Com
mais de um milhão de doses aplicadas nas escolas de 4,1 mil municípios, o
Brasil avança na cobertura vacinal de crianças e adolescentes. No Acre, 4,6 mil
foram aplicadas em 68,1% dos municípios. O balanço referente ao primeiro
semestre de 2025, divulgado nesta quarta-feira (16) pelo ministro da Saúde,
Alexandre Padilha, faz parte das ações do Programa
Saúde na Escola (PSE), que promove vacinação de
estudantes de até 15 anos no ambiente escolar. Pela primeira vez, a iniciativa,
realizada anualmente pelos ministérios da Saúde e da Educação, registra dados
com recorte das doses de vacinas aplicadas no espaço educacional, o que
representa uma inovação no acompanhamento vacinal.
O
Saúde na Escola teve uma adesão histórica no ciclo 2023/2024, alcançando 5.544
cidades, o que representa 99% do total no Brasil. No Acre, todos os 22
municípios aderiram ao programa. Para fortalecer suas ações, o Ministério da
Saúde repassou R$ 150 milhões a estados e municípios, com foco na ampliação da
cobertura vacinal, redução de doenças imunopreveníveis, além de ações de
combate à desinformação e conscientização. Desse total, R$ 757 mil serão
destinados aos municípios acreanos. A previsão é que mais de 146 mil alunos
sejam contemplados pelo PSE no estado.
A
mobilização nacional deste ano, realizada dentro das escolas, alavancou a
aplicação de doses no país. Em abril, foram registradas 212,1 mil doses
aplicadas em crianças e adolescentes, ou seja, 10 vezes mais que as realizadas
no mês anterior (20,6 mil). Já o mês de maio responde pelo pico de 583,7 mil
doses, o que representa mais de 25 vezes em relação a março.
“Estamos
mostrando que já começamos a recuperar esse grande esforço de salvar vidas no
Brasil, por meio do nosso Programa Nacional de Imunizações (PNI). Ultrapassamos
um milhão de crianças vacinadas nas escolas. Além disso, das 16 vacinas do
calendário nacional, tivemos aumento em 15 e apenas uma manteve-se estável. Até
o final do ano, continuaremos intensificando nossas ações de vacinação”,
destacou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Vinte
e cinco tipos de vacinas do calendário nacional - como HPV, BCG, Covid-19, dengue, febre amarela, meningite, influenza, poliomielite, sarampo, caxumba, rubéola e outras doenças imunopreveníveis - já
foram aplicadas em ambiente escolar em estudantes de 4,1 mil municípios, ou
seja, 74% das cidades brasileiras.
“Em
nome da Unicef, parabenizo o Ministério da Saúde pelos avanços na imunização de
crianças e adolescentes no Brasil. Sem sombra de dúvida, o país é uma
referência mundial. Como foi apresentado aqui, o Brasil já alcançou a meta de
cobertura de alguns imunizantes importantes para a infância e a
adolescência. Parabenizo, também, pelas estratégias utilizadas, não apenas pelo
microplanejamento, mas por todo o esforço de envolver a educação junto com a
saúde”, afirmou a chefe de Saúde e Nutrição da Unicef no Brasil, Luciana Phebo.
Avanços
na cobertura vacinal no Brasil
O
avanço da vacinação entre crianças e adolescentes também se reflete fora do
ambiente escolar.
Em
2025, o Brasil registrou aumento na cobertura de 15 das 16 vacinas do
calendário nacional, revertendo o cenário de queda desde 2016. Esse progresso
foi possível graças à retomada do Programa Nacional de Imunizações (PNI), às grandes
mobilizações nacionais - como o Dia D - e à garantia do abastecimento de
imunizantes em todo o país.
O
aumento da cobertura das 15 vacinas se refere ao primeiro quadrimestre de 2025
na comparação ao mesmo período de 2024:
- Tríplice Viral D1: de 86,59% para 91,86%
- Pneumo10 (1º
reforço):
de 80,66% para 89,13%
- Meningocócica C (1º reforço): de 72,50%
para 88,35%
- BCG: de 63,59%
para 88,29%
- Pneumo10
(dose inicial): de 79,65% para 85,93%
- Hepatite B (<30): de 63,50%
para 84,93%
- Meningo C:
de 69,72% para 84,31%
- Penta: de 82,37% para 84,22%
- Rotavírus: 79,20% para 82,34%
- VOPb: de 74,14%
para 79,34%
- Febre Amarela: 72,59% para
78,88%
- Hepatite A: de 71,75% para 78,17%
- DTP (1º reforço): de 74,49%
para 81,97%
- Tríplice
Viral (dose de reforço): de 61,62% para 72,89%
- Varicela: de 64,12% para 67,5%
Vale
destacar que, no ano passado, o Brasil recebeu a certificação de
eliminação do sarampo como problema de saúde pública (título perdido em 2019)
em vista desses avanços, especialmente da vacina tríplice viral, que
ultrapassou a meta de 95% de cobertura nacional em 2024, considerando todo o
ano.
Vacinação
contra HPV também avança no Brasil
O
Brasil ampliou a vacinação contra HPV na população entre 9 e 14 anos. Em
meninas, a cobertura aumentou para 82,77% em 2024 na comparação com 78,38% em
2022. Já nos meninos, esse percentual foi ampliado para 67,21% em 2024 contra
45,43% em 2022.
“Vocês
estão aqui, vivos, sem paralisia infantil e muitos sem nunca terem tido sarampo
porque, um dia, seu pai ou sua mãe levou você para vacinar, enfrentando, muitas
vezes, situações muito mais difíceis para isso”, afirmou Padilha, ao reforçar a
importância do papel dos pais, das mães e dos responsáveis na vacinação dos
filhos.
Também
contribuíram para o avanço da vacinação e da qualificação dos dados no país as
ações de vacinação microplanejadas e adaptadas à realidade de cada
região, o combate à desinformação e as melhorias nos sistemas de informação e
no registro das doses.
Fonte _ Saúde.gov
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