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quarta-feira, 22 de abril de 2020

Pandemia leva ao extremo quem trabalha na rede pública de Saúde

Motor do combate à Covid-19, as Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) têm vivido uma situação de gravidade inédita, que faz com que seus profissionais de saúde, os intensivistas, atuem em condições não raro insalubres — em especial na rede pública de hospitais.
As longas jornadas para dar conta do aumento exponencial de internados são encaradas muitas vezes sem a infraestrutura e os equipamentos necessários. Tudo isso coloca os profissionais sob risco iminente de contágio pelo Sars-CoV-2 em seus ambientes de trabalho.
A complexidade dentro desses “núcleos duros” dos hospitais em meio à pandemia está modificando a rotina hospitalar em todo o país. Trata-se de uma realidade ainda mais grave em instituições públicas de estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Amazonas e Pernambuco, todos sob risco de chegar ao mesmo estágio que o Ceará, onde os leitos de UTI já se esgotaram.
O aumento do número de pacientes preocupa entidades da Saúde por potencializar a ameaça do vírus, enfrentada durante a jornada de trabalho por milhares de médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas, anestesistas e representantes de outras especialidades.
— O profissional intensivista nunca foi tão valorizado como agora. A demanda por pessoas que trabalhem nas UTIs é impressionante: todos estamos procurando por pessoal — afirma Rogério Silveira, membro da Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib).
Na tentativa de proteger profissionais, o Conselho Federal de Medicina (CFM) e o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) têm cobrado rigor na utilização de equipamentos de proteção individual (EPI) e acolhido denúncias sobre locais em que isso não ocorre. Os relatos sobre dificuldades se acumulam.
— Esses profissionais já voltam para casa diariamente com cenas dramáticas na cabeça. Nossa preocupação é que estejam fisicamente protegidos para continuar trabalhando — afirma Eduardo Fernando de Souza, um dos gestores de crise do Cofen.
Fonte_COFEN

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