A
ButanVac, vacina contra a Covid-19 que está sendo desenvolvida pelo Instituto
Butantan em um consórcio internacional, deve concluir os ensaios clínicos e
chegar aos braços dos brasileiros a partir de 2023. Após ter passado por uma
reformulação, o estudo conduzido no Brasil – e que também está sendo realizado
na Tailândia e no Vietnã –, agora avalia a eficácia da ButanVac como dose de
reforço. Os resultados da fase 1 mostraram que a vacina é segura e induz
níveis elevados de proteção.
O
imunizante foi anunciado em abril de 2021, inicialmente para um ensaio clínico
randomizado duplo-cego controlado por placebo, isto é, comparando a resposta
imune de quem tomou a vacina com um grupo controle que tomou uma substância sem
efeito. No entanto, com o rápido avanço da vacinação no país e o atual cenário
da pandemia, o estudo precisou ser remodelado para testar a ButanVac para potencializar
a proteção de quem já completou o esquema vacinal – ou seja, como dose de
reforço.
“A
vacinação do Brasil avançou muito rapidamente e chegou um momento em que não
havia mais a possibilidade de inclusão de voluntários [para comparar vacinados
e não vacinados]. Isso levou à necessidade de reformular todo o estudo clínico,
o que acabou reduzindo a velocidade da pesquisa da vacina. Mas como a ButanVac
é desenvolvida em um consórcio internacional, no Brasil, Tailândia e Vietnã, a
junção dos resultados desses três países até o final do ano deve possibilitar
que a vacina esteja disponível em 2023”, afirma o presidente do Instituto
Butantan Dimas Covas.
Fonte_BUTANTAN
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