de cobras venenosas que inclui cascavéis, víboras-de-escama-serrada e espécies adicionais. No entanto, a equipe está investigando se anticorpos adicionais identificados no sangue de Friede ou outros agentes podem oferecer proteção contra esta família de cobras viperídeas.

"O produto final contemplado seria um único coquetel pan-antiveneno ou potencialmente faríamos dois: um para os elapídeos e outro para os viperídeos, porque algumas áreas do mundo têm apenas um ou outro", disse Kwong.

A equipe também quer iniciar pesquisas de campo na Austrália, onde existem apenas cobras elapídeas, permitindo que veterinários usem o antiveneno em cães mordidos por cobras.

Fonte _ CNN

Prevenções SUS's

 


Surto de sarampo na Bolívia: com sete municípios em região de fronteira, AC não tem casos da doença há 24 anos

Bolívia tem mais de 100 casos confirmados da doença e, por conta disso, saúde acreana reforçou imunização e decretou emergência na última quinta-feira (17).

Dez dias após o Acre emitir um alerta para o surto de sarampo após casos na Bolívia, a Saúde acreana decretou emergência na última quinta-feira (17) e reforçou medidas de prevenção, principalmente nas cidades que fazem fronteira com o país vizinho. O último caso de sarampo registrado no Acre foi em 2000, segundo a Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre).

A fronteira entre o Acre e a Bolívia possui uma extensão de, aproximadamente, 618 km e, dentre os 22 municípios acreanos, sete fazem fronteira. São eles: Assis Brasil, Brasileia, Epitaciolândia, Xapuri, Capixaba, Plácido de Castro e Acrelândia.

Para evitar a reintrodução do vírus que não circula no estado há mais de 24 anos, municípios como Brasiléia, Epitaciolândia e Assis Brasil, na regional do Alto Acre, iniciaram um mutirão de vacinação esta semana.

Segundo a Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre), por se tratar de uma doença contagiosa e com circulação confirmada no país vizinho, a vigilância precisa ser redobrada, especialmente em áreas de fronteira.

“Nesse momento, o público-alvo foi ampliado. Estamos aplicando a chamada dose zero em crianças a partir de seis meses e até menores de um ano. Já a vacina de rotina, que faz parte do calendário básico, começa a partir de um ano de idade”, explicou a técnica de enfermagem Gilmara Lopes ao Bom dia Acre.

Segundo Gilmara, uma das principais dúvidas da população é sobre a anotação na carteira de vacinação. A vacina pode aparecer com diferentes siglas.

“Pode estar escrita como TV (tríplice viral), DV (dupla viral) ou até como tetra viral, que é aplicada em crianças de um ano e três meses. Se a pessoa tiver dúvida, é só levar a caderneta até uma unidade de saúde. A gente confere e, se necessário, aplica a dose”, afirmou a técnica.

As demais orientações dadas pela profissional são:

  • Quem tem entre 1 e 29 anos precisa de duas doses;
  • Quem tem entre 30 e 59 anos, uma dose é suficiente;
  • Acima de 60 anos, a vacina não faz parte do calendário regular, mas pode ser indicada em situações específicas, com prescrição médica.

O que é o sarampo?

O sarampo é uma infecção viral altamente contagiosa e transmitida por gotículas liberadas ao falar, tossir ou espirrar. Os principais sintomas incluem febre alta, tosse seca, manchas vermelhas no corpo, conjuntivite e coriza. Em casos mais graves, pode evoluir para pneumonia, meningite e até levar à morte.

“A vacina é a única proteção que temos. Não existe medicação para o sarampo, então, se a pessoa está vacinada, está protegida. É isso que garante o bloqueio da doença e evita que o vírus entre no país”, reforçou.

No Acre, todas as salas de vacinação estão abastecidas, segundo o Plano Nacional de Imunizações (PNI-AC). Somente na última semana, o estado recebeu mais de 36 mil doses do imunizante.

Em caso de sintomas gripais ou suspeita de sarampo, recomenda-se evitar aglomerações e usar máscara. Medidas simples como higienizar as mãos com frequência e manter os ambientes ventilados também ajudam a reduzir os riscos de transmissão.

Caso apresente os sinais e sintomas da doença, a recomendação é procurar a assistência em saúde imediatamente e evitar o contato com outras pessoas.

Fonte _ G1 Acre

Santo Rosário | Live

 


quinta-feira, 17 de julho de 2025

Acre decreta situação de emergência em saúde pública devido à reemergência do sarampo

 


O Governo do Acre decretou situação de emergência em saúde pública por 90 dias, em razão da reemergência e do risco iminente de disseminação do sarampo em todo o estado. O decreto, assinado pelo governador Gladson Cameli e publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) desta quinta-feira, 17, autoriza a adoção de medidas urgentes e estabelece prioridade para as ações da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre).

A decisão leva em conta um parecer epidemiológico da Sesacre que aponta o aumento expressivo de casos de sarampo em todo o mundo e o avanço da doença em países vizinhos, como a Bolívia, que já contabiliza mais de 100 casos confirmados e declarou emergência nacional. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que, até junho de 2025, mais de 88 mil casos foram confirmados em 168 países, com destaque para as regiões do Mediterrâneo Oriental, África e Europa.

Nas Américas, a situação também é preocupante. De acordo com o decreto, entre as semanas epidemiológicas 1 e 24 deste ano, 7.132 casos foram confirmados, com 13 mortes, número 29 vezes superior ao registrado no mesmo período de 2024.

O decreto permite a adoção de medidas administrativas urgentes, a realização de despesas emergenciais e autoriza a Sesacre a editar normas complementares para garantir a resposta rápida à situação. Além disso, os órgãos da administração estadual deverão priorizar as demandas da saúde durante a vigência da medida.

A Secretaria de Saúde também deve intensificar a vigilância epidemiológica, ampliar as campanhas de vacinação e combater a desinformação, especialmente entre os grupos mais afetados: crianças menores de 5 anos, adolescentes e jovens adultos de até 29 anos.

Fonte _ AC24hs

Acre avança na vacinação de crianças e adolescentes com mais de 4 mil doses aplicadas nas escolas

 


Com mais de um milhão de doses aplicadas nas escolas de 4,1 mil municípios, o Brasil avança na cobertura vacinal de crianças e adolescentes. No Acre, 4,6 mil foram aplicadas em 68,1% dos municípios. O balanço referente ao primeiro semestre de 2025, divulgado nesta quarta-feira (16) pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, faz parte das ações do Programa Saúde na Escola (PSE), que promove vacinação de estudantes de até 15 anos no ambiente escolar. Pela primeira vez, a iniciativa, realizada anualmente pelos ministérios da Saúde e da Educação, registra dados com recorte das doses de vacinas aplicadas no espaço educacional, o que representa uma inovação no acompanhamento vacinal.

O Saúde na Escola teve uma adesão histórica no ciclo 2023/2024, alcançando 5.544 cidades, o que representa 99% do total no Brasil. No Acre, todos os 22 municípios aderiram ao programa. Para fortalecer suas ações, o Ministério da Saúde repassou R$ 150 milhões a estados e municípios, com foco na ampliação da cobertura vacinal, redução de doenças imunopreveníveis, além de ações de combate à desinformação e conscientização. Desse total, R$ 757 mil serão destinados aos municípios acreanos. A previsão é que mais de 146 mil alunos sejam contemplados pelo PSE no estado.

A mobilização nacional deste ano, realizada dentro das escolas, alavancou a aplicação de doses no país. Em abril, foram registradas 212,1 mil doses aplicadas em crianças e adolescentes, ou seja, 10 vezes mais que as realizadas no mês anterior (20,6 mil). Já o mês de maio responde pelo pico de 583,7 mil doses, o que representa mais de 25 vezes em relação a março.

“Estamos mostrando que já começamos a recuperar esse grande esforço de salvar vidas no Brasil, por meio do nosso Programa Nacional de Imunizações (PNI). Ultrapassamos um milhão de crianças vacinadas nas escolas. Além disso, das 16 vacinas do calendário nacional, tivemos aumento em 15 e apenas uma manteve-se estável. Até o final do ano, continuaremos intensificando nossas ações de vacinação”, destacou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

Vinte e cinco tipos de vacinas do calendário nacional - como HPVBCGCovid-19denguefebre amarelameningite, influenzapoliomielitesarampocaxumbarubéola e outras doenças imunopreveníveis - já foram aplicadas em ambiente escolar em estudantes de 4,1 mil municípios, ou seja, 74% das cidades brasileiras.

“Em nome da Unicef, parabenizo o Ministério da Saúde pelos avanços na imunização de crianças e adolescentes no Brasil. Sem sombra de dúvida, o país é uma referência mundial. Como foi apresentado aqui, o Brasil já alcançou a meta de cobertura de alguns imunizantes importantes para a infância e a adolescência. Parabenizo, também, pelas estratégias utilizadas, não apenas pelo microplanejamento, mas por todo o esforço de envolver a educação junto com a saúde”, afirmou a chefe de Saúde e Nutrição da Unicef no Brasil, Luciana Phebo.

Avanços na cobertura vacinal no Brasil    

O avanço da vacinação entre crianças e adolescentes também se reflete fora do ambiente escolar.  

Em 2025, o Brasil registrou aumento na cobertura de 15 das 16 vacinas do calendário nacional, revertendo o cenário de queda desde 2016. Esse progresso foi possível graças à retomada do Programa Nacional de Imunizações (PNI), às grandes mobilizações nacionais - como o Dia D - e à garantia do abastecimento de imunizantes em todo o país.  

O aumento da cobertura das 15 vacinas se refere ao primeiro quadrimestre de 2025 na comparação ao mesmo período de 2024:  

  • Pneumo10 (1º reforço): de 80,66% para 89,13%  
  • BCG: de 63,59% para 88,29%  
  • Pneumo10 (dose inicial): de 79,65% para 85,93%  
  • Meningo C: de 69,72% para 84,31%  
  • Penta: de 82,37% para 84,22%  
  • VOPb: de 74,14% para 79,34%  
  • Febre Amarela: 72,59% para 78,88%  
  • DTP (1º reforço): de 74,49% para 81,97%  
  • Tríplice Viral (dose de reforço): de 61,62% para 72,89%  

Vale destacar que, no ano passado, o Brasil recebeu a certificação de eliminação do sarampo como problema de saúde pública (título perdido em 2019) em vista desses avanços, especialmente da vacina tríplice viral, que ultrapassou a meta de 95% de cobertura nacional em 2024, considerando todo o ano.  

Vacinação contra HPV também avança no Brasil 

O Brasil ampliou a vacinação contra HPV na população entre 9 e 14 anos. Em meninas, a cobertura aumentou para 82,77% em 2024 na comparação com 78,38% em 2022. Já nos meninos, esse percentual foi ampliado para 67,21% em 2024 contra 45,43% em 2022.  

“Vocês estão aqui, vivos, sem paralisia infantil e muitos sem nunca terem tido sarampo porque, um dia, seu pai ou sua mãe levou você para vacinar, enfrentando, muitas vezes, situações muito mais difíceis para isso”, afirmou Padilha, ao reforçar a importância do papel dos pais, das mães e dos responsáveis na vacinação dos filhos. 

Também contribuíram para o avanço da vacinação e da qualificação dos dados no país as ações de vacinação microplanejadas e adaptadas à realidade de cada região, o combate à desinformação e as melhorias nos sistemas de informação e no registro das doses.

Fonte _ Saúde.gov