A
secretária de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde,
Ethel Maciel, disse nesta sexta-feira (6) que há
desabastecimento de vacinas pediátricas (infantis) contra Covid no país,
mas que a pasta está em negociação com a Pfizer para antecipar as entregas
de imunizantes previstas para o fim deste mês. Os estoques para o público acima
de 12 anos estão em dia.
"Recebemos
o ministério com desabastecimento de vacinas pediátricas, infantis, e recebemos
com abastecimento de vacinas adultas, do público adulto", afirmou em
entrevista na sede da pasta para detalhar a situação do combate à doença no
país.
Segundo
ela, há em torno de 3,2 milhões de vacinas para crianças de 6 meses a 4
anos previstas para serem entregues pela Pfizer até o fim de janeiro e
a pasta já está em negociação com o laboratório para adiantar a entrega.
Para o público de 5 a 11 anos, também
tem cerca de 4,5 milhões de doses da Pfizer pediátrica que a
secretaria tenta antecipar o prazo de entrega.
Veja pontos destacados pela secretária:
- A vacinação é o principal foco
do Ministério da Saúde. A cobertura básica com duas doses sem reforço não chega
a 80% da população. Já duas doses + reforço não chega a 50%
da população;
- O esquema ideal de vacinação HOJE são
as duas doses primárias + a dose de reforço (esquema mínimo de
proteção e efetividade das vacinas);
- Há um desabastecimento de vacinas
pediátricas. O Ministério da Saúde está em contato com a Pfizer para adiantar
a entrega dessas doses (6 meses a 11 anos);
- Para o público maior de 12 anos, não há
problema de abastecimento de imunizantes. O que há é um problema
de distribuição, que a secretaria pretende resolver nos próximos dias.
- O Ministério da Saúde vai retomar as
negociações com o Instituto Butantan, visto que a CoronaVac é fundamental
para a vacinação do público infantil;
- Restabelecer o fluxo e o diálogo entre
municípios, estados e governo federal;
- A vacinação da Covid será incorporada no Programa Nacional de Imunizações (PNI).
Nova subvariante
Sobre a identificação do primeiro caso no
Brasil da XBB.1.5, ramificação da variante ômicron, a secretaria disse que
a prioridade é vacinar as pessoas com doses em atraso.
A nova
subvariante foi encontrada em uma paciente de 54 anos de Indaiatuba, cidade
no interior de São Paulo.
Covid:
o que se sabe sobre a XBB.1.5, nova variante da ômicron
"Recebemos a informação que a variante está
circulando, a amostra é de novembro. Vamos discutir com a Câmara Técnica. O que
temos sobre a nova variante é a alta transmissibilidade e queremos
retomar esses esquemas vacinais, pessoas com dose em atraso", disse
Ethel Maciel.
De acordo com ela, há mais de 100 milhões
de pessoas com doses em atraso, sem as três doses no esquema vacinal
considerado ideal. "É nesse foco que o Ministério da Saúde vai
atuar", afirmou.
Fonte_G1
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