
A carteira de vacinação está pronta, a caixa para descartar seringas também. Só não apareceu ainda cliente. Uma farmácia de São Paulo agora oferece quatro vacinas: contra febre amarela, HPV, herpes zoster e hepatite B. As vacinas custam de R$ 135 a R$ 510. Dessas, só a herpes zoster não tem na rede pública de saúde.
A regulamentação da Anvisa sobre o serviço só entrou em vigor na última semana de dezembro.
Para aplicar vacinas, o estabelecimento precisa atender a uma série de requisitos: ter licença das autoridades de saúde e uma sala reservada com pia e geladeira com controle de temperatura. A farmácia aposta em um movimento grande na época da vacinação contra a gripe, e instalou até um equipamento para a retirada de senhas. Mas a decisão da Anvisa que permite a vacinação em locais como esse vem sendo alvo de críticas.
O Conselho Federal de Enfermagem - COFEN alerta para o que chamada de “riscos de administração e conservação de vacinas em farmácias e drogarias sem a presença de profissionais de enfermagem”.
A Sociedade Brasileira de Pediatria também é contra e explica os motivos: “A possibilidade de uma criança, um adolescente, um paciente ter um efeito colateral que necessite intervenção médica. Uma outra questão é que existem várias condições, várias doenças, nas quais certas vacinas não podem ser aplicadas e isso quem sabe é um médico ou uma enfermeira que trabalha em um centro de imunizações”, explicou Luciana Rodrigues, presidente da entidade.
A farmácia visitada restringiu a vacinação a adultos e diz que os farmacêuticos foram treinados, inclusive para situações extremas.
“Esse é um serviço já prestado em vários países do mundo, como Estados Unidos, Canadá e Inglaterra. Então aumentou a população coberta por vacina, o que ajudou na saúde pública do país. Isso pode acontecer no Brasil também provavelmente”, disse Marcilio Pousada, presidente da Raia Drogasil.

Fonte_COFEN
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