Implanon,
o implante contraceptivo que dura até 3 anos, estará disponível para as
brasileiras no Sistema Único de Saúde (SUS) até o final deste ano. Na rede
privada, o implante custa até R$ 4 mil. “É uma excelente notícia! Estudos
controlados demonstram a maior segurança e eficácia de métodos contraceptivos
de longa duração, como o Dispositivo Intrauterino (DIU) e o Implanon. O
implante tem taxas de eficácia igual ou até superior a laqueadura”, afirma o
conselheiro federal Renée Costa, coordenador da Câmara Técnica de Enfermagem em
Saúde da Mulher do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen).
Enfermeiros
devidamente capacitados podem realizar a inserção do implanon, conforme o Parecer 277/217 e a resolução Cofen
690/2022. Inserido logo abaixo da pele do braço, o Implanon é um
pequeno bastão de plástico, com 4 cm de comprimento e 2 mm de diâmetro, que
contém 68 mg de etonogestrel e vai sendo liberado em pequena quantidade
continuamente na corrente sanguínea. A ação impede que o óvulo seja liberado do
ovário e também altera a secreção do colo do útero, dificultando a entrada dos
espermatozoides.
Segundo
o Ministério da Saúde, até 2026, serão distribuídos 1,8 milhão de dispositivos.
Após a publicação da portaria que a incorporação ao SUS, as áreas técnicas
terão 180 dias para efetivar o acesso, que envolve etapas de atualização das
diretrizes clínicas e também a compra e a distribuição do insumo.
Alta
eficácia
Métodos
contraceptivos que dependem de conduta ativa dos usuários têm altas taxas de insucesso a longo prazo. Em 10 anos, com
o uso típico de camisinha, 9 em cada 10 mulheres engravidam. Seis em cada 10
mulheres que usam contraceptivo oral engravidam ao longo de 10 anos. Com o
implante hormonal, a taxa de gravidez ao longo de uma década é de 1 em 100. O
levantamento considerou o uso típico, incluindo falha humana.
O
Implanon já era disponibilizado para públicos específicos no SUS, incluindo
mulheres com HIV/AIDS em uso de dolutegravir; mulheres em uso de talidomida;
privadas de liberdade; trabalhadoras do sexo; e em tratamento de tuberculose em
uso de aminoglicosídeos.
Fonte _ Cofen
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