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sexta-feira, 20 de junho de 2025

Suposto vazamento de 16 bilhões de senhas está inflado; entenda caso que viralizou

 


Um suposto vazamento de 16 bilhões de senhas, incluindo informações de contas de GoogleApple e Facebook, começou a repercutir na internet nesta sexta-feira (20), mas o número está inflado segundo especialistas e indicações da própria fonte da notícia.

Na quarta-feira (18), o site especializado Cybernews publicou uma reportagem afirmando que encontrou uma base de dados com 16 bilhões de credenciais, incluindo nome da conta e senha, exposta. De acordo com o texto, que chama o episódio de "o maior vazamento da história", as informações foram furtadas por um tipo de vírus chamado infostealer.

Após a reportagem, as buscas no Google por "Have I Been Pwned?" ("eu fui vazado?"), plataforma que mostra se um email e os dados ligados a determinado usuário já foram vazados, tiveram um aumento repentino.

Nesta sexta, porém, a Cybernews atualizou seu texto informando que pode haver informações repetidas, antigas e recicladas de vazamentos anteriores. A empresa não divulgou amostras dos arquivos encontrados, como é de praxe entre empresas de cibersegurança.

Por isso, o número publicado inicialmente está inflado e sem checagem adequada. Embora reforcem que o episódio demonstra a importância de fortalecer a segurança de dados pessoais, especialistas em segurança ainda levantam a suspeita de que há informações fabricadas.

Um porta-voz do Google afirma que o problema não decorreu de vazamentos da empresa. A Apple e a Meta, dona do Facebook, não quiseram comentar.

O QUE É UM INFOSTEALER

Um infostealer é uma categoria de vírus que rouba dados do teclado e do mouse da pessoa infectada e não tenta acessar informações armazenadas pelas plataformas, como ocorre nos ataques que geram vazamento de dados.

O maior contingente de dados encontrados pelo Cybernews era de registros em português, sem especificar qual o país de origem.

O programa invasor visa ao roubo de senhas, carteiras de criptomoedas e outros dados de um aparelho infectado, sejam computadores ou celulares.

Esses vírus costumam exportar arquivos compactados contendo vários documentos com dados roubados. As listas, em geral, contêm referências ao site, ao nome do usuário e à senha.

Se alguém for infectado com um infostealer e tiver mil senhas salvas no navegador, o programa malicioso roubará todas elas.

Segundo o superintendente de inteligência contra ameaças da Tempest, Ricardo Ulisses, o vírus opera de forma silenciosa. "Esse processo não gera sinais visíveis para o usuário, que continua utilizando o equipamento normalmente, sem perceber que suas informações estão sendo coletadas."

Fonte _ Folha

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