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sexta-feira, 18 de julho de 2025

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Surto de sarampo na Bolívia: com sete municípios em região de fronteira, AC não tem casos da doença há 24 anos

Bolívia tem mais de 100 casos confirmados da doença e, por conta disso, saúde acreana reforçou imunização e decretou emergência na última quinta-feira (17).

Dez dias após o Acre emitir um alerta para o surto de sarampo após casos na Bolívia, a Saúde acreana decretou emergência na última quinta-feira (17) e reforçou medidas de prevenção, principalmente nas cidades que fazem fronteira com o país vizinho. O último caso de sarampo registrado no Acre foi em 2000, segundo a Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre).

A fronteira entre o Acre e a Bolívia possui uma extensão de, aproximadamente, 618 km e, dentre os 22 municípios acreanos, sete fazem fronteira. São eles: Assis Brasil, Brasileia, Epitaciolândia, Xapuri, Capixaba, Plácido de Castro e Acrelândia.

Para evitar a reintrodução do vírus que não circula no estado há mais de 24 anos, municípios como Brasiléia, Epitaciolândia e Assis Brasil, na regional do Alto Acre, iniciaram um mutirão de vacinação esta semana.

Segundo a Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre), por se tratar de uma doença contagiosa e com circulação confirmada no país vizinho, a vigilância precisa ser redobrada, especialmente em áreas de fronteira.

“Nesse momento, o público-alvo foi ampliado. Estamos aplicando a chamada dose zero em crianças a partir de seis meses e até menores de um ano. Já a vacina de rotina, que faz parte do calendário básico, começa a partir de um ano de idade”, explicou a técnica de enfermagem Gilmara Lopes ao Bom dia Acre.

Segundo Gilmara, uma das principais dúvidas da população é sobre a anotação na carteira de vacinação. A vacina pode aparecer com diferentes siglas.

“Pode estar escrita como TV (tríplice viral), DV (dupla viral) ou até como tetra viral, que é aplicada em crianças de um ano e três meses. Se a pessoa tiver dúvida, é só levar a caderneta até uma unidade de saúde. A gente confere e, se necessário, aplica a dose”, afirmou a técnica.

As demais orientações dadas pela profissional são:

  • Quem tem entre 1 e 29 anos precisa de duas doses;
  • Quem tem entre 30 e 59 anos, uma dose é suficiente;
  • Acima de 60 anos, a vacina não faz parte do calendário regular, mas pode ser indicada em situações específicas, com prescrição médica.

O que é o sarampo?

O sarampo é uma infecção viral altamente contagiosa e transmitida por gotículas liberadas ao falar, tossir ou espirrar. Os principais sintomas incluem febre alta, tosse seca, manchas vermelhas no corpo, conjuntivite e coriza. Em casos mais graves, pode evoluir para pneumonia, meningite e até levar à morte.

“A vacina é a única proteção que temos. Não existe medicação para o sarampo, então, se a pessoa está vacinada, está protegida. É isso que garante o bloqueio da doença e evita que o vírus entre no país”, reforçou.

No Acre, todas as salas de vacinação estão abastecidas, segundo o Plano Nacional de Imunizações (PNI-AC). Somente na última semana, o estado recebeu mais de 36 mil doses do imunizante.

Em caso de sintomas gripais ou suspeita de sarampo, recomenda-se evitar aglomerações e usar máscara. Medidas simples como higienizar as mãos com frequência e manter os ambientes ventilados também ajudam a reduzir os riscos de transmissão.

Caso apresente os sinais e sintomas da doença, a recomendação é procurar a assistência em saúde imediatamente e evitar o contato com outras pessoas.

Fonte _ G1 Acre

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