Surto
de sarampo na Bolívia: com sete municípios em região de
fronteira, AC não tem casos da doença há 24 anos
Bolívia
tem mais de 100 casos confirmados da doença e, por conta disso, saúde acreana
reforçou imunização e decretou emergência na última quinta-feira (17).
Dez
dias após o Acre emitir um alerta para o surto de sarampo após
casos na Bolívia, a
Saúde acreana decretou emergência na última quinta-feira
(17) e
reforçou medidas de prevenção, principalmente nas cidades que fazem
fronteira com o país vizinho. O último caso de sarampo registrado no
Acre foi em 2000, segundo a Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre).
A
fronteira entre o Acre e a Bolívia possui uma extensão de, aproximadamente, 618
km e, dentre os 22 municípios acreanos, sete fazem fronteira. São eles: Assis
Brasil, Brasileia, Epitaciolândia, Xapuri, Capixaba, Plácido de Castro e
Acrelândia.
Para
evitar a reintrodução do vírus que não circula no estado há mais de 24
anos, municípios como Brasiléia, Epitaciolândia e Assis Brasil, na regional
do Alto Acre, iniciaram
um mutirão de vacinação esta semana.
Segundo
a Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre), por se tratar de uma doença contagiosa
e com circulação confirmada no país vizinho, a vigilância precisa ser
redobrada, especialmente em áreas de fronteira.
“Nesse
momento, o público-alvo foi ampliado. Estamos aplicando a chamada
dose zero em crianças a partir de seis meses e até menores de um ano. Já a
vacina de rotina, que faz parte do calendário básico, começa a partir de um ano
de idade”, explicou a técnica de enfermagem Gilmara Lopes ao Bom dia Acre.
Segundo
Gilmara, uma das principais dúvidas da população é sobre a anotação na carteira
de vacinação. A vacina pode aparecer com diferentes siglas.
“Pode
estar escrita como TV (tríplice viral), DV (dupla
viral) ou até como tetra viral, que é aplicada em crianças
de um ano e três meses. Se a pessoa tiver dúvida, é só levar a caderneta até
uma unidade de saúde. A gente confere e, se necessário, aplica a dose”, afirmou
a técnica.
As
demais orientações dadas pela profissional são:
- Quem tem
entre 1 e 29 anos precisa de duas doses;
- Quem tem
entre 30 e 59 anos, uma dose é suficiente;
- Acima de 60
anos, a vacina não faz parte do calendário regular, mas pode ser indicada
em situações específicas, com prescrição médica.
O
que é o sarampo?
O
sarampo é uma infecção viral altamente contagiosa e transmitida por gotículas
liberadas ao falar, tossir ou espirrar. Os principais sintomas incluem
febre alta, tosse seca, manchas vermelhas no corpo, conjuntivite e coriza. Em
casos mais graves, pode evoluir para pneumonia, meningite e até levar à morte.
“A
vacina é a única proteção que temos. Não existe medicação para o sarampo,
então, se a pessoa está vacinada, está protegida. É isso que garante o bloqueio
da doença e evita que o vírus entre no país”, reforçou.
No
Acre, todas as salas de vacinação estão abastecidas, segundo o Plano Nacional
de Imunizações (PNI-AC). Somente na última semana, o estado recebeu mais
de 36 mil doses do imunizante.
Em
caso de sintomas gripais ou suspeita de sarampo, recomenda-se evitar
aglomerações e usar máscara. Medidas simples como higienizar as mãos com
frequência e manter os ambientes ventilados também ajudam a reduzir os riscos
de transmissão.
Caso
apresente os sinais e sintomas da doença, a recomendação é procurar a
assistência em saúde imediatamente e evitar o contato com outras pessoas.
Fonte _ G1 Acre
Nenhum comentário:
Postar um comentário