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sexta-feira, 30 de novembro de 2018

Quinto Dia..CBCENF/2018



Prêmio Anna Nery: reconhecimento ao profissionalismo da Enfermagem

Em noite de muita emoção, profissionais de Enfermagem receberam a maior láurea concedida pelo Cofen à Enfermagem brasileira. Com trajetórias distintas, os homenageados têm em comum o compromisso com a Enfermagem e o senso de humanização e cuidado.
Entre os homenageados estava Dona Celina, famosa por ter sido a modelo da foto em que aparecia com o dedo sobre a boca, em sinal de silêncio. O cartaz fez parte de uma campanha que buscava pelo silêncio nas instituições a fim de fornecer uma melhor recuperação aos pacientes. Muito emocionada com a honraria, ela fez um discurso agradecendo ao Cofen e ao Coren-SP pela indicação. “É uma coisa extraordinária. É um presente de Deus para mim,” concluiu.
Criado em 2012, o Prêmio Anna Nery é uma honraria concedida pelo Cofen a profissionais que tenham se destacado pelo exercício profissional exemplar. O presidente do Cofen, Manoel Neri, se disse muito feliz e grato por poder conceder o reconhecimento ao trabalho destes profissionais.
Homenageados:
AC – Enfermeira Maria de Lourdes da Rocha
AL – Enfermeira Regina Maria dos Santos
AP – Enfermeiro Venceslau Jackson da Conceição Pantoja
AM – Enfermeira Ivone Amazonas Marques Albonik
BA – Enfermeira Leda Lúcia Borges Costa
CE – Enfermeira Ana Paula Brandão da Silva Farias
DF – Enfermeira Gerusa Amaral de Medeiros
ES – Enfermeiro Nathan Nael Nascimento Medeiros
GO – Enfermeira Ângela Cristina Bueno Vieira
MA – Enfermeira Analamacia Pereira de Brito
MG – Enfermeira Ocirema Miranda Teixeira
MS – Enfermeira Bruna Moraes de Souza
MT – Enfermeira Benedita Nunes Moraes
PA – Enfermeiro Marcelo Monteiro Mendes
PB – Enfermeira Telma Ribeiro Garcia
PR – Enfermeiro Ademir Lobato
PE – Enfermeira Leda Maria de Lima Cantarutti
PI – Enfermeira Francisca Soares da Costa Silva
RJ – Enfermeiro Fernando Rocha Porto
RN – Enfermeiro Darci Silvério dos Santos
RS – Enfermeira Bernadete Maria Dalmolin
RO – Enfermeira Wilma Suely Batista Pereira
RR – Enfermeira Eulália Maia da Silva
SP – Enfermeira Celina Camargo Carreno
SC –  Enfermeira Helen Bruggeman
SE – Enfermeira Silvana Maria Gois Gomes
TO – Enfermeira Maria Luzanira Sousa Santos
Indicados pelo COFEN:
  • Enfermeira Ana Beatriz de Alcantara Menezes
  • Enfermeira Isabel Cristina Reis Sousa
  • Técnico em Enfermagem João Cardoso da Silva
  • Enfermeiro Osvaldo Albuquerque de Sousa Filho
Fonte_COFEN

CBCENF traz reflexão sobre Saúde Coletiva e descriminalização do aborto

A criminalização do aborto no Brasil e na América Latina não tem contribuído para reduzir as ocorrências e afeta diretamente a assistência e a mortalidade materna, na avaliação de especialistas que participaram, nesta quinta-feira (29/11), da mesa-redonda “Criminalização do Aborto no Brasil: Um Problema de Saúde Pública em Debate”. O evento, coordenado pela Comissão da Saúde da Mulher do Cofen, reuniu especialistas para ampliar o debate entre os profissionais e subsidiar reflexões dos Conselhos de Enfermagem. Maior profissão da área de Saúde, a Enfermagem está diretamente implicada na assistência a mulheres em situação de abortamento, seja espontâneo, seja provocado.
“Seguimos com um olhar penalizador”, destaca a professora colombiana Sônia Leon, que apresentou a trajetória da descriminalização do aborto na América Latina. Muitos países adotam a descriminalização parcial, em situações como risco de vida, incesto ou estupro, mas a assistência oferecida ainda é precária. Nos países onde o aborto foi legalizado, não houve um aumento da prática, mas uma acentuada redução da mortalidade associada ao abortamento inseguro.
Integrante do Conselho Nacional de Saúde e da Rede Nacional Feminista de Saúde e Direitos Reprodutivos, a médica Maria do Espírito Santo Tavares, conhecida como Santinha, destacou que trazer o tema para discussão no 21º CBCENF, com sala lotada, representa um “grande avanço”. “Esta sala lotada representa o interesse das enfermeiras na assistência, no cuidado e na vida das mulheres”, avaliou, ressaltando a autonomia profissional da Enfermagem. Santinha trouxe ainda, para discussão, o código de ética médica, que veda explicitamente a denúncia de pacientes.
Uma em cada cinco mulheres até os 40 anos já realizou pelo menos um aborto no Brasil, segundo dados da Pesquisa Nacional do Aborto, apresentada em vídeo pelo Anis – Instituto de Bioética. O aborto acontece em todas as fases da vida reprodutiva, sendo mais frequente na faixa etária de 20-24 anos. São mulheres religiosas (com predomínio das religiões católica e evangélica, predominantes no país). A maioria delas é mãe. A pesquisa, de 2015, revela ainda que 503 mil brasileiras fizeram aborto no ano anterior. Cerca de metade das mulheres que fizeram aborto inseguro precisou de internação após o procedimento.
“É importante trazer uma perspectiva da Saúde Coletiva para temas polêmicos, e colocar em análise o trabalho da Enfermagem. Há uma necessidade urgente, internacional, de que a Enfermagem assuma um papel cada vez mais ativo na assistência à Saúde”, ressaltou o coordenador da Comissão de Saúde da Mulher, Herdy Alves, que destacou a importância da assistência da assistência segura.
Fonte_COFEN

Envelhecimento populacional e serviços de saúde são tema de mesa-redonda

Cerca de 13%  da população do país, que já está na casa dos 209 milhões de habitantes, são pessoas acima dos 60 anos, percentual que deve estar próximo de 35% até o ano de 2060, o que significa um idoso para cada quatro pessoas. Trata-se de uma população que demanda cuidados específicos, em grande parte prestados por profissionais de enfermagem. Entre 10% a 25% desta população apresenta ainda situação de fragilidade, com sintomas como declínio funcional e maior risco de hospitalização.
O envelhecimento populacional, o aumento das doenças crônicas, o índice crescente de dependência social e a ausência de políticas públicas de saúde específicas foram preocupações levantadas durante a mesa redonda “Modalidades inovadoras de acolhimento aos idosos”, parte da programação do 21º CBCENF.
Uma das necessidades apontadas foi o investimento na transição de cuidados, isto é, no abandono da hospitalização em favor dos cuidados domiciliares e o investimento na humanização do tratamento.
A experiência do hotel geriátrico Paço das Palmeiras, em Natal (RN), foi uma das modalidades inovadoras de cuidado demonstradas. No Estado, 12,4% dos cerca de 2,8 milhões de habitantes são idosos. “Não temos pacientes, mas sim hóspedes de várias partes do país. Além das moradias, recebo pessoas de férias em finais de semana ou feriados, sendo que a maioria está lá por opção e tem total autonomia”, explicou a coordenadora, enfermeira Walmira Maria de Lima Guedes.
Outra palestrante, Luisa Watanabe Dalben, do Dalben Home Care e Senior Care, comentou sobre as dificuldades de mudança do modelo “hospitalocêntrico”, com foco no  tratamento da doença, para o da promoção da saúde no sistema suplementar, onde o crescimento dos pacientes provoca problemas como o superdimensionamento das equipes. “Hoje, os hospitais estão repensando se vão realmente abrir novos leitos ou tornar-se centros de promoção da saúde também. Este modelo hospitalocêntrico provoca  a redução da eficácia e da efetividade, da insatisfação pela dificuldade de acesso e desumanização do serviço”.
Em Campinas, sede do Congresso, o percentual de idosos está acima da média nacional, representando 14,5% dos mais de um milhão de habitantes. Foi apresentada a experiência da Secretaria Municipal de Saúde, pela coordenadora do Centro de Referência à Saúde do Idoso, Priscila Moreira Kosaka.  “A situação é bastante preocupante porque hoje não temos uma política pública de saúde para esta parcela da população e precisamos pensar em como cuidar deste paciente nos próximos anos para que tenhamos um envelhecimento saudável, ocupando menos os serviços públicos e que estes serviços estejam preparados para atender às suas demandas”.
Fonte_COFEN

Pós-graduação iniciada sem curso superior concluído não tem validade

Parecer jurídico aprovado pelo plenário do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), na 507ª ROP, alerta sobre a ilegalidade da matrícula em cursos de pós-graduação antes da conclusão do nível superior. O registro de pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado) e lato sensu (especialização) em Enfermagem é regido pela Resolução Cofen 581/2018 e pela legislação brasileira.
Lei de Diretrizes e Bases da Educação, em seu inciso III, art. 44, condiciona o ingresso em cursos de pós-graduação – incluindo mestrado, doutorado, especialização, aperfeiçoamento e outros – à graduação prévia. O Conselho Nacional de Educação também se posicionou de forma unânime, no parecer 02/2007, contra a concessão de título de pós-graduação a aluno que inicia o curso antes de concluir o ensino superior, ainda que obtenha o diploma de graduação.
“Entendemos a relevância do tema e louvamos a busca por qualificação. Mas observamos com preocupação a atuação de instituições que desrespeitam a legislação e permitem o ingresso em cursos de pós-graduação a alunos que não concluíram o nível superior. Alertamos aos estudantes que esta prática é ilegal e o título não será registrado”, afirma o presidente do Cofen, Manoel Neri.
Fonte_COFEN

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