A partir de 1º de
janeiro de 2024, a vacinação contra a Covid-19 de crianças de seis meses a
menores de cinco anos será incluída no Calendário
Nacional de Vacinação. O Ministério da Saúde também passa a recomendar, a
partir do próximo ano, uma dose anual ou semestral para grupos prioritários com
cinco anos de idade ou mais e maior risco de desenvolver formas graves da
doença, independentemente do número de doses prévias recebidas. Em 2024 será
realizada, ainda, a vacinação de pessoas com mais de cinco anos – mesmo as
não pertencentes aos grupos prioritários – que não foram vacinadas
anteriormente ou receberam apenas uma dose. Essas poderão iniciar ou completar
o esquema primário, que consiste em duas doses com intervalo mínimo de quatro
semanas entre elas.
Para as crianças,
a recomendação é aplicar a primeira dose da vacina aos seis meses de idade, a
segunda dose aos sete meses e terceira dose aos nove meses. No entanto, todas
as crianças de seis meses a menores de cinco anos não vacinadas ou com doses em
atraso poderão completar o esquema de três doses, seguindo o intervalo
recomendado de quatro semanas entre a primeira e a segunda doses e oito semanas
entre a segunda e a terceira. Crianças que já receberam três doses de vacinas contra
a Covid-19, nesse momento, não precisam de doses adicionais.
A Covid-19 é
uma importante causa de infecção respiratória grave e morte em crianças com
menos de cinco anos. Em 2023, até novembro, foram registrados 5.310 casos de
Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por Covid-19 e 135 óbitos nessa faixa
etária. Entre as crianças, as menores de um ano de idade apresentaram maior
incidência e mortalidade de SRAG por Covid-19. A doença também pode provocar
uma condição grave conhecida como Síndrome Inflamatória Multissistêmica
Pediátrica (SIM-P). Desde o início da pandemia, foram notificados 2.103 casos
de SIM-P no Brasil, com 142 mortes entre crianças.
Nos grupos
prioritários, o intervalo entre as doses será de seis meses para indivíduos com
60 anos ou mais, pessoas imunocomprometidas, gestantes e puérperas. Para os
demais públicos, o intervalo será anual: pessoas que vivem ou trabalham em
instituições de longa permanência, indígenas, ribeirinhos, quilombolas,
trabalhadores da saúde, pessoas com deficiência permanente ou comorbidades,
pessoas privadas de liberdade com 18 anos ou mais, funcionários do sistema de
privação de liberdade, adolescentes e jovens cumprindo medidas socioeducativas
e população em situação de rua.
Para definir os
grupos prioritários, o Ministério da Saúde considerou as recomendações do Grupo
Consultivo Estratégico de Especialistas em Imunização da Organização Mundial de
Saúde (SAGE/OMS), além de indivíduos com maior vulnerabilidade na realidade
brasileira.
À medida que
ocorram aprovações regulatórias de novas vacinas, as recomendações e os
esquemas poderão ser atualizados. Antes mesmo da aprovação pela Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), no dia 19 dezembro, do registro da
vacina monovalente atualizada para a variante XBB 1.5, o Ministério da Saúde já
havia iniciado o processo de aquisição para 2024, com a previsão de
fornecimento das versões mais atualizadas dos imunizantes contra covid-19. É
relevante ressaltar que as vacinas atualmente em uso pelo PNI continuam a
oferecer proteção contra as formas graves da doença, portanto os grupos aptos a
recebê-las não devem adiar a vacinação.
O Programa
Nacional de Imunizações (PNI) oferece vacinas seguras que possuem autorização
de uso pela Anvisa, após terem demonstrado eficácia e segurança favoráveis em
estudos clínicos de fase 3 amplos, e passam por um rígido processo de avaliação
de qualidade antes de serem distribuídas, realizado pelo Instituto Nacional de
Controle de Qualidade em Saúde (INCQS) da Fundação Oswaldo Cruz, instituição
responsável pela análise dos imunobiológicos adquiridos pelo Sistema Único de
Saúde (SUS).
O antiviral
nirmatrelvir/ritonavir está disponível em toda a rede do SUS para tratamento da
infecção pelo vírus logo que os sintomas aparecerem e houver confirmação de
teste positivo. Este medicamento é indicado apenas para pessoas com mais de 65
anos e pacientes imunossuprimidos com mais de 18 anos.
A imunização é
prioridade do governo federal. Em fevereiro deste ano, o Ministério da Saúde
lançou o Movimento Nacional pela Vacinação, com o objetivo de
recuperar as altas coberturas vacinais no Brasil. É possível consultar a
situação vacinal no aplicativo ConecteSUS Cidadão. O registro de vacina também
é feito no Cartão de Vacinação em papel, pelo profissional de saúde local. É
possível, ainda, conferir a situação na própria unidade de saúde. Para isso, o
cidadão deve apresentar documentos pessoais e/ou Cartão do SUS ao profissional
de saúde para conferência.
Fonte_Saude.Gov
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