Crianças
e adolescentes de todo o país devem atualizar a sua caderneta de vacinação. O Ministério da Saúde lançou,
nesta quarta-feira (1), a Campanha Nacional de Multivacinação voltada para o
público de até 15 anos de idade. Mais de 6,8 milhões de doses foram
distribuídas para a ação que será realizada entre os dias 6 e 31 de outubro, com
Dia D de mobilização marcado para o dia 18/10. Nesta data, um sábado, os postos
de saúde ficarão abertos para proteger todas as famílias.
“Todos
os dias são dias de vacinação nas
Unidades Básicas de Saúde, mas o dia 18 de outubro será uma
oportunidade estratégica para mobilizarmos, juntamente com estados e
municípios, as localidades com maior concentração de crianças, garantindo que
todas sejam protegidas durante o Dia D”, reforçou o ministro da
Saúde, Alexandre Padilha. O ministro também alertou para a importância de
manter a caderneta de vacinação atualizada e chamou atenção especial para a
vacinação contra a covid-19,
sobretudo entre o público idoso.
Além
da divulgação das peças da campanha e mobilização nos estados e municípios, o
Ministério da Saúde fará chamamento pelo Meu SUS Digital. Serão enviados alertas a todos os
usuários do aplicativo, com expectativa de chegar a 40 milhões de pessoas. Quem
ainda não tem o app, a ferramenta está disponível nas versões Web e em
aplicativo iOS e Android. Para acessar o Meu SUS Digital, é necessário instalar
o aplicativo no dispositivo móvel ou acessar pelo site. O
login é realizado por meio da conta pessoal do Gov.br.
A Caderneta Digital de Saúde da Criança está
disponível pelo aplicativo. Pelo Meu SUS Digital, pais e responsáveis podem
acompanhar a situação vacinal de crianças e adolescentes, com a previsão de
próximas doses, receber e alertas e lembretes, além de atualizar informações em
tempo real pela Rede
Nacional de Dados em Saúde (RNDS). Desde o lançamento, em abril deste
ano, já foram registrados 1,8 milhão de acessos.
“Nós
queremos consolidar de vez o Brasil como o país da vacinação que protege as
suas crianças e que as pessoas da sua família, profissionais de saúde e escola
assumam o compromisso de proteger nossas crianças”, afirmou Padilha.
Durante
a campanha, todas as vacinas previstas no Calendário
Nacional de Vacinação 2025 estarão disponíveis, incluindo
imunizantes contra poliomielite e covid-19, contemplando os esquemas
vacinais de crianças e adolescentes. Entre as prioridades, estão o resgate de
não vacinados contra HPV, febre amarela e sarampo.
- BCG
- Hepatite B
- Penta (DTP/Hib/HB)
- Poliomielite inativada
- Rotavírus
- Pneumocócica
10 valente (conjugada)
- Meningocócica C (conjugada) / Meningocócica ACWY (conjugada)
- Influenza
- Covid-19
- Febre amarela
- Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola)
- Varicela
- DTP
- Hepatite A
- HPV
A
vacinação seguirá a estratégia de microplanejamento, que permite organizar
ações de acordo com a realidade de cada território, identificando áreas de
risco, locais com baixa adesão e espaços estratégicos para vacinação. O
Ministério da Saúde repassou R$ 150 milhões em apoio às gestões locais.
A
campanha ocorre em um momento de atenção redobrada para a saúde pública. Embora
o Brasil tenha eliminado doenças como poliomielite e sarampo, é fundamental
manter altas coberturas vacinais para evitar que esses vírus voltem a circular.
Sarampo:
com risco de volta da doença, vacina será oferta também para adultos
Durante
a campanha, o Ministério da Saúde vai reforçar a vacinação contra o sarampo,
diante da escalada de casos na América do Norte, que concentra 99% dos casos no
continente, que somam 7 mil. Toda a população de 12 meses a 59 anos poderá se
vacinar contra a doença no país, reforçando a proteção e prevenindo a
reintrodução da doença no Brasil.
As
ações adotadas pelo Ministério da Saúde, em parceria com os estados e
municípios, têm mantido o Brasil livre da circulação do sarampo. Entre as
preocupações estão as pessoas que viajam para o exterior, em países com elevado
registro de casos, e quem vive em região de fronteira, principalmente com a
Bolívia. Em 2025, até o momento, foram confirmados 31 anos casos importados,
quando a infecção ocorre fora do país.
Além
disso, haverá resgate de não vacinados contra o HPV na faixa etária de 15 a 19
anos. O Brasil avançou na vacinação contra o HPV, atingindo 82% de cobertura em
2024 considerando meninas de 9 a 14 anos - é quase sete vezes maior que a média
global de 12% divulgada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Entre os
meninos da mesma faixa etária, a cobertura chegou a 67%.
A
vacina, que protege contra diversos tipos de câncer — como colo do útero, ânus,
pênis, garganta e pescoço — além de verrugas genitais, apresentou avanço
expressivo: entre meninas, a cobertura passou de 78,42% em 2022 para 82,83% em
2024; já entre os meninos, saltou de 45,46% para 67,26%, representando
crescimento de 22% em apenas dois anos.
Nos
estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Paraná, o Ministério da
Saúde recomenda a intensificação da vacinação contra a febre amarela, ofertando
a atualização da situação vacinal de pessoas de 9 meses a 59 anos, conforme as
diretrizes do PNI.
Brasil
avança na cobertura vacinal após seis anos de queda
Desde
2023, o Ministério da Saúde tem promovido um esforço nacional de recuperação
vacinal. Entre os principais progressos alcançados estão a elevação das
coberturas de vacinas e a garantia do abastecimento de doses a estados e
municípios.
Entre
2022 e 2024, o Brasil avançou na proteção de crianças menores de 2 anos. A
vacinação contra a pólio cresceu 17% no período, enquanto a da tríplice viral
(sarampo, caxumba e rubéola) aumentou quase 40%. A vacina Penta, que protege
contra cinco doenças em uma só aplicação, também registrou crescimento
expressivo, de 17%.
A
cobertura vacinal contra o sarampo também aumentou: a aplicação da primeira
dose da tríplice viral passou de 80,7% em 2022 para 95,7% em 2024. Já a segunda
dose subiu de 57,6% em 2022 para 80,1% em 2024.
O
Ministério da Saúde reforça que pais e responsáveis devem levar crianças e
adolescentes às salas de vacina portando a caderneta de vacinação, documento
essencial para a avaliação e atualização correta das doses.
Fonte _ Saúde.gov
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