Imuniza SUS

segunda-feira, 13 de outubro de 2025

Ministério da Saúde recebe medicamento inédito para tratamento de câncer de mama no SUS

 


No mês do Outubro Rosa, o Ministério da Saúde recebe o primeiro lote do Trastuzumabe Entansina, medicamento de última geração incorporado ao SUS para o tratamento do câncer de mama HER2-positivo, uma forma agressiva da doença que estimula o crescimento das células tumorais. A primeira remessa, com 11.978 unidades (6.206 de 100 mg e 5.772 de 160 mg), chegou nesta segunda-feira (13) ao almoxarifado do Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP).

Ao todo, serão quatro lotes do medicamento. As próximas entregas estão previstas para dezembro de 2025, março e junho de 2026. Os insumos atenderão 100% da demanda atual pelo medicamento no SUS, beneficiando 1.144 pacientes em 2025.

“É um avanço gigantesco para a oncologia nacional, com o primeiro protocolo clínico voltado a esse tratamento. Trata-se de uma medicação muito esperada pela nossa população, que poderá reduzir em até 50% a mortalidade das pacientes com câncer de mama do tipo HER2 positivo. É uma grande vitória para a saúde pública e para o povo brasileiro”, afirmou o diretor do Departamento de Atenção ao Câncer do Ministério da Saúde, José Barreto.

O investimento total é de R$ 159,3 milhões para a compra de 34,4 mil frascos-ampola do medicamento, sendo 17,2 mil unidades de 100 mg e 17,2 mil de 160 mg. O Ministério da Saúde negociou a compra no valor de cerca de 50% abaixo do mercado, garantindo economia de aproximadamente R$ 165,8 milhões e ampliando o acesso ao tratamento no SUS. Os preços negociados passaram de R$ 7,2 mil por frasco de 100 mg e R$ 11,6 mil por frasco de 160 mg, para R$ 3,5 mil e R$ 5,6 mil respectivamente.

O Trastuzumabe Entansina é indicado para mulheres que ainda apresentam sinais da doença após a quimioterapia inicial, geralmente em casos de câncer de mama HER2- positivo em estágio III. A nova terapia representa um avanço no cuidado, ampliando as opções de tratamento no SUS e oferecendo melhores perspectivas de controle da doença e qualidade de vida. O medicamento será distribuído às secretarias estaduais de saúde,  que  farão a dispensação conforme os protocolos clínicos vigentes.

Além do Trastuzumabe Entansina, o Ministério da Saúde avança na oferta dos inibidores de ciclinas (abemaciclibe, palbociclibe e ribociclibe) indicados para o tratamento de câncer de mama avançado ou metastático com receptor hormonal positivo e HER2- negativo.

A portaria que autoriza a compra descentralizada desses medicamentos, por meio da Autorização de Procedimento de Alta Complexidade (APAC), será publicada ainda neste mês. Esse modelo permite que estados e municípios realizem diretamente a aquisição dos medicamentos, com financiamento federal, otimizando a logística e garantindo que o tratamento chegue com mais agilidade às pacientes atendidas nos serviços especializados.

Ampliação de Mamografia

Recentemente o Ministério da Saúde anunciou mudança na faixa etária para realização da mamografia no SUS. A partir de agora o exame está disponível também para mulheres a partir dos 40 anos, mesmo na ausência de sintomas de câncer. A ampliação da faixa etária fortalece o diagnóstico precoce e o acesso à assistência, especialmente para mulheres que antes encontravam barreiras no sistema público de saúde, como a exigência de histórico familiar ou de sinais clínicos da doença. Em 2024, as mamografias realizadas em mulheres com menos de 50 anos já corresponderam a 30% do total, ultrapassando 1 milhão de exames.

Carretas Agora Tem Especialistas

Neste mês também foi iniciado o trabalho das 28 carretas do Agora Tem Especialistas, que levam atendimento para o público feminino em regiões com vazios assistenciais em 20 estados brasileiros. Para reduzir o tempo de espera no SUS, a iniciativa inédita do Governo do Brasil tem foco na saúde da mulher, com trabalho voltado para a prevenção e o diagnóstico precoce do câncer de mama e de colo do útero.

As carretas da saúde da mulher atuam em locais de difícil acesso e com pouca oferta de serviços especializados de saúde. Os primeiros atendimentos começaram nesta sexta- feira (10), com 15 unidades móveis distribuídas em municípios de 13 estados: Humaitá (AM), Rio Branco (AC), Macapá (AP), Paulo Afonso (BA), Imperatriz (MA), Juiz de Fora (MG), Diamantina (MG), Campo Grande (MS), Lagarto (SE), Registro (SP), Palmas (TO), Senhor do Bonfim (BA), Japeri (RJ) Guaranhuns (PE) e Goiânia (GO). A estimativa é que sejam atendidos 42,5 mil pacientes ao longo do mês, sendo realizados 130 mil procedimentos, entre consultas, exames e biópsias.

Fonte _ Saúde.gov

Governo Federal lança linha de financiamento de R$ 20 bilhões para ampliar infraestrutura da saúde e da educação

 


Governo Federal anunciou a criação do Fundo de Investimentos em Infraestrutura de Saúde (FIIS-Saúde), com o objetivo de ampliar e modernizar a rede pública de saúde e educação em todo o país. Operado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o fundo vai disponibilizar R$ 20 bilhões em crédito subsidiado para financiar obras, aquisição de equipamentos e veículos.

Do total, R$ 10 bilhões serão liberados em 2025 e outros R$ 10 bilhões em 2026. As condições serão diferenciadas, com juros abaixo do mercado e prazo de carência mais longo.

De acordo com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a iniciativa busca direcionar investimentos às regiões com maior necessidade, reduzir os desertos assistenciais e fortalecer a rede de atendimento vinculada ao programa Agora Tem Especialistas, criado para reduzir o tempo de espera por consultas e procedimentos no SUS.

“É uma oportunidade inédita de financiamento para expandir e melhorar os serviços de saúde em todo o Brasil. As entidades filantrópicas e privadas que prestam serviços ao SUS nunca tiveram um financiamento como este que estamos trabalhando. Outro diferencial é o fortalecimento da indústria de equipamentos médicos que produz no Brasil, contribuindo para a soberania tecnológica e produtiva do nosso país”, afirmou Padilha.

Poderão apresentar propostas ao fundo:

  • Órgãos e entidades da administração pública direta e indireta de estados, municípios e do Distrito Federal;
  • Instituições filantrópicas de saúde certificadas, nos termos da Lei Complementar nº 187/2021;
  • Sociedades de Propósito Específico (SPEs) com contratos vigentes de concessão, permissão, autorização ou arrendamento de serviços de saúde no SUS;
  • Organizações Sociais (OSs) com contrato vigente de gestão de unidade pública de saúde;
  • Entidades privadas, com ou sem fins lucrativos, que mantenham contrato ativo de prestação de serviços de saúde no SUS ;
  • Entidades participantes do programa Agora Tem Especialistas, que terão prioridade na seleção de projetos e condições de financiamento mais vantajosas.

Os entes públicos que já possuem propostas habilitadas no PAC Seleções, 2023 e 2025, não precisarão passar novamente pela análise técnica das obras, pois essas etapas já foram concluídas. Assim, os projetos avançam diretamente para a fase de financiamento, e novas propostas também poderão ser apresentadas.

Os recursos poderão ser aplicados em

  • Obras de construção, ampliação e modernização de unidades de saúde;
  • Aquisição de equipamentos nacionais credenciados no BNDES ou importados sem similar no país;
  • Compra de veículos de transporte sanitário, como ambulâncias, vans, barcos e helicópteros.


Não serão financiados salários, pagamento de dívidas, compra de terrenos, impostos desvinculados do projeto, comunicação institucional ou despesas sem relação direta com a ampliação da oferta de serviços de saúde.

O período de inscrições para o FIIS Saúde já está aberto e poderá ser realizado até 7 de novembro de 2025.

Acesse o edital

Fonte _ Saúde.gov

quinta-feira, 9 de outubro de 2025

Carretas do Agora Tem Especialistas levam exames e diagnóstico de câncer a mulheres atendidas pelo SUS nas cinco regiões do país

 


Neste Outubro Rosa, 28 carretas do Agora Tem Especialistas estão levando atendimento para regiões com vazios assistenciais em 21 estados, além do Distrito Federal. Para reduzir o tempo de espera no SUS, a iniciativa inédita do governo federal tem foco na saúde da mulher. Ao longo deste mês, mais de 42,5 mil pacientes da rede pública previamente agendadas serão recebidas dentro das unidades móveis de saúde, totalmente estruturadas com equipamentos, insumos e equipes multiprofissionais. Serão realizados 130 mil procedimentos, entre consultas, exames e biópsias.   

Com foco na prevenção e no diagnóstico precoce do câncer de mama e de colo do útero, as carretas da saúde da mulher atuam em locais de difícil acesso e com pouca oferta de serviços especializados de saúde. Os primeiros atendimentos já começam nesta sexta-feira (10) com 15 unidades móveis distribuídas em municípios de 13 estados: Humaitá (AM), Rio Branco (AC), Macapá (AP), Paulo Afonso (BA), Imperatriz (MA), Juiz de Fora (MG), Diamantina (MG), Campo Grande (MS), Lagarto (SE), Registro (SP), Palmas (TO), Senhor do Bonfim (BA), Japeri (RJ), Garanhuns (PE) e Goiânia (GO).

“O Agora Tem Especialistas é mais que um programa. Ele representa a maior mobilização em defesa da saúde pública desde a pandemia. Hoje, iniciamos uma nova etapa com o lançamento das carretas que vão levar cuidado especializado até os lugares mais remotos do país, começando com foco na saúde das mulheres, que são prioridade da nossa gestão”, afirmou o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Adriano Massuda, que está como ministro em exercício.  

Em 17 de outubro, mais 12 carretas de saúde da Mulher chegarão a outros municípios, reforçando a ação do Outubro Rosa nestes oito estados: Ceará, Pará, Piauí, Paraná, Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Sul e Rondônia, além do Distrito Federal.  E no dia 24, mais uma carreta estará em funcionamento no Rio de Janeiro, na comunidade do Morro do Alemão. 

Realizada pelo Ministério da Saúde e pela Agência Brasileira de Apoio à Gestão do Sistema Único de Saúde (AGSUS), a iniciativa do programa Agora Tem Especialistas visa reduzir as desigualdades regionais em relação à assistência especializada. O investimento para a ação no Outubro Rosa é de R$ 18,9 milhões.   

Atendimento humanizado onde a população está 

Com o atendimento móvel dentro das carretas, o Ministério da Saúde leva serviços de saúde até onde a população está. Formadas por médicos, enfermeiros, técnicos, recepcionistas e agentes do cuidado, as equipes cuidam da saúde da população em locais remotos (a exemplo de Humaitá/AM, que fica no coração da Amazônia); em cidades do Agreste (como Lagarto/SE); em municípios onde a estrutura de saúde é escassa (como Japeri (RJ), que responde pelo menor Índice de Desenvolvimento Humano do estado do Rio de Janeiro); e cidades-polo, que recebem moradores de outros municípios da região (Paulo Afonso/BA e Juiz de Fora/MG) 

Para prevenção e diagnóstico de câncer de mama, as carretas oferecem mamografia e ultrassonografia mamária bilateral; punção de mama por agulha grossa; biópsia/exérese de nódulo de mama; e exame anatomopatológico de mama. Já os procedimentos para rastreamento de câncer de colo do útero, estão disponíveis colposcopia; biópsias e exames anatomopatológicos; procedimentos terapêuticos; entre outros. E para a saúde ginecológica de modo geral, as mulheres têm à disposição ultrassonografia transvaginal e pélvica.  

O consultório ginecológico das carretas do Agora Tem Especialistas também conta com ambiente climatizado destinado à realização de atendimentos clínicos e procedimentos de diagnósticos; sala de espera externa em tenda climatizada, com capacidade para, no mínimo, 60 pessoas sentadas simultaneamente, TV de 42 polegadas, além de bebedouro com fornecimento de água potável. As carretas têm, ainda, sala de pequenos procedimentos ambulatoriais, central de material esterilizado e sala de acolhimento e pré-exame.  

Ações para aumentar a capacidade de atendimento do SUS 

O programa prevê o total de 150 carretas circulando por todo o país até 2026. Essa iniciativa integra os dez eixos do Agora Tem Especialistas, que tem como estratégia central a mobilização de toda a estrutura de saúde do Brasil, a pública e a privada. Além das carretas, estão em andamento outras iniciativas que buscam aumentar a capacidade de o SUS atender a população.  

Entre elas, destacam-se o reforço de 320 novos médicos especialistas que já estão atendendo a rede pública em 156 municípios (mais profissionais devem atender pelo programa por meio de edital que está aberto); a realização de mutirões com mais de 65,5 mil consultas, exames e cirurgias realizados neste ano (novos mutirões estão previstos); o lançamento do Super Centro para Diagnóstico de Câncer e a aquisição de novos aceleradores lineares, equipamentos usados para tratar a doença (no total, 121 devem ser entregues até o final do próximo ano); a adesão de hospitais privados e filantrópicos para ampliar o atendimento na rede pública; entre outras ações.

Fonte _ Saúde.gov

domingo, 5 de outubro de 2025

Ministério da Saúde confirma 225 registros de intoxicação por metanol após ingestão de bebida alcoólica

 


Dados deste domingo (05/10) do Ministério da Saúde apontam 225 casos de intoxicação por metanol após ingestão de bebida alcoólica, entre investigados e confirmados. As informações são enviadas pelos estados e consolidados pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS).

Em todo o país, são 16 casos confirmados e 209 em investigação. Do total de registros, 192 são em São Paulo (14 confirmados e 178 em investigação).

Ceará notificou o primeiro caso suspeito. Ao todo, são 13 estados com casos notificados - Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pernambuco, Paraná, Rondônia, São Paulo, Piauí, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Paraíba e Ceará. Os estados da Bahia e Espírito Santo tiveram os casos registrados descartados.

Quanto à notificação de óbitos, o país tem 15 registros, com dois óbitos confirmados no estado de São Paulo e 13 em investigação (7 em SP, 3 em PE, 1 no MS, 1 em PB e 1 no CE).

As informações consideram os registros enviados pelos estados até às 16h deste domingo (5) e estão sujeitas a atualizações locais. Os dados são divulgados nos canais oficiais do Ministério da Saúde diariamente, a partir das 17h.

Acesse os dados completos

 

Fonte _ Saúde.gov

sábado, 4 de outubro de 2025

Temperaturas Extremas Aumentam o Risco de Morte Na Infância No Brasil

 


Pioneiro no Brasil, um estudo internacional indicou que o clima afeta a saúde das crianças e que a vulnerabilidade muda de acordo com a faixa etária na infância. Os resultados apontaram que bebês em período neonatal (7 a 27 dias) são os mais afetados pelo frio, com risco 364% maior de morrer em condições extremas, em comparação às condições normais. Com relação ao calor, o impacto cresce à medida que a criança envelhece, sendo 85% maior entre 1 e 4 anos. A análise abrangeu mais de 1 milhão de mortes de menores de 5 anos ao longo de 20 anos e o risco de mortalidade nesta faixa etária chegou a ser 95% maior no frio extremo e 29% maior no calor extremo do que em dias com temperatura amena (em torno de 14 a 21°C, a depender da região). O estudo identificou ainda que o risco apresentou variações regionais, por idade e causas específicas.

Conduzida por cientistas do Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs/Fiocruz Bahia), do Instituto de Saúde Coletiva (ISC) da Universidade Federal da Bahia (UFBA), da London School e do Instituto de Saúde Global de Barcelona, a pesquisa foi publicada no periódico Environmental Research. Líder do estudo, o professor do ISC/UFBA e colaborador do Cidacs, Ismael Silveira, aponta que a sugestão de que crianças pequenas são mais vulneráveis ao clima extremo já havia sido indicada por pesquisas internacionais, no entanto, havia poucas evidências em países com clima tropical e que fossem em escala nacional. “O Brasil tem dimensões continentais e forte desigualdade socioeconômica, o que o torna um ‘laboratório natural’ para investigar os impactos do clima. A cobertura e qualidade dos dados de óbitos e o uso de métodos estatísticos robustos favoreceram a superação dessa lacuna”, pontua.

De acordo com o pesquisador, crianças são especialmente vulneráveis aos efeitos das mudanças de temperatura. Como seus corpos ainda não desenvolveram totalmente os mecanismos de regulação térmica, elas têm mais dificuldade em se adaptar tanto ao calor quanto ao frio. Essa combinação de fatores explica por que eventos climáticos extremos costumam ter um impacto mais severo na saúde infantil. Nos dias mais quentes, os riscos vão além do desconforto. Casos de insolação, desidratação e até problemas renais podem surgir, além do aumento de doenças respiratórias e infecciosas. O frio, por sua vez, acende outros alertas. Baixas temperaturas podem levar à hipotermia, que desencadeia complicações respiratórias e metabólicas, e ainda favorece o aumento de infecções.

“Tanto o frio quanto o calor estavam associados à maior mortalidade por todas as doenças infecciosas, e especialmente por diarreia, enquanto a mortalidade por doenças respiratórias estava associada apenas ao calor”, destaca Ismael.

Para análise, os pesquisadores analisaram dados de mortalidade infantil de todos os 5.570 municípios brasileiros e cruzaram com informações diárias de temperatura entre 2000 e 2019. O método permitiu comparar as condições climáticas exatamente nos dias de morte das crianças e em dias próximos, mostrando de forma precisa o efeito imediato do calor e do frio sobre a saúde infantil. A pesquisa teve como base os dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) do Sistema Único de Saúde (SUS) e do Conjunto de Dados Meteorológicos Diários em Grade do Brasil (BR-DWGD).  

Variações regionais

“Embora o estudo seja nacional, os resultados mostram grandes desigualdades regionais que podem ser de diferenças climáticas, sociais, de infraestrutura e de acesso à saúde”, observa Ismael. O estudo indicou que a Região Sul apresentou um maior risco de mortalidade associado ao frio e a Região Nordeste um maior risco associado ao calor. Nos achados, a mortalidade de crianças menores de cinco anos relacionada ao frio atingiu o maior aumento (117%) no Sul, já a mortalidade relacionada ao calor foi maior no Nordeste (102%).

As taxas elevadas de mortes de crianças permanecem concentradas nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, áreas onde a vulnerabilidade socioeconômica é maior e o acesso à infraestrutura básica, como saneamento e moradia adequada, segue desigual. Nesse contexto, o aumento das temperaturas representa uma ameaça adicional.

“A mortalidade infantil é altamente sensível a fatores ambientais e pode ser um importante indicador das vulnerabilidades climáticas do país. Investir em monitoramento climático e epidemiológico é fundamental para proteger a saúde das próximas gerações”, afirma o pesquisador.

Mortalidade como indicador de vulnerabilidades climáticas

De acordo com dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), a taxa global de mortalidade de menores de cinco anos caiu 61% (em 1990, foram 94 mortes por 1 mil nascidos; em 2023, 37). No Brasil, houve a queda de 4,4% ao ano na mortalidade infantil desde 2000, segundo dados do Painel de Monitoramento da Mortalidade Infantil e Fetal do Ministério da Saúde (MS). No entanto, as mudanças climáticas ameaçam essas quedas.

“Os achados trouxeram uma importante evidência científica para políticas públicas, mostrando que o clima já tem impacto mensurável na saúde infantil, reforçando a necessidade de ações de adaptação às mudanças climáticas para proteger os grupos mais vulneráveis”, conclui Ismael.

Fonte _ FioCruz

sexta-feira, 3 de outubro de 2025

Ministério da Saúde destina R$ 7 milhões para construção de novas unidades de saúde no Acre

 


Pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) do Acre vão contar com três novas unidades de atendimento, ampliando a oferta de serviços de saúde no estado. Para isso, o Ministério da Saúde anunciou a liberação de mais de R$ 7 milhões para obras em dois municípios acreanos. Em todo o Brasil, está prevista a construção de 899 novas unidades de atendimento, com um investimento total de R$ 2,5 bilhões, beneficiando 26 estados.

Com recursos do Novo PAC Seleções 2025, a rede pública de saúde no Acre passará a contar com um novo Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) em Porto Acre e duas novas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) nos municípios de Porto Acre e Tarauacá. Essas estruturas vão fortalecer a Atenção Primária que, ao ser qualificada, contribuirá para reduzir a sobrecarga na Atenção Especializada do estado. 

A liberação dos recursos federais possibilita a estruturação da rede pública de saúde nos estados e municípios, ampliando a capacidade de atendimento em todo o Brasil. “Esse é um esforço importante do Agora Tem Especialistas para reduzir o tempo de espera por consultas, exames e cirurgias. A expansão imediata da oferta de serviços, com a mobilização de toda a estrutura pública e privada de saúde do país, vem acompanhada de mais investimento em infraestrutura pelo Novo PAC Saúde. Uma frente estruturante que vai garantir mais serviços de saúde para a nossa população”, afirma o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

Fonte _ Saúde.gov

quarta-feira, 1 de outubro de 2025

SUS lança campanha para vacinação de crianças e adolescentes de até 15 anos

 


O Ministério da Saúde lançou nesta quarta-feira (1º) uma campanha de vacinação voltada à proteção de crianças e adolescentes de até 15 anos.

Mais de 6,8 milhões de doses foram distribuídas para a ação, que será realizada de 6 a 31 de outubro. O Dia D de mobilização está marcado para o dia 18, um sábado, quando postos de saúde estarão abertos.

O ministério afirma que enviará avisos sobre a campanha de vacinação a 40 milhões de pessoas pelo aplicativo Meu SUS Digital. A pasta repassou R$ 150 milhões para municípios organizarem a ação.

"Durante a campanha, todas as vacinas previstas no Calendário Nacional de Vacinação 2025 estarão disponíveis, incluindo imunizantes contra poliomielite e Covid-19, contemplando os esquemas vacinais de crianças e adolescentes. Entre as prioridades estão o resgate de não vacinados contra HPV, febre amarela e sarampo", afirma o Ministério da Saúde.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse que as equipes de saúde são orientadas a aproveitar a campanha para verificar se os pais das crianças e adolescentes também estão com a caderneta de vacinação atualizada.

Segundo a pasta, os postos de saúde vão oferecer as vacinas BCG, DTP, pentavalente, tríplice viral, poliomielite inativada, pneumocócica 10 valente, meningocócica C, meningocócica ACWY, além daquelas que protegem contra hepatite A, hepatite B, rotavírus, influenza, Covid-19, febre amarela, varicela e HPV.

O ministério afirma ainda que reforçará a vacinação contra o sarampo, diante da escalada de casos na América do Norte. "Além disso, haverá resgate de não vacinados contra o HPV na faixa etária de 15 a 19 anos", afirma a pasta.

Nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Paraná, a pasta recomenda a intensificação da vacinação contra a febre amarela.

A pasta afirma que destinou R$ 7,7 bilhões para a compra de vacinas em 2025. São mais de 50 imunobiológicos, soros e outros produtos ofertados em 36 mil salas de vacinação.

O governo federal também lançará uma campanha de comunicação com o lema "vacinar é cuidar de quem você ama".

"Sou pai de uma criança de 10 anos, faço questão de ela estar com a caderneta em dia. Uso a caderneta digital de saúde da criança, que tem todo o calendário ali e também manda mensagem quando está chegando o momento de atualização da vacina dos seus filhos", afirma o ministro Alexandre Padilha.

projeto Saúde Pública tem apoio da Umane, associação civil que tem como objetivo auxiliar iniciativas voltadas à promoção da saúde.

Fonte _ FolhaSP


Ministério da Saúde lança campanha nacional de vacinação para proteção de crianças e adolescentes de até 15 anos de idade

 


Crianças e adolescentes de todo o país devem atualizar a sua caderneta de vacinação. O Ministério da Saúde lançou, nesta quarta-feira (1), a Campanha Nacional de Multivacinação voltada para o público de até 15 anos de idade. Mais de 6,8 milhões de doses foram distribuídas para a ação que será realizada entre os dias 6 e 31 de outubro, com Dia D de mobilização marcado para o dia 18/10. Nesta data, um sábado, os postos de saúde ficarão abertos para proteger todas as famílias.

“Todos os dias são dias de vacinação nas Unidades Básicas de Saúde, mas o dia 18 de outubro será uma oportunidade estratégica para mobilizarmos, juntamente com estados e municípios, as localidades com maior concentração de crianças, garantindo que todas sejam protegidas durante o Dia D”, reforçou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. O ministro também alertou para a importância de manter a caderneta de vacinação atualizada e chamou atenção especial para a vacinação contra a covid-19, sobretudo entre o público idoso.

Além da divulgação das peças da campanha e mobilização nos estados e municípios, o Ministério da Saúde fará chamamento pelo Meu SUS Digital. Serão enviados alertas a todos os usuários do aplicativo, com expectativa de chegar a 40 milhões de pessoas. Quem ainda não tem o app, a ferramenta está disponível nas versões Web e em aplicativo iOS e Android. Para acessar o Meu SUS Digital, é necessário instalar o aplicativo no dispositivo móvel ou acessar pelo site. O login é realizado por meio da conta pessoal do Gov.br.

Caderneta Digital de Saúde da Criança está disponível pelo aplicativo. Pelo Meu SUS Digital, pais e responsáveis podem acompanhar a situação vacinal de crianças e adolescentes, com a previsão de próximas doses, receber e alertas e lembretes, além de atualizar informações em tempo real pela Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS). Desde o lançamento, em abril deste ano, já foram registrados 1,8 milhão de acessos.

“Nós queremos consolidar de vez o Brasil como o país da vacinação que protege as suas crianças e que as pessoas da sua família, profissionais de saúde e escola assumam o compromisso de proteger nossas crianças”, afirmou Padilha.

Durante a campanha, todas as vacinas previstas no Calendário Nacional de Vacinação 2025 estarão disponíveis, incluindo imunizantes contra poliomielite e covid-19, contemplando os esquemas vacinais de crianças e adolescentes. Entre as prioridades, estão o resgate de não vacinados contra HPVfebre amarela e sarampo.

A vacinação seguirá a estratégia de microplanejamento, que permite organizar ações de acordo com a realidade de cada território, identificando áreas de risco, locais com baixa adesão e espaços estratégicos para vacinação. O Ministério da Saúde repassou R$ 150 milhões em apoio às gestões locais.

A campanha ocorre em um momento de atenção redobrada para a saúde pública. Embora o Brasil tenha eliminado doenças como poliomielite e sarampo, é fundamental manter altas coberturas vacinais para evitar que esses vírus voltem a circular.

Sarampo: com risco de volta da doença, vacina será oferta também para adultos

Durante a campanha, o Ministério da Saúde vai reforçar a vacinação contra o sarampo, diante da escalada de casos na América do Norte, que concentra 99% dos casos no continente, que somam 7 mil. Toda a população de 12 meses a 59 anos poderá se vacinar contra a doença no país, reforçando a proteção e prevenindo a reintrodução da doença no Brasil.

As ações adotadas pelo Ministério da Saúde, em parceria com os estados e municípios, têm mantido o Brasil livre da circulação do sarampo. Entre as preocupações estão as pessoas que viajam para o exterior, em países com elevado registro de casos, e quem vive em região de fronteira, principalmente com a Bolívia. Em 2025, até o momento, foram confirmados 31 anos casos importados, quando a infecção ocorre fora do país.

Além disso, haverá resgate de não vacinados contra o HPV na faixa etária de 15 a 19 anos. O Brasil avançou na vacinação contra o HPV, atingindo 82% de cobertura em 2024 considerando meninas de 9 a 14 anos - é quase sete vezes maior que a média global de 12% divulgada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Entre os meninos da mesma faixa etária, a cobertura chegou a 67%.

A vacina, que protege contra diversos tipos de câncer — como colo do útero, ânus, pênis, garganta e pescoço — além de verrugas genitais, apresentou avanço expressivo: entre meninas, a cobertura passou de 78,42% em 2022 para 82,83% em 2024; já entre os meninos, saltou de 45,46% para 67,26%, representando crescimento de 22% em apenas dois anos.

Nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Paraná, o Ministério da Saúde recomenda a intensificação da vacinação contra a febre amarela, ofertando a atualização da situação vacinal de pessoas de 9 meses a 59 anos, conforme as diretrizes do PNI.

Brasil avança na cobertura vacinal após seis anos de queda

Desde 2023, o Ministério da Saúde tem promovido um esforço nacional de recuperação vacinal. Entre os principais progressos alcançados estão a elevação das coberturas de vacinas e a garantia do abastecimento de doses a estados e municípios.

Entre 2022 e 2024, o Brasil avançou na proteção de crianças menores de 2 anos. A vacinação contra a pólio cresceu 17% no período, enquanto a da tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) aumentou quase 40%. A vacina Penta, que protege contra cinco doenças em uma só aplicação, também registrou crescimento expressivo, de 17%.

A cobertura vacinal contra o sarampo também aumentou: a aplicação da primeira dose da tríplice viral passou de 80,7% em 2022 para 95,7% em 2024. Já a segunda dose subiu de 57,6% em 2022 para 80,1% em 2024.

O Ministério da Saúde reforça que pais e responsáveis devem levar crianças e adolescentes às salas de vacina portando a caderneta de vacinação, documento essencial para a avaliação e atualização correta das doses.

Fonte _ Saúde.gov