Ministério da
Saúde anunciou a inclusão da vacina Covid-19 pediátrica no Calendário Nacional
de Vacinação a partir de 2024, no último dia 31 de outubro. A medida foi tomada
com base em evidências científicas mundiais e dados epidemiológicos de casos e
óbitos pela doença no país. Recentemente, a Organização Mundial de Saúde (OMS)
recomendou aos países que priorizem a vacinação da população de alto risco para
doença grave e avaliem o cenário epidemiológico local para estabelecer
estratégias para a vacinação infantil.
Fonte_GovSaude
Atualmente, além
do Brasil, mais de 60 países autorizaram a vacinação de crianças a partir do
final de 2021, a exemplo da Austrália, França, Itália, Israel, Canadá, Japão,
Reino Unido, Portugal, Espanha, Indonésia, Peru, Chile e Uruguai.
“A covid-19 é uma
doença nova e é a que mais mata hoje no Brasil e se espalha pelo mundo. Já
tivemos 4 mil pessoas morrendo por dia no nosso país. Hoje, depois da vacina,
passamos a ter um controle maior. A média diária de óbitos é de 42 pessoas. Por
isso, o alerta é importante e deve ser constante. A vacina é a principal medida
de combate ao vírus e às formas graves da doença. As doses estão disponíveis em
todas as Unidades Básicas de Saúde”, afirma a secretária de Vigilância em Saúde
e Ambiente, do Ministério da Saúde, Ethel Maciel.
No Brasil, os
números demonstram que as crianças não estão isentas das formas graves e letais
da doença, como a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e a Síndrome
Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P). Entre janeiro e agosto de
2023, foram registrados 3.441 casos e 84 óbitos de SRAG por covid-19 na
população menor de 1 ano de idade.
Esquema vacinal
Os dados no Brasil
e no mundo apontam que as medidas de prevenção e controle para covid-19 devem
ser reforçadas em crianças para protegê-las das formas graves da doença e
amenizar a propagação do SARS-CoV-2 na população em geral. Por isso, a partir
de 2024, a vacinação contra a covid-19 terá como foco as crianças de 6 meses e
menores de 5 anos. Nessa faixa etária, o esquema vacinal completo contará com 3
doses, que deverão ser aplicadas seguindo os intervalos recomendados: 1ª dose
para a 2ª dose: intervalo de 4 semanas; e 2ª dose para a 3ª dose: intervalo de
8 semanas. A criança que tiver tomado as três doses este ano, não vai precisar
repetir doses em 2024.
Após os 5 anos de
idade, apenas as crianças que integram os grupos prioritários é que receberão
uma dose de reforço em 2024. São eles: imunocomprometidos; com comorbidades e
deficiência permanente; indígenas; ribeirinhos; quilombolas; que vivem em
instituições de longa permanência e em situação de rua. Esses grupos são os que
têm maior risco de desenvolver as formas graves da doença. A inclusão desse
grupo já passou por avaliação da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização
da Covid-19 (CTAI) e do Programa Nacional de Imunização (PNI).
Eficácia e
segurança
As agências
regulatórias autorizaram o uso da vacina Pfizer-BioNTech para crianças de 6
meses a 4 anos de idade, com base na revisão de dados de segurança e eficácia de
um estudo de Fase 1/2/3. As análises confirmaram que a eficácia da vacina
Pfizer (três doses) para esta população foi de 80,3% na prevenção de infecção
pela variante ômicron da covid-19, que continua sendo a variante dominante nos
EUA e em outros países.
O Ministério da
Saúde, por meio do Programa Nacional de Imunizações, e da Anvisa, realiza o
monitoramento da segurança das vacinas de forma contínua e sistemática no
Brasil (Fase 4). Eventos Supostamente Atribuíveis à Vacinação ou Imunização
(ESAVI) são notificados e investigados, com o objetivo de elucidar a relação
causal entre as vacinas e os eventos. As avaliações de benefício X risco leva
em consideração a carga da doença.
Diante deste
cenário, e considerando o elevado risco de morbimortalidade pediátrica por
covid-19, o benefício das vacinas contra a doença supera, e muito, o risco da
não vacinação.
Combate à
desinformação
Em outubro de
2023, o Ministério da Saúde lançou o Saúde com Ciência, projeto
interministerial de combate à desinformação. A iniciativa visa promover e
fortalecer políticas públicas de saúde e valorizar a ciência. São parceiros da
pasta: a Secretaria de Comunicação Social da Presidência;
a Advocacia-Geral da União; o Ministério da Justiça e Segurança Pública;
o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação; e
a Controladoria-Geral da União. A estratégia prevê ações para identificar
e compreender o fenômeno da desinformação, promover informações íntegras e
responder, de maneira preventiva, aos efeitos negativos das redes de
desinformação.
Fonte_GovSaude
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