Imuniza SUS

quinta-feira, 11 de abril de 2024

Mais equipes, Menos espera: entenda a reconstrução da Saúde da Família


 

Como foi seu último atendimento em uma Unidade Básica de Saúde (UBS)?” Perguntas assim, direcionadas diretamente à população, são uma das bases da reconstrução da Estratégia de Saúde da Família (ESF). Nesta quinta-feira (11) o secretário de Atenção Primária à Saúde (Saps), Felipe Proenço, e a ministra da Saúde, Nísia Trindade, detalharam, em entrevista coletiva, como vai funcionar o processo.

Completando 30 anos em 2024, a ESF é uma das políticas de maior sucesso do SUS e passará por uma reestruturação para o resgate do foco nas pessoas e no cuidado, como anunciado na última segunda-feira (8) pela ministra, ao lado do presidente Lula.

“Tivemos uma perda grande nos últimos quatro anos, visto que havia uma orientação estratégica diferente para o programa feita pelo governo anterior. Então vamos reconstruí-lo, tendo como norte a qualidade”, pontuou a ministra da Saúde. “Trata-se de uma área fundamental, que consegue a resolução de 80% dos problemas de saúde”, acrescentou.

Responsável por explicar as mudanças na estratégia de atuação do programa, o secretário Felipe Proenço resumiu: "É um novo momento para a saúde da família". E acrescentou que a forma de atendimento será totalmente diversa. “Serão mais equipes que vão trabalhar com um tamanho de população adequado. Assim, vamos poder olhar para o horário de funcionamento das UBS e analisar a satisfação das pessoas que estão sendo atendidas”, explicou. Entre as dificuldades citadas pelo secretário e encontradas pela atual gestão, estava a ausência de um médico em 4 mil dessas equipes que atendem os territórios.


Uma gestão que prioriza pessoas

As mudanças passam pela disponibilização de uma ferramenta de avaliação do atendimento, em uma interface com o SUS Digital, e por um modelo que prioriza o retorno das visitas domiciliares. Sabe aquele profissional que bate à porta para perguntar se todos os moradores da casa estão com o cartão de vacinação em dia, que verifica a pressão de hipertensos e pergunta como está a retirada de medicamentos na farmácia da UBS ou na rede credenciada ao Farmácia Popular?

Ele está fazendo o uso deste importante instrumento e é fundamental para as ações de atendimento, educativas ou assistenciais. As visitas também ampliam o vínculo e o acompanhamento territorial, um componente fundamental para o sucesso da Estratégia Saúde da Família. Além disso, uma nova forma de financiamento será um dos pilares da qualidade e indução de boas práticas na reconstrução da ESF.

As equipes de saúde da família podem receber de R$ 24 mil a R$ 30 mil em 2024, podendo chegar até R$ 34 mil em 2025, acima da média atual de 21 mil reais. O valor varia de acordo com o número de pessoas acompanhadas por cada equipe, que pode chegar até 3 mil pessoas, readequando o parâmetro atual que dificultava o atendimento de qualidade pelas equipes. Além disso, uma parte desse recurso prevê incentivo para os integrantes das equipes.

Na forma de financiamento anterior, as equipes eram pagas por número de pessoas credenciadas na atenção primária, o que não significa que essas pessoas eram de fato acompanhadas pelas equipes de saúde. O resultado disso foi sobrecarga para as equipes, dificuldade de acesso e atendimento para a população.

Meta é reduzir vazios assistenciais e diminuir o tempo de espera

O Ministério da Saúde traçou a meta de implementar 2.360 Equipes de Saúde da Família, 3.030 Equipes de Saúde Bucal e mil multiprofissionais por ano até 2026. Com isso, o SUS alcançará a meta de 80% da cobertura em 2026. A retomada do número de profissionais começou ainda no ano passado, com aumento de 52% no número de equipes implementadas em todo o país, totalizando 2.198. Isso resultou na ampliação das consultas médicas em 16% e dos procedimentos em 29% em relação a 2022.

Essa reestruturação significa uma diminuição da sobrecarga de trabalho para as equipes, melhorando a proporção entre pessoas cuidadas e profissionais contratados. Para a população, os benefícios também são sensíveis com a chegada de profissionais a regiões antes desassistidas e a diminuição do tempo de espera para conseguir uma consulta ou procedimento.

O reconhecimento da importância das equipes multiprofissionais é uma das chaves deste eixo. Compostas por profissionais de diferentes áreas do conhecimento, como nutricionistas, fisioterapeutas, terapeutas, psicólogos, assistentes sociais e outros, nenhuma equipe multiprofissional foi criada entre 2019 e 2022. Por outro lado, apenas em 2023 foram mais de 3 mil. Isso vale para a Saúde Bucal, por meio do programa Brasil Sorridente. Em média, 385 equipes eram criadas por ano no período anterior. No ano passado, esse número saltou para 2.771 novas equipes.

Mais Médicos, retomado em 2023, seguiu a mesma tendência, com recorde de 25.21 profissionais em atuação em todo o Brasil, 85% mais do que em 2022. Hoje, 60% dos médicos dos municípios mais pobres são do programa. Nesta semana, mais 1,6 mil médicos chegam a 651 municípios.

O trabalho integrado com os Agentes Comunitários de Saúde (ACSs) e de Combate às Endemias (ACEs) também será aprimorado. O ministério ampliou o programa de qualificação – Mais Saúde com Agente – em uma representação de mais vínculo com a população, mais integração entre a atenção primária e a vigilância, e mais agentes de saúde cuidando dos usuários do SUS. Ainda em 2024, a pasta abre inscrições para a segunda turma com 180 mil vagas. Com a ação, toda a categoria atuante no SUS será contemplada, isso porque 176 mil agentes já foram diplomados em 2023. 

Além disso, o governo federal expande a comunicação com os agentes. Um novo canal de WhatsApp para disponibilizar informações oficiais está disponível desde segunda (8) para os 360 mil profissionais em atuação no país. No Youtube, um videocast ganha destaque: programa semanal com atualidades, pautas de interesse e interação com os agentes. Por fim, a ampliação do aplicativo para os Agentes Comunitários de Saúde, por meio de smartphone e tablet, atualizando as visitas à população em tempo real e recebendo informações oficiais.


Saúde da Família é sinônimo de menor mortalidade infantil

Estudos comprovam que o aumento da cobertura da estratégia reduz a mortalidade infantil, as chances de contrair tuberculose, os riscos de internação e reinternação hospitalar, além dos perigos de infarto e derrame. Com impactos mais significativos em grupos socialmente vulneráveis.

Apesar disso, a ESF havia sido descaracterizada nos últimos anos, com o deslocamento do foco do programa: saiu a população, o território e a qualidade no atendimento e entrou o cadastramento simplificado. As iniciativas da atual gestão da Saúde retomarão a lógica inicial da Saúde da Família, com foco na atenção integral, a partir de dois eixos: ampliação do número de profissionais e um novo modelo de gestão.

Acompanhe a transmissão da entrevista coletiva

Acesse a apresentação dos slides

Fonte_Ministério da Saúde

Ministra Nísia Trindade anuncia investimentos em Enfermagem na Saúde da Família

 


A ministra da Saúde, Nísia Trindade, anunciou em uma coletiva de imprensa nesta quinta-feira (11) a nova estratégia de Saúde da Família. Com a meta já estabelecida de implementar 2.360 equipes de saúde da família por ano até 2026, Nísia destacou a Enfermagem como um dos pilares desta política de eliminar o que chamou de “vazios assistenciais”.

“Sabemos que a saúde da família envolve ainda os profissionais de enfermagem, os agentes comunitários de saúde, os agentes de endemias e as equipes do Brasil Sorridente”, elencou.

Nesta mesma coletiva, o Ministério da Saúde discorreu em detalhes como será o processo de reestruturação da Estratégia de Saúde da Família. Entre as mudanças, será implementada uma ferramenta de avaliação do atendimento, conectada com o SUS Digital, num modelo que dá prioridade ao retorno nas visitas domiciliares.

A ideia, de acordo com o governo, é retomar o formato de atendimento no qual o profissional de Saúde, tipicamente de Enfermagem ou agente comunitário, bate de porta em porta para questionar os moradores do domicílio se estão com o cartão de vacinação em dia, verificar a pressão dos eventuais hipertensos e verificar a retirada de medicamentos na farmácia da unidade básica de saúde mais próxima ou no programa Farmácia Popular.

“As visitas também ampliam o vínculo e o acompanhamento territorial, um componente fundamental para o sucesso da Estratégia Saúde da Família. Além disso, uma nova forma de financiamento será um dos pilares da qualidade e indução de boas práticas na reconstrução da ESF [Estratégia de Saúde da Família]”, destacou o ministério.

Nova remuneração – A reestruturação prevê uma nova forma de financiamento como um dos pilares de qualidade do atendimento e indução de boas práticas. No formato anterior, as equipes de saúde da família eram pagas por número de pessoas credenciadas na atenção primária, o que, segundo a pasta, não significa que essas pessoas eram de fato acompanhadas pelas profissionais. “O resultado disso foi sobrecarga para as equipes, dificuldade de acesso e atendimento para a população”.

Com o novo modelo, as equipes de saúde da família podem receber de R$ 24 mil a R$ 30 mil ao longo de 2024 e até R$ 34 mil em 2025, valores acima da média atual de R$ 21 mil. O montante varia de acordo com o número de pessoas acompanhadas por cada equipe, limitado a até 3 mil pessoas. O objetivo é diminuir a sobrecarga das equipes e diminuir os “vazios assistenciais”.

Papel da Enfermagem na Saúde em Família – A ESF estão associadas à redução da mortalidade infantil e melhoria dos indicadores de Saúde das populações e a uma maior efetividade dos sistemas de saúde em todo o planeta. Os profissionais de Enfermagem têm um papel fundamental, tanto na assistência quanto na gestão dos trabalhos. O vínculo com a população reforça o compromisso dos profissionais com os usuários e a comunidade, permitindo o diagnóstico da situação individual, social e epidemiológica, direcionando ações e encaminhamentos.

Fonte_ COFEN

Boletim Informativo COFEN

 

90ª edição – 03/2024

Preservando a autonomia da Enfermagem, a Justiça Federal reafirmou a legalidade da Resolução 703/2022, que versa sobre a realização de punção arterial por enfermeiros, e a autoridade do Cofen para regulamentar práticas profissionais.

Acompanhe, nesta edição, novidades sobre a implementação do Piso Salarial, dimensionamento, análise do cenário epidemiológico e muito mais. No momento em que a epidemia de dengue põe a Enfermagem novamente à prova, reforçamos a importância da vacinação e do combate ao mosquito aedes aegypti, vetor da doença.



Enfermeiros podem fazer punção arterial, reforça Justiça Federal

A Justiça Federal determinou que a Resolução 703/2022, a qual regulamenta a realização de punção arterial por enfermeiros, não contradiz a Lei do Ato Médico. A decisão é uma resposta ao pedido liminar movido pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).

Para Charles Renaud, juiz responsável pela decisão, não há registro de incidentes ou erros graves que justifiquem o pedido de impedimento. A presidente do Cofen, Betânia Santos, enfatiza que é responsabilidade apenas do Conselho Federal a delimitação de regras para a atuação profissional da categoria. Leia mais.



Seminário sobre carreira única no SUS foca no protagonismo da Enfermagem

O evento “Carreiras no SUS: Obstáculos e Alternativas” reuniu entidades de saúde para discutir recomposição salarial justa e a valorização do trabalho dos profissionais do SUS nas três esferas do governo. Esse foi o terceiro encontro entre representantes, que já discutiram, em edições anteriores, regionalização dos serviços e financiamento do setor. Leia mais

Infecção por tuberculose adoece cerca de 80 mil brasileiros por ano

A média de infecções nas últimas décadas indica que a doença, fortemente estigmatizada, ainda é prevalente no Brasil. Em 2022, foram mais de 5,8 milhões de mortes por tuberculose. Quem contrai a doença pode receber tratamento gratuito pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Enfermeiros têm competência para prescrever medicamentos e solicitar testes. Leia mais

MEC prorroga suspensão de EaD na Enfermagem por mais 90 dias

Foram prorrogados até maio todos os processos de autorização para cursos de graduação remotos. Segundo o Ministério da Educação (MEC), a regulamentação para o ensino à distância (EaD) em cursos de Enfermagem e outras áreas está em processo. Leia mais

Cofen e Ministério do Trabalho articulam criação de grupo destinado a garantir condições para migração segura de enfermeiros

Diálogo com governos estrangeiros e recrutamento seguro de enfermeiros para os serviços em outros países foram temas do encontro entre o Cofen e o Ministério do Trabalho. Em 2022, o convênio firmado com a Alemanha recrutou 119 profissionais brasileiros. Leia mais

Quem descumpre Piso da Enfermagem está contraindo poupança negativa

Desde setembro do ano passado, o Piso Salarial da Enfermagem deve ser pago pelo setor privado. Contratantes que descumprem a decisão judicial corroboram para uma poupança negativa, que deverá ser paga com correção monetária. Leia mais

Livro Retratos do Cuidar ilustra essência da Enfermagem brasileira

Histórias da Enfermagem brasileira são contadas por meio de fotografias que registram experiências pessoais e profissionais no livro Retratos do Cuidar. A obra viaja por clínicas e UTIs em diferentes partes do país, cenários de momentos de superação e repentinas mudanças de vida. Leia mais

Negociações sobre os pagamentos do piso salarial chega ao fim sem acordo

Tribunal Superior do Trabalho (TST) deu como encerradas as negociações quanto ao pagamento do piso salarial para técnicos e enfermeiros. Como não houve acordo entre as partes, a questão deve ser resolvida por meio de dissídio. A Lei 14.434/22 fixa o piso em R$ 4.750 para enfermeiros, R$ 3.325 para técnicos e R$ 2.375 para auxiliares e parteiras. Leia mais

Cofen aprova parecer normativo sobre dimensionamento da equipe de Enfermagem

O Cofen aprovou o Parecer Normativo 01/2024, substituindo a Resolução Cofen 543/2017 sobre o dimensionamento, após decisão judicial. A norma estabelece parâmetros para nortear o cálculo das equipes e prevê a responsabilidade compartilhada entre o enfermeiro e os seus gestores. São preservadas as determinações da Lei do Exercício Profissional da EnfermagemLeia mais

Câmara dos Deputados vai analisar PL sobre dimensionamento de Enfermagem

O deputado federal Emanuel Pinheiro Neto (MDB-MT) apresentou o Projeto de Lei 930/2024, que dispõe sobre a regulamentação do dimensionamento das equipes de Enfermagem. A proposta traria mais segurança jurídica, pois a matéria é atualmente regulamentada por norma infralegal. Leia mais

STF suspende decretos que dispensavam a vacinação contra covid-19 em escolas de SC

O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) acatou pedido do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) em defesa da vacinação. A corte reforçou a legitimidade do Ministério da Saúde para definir políticas sanitárias. A vacinação contra covid-19 foi incluída no Plano Nacional de Imunização (PNI), o que impede municípios de dispensarem a obrigatoriedade. Leia mais


 

Dengue atinge recorde histórico no Brasil

O número de casos prováveis de dengue em 2024 já supera o registrado durante todo o ano anterior. As cicatrizes de quatro anos de covid-19 ainda estão à flor da pele, mas o sistema público de saúde do Brasil se vê, mais uma vez, pressionado. O crescimento da dengue, uma doença com epidemia sazonal no país desde os anos 1980, mostra que a Enfermagem precisa reafirmar protagonismo na atenção primária em Saúde. Confira a íntegra do artigo publicado na Revista Carta Capital.

Desafios éticos, econômicos e tecnológicos enfrentados pela Enfermagem global são tema do 26º CBCENF

Você é nosso convidado para o maior evento anual de saúde da América Latina. O 26º Congresso Brasileiro dos Conselhos de Enfermagem acontecerá de 16 até 19 de setembro, em Recife, com transmissão simultânea, democratizando o acesso aos profissionais e estudantes de todo o país. Leia mais

12º Seminário Institucional do Cofen reforça o compromisso com a Enfermagem

Conselheiros, assessores e gestores do Cofen se reuniram na 12º edição do Seminário Institucional. Com foco em transformações do setor público, o evento promoveu a qualificação e integração estratégica dos empregados públicos, reforçando o compromisso da equipe com a Enfermagem. Leia mais



 

Cinema em Casa

 

Lançamentos/Abril


Guerra Civil

Em Guerra Civil, um grupo pioneiro de jornalistas de guerra é enviado para registrar o cenário violento que tomou conta dos Estados Unidos após uma guerra civil eclodir.

Conforme o confronto se intensifica, eles acabam se tornando alvos em meio a um embate entre as forças armadas, civis e a Casa Branca.



 

Evidencias dos Amor

Inspirado na música Evidências, de Chitãozinha & Xororó, o filme acompanha os encontros e desencontros de um casal.



 

Ghostbusters: apocalipse do gelo

A família Spengler retorna para a famosa estação de bombeiros em Nova York e agora os caçadores das duas gerações precisam enfrentar uma força mal para salvar o mundo.



 

A primeira profecia

Margaret é uma jovem que se muda para Roma para viver a serviço da igreja. Ao chegar no local, ela logo tem contato com as jovens meninas que também moram no convento. Logo, uma série de suspeitos acontecimentos começa a rondar uma das jovens. Os pequenos surtos e ocorrências se tornam frequentes, colocando Margaret à frente de uma poderosa energia do mal que a faz questionar sua própria fé e sua confiança na igreja.



 

O sabor da vida

O longa conta a história de Eugenie, uma conceituada cozinheira, e Dodin, com quem trabalha há 20 anos.



 

Um gato de sorte

Quando um gato mimado perde sua nona vida, ele entra uma jornada transformadora.






Streaming

Finestkind

É um drama criminal dirigido por Brian Helgeland (Coração de Cavaleiro, Lendas do Crime), que acompanha a história dos irmãos Tom (Ben Foster) e Charlie (Toby Wallace), que cresceram separados e acabam se reencontrando já adultos durante um verão. Unidos por circunstâncias preocupantes, os irmãos são obrigados a fazer um acordo com um grupo de criminosos. Porém, várias pessoas acabam se envolvendo na trama, incluindo a jovem Mabel (Jenna Ortega).


 

Palmer

Acompanhamos a vida do ex-astro do futebol americano, Eddie Palmer (Justin Timberlake) que passou de herói local a criminoso condenado. Após 12 anos preso por tentativa de homicídio, ele volta a morar com Vivian (June Squibb), a avó que o criou. Enquanto tenta manter sua cabeça baixa e reconstruir uma vida tranquila para si mesmo, Palmer é assombrado pelas memórias de seus dias de glória e pelos olhos desconfiados dos moradores da pequena cidade de Louisiana.

As coisas ficam mais complicadas quando Shelly (Juno Temple), vizinha de longa data de Vivian, desaparece e abandona Sam (Ryder Allen), seu filho único de 7 anos, deixando aos cuidados de Palmer. Por ser uma criança não-binária, ele é muitas vezes alvo de bullying. Vendo isso, o ex-astro do futebol americano começa a estabelecer uma conexão com Sam por compartilhar da mesma experiência de se sentir diferente por aqueles ao seu redor.

A vida melhora para Palmer, e um romance se desenvolve entre ele e a professora de Sam, Maggie (Alisha Wainwright). Uma jornada inspiradora e inesperada se desenrola para os três, mas logo o passado de Palmer ameaça destruir esta nova vida.


 

O Cavaleiro Solitário

Colby, Texas, 1869. John Reid (Armie Hammer) é um advogado que acaba de retornar à sua cidade-natal, onde vive seu irmão Dan (James Badge Dale), a cunhada Rebecca (Ruth Wilson) e o sobrinho Danny (Bryant Prince). John está disposto a cumprir a justiça ao pé da letra, levando os criminosos ao tribunal, apesar da resistência local. Ao acompanhar o irmão e outros Texas Rangers em uma patrulha pelo deserto, o grupo é atacado pelos capangas de Butch Cavendish (William Fichtner), um bandido que tem a fama de comer carne humana. Todos são assassinados, com exceção de John, que fica à beira da morte. O índio Tonto (Johnny Depp) o encontra e, ao perceber que um cavalo branco escolhe John, passa a ajudá-lo. Tonto acredita que John foi escolhido por um mensageiro espiritual e que, como voltou da morte, não pode mais ser morto. A partir de então John passa a usar uma máscara e, ao lado de Tonto, faz de tudo para reencontrar Cavendish.


 

Green Book

O Guia, Tony Lip (Viggo Mortensen), um dos maiores fanfarrões de Nova York, precisa de trabalho após sua discoteca, o Copacabana, fechar as portas. Ele conhece um um pianista e quer que Lip faça uma turnê com ele. Enquanto os dois se chocam no início, um vínculo finalmente cresce à medida que eles viajam.


 

Roman J.Israel Esq

Roman J. Israel (Denzel Washington) é um advogado determinado e honesto, acostumado a ver os outros ganharem crédito por seu bom trabalho. Ele defende que os criminosos sejam julgados de forma justa e não teme ir contra o sistema. Porém, quando seu sócio sofre um ataque cardíaco, a firma é fechada e Roman é convidado a assumir um cargo na companhia do ambicioso George Pierce (Colin Farrell), que se importa mais com o dinheiro do que com a justiça. O que ele não imaginava é que passaria a questionar seus próprios valores em meio aos perigosos bastidores do poder.




A Rede

Angela Bennett (Sandra Bullock) é uma especialista em corrigir sistemas de informática, que se vê repentinamente envolvida em uma trama pelo fato de ter recebido um disquete que revela graves segredos. Para destruí-la um esquema é criado, com a finalidade de mudar seu nome e passado. Logo ela é conhecida na polícia como prostituta, viciada e traficante.

terça-feira, 9 de abril de 2024

Internet não é terra sem lei e profissionais de Enfermagem devem seguir preceitos éticos nas redes sociais

 


A discussão sobre as fronteiras da liberdade de expressão ganhou contornos desafiadores em todo o mundo. Entre o direito de falar o que se pensa e respeitar o direito do próximo, estão se configurando diversos espectros de opinião, que oscilam de um extremo a outro. Embalado pela intensidade das relações nas redes sociais, o debate parece longe do fim e deve ganhar capítulos ainda mais interessantes, com o avanço da proposta de regulamentação das plataformas digitais que avança no Congresso Nacional.

Em que pese a falta de regulamentação específica das redes sociais, a verdade é que a internet não é terra sem lei e já existem regulamentos e dispositivos que normatizam a comunicação e a liberdade de expressão nos meios digitais. “De maneira geral, a própria Constituição estabelece os parâmetros que devemos seguir. Além disso, na esfera da Enfermagem, existem normas específicas sobre o tema e o sistema de fiscalização da ética profissional está preparado para apurar condutas indevidas”, esclarece o chefe da Assessoria de Comunicação do Conselho Federal de Enfermagem (Ascom/Cofen), Neyson Freire.

A Constituição Federal de 1988 diz que é livre a manifestação de pensamento, sendo vedado o anonimato (art. 5º, IV). Portanto, cada um é livre para se expressar como quiser, na medida em que deve se responsabilizar pelo que diz. Nesse sentido, a Convenção Americana de Direitos Humanos assegura que toda pessoa tem direito à liberdade de pensamento e de expressão (art. 13, 1), de modo que leis específicas podem e devem proibir a apologia ao ódio que constitua incitação à discriminação, à hostilidade, ao crime ou à violência (art. 13, 5).

No âmbito da Enfermagem, existe a Resolução COFEN 554, de 17 de julho de 2017, que estabelece os critérios norteadores das práticas de uso e de comportamento dos profissionais da categoria nos meios de comunicação de massa e a Resolução 716, de 02 de março de 2023, que estabelece normas, condutas e procedimentos para a gestão de mídias sociais dos próprios Conselhos de Enfermagem. “Devemos lembrar que o nosso direito termina quando começa o do outro”, pontua Freire.

O Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem (CEPE) também versa sobre o assunto, de modo que assegura a utilização de veículos de comunicação, mídias sociais e meios eletrônicos (Art. 19), por meio de relações fundamentadas no direito, na prudência, no respeito, na solidariedade e na diversidade de opinião e posição ideológica (Art. 25), resguardados os preceitos éticos e legais da profissão quanto ao conteúdo e imagem veiculados nos diferentes meios de comunicação e publicidade (Art. 53), sendo proibido produzir, inserir ou divulgar informação inverídica ou de conteúdo duvidoso sobre assunto de sua área profissional (Art. 86).

É obrigação dos profissionais de Enfermagem conhecer essas normas para entender que a liberdade de expressão não é um direito absoluto e o seu exercício exige responsabilidade, integridade e ética. Com informação e conhecimento, a comunicação nos meios digitais pode ser um indutor de relacionamentos pessoais e profissionais frutíferos, saudáveis e promissores.

Fonte_COFEN

SUS vai ampliar acesso da população a profissionais especialistas

 


Uma pessoa procura a Unidade Básica de Saúde com pressão alta e precisa de fazer exames cardiológicos para examinar o coração. Com a desestruturação e a falta de investimento na estrutura pública de saúde nos últimos anos, os serviços ficaram desarticulados. No atual modelo, a chance desse paciente cair em uma fila de espera é grande e, com isso, demorar para conseguir o exame necessário. O programa Mais Acesso a Especialistas chega para mudar essa realidade. O Sistema Único de Saúde (SUS) passa a ofertar outras possibilidades de encaminhamento, reduzindo o tempo de espera, buscando o paciente quando for necessário que ele se trate sem demora e, até mesmo, quando possível, garantindo atendimento na Atenção Primária, por telessaúde. O novo programa vai permitir um diagnóstico mais ágil e o tratamento adequado. Nesta segunda-feira (8), o Ministério da Saúde lançou um ciclo integral de cuidado, ampliando a assistência na Atenção Primária – a porta de entrada do SUS, e o acesso a especialistas.

Antes, com foco nos procedimentos, consultas e exames feitos em lugares diferentes, falta de integração entre especialistas, Médico da Família e Unidade Básica de Saúde, bem como filas sem transparência, o cuidado com a saúde não era priorizado. O novo modelo concentra a atenção no paciente e suas necessidades, reduzindo a quantidade de lugares que ele precisa ir e integrando exames, consultas e acompanhamento da saúde durante o processo. As Equipes de Saúde da Família, nas Unidades Básicas de Saúde, perto da casa das pessoas, terão o cadastro de pacientes revisado, para que atendam com qualidade, criando vínculo com os pacientes e fazendo um acompanhamento territorial, focado nas particularidades de cada região do país.


A telessaúde é uma ferramenta importante nessa nova visão de cuidado e um dos pilares do Ministério da Saúde: o programa SUS Digital. O Ministério da Saúde abriu chamada pública no início de março e, em apenas um mês, todos os 26 estados, o DF e 5.566 municípios, do total de 5.570, aderiram ao programa. Serão destinados R$ 460 milhões aos entes federados, divididos segundo critérios que visam reduzir iniquidades. Os recursos vão apoiar a elaboração e implementação dos Planos de Ação para a transformação digital. Os 10 núcleos de telessaúde encontrados no início da gestão foram ampliados e agora somam 24 núcleos, três deles com oferta nacional de telediagnóstico especializado.  

Por meio dos núcleos de telessaúde, especialistas, como cardiologistas e oftalmologistas, fazem consultas online e análise de diagnósticos de médicos que atuam na Atenção Primária, mais próxima da população. Em 2023 já foi possível atender a 1,2 mil municípios com teleeletrocardiogramas, realizando em média 6 mil laudos por dia. A iniciativa permite reduzir as barreiras geográficas, diante da dificuldade de levar profissionais especializados às regiões remotas, e assegurar o acesso da população a este atendimento.  

App ‘Meu SUS Digital’: o SUS conectado com o cidadão

A meta é permitir que cada cidadão e profissional de saúde possa monitorar o ciclo de cuidado do SUS por meio de tecnologias como o aplicativo ‘Meu SUS Digital. O app é a interface do programa SUS Digital com a população, para acesso às informações e serviços de saúde. É o prontuário do cidadão na palma da mão, com todo seu histórico, permitindo a tomada de decisões voltadas ao autocuidado.  

As funcionalidades do app ‘Meu SUS Digital’ estão sendo aprimoradas e hoje o cidadão já consegue emitir a carteira de vacinação completa, emitir o documento para retirada de absorventes pelo Farmácia Popular e acompanhar em tempo real a fila de transplantes direto pelo celular. A ferramenta soma mais de 49 milhões de downloads e conquistou o primeiro lugar entre os aplicativos de governo mais baixados.  

Ao reforçar o compromisso com a transparência, a segurança dos dados e a melhoria da saúde dos brasileiros, o aplicativo demonstra como a inovação e a saúde digital podem impactar positivamente milhões de pessoas, contribuindo para o aprimoramento do sistema de saúde pública do país.  

Reconstrução da Saúde da Família

Aprimorar o atendimento primário nas Unidades Básicas de Saúde é uma condição necessária para interferir no volume e na qualidade da demanda, ou seja, encaminhar a um médico especialista o que realmente precisa para então retornar ao médico de família para acompanhamento de rotina, após definição do diagnóstico e tratamento adequado. Com o novo ciclo de cuidado, mais equipes chegarão aonde ainda não há assistência e com parâmetros adequados de atendimento, diminuindo a espera por um profissional. Haverá ampliação no horário de atendimento, com mais equipes na mesma UBS até as 22 horas. O novo modelo volta a valorizar as visitas domiciliares, na casa da população.  

A meta do Ministério da Saúde é criar, por ano, até 2026, 2.360 Equipes de Saúde da Família, 3.030 Equipes de Saúde Bucal e 1 mil multiprofissionais. Com isso, a previsão é chegar em 80% na cobertura de pessoas com acesso e atendimento de qualidade na Atenção Primária. Em 2023, já foi possível implementar 2.198 Equipes de Saúde da Família no país, número que representa mais de 52% de aumento em relação aos últimos anos, quando eram criadas em média 1.445 equipes. A expansão correspondeu a 16% de consultas médicas e 29% de procedimentos médicos a mais do que em 2022. 

A ampliação também chegou às equipes multiprofissionais, compostas por profissionais de diferentes áreas do conhecimento, como nutricionistas, fisioterapeutas, terapeutas, psicólogos, assistentes sociais e muitos outros. O Brasil não criou equipes multiprofissionais entre 2019 e 2022, mas 3.020 equipes foram implantadas no país em 2023. Na saúde bucal, por meio do programa Brasil Sorridente, antes eram criadas, em média, 385 equipes por ano. Em 2023, esse número saltou para 2.771 novas equipes.  

Fundamental no atendimento primário do SUS é o programa Mais Médicos, retomado em 2023 após desmonte nos últimos anos. Hoje, 60% dos médicos dos municípios mais pobres são do programa. Esse alcance foi possível porque o Mais Médicos agora conta com 25.421 profissionais em atividade, 85% mais do que em 2022, quando só havia 13.726 médicos. Nesta semana, mais 1,6 mil médicos chegam em 651 municípios. 

O trabalho integrado com os Agentes Comunitários de Saúde (ACSs) e de Combate às Endemias (ACEs) também será aprimorado. O Ministério da Saúde ampliou o programa de qualificação – Mais Saúde com Agente – em uma representação de mais vínculo com a população, mais integração entre a atenção primária e a vigilância, e mais agentes de saúde cuidando dos usuários do SUS. Ainda em 2024, a pasta abre inscrições para a segunda turma com 180 mil vagas. Com a ação, toda a categoria atuante no SUS será contemplada, isso porque 176 mil agentes já foram diplomados em 2023.  

Além disso, o governo federal expande a comunicação com os agentes. Um novo canal de WhatsApp para disponibilizar informações oficiais estará disponível a partir desta segunda (8) para os 360 mil profissionais em atuação no país. No Youtube, um videocast ganha destaque: programa semanal com atualidades, pautas de interesse e interação com os agentes. Por fim, a ampliação do aplicativo para os Agentes Comunitários de Saúde, por meio de smartphone e tablet, atualizando as visitas à população em tempo real e recebendo informações oficiais.

Mais Acesso a Especialistas 

Para ampliar o acesso da população a profissionais especialistas – em hospitais e policlínicas, por exemplo – o Ministério da Saúde criou, então, um modelo de cuidado com maior oferta de consultas, exames e cirurgias, de forma humanizada. O ciclo que tem início em uma atenção primária mais qualificada e com amparo da telessaúde, chega integrado à atenção especializada, reduzindo o tempo de espera do paciente.  


Hoje, os serviços públicos e privados recebem recursos e são avaliados por fazer procedimentos, como consultas e exames. Até hoje, este foi o foco, e não o cuidado das pessoas de um modo integral. Poder realizar uma mamografia ou uma biópsia ainda no início de um câncer é essencial, mas tão importante é ir atrás dessa pessoa e garantir a ela um tratamento o mais rápido possível. Então, mais importante que a realização do procedimento é concluir o diagnóstico, comunicar a pessoa e agendar o tratamento. A nova e inovadora lógica das Ofertas de Cuidado Integrado (OCIs) tem esse foco no cuidado integral da pessoa. Os serviços públicos e privados serão estimulados a ampliar a oferta para o SUS, baseado nessa nova lógica.  

Em um esforço da atual gestão, em 2023, mesmo antes de lançar esse novo programa e modo de cuidar das pessoas, o Programa Nacional de Redução das Filas de Cirurgias Eletivas (PNRF) mostrou que este é um caminho possível. O SUS realizou 665 mil cirurgias a mais, somente por meio do financiamento do programa, possibilitando 4,2 milhões de cirurgias eletivas realizadas no total. Esse número representa aumento de 19% quando comparado com as 3,5 milhões de cirurgias realizadas em 2022.  

Em 2024, a meta é realizar 1 milhão de cirurgias a mais. Para isso, o investimento dobrou do ano passado para este ano: de R$ 600 milhões, agora o Ministério da Saúde repassa R$ 1,2 bilhão para apoiar estados e municípios na realização de cirurgias eletivas.  

Nos últimos anos, o governo federal reduziu seu papel no financiamento da atenção especializada, sobrecarregando estados e municípios. Por isso, em 2023, os recursos destinados a esse tipo de atendimento com especialista foram corrigidos. Em 2024, com o Programa Mais Acesso a Especialistas, o Ministério da Saúde inova ao criar um modelo de pagamento que, além de aumentar os recursos para o setor, foca na realização do ciclo de cuidado e no tempo máximo para que isso aconteça.  

O resultado será o foco no cidadão visto como um todo e não na realização de um exame isoladamente. Para isso, os recursos federais só serão repassados aos gestores locais poderem utilizar no custeio dos serviços públicos e contratação da rede privada, caso realizem as consultas e exames necessários para um paciente num tempo máximo determinado. Esse modelo ganha relevância, por exemplo, na investigação diagnóstica dos casos suspeitos de câncer.  

Em 2023, em um resultado já contabilizado, o Ministério da Saúde repassou R$ 1,3 bilhão para os hospitais com tratamento do câncer no país. Esse recurso é 10 vezes maior do que o repassado em 2022. Além disso, 33 obras foram iniciadas ao longo do Brasil para instalação de aceleradores lineares, equipamentos com tecnologia de ponta para radioterapia, priorizando regiões com desassistência de atendimento.

No ano passado, 25 equipamentos foram importados e outros 8 chegarão em 2024. No cronograma de entrega para as unidades de saúde, 3 já foram entregues em 2023, 15 serão entregues em 2024 e 15 serão entregues em 2025, totalizando as 33 obras. Estados como Amapá e Roraima receberão os primeiros aceleradores lineares da história. Nesse sentido, a pasta pretende reduzir para 60 dias, até 2025, o tempo máximo de espera para acesso ao tratamento oncológico.  

Outro importante resultado já alcançado pela atual gestão é o aumento de 13% no total de consultas realizadas com especialistas – passando de 843,7 milhões em 2022 para 953,1 milhões em 2023. Também no total de exames diagnósticos, que somava 1 bilhão em 2023 e agora totaliza 1,1 bilhão. São 134 milhões de exames a mais, ou seja, aumento de 13,3%. Essa é a maior produção do SUS registrada desde 2010 e o objetivo é que, com o novo ciclo de cuidado, esses números continuem em crescimento. 

A baixa oferta e má distribuição de especialistas, sobretudo de médicos, é, ainda, fator limitante para que a população acesse o serviço especializado de saúde, quando não for possível de resolução na Unidade Básica de Saúde.

É por isso que o Ministério da Saúde também prevê, para 2024, aumentar as vagas para residência médica, com ênfase em especialidades e regiões estratégicas, além de ofertar especialistas em áreas de vazio assistencial, em um trabalho conjunto com processos formativos, como residências ou especializações.  

Como vão funcionar as Ofertas de Cuidado Integrado 

Cada OCI é um conjunto de procedimentos e dispositivos de gestão do cuidado inerentes a uma etapa da linha de cuidado para um agravo específico (Ex: OCI – Diagnóstico de Câncer de Mama: consulta com o mastologista + mamografia bilateral diagnóstica + ultrassonografia de mama + punção aspirativa com agulha fina + histopatológico + busca ativa da paciente para garantir a realização dos exames + consulta de retorno para o mastologista + contato com a equipe de atenção básica para garantir a continuidade do cuidado).  

O setor privado, que já tem hoje um importante papel da oferta de consultas e exames especializados, poderá aderir a editais estaduais ou municipais de chamamento que serão lançados com o apoio do Ministério da Saúde, ou mesmo terem seus contratos vigentes aditivados para a oferta das OCIs.  O valor que o Ministério da Saúde irá repassar por cada OCI aos gestores que comprovarem sua realização nos serviços públicos e privados contratualizados é maior do que o somatório de cada procedimento isoladamente e foi atualizado com base do que é hoje praticado no mercado. Os gestores, então, utilizarão esses recursos para, por meios dos contratos aditivados ou novos, remunerar melhor os prestadores que, além de ofertarem os procedimentos previstos nas OCIs, deverão ter uma nova postura na jornada do paciente, com base na humanização, coordenação do cuidado, resolutividade e integração com a Atenção Primária.  

Para aderirem ao Programa Mais Acesso a Especialistas, os gestores estaduais, municipais e do Distrito federal deverão elaborar Planos de Ação nos quais indicarão as filas prioritárias, os serviços responsáveis por cada Oferta de Cuidado Integrado, quantidade de OCI que cada um deve ofertar por ano e o impacto financeiro correspondente. Com isso, será possível o planejamento das ações e o monitoramento da implementação dos Planos de Ação em cada região de saúde, com a possibilidade de atualização para inclusão de novos prestadores públicos ou privados e inclusão de novas OCIs. 

Cada agravo de saúde, e as especialidades correspondentes, que exigem múltiplos acessos a serviços de atenção especializada e a realização de várias consultas/exames especializados para concluir uma etapa do cuidado terão uma OCI. No lançamento do programa, os principais tipos de câncer (colo de útero, mama, próstata, colorretal, gastroesofágico) são a prioridade, além de cardiologia, de otorrinolaringologia e oftalmologia. Gradativamente, serão elaboradas e disponibilizadas novas OCI.  

Ministra detalha novos programas em coletiva temática 

Em coletiva, na manhã de hoje (8), no Palácio do Planalto, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de todo o secretariado do Ministério da Saúde, a ministra Nísia Trindade apresentou diversos avanços da atual gestão e pontuou as melhorias que o Mais Acesso a Especialistas trará.

Primeiro, Nísia explicou de forma simples como funciona o atual sistema  de atendimento. “O sistema atual é focado em procedimentos - uma consulta, um exame, se necessário outro exame. Ele não tem integração com os cuidados na Saúde”, disse, para depois acrescentar que o serviço será integralizado e centrado na necessidade do paciente.

“A pessoa terá acesso a cuidados integrados, incluindo todos os exames e consultas necessárias. Haverá uma redução do tempo de espera e do número de  lugares que o paciente precisa ir. E teremos uma ampliação do telessaúde como suporte a esse processo”, ressaltou a ministra.

A chefe da pasta da Saúde também ressaltou a importância do SUS Digital, que chega para beneficiar o cidadão, profissionais de saúde e gestores de todo o país.  “O SUS é um sistema universal, que representou a cidadania para todos os brasileiros. E ele necessita da integralidade, de acompanhar  cada momento da vida das pessoas. E isso é o que pretendemos com o SUS Digital - integrar dados de saúde”, adiantou. 

Ampliação da cobertura vacinal

No evento, também foi apresentada uma grande conquista da atual gestão: o aumento da cobertura vacinal. De 2023 para cá, 13 das 16 principais vacinas do calendário do Programa Nacional de Imunizações (PNI) tiveram crescimento. E a pasta também lançou em 2024 o programa Vacinação nas Escolas.

Para dar o exemplo, o presidente Lula aproveitou a oportunidade - diante de diversas autoridades e do personagem Zé Gotinha - para se imunizar contra a gripe. Vacinado no braço, o presidente fez o alerta. “Quero aqui incentivar homens e mulheres, adolescentes e crianças, a se protegerem.  Não precisa ter medo de se vacinar, é uma forma de se prevenir contra doenças que podem levar à morte”, falou Lula. 

Novo PAC é fundamental para o alcance das metas 

Os recursos provenientes do Novo PAC são vitais para o alcance de cada uma das metas estipuladas pelo Ministério da Saúde. O novo ciclo de cuidado está totalmente alinhado aos cinco pilares de investimento do programa: Atenção Primária, Atenção Especializada, Preparação para Emergências em Saúde, Complexo Industrial da Saúde e Telessaúde. São R$ 31,5 bilhões em quatro anos, sendo que já em 2023 foram executados R$ 1,7 bilhão. A primeira seleção para municípios e estados manifestarem interesse em mais R$ 11,6 bilhões destinados a obras e equipamentos específicos já foi aberta. Os resultados desta seleção foram divulgados em março de 2024 e os critérios de priorização focaram em regiões de maior vazio assistencial e que historicamente sofrem com falta de estrutura. Para o SUS, o PAC representa um salto de qualidade, acesso e equidade.  

No ano passado, os R$ 11,6 bilhões disponibilizados na seleção têm como objetivo ampliar a cobertura de serviços prestados por meio de diversos equipamentos públicos, como 1,8 mil Unidades Básicas de Saúde, 400 Unidades Odontológicas Móveis, 36 maternidades, 55 policlínicas, 150 Centros de Atenção Psicossocial, 350 ambulâncias, 14 Centrais de Regulação do SAMU e outros. As novas UBS, por exemplo, terão salas de amamentação, locais para teleconsulta e energia solar. A ampliação total das UBS, após os quatro anos de investimento, vai garantir o acesso à saúde para mais 13,5 milhões de brasileiros. As policlínicas, por sua vez, terão investimento federal pela primeira vez na história, e contribuirão para ampliar a oferta de exames e pequenas cirurgias no SUS.  

A telessaúde como forma de ampliar o acesso da população a atendimento médico especializado e diagnóstico, principalmente nas regiões distantes dos grandes centros, é outra frente de investimento do Novo PAC. Serão R$ 150 milhões até 2026 para implantação de 3 mil salas de teleconsulta assistida e para alcançar 52 novos núcleos de telessaúde ativos no país. Com isso, a oferta do serviço será cinco vezes maior, uma vez que a gestão iniciou o trabalho com 10 núcleos em funcionamento. 

Assista a transmissão:

 


Fonte_Ministério da Saúde