Os
altos índices de imunização da população brasileira explicam por que as novas
variantes do vírus SARS-CoV-2, inclusive as cepas BA.1 e BA.2, duas
sublinhagens da ômicron mais transmissíveis, não estão causando um impacto tão
profundo na saúde dos brasileiros. De acordo com especialistas do Instituto
Butantan, o descolamento do aumento de casos em 2022 não se refletiu em um
aumento de mortes. Dessa forma, a diminuição de óbitos é um indicador da
importância da imunização.
“O
número de casos não foi acompanhado pelo número de mortes. A única explicação
para isso é a vacina”, resume o pesquisador Flavio Lichtenstein, do Laboratório
de Biologia Molecular e do Centro de Excelência para Descoberta de Alvos
Moleculares (CENTD) do Instituto Butantan. “As pessoas não ficam mais ‘fortes
ou fracas’ do dia para a noite. O único novo fato que aconteceu são as vacinas,
aplicadas em mais de 70% da população brasileira. A vacina defende a população,
permitindo que nosso sistema imunológico responda mais rapidamente à agressão
viral.”
Isso
não significa que a ômicron deva ser tratada com displicência. Aproximadamente
48 mil pessoas já morreram em decorrência desta variante, de acordo com os
cálculos de Flavio, que trabalha com bioinformática e modelos matemáticos.
Fonte_BUTANTAN
Nenhum comentário:
Postar um comentário