O
presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou o Projeto
de Lei nº 14.581, de 2023, que abre crédito especial de R$ 7,3 bilhões
no orçamento do Fundo Nacional de Saúde para garantir a estados e municípios o
pagamento do piso nacional dos trabalhadores da enfermagem. A medida foi
publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira, 12/5, Dia Internacional
da Enfermagem.
O
novo piso salarial dos enfermeiros contratados sob o regime da Consolidação das
Leis do Trabalho (CLT) é de R$4.750, conforme definido pela Lei
nº 14.434. Os técnicos de enfermagem recebem no mínimo 70% desse valor
(R$3.325) e os auxiliares de enfermagem e as parteiras, 50% (R$2.375). O piso
vale para trabalhadores dos setores público e privado.
O
levantamento mais recente do Conselho Federal de Enfermagem aponta que,
atualmente, há mais de 2,8 milhões de profissionais do setor no país, entre
693,4 mil enfermeiros, 450 mil auxiliares de enfermagem e 1,66 milhão de
técnicos de enfermagem.
Em
relação às parteiras, estimativas do Ministério da Saúde indicam que existem
cerca de 60 mil em todo o Brasil, contribuindo para 450 mil partos por ano. As
parteiras são responsáveis por cerca de 20% dos nascimentos na área rural,
percentual que chega ao dobro nas regiões Norte e Nordeste.
Dia
Internacional da Enfermagem
O Dia
Internacional da Enfermagem homenageia Florence Nightingale,
nascida em 12/5/1820. Enfermeira pioneira no tratamento a feridos de guerra,
sua obra revolucionária e avançada para a época, teve profundo impacto na saúde
e na reorganização dos serviços de saúde em âmbito mundial, sendo considerada
um marco na profissionalização da enfermagem moderna.
No
Brasil, além do Dia da Enfermagem, entre 12 e 20 de maio comemora-se a Semana
da Enfermagem, instituída em meados dos anos 40, em homenagem a Florence
Nigthingale e a Ana Néri, enfermeira brasileira nascida em 13/12/1814. Ana
colocou-se à disposição do Exército Brasileiro para ir à Guerra do Paraguai
como auxiliar do corpo de saúde. É considerada a primeira enfermeira voluntária
do Brasil.
Ações
em série
Desde
que tomou posse, o Governo Federal tem trabalhado para valorizar o papel dos
profissionais que atuam na área da saúde. Em janeiro, o presidente Lula
sancionou o Projeto de Lei nº 1.802, que ajusta a legislação e define que
agentes comunitários de saúde e agentes de combate às endemias são
profissionais de saúde.
A
medida fortalece a atenção básica, estabelece direitos e valoriza a importância
dos profissionais que atuam na ponta, próximos à realidade da população. No
país, são 265 mil agentes comunitários, que atuam no campo da Saúde da Família,
na prevenção de doenças e na promoção da saúde em ações domiciliares,
comunitárias, individuais e coletivas. Além deles, outros 61 mil profissionais
de combate às endemias atuam na vigilância epidemiológica, na prevenção e
controle de doenças e promoção da saúde.
Adicionalmente,
o Governo Federal retomou o Mais Médicos e prevê a contratação de 15 mil
profissionais até o fim do ano. Um primeiro
edital para seis mil vagas em todas as Unidades da Federação já
foi publicado. As bolsas são de cerca de R$12,8 mil, acrescidas de ajuda de
custo de moradia. O investimento previsto por parte do Governo Federal é de
R$712 milhões neste ano.
Na
semana passada, o Governo Federal reforçou também a política de atenção à
prevenção e ao tratamento odontológico. O Brasil Sorridente foi integrado ao
SUS como política nacional de saúde bucal, que prevê investimentos públicos de
cerca de R$136,9 milhões para a contratação de 3.685 novas equipes de saúde
bucal que atuarão em todo o Brasil.
Fonte_Saúde
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