segunda-feira, 23 de julho de 2018

Casos de violência profissional devem ser notificados aos Conselhos Regionais


Pesquisa realizada pelo Conselho Federal de Enfermagem - COFEN, em parceria com a Fundação Fiocruz, revelou que apenas 29% dos profissionais de Enfermagem se sentem seguros em seus ambientes de trabalho. Um outro levantamento realizado em 2017 pelos Conselho Regional de Medicina de São Paulo - CREMESP e Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo - COREN/SP apontou que aproximadamente 55% dos profissionais de saúde já haviam sofrido algum tipo de violência no trabalho.

As pesquisas quantificam uma realidade sentida na pele por profissionais de saúde em todo país. Em 2017, uma enfermeira foi agredida dentro de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em Goiânia. Em Teresina, no início do ano, uma enfermeira foi agredida dentro do Hospital dos Buenos Aires e agora em julho uma acadêmica de Enfermagem foi agredida enquanto realizava trabalho de estágio dentro de um hospital particular da capital.

Apesar de ser cada vez mais comum os casos de agressão, no Piauí ainda não existe um levantamento exato sobre o número de agressões sofridas pelos profissionais de Enfermagem no desempenho de suas funções. Por isso, é importante reportar esses casos aos conselhos regionais. “Sempre orientamos os profissionais a reportar ao COREN/PI qualquer agressão sofrida quando estiverem prestando seus serviços. Essa notificação é essencial para que possamos conhecer a real situação e assim agir da melhor forma possível para defender a saúde física e mental dos profissionais,” explicou a presidente do Coren-PI, Tatiana Melo.

Os profissionais de Enfermagem podem contar com o Conselho Regional nesses casos. “Uma vez notificada a agressão ao conselho, nós prestamos todo auxílio e orientação ao profissional agredido, além de registrar o caso para buscar junto aos agentes públicos condições dignas de trabalho para os profissionais. Reiteramos que o COREN/PI é contra e está pronto para atuar em qualquer caso de agressão que envolva os profissionais de Enfermagem, promovendo desde o desagravo público até a instauração de processo ético disciplinar, de acordo com a situação. Essa é uma questão de valorização e de saúde da população, finalizou a presidente.

Fonte_COFEN

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